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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Antes da make: veja como cuidar da pele para a maquiagem de carnaval



O ritual exige cuidados específicos antes da aplicação dos produtos para garantir o melhor resultado e prevenir a oleosidade


Quem se maquia sabe que o processo não é fácil. Para que a maquiagem fique caprichada, existe toda uma preparação, como utilizar os produtos da maneira certa para que a fixação e o acabamento façam toda a diferença. Assim como o processo de retirada da make, a preparação da pele é passo fundamental para não a deixar irritada e tirar o aspecto oleoso do rosto. Confira as dicas abaixo, que podem ajudar na hora de maquiar tanto para o dia a dia quanto para o Carnaval, quando os cuidados costumam ser menores.

Preparar a pele faz toda a diferença em como a sua make vai ficar e durar. “Sabonete facial e hidratante são indispensáveis. Eles evitam que a base e o corretivo craquelem, além de deixarem a pele mais uniforme e iluminada”, afirma a dermatologista Dra. Flávia Ravelli. Antes de qualquer coisa, é importante limpar bem o rosto usando sabonete facial e água para remover impurezas. A linha Salix, do Dermotivin®, possui ácido salicílico na sua fórmula, que auxilia na desobstrução profunda dos poros e na redução da hiperqueratinização da pele, que origina cravos no rosto. Os sabonetes em barra e líquido da linha ainda têm ação antisséptica e bactericida.

Em seguida, a médica recomenda hidratar bem a pele. “Usar um hidratante não-oleoso é fundamental. Escolha produtos sem óleo e que não causam obstrução dos poros”, indica. A linha Soft, também do Dermotivin®, voltada para peles sensíveis ou sensibilizadas, ajuda a manter a hidratação da pele devido à presença de agentes emolientes, substâncias que amaciam a pele, dão flexibilidade e previnem contra a perda de água. Os produtos Dermotivin®, da Galderma, servem para higienização efetiva da pele, têm versões para cada tipo – mesmo as com acne ou com tendência à acne – e controlam a oleosidade.

Se a maquiagem é para curtir o Carnaval durante o dia, não se deve esquecer do protetor solar, que tem de ser aplicado todos os dias pela manhã. “Este é um dos itens mais importantes da lista. É possível, sim, manter a pele maquiada e protegida ao mesmo tempo”, diz a dermatologista. O filtro solar pode ser de toque seco, voltado para controle da oleosidade excessiva e ainda ter cor de base para evitar as manchas e imperfeições da pele.

O primer ajuda a make a aderir melhor na pele. Ele deve ser utilizado pré-maquiagem e, entre suas funções, estão também uniformizar a pele e diminuir a oleosidade. “Se seguir este passo a passo de limpeza, hidratação e proteção, você não será pega de surpresa quando voltar da folia do Carnaval”, comenta a Dra. Flávia Ravelli. Nada melhor que cuidar da pele e curtir o feriado sem culpa.


Pessoas com diabetes precisam de atenções especiais, no Carnaval


Sociedade Brasileira de Diabetes orienta como curtir a folia de forma segura e comenta os equívocos mais comuns durantes os festejos


Às vésperas do início da maior festa do mundo, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para cuidados que pessoas com diabetes precisam atentar a fim de evitar episódios de mal estar ou comprometimento da saúde durante o carnaval. Nesse sentido, a nutricionista Dra. Silvia Ramos, coordenadora do Departamento de Nutrição, Exercício e Esportes em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), listou as principais circunstância que geram mais dúvida ou exposição a situações de risco.


Prepare o corpo antecipadamente: Gripes, infecções e viroses podem descompensar a diabetes. Assim, a especialista indica ao folião e foliã verificarem seu estado de saúde previamente e sempre levarem consigo uma identificação de que tem diabetes e as medicações que faz uso.


Beba com moderação: Antes de cair na diversão, a recomendação é que a pessoas com diabetes converse com seu médico para conferir se, de acordo com seu estado de saúde, é possível o consumo de álcool. Em caso positivo, essa ingestão requer um cuidado duplo, visto que, inicialmente, causam uma hiperglicemia e depois podem gerar uma hipoglicemia como rebote.

A Dra Silvia orienta a não ultrapassar duas latas de cerveja, duas taças de vinho ou uma dose de bebida destilada. No caso de refrigerantes e bebidas açucaradas, moderação é fundamental. Ela recomenda também “tomar água ao longo do dia e, nos momentos de folia, intercalar com a bebida se for fazer o uso”.


Avalie sua glicemia periodicamente: Ao considerar possível consumo de álcool associado a atividade física (como dançar e pular), é importante levar um glicosímetro e fazer a medida da glicemia capilar com frequência.


Alimente-se regularmente: “Outra dica é manter a frequência da alimentação em relação aos horários. Se está acostumado a comer a cada três horas, mantenha. Fazer um lanche em casa evita que façamos escolhas que podem alterar demais a glicemia. Mas é importante levar um lanche ou fazer escolhas que possam ajudar neste equilíbrio quando há a ingestão da bebida alcoólica – como frutas, barra de cereais, castanhas, picolé de frutas ou sanduiches, por exemplo”, explica a nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Hidrate-se: A desidratação pode aumentar a glicemia. Então, para que a folia seja completa, é indicado reforçar o consumo de água, também em função do calor e perda de líquidos por meio do suor.


