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sexta-feira, 27 de março de 2020

Crianças e COVID-19: Por que elas não estão ficando tão doentes


As crianças não são imunes ao COVID-19. Elas estão sendo infectadas com a doença e podem espalhá-la, mas não ficam tão doentes quanto os adultos. Dra. Nipunie Rajapakse, especialista em doenças infecciosas pediátricas da Mayo Clinic, oferece algumas dicas sobre por que isso ocorre.

"Há algumas informações interessantes sobre crianças e esse novo coronavírus", revela a Dra. Rajapakse. "As teorias sobre por que as crianças não estão ficando tão doentes têm a ver com a exposição a outros coronavírus, como o resfriado comum e seu sistema imunológico".


Ninguém está imune

"Sabemos que ninguém é imune a isso, porque esse é um vírus novo a que não fomos expostos no passado. Portanto, não acreditamos que alguém tenha imunidade preexistente a ele".


Teorias

"As crianças que foram infectadas, em sua maioria, aparentam estar tendo sintomas leves, por vezes inexistentes, relacionados à doença, aponta a médica. "Uma teoria é que sabemos que existem outros coronavírus que circulam pela população e causam o resfriado comum. E como as crianças frequentemente ficam resfriadas, há um pensamento de que talvez alguns desses anticorpos estejam as protegendo deste coronavírus".

"Outra coisa é que pode haver uma maneira de o sistema imunológico das crianças interagir com esse vírus, diferente do que estamos vendo em alguns adultos mais velhos ou pessoas que sofrem de doenças mais graves", pondera.

"Um fator adicional pode estar relacionado ao fato de que as crianças têm muito menos probabilidade de ter outras condições de saúde subjacentes, como doenças cardiovasculares, doenças pulmonares ou sistemas imunológicos enfraquecidos do que os adultos mais velhos", afirma Dra. Rajapakse. "Essas doenças subjacentes parecem ser um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças mais graves e complicadas em adultos. Até agora, houve relatos muito limitados sobre como as crianças que apresentam algumas dessas condições médicas subjacentes se saíram quando foram infectadas, e eles fazem parte de um grupo sobre o qual precisamos aprender o mais rapidamente possível".

De acordo com a médica infectologista, todas essas teorias estão sendo exploradas por pesquisadores que estão trabalhando para aprender mais sobre como o COVID-19 afeta as crianças.


Coronavírus: endócrino alerta que obesidade é grave fator de risco


Estudos indicam que obesos apresentam menor atividade antiviral

“A obesidade diminui a imunocompetência. Vários estudos em animais e em humanos demonstram isso. Pessoas com obesidade têm uma menor atividade citotóxica das células que detectam e destroem invasores, sejam vírus, bactérias e mesmo células cancerígenas. Por isso, pacientes com obesidade estão entre os grupos de risco para a infecção do novo coronavírus”, explica Dr. Marcio Mancini, endocrinologista especialista em obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
Dados indicam que sete em cada 10 pacientes internados em unidades de terapia intensiva no Reino Unido com coronavírus estavam com sobrepeso ou obesidade.
De acordo com a World Obesity Society, pessoas com obesidade em todo o mundo já estão em alto risco de complicações graves da covid-19 por causa do aumento do risco das doenças crônicas que a obesidade causa. Além disso, indivíduos com obesidade que se isolam e evitam o contato social já estão estigmatizados e experimentam taxas mais altas de depressão.
Experiência no passado – Dr. Mancini comenta que, durante a epidemia da H1N1 de 2009, a obesidade foi reconhecida como fator de risco independente para complicações da influenza. “Estudos com metanálises, que avaliaram pacientes com obesidade e H1N1, demonstraram um risco mais que duas vezes maior de internação em UTI e mortalidade. Em pesquisas, camundongos com obesidade induzida por dieta e infectados por influenza apresentaram menor atividade antiviral. Animais e humanos com deficiência do hormônio leptina têm mais infecções respiratórias”.
Vale lembrar que o excesso de peso atinge mais da metade da população adulta no Brasil (55,7%) e não é apenas uma doença da faixa etária considerada idosa.





SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
bit.ly/PODCASTSBEMSP

Saiba como cuidar da sua saúde bucal e evitar a transmissão do COVID-19


Cirurgiões dentistas falam sobre as principais medidas para não ser atingido pelo vírus que está assombrando o mundo inteiro 


O Chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou, nesta segunda-feira, que a pandemia de coronavírus está acelerando e o mundo já tem mais de 300 mil casos registrados. Sabemos que o melhor tratamento para o vírus é evitar o contato com outras pessoas. Porém, além disso, é muito importante manter os devidos cuidados com a saúde bucal.

"A saúde bucal deve ser uma rotina e é preciso que todos mantenham uma boa escovação, o uso do fio dental e, também, do enxaguante bucal. Essas ações diárias fazem com que diminuam o risco de transmissão do coronavírus", afirma Eric Daldegan, cirurgião dentista, implantodontista e protesista. 

O Dr. Fábio Sato, cirurgião dentista e especialista bucomaxilofacial, explica que manter a saúde bucal e a rotina de higiene evita o crescimento de microorganismos que podem circular pelo corpo todo. 

Para ajudar a população brasileira a melhorar a higiene bucal e, também, a evitar o transmissão do coronavírus, os cirurgiões dentistas preparam dicas essenciais para o momento que o país enfrenta:

Segundo o Dr. Eric, diversas pessoas tem a mania de colocar a mão na boca e isso acaba sendo uma ação involuntária, onde na maioria das vezes, elas nem percebem o ato. Porém, uma medida muito importante para evitar a transmissão é se policiar para não levar a mão a boca, pois ela é uma parte do corpo que está em contato direto com diversas superfícies e acabam absorvendo todos os tipos de bactérias. 

Trocar a escova de dente com regularidade deve ser um hábito que o brasileiro precisa adotar. Além da higiene, a escova de dente usada por muito tempo acaba perdendo a sua eficácia e, assim, não desempenha o seu papel de limpeza com 100% de excelência. "Ao ficar internado ou ter contato com alguma pessoa que apresentou os sintomas do COVID-19, é importante realizar a troca da escova, para que ela não fique com bactérias. Além disso, escovar os dentes depois de todas as refeições evita que o ambiente se torne favorável para o vírus", afirma Dr. Fabio Sato. 

A boca é a porta de entrada para inúmeras bactérias. "Os fluidos da boca podem transmitir o vírus, então, a minha recomendação é que beijos sejam evitados nesse período", explica o Dr. Eric Daldegan. 

Os brasileiros devem se manter em casa, isolados, para que a propagação do vírus não aumente ainda mais. Porém, não é porque está em casa, sem contato com as pessoas que se deve esquecer da higiene bucal. "As vezes, relaxamos com a saúde bucal porque estamos em casa, mas com a pandemia de coronavírus, não podemos descuidar um minuto sequer, porque qualquer ato falho, o vírus já pode se manifestar", finaliza Dr. Fabio Sato. 



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