O que fazer em caso de mal estar: Se durante os festejos ocorrer algum mal estar, a primeira medida é medir a glicemia capilar. De acordo com os valores obtidos, a especialista a orienta:

Hipoglicemia (menor que 70mg/dL): fazer correção com açúcar, refrigerante normal, balas, suco de frutas nas quantidades indicadas para cada pessoa. Após 15 minutos, verificar se a sua glicemia voltou ao normal. Em caso positivo, fazer um pequeno lanche e voltar a aproveitar a festa. “Mas, atenção, meça com maior frequência a glicemia capilar”.

Hiperglicemia (maior que 180mg/dL ou de acordo com orientação médica): descansar um pouco e hidratar-se com água é uma boa solução. Além disso, para aqueles que fazem uso da insulina rápida ou ultrarrápida pode ser feita a correção.



SBD
Sociedade Brasileira de Diabetes


Entre bailes, blocos e serpentina, uso abusivo do álcool faz parte do Carnaval

Consumo de álcool no Carnaval extrapola
os limites e é perigoso, diz especialista
Shutterstock
Hits da folia, bebidas alcoólicas, lança perfume e ecstasy podem transformar a festa em pesadelo, alerta especialista; ingestão de álcool puro ao ano por pessoa no Brasil chegou a 8,9, superando a média mundial


Não dá para negar: muitos brasileiros encaram a bebedeira como uma extensão do Carnaval e acreditam que nesses quatro dias de folia tudo é permitido. Esse comportamento, principalmente entre os jovens, confere erroneamente às bebidas alcoólicas o título de protagonista da festa nos bailes em salões e nas passarelas do samba espalhadas pelas ruas Brasil adentro. Essa prática é bem comum porque o álcool e outras substâncias ajudam o público a ficar mais desinibido para aproveitar ao máximo os dias de folia.

Os próprios hábitos dos brasileiros contribuem para essa situação. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão de álcool puro ao ano por pessoa no Brasil chegou a 8,9 litros em 2016, superando a média mundial de 6,4 litros.

Outro estudo demonstra que a relação com o álcool começa cedo, geralmente por incentivo de parentes e amigos. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2015, 73% dos escolares na faixa etária de 16 a 17 anos já experimentaram uma dose de bebida alcoólica e cerca de 37% deles sofreram algum episódio de embriaguez na vida.

Na opinião da psiquiatra Alessandra Diehl, especialista em dependência química, sem dúvida, o álcool é o grande vilão do Carnaval. “Como a folia dura quatro dias, as pessoas tendem a beber - sem intervalos - durante todo esse período. A sociedade, em geral, costuma encarar o uso de substâncias tóxicas ao organismo como algo recreativo, principalmente em ambientes de festa”, diz.

Ela acredita que nesse momento, mesmos aqueles que não têm costume de beber, acabam fazendo por influência dos amigos, principalmente. “Ocorre um tipo de pressão social para o consumo de álcool e outras drogas durante o Carnaval. Além disso, a falsa sensação de prazer e relaxamento, proporcionada pelos “porres”, é mais um fator que leva a pessoa a querer aumentar o consumo, o que acaba tendo efeitos negativos para si e para os outros”, argumenta a psiquiatra.

Alessandra explica que o uso abusivo de bebidas no Carnaval é perigoso porque, geralmente, o indivíduo experimenta sensações prazerosas. E o que era para ser mais uma brincadeira festiva no feriado pode virar rotina: as pessoas ficam mais propensas a repetir esse hábito e a buscar por mais prazer. “As consequências são inúmeras e uma delas é o encurtamento do caminho para a dependência do álcool e outras drogas. Sob o efeito da bebida, o nível de julgamento é alterado e as pessoas se sentem seguras para consumir outras substâncias. Como todos sabem, a bebida alcoólica é a porta de entrada para as drogas ilícitas como a maconha e cocaína, por exemplo”, avisa a psiquiatra.


Lança-perfume e ecstasy também fazem parte da folia 

Quando falamos em Carnaval, outra droga vem em nossa mente é o lança-perfume. Inalável, leva em sua composição cloreto de etila, clorofórmio e alguma essência aromática. O efeito, como o entorpecimento, é parecido com o do álcool. “O lança causa ainda euforia e confusão mental. Era usado livremente no carnaval de todo o país nos anos 20. A substância era borrifada à esmo para os foliões, “perfumando-os” e fornecendo sensações agradáveis”, informa Alessandra.

Ela alerta que o que muitos foliões não sabem é que essa droga é absorvida pela mucosa pulmonar e seus componentes são transportados, via corrente sanguínea, aos rins, fígado e sistema nervoso. O lança ainda libera adrenalina no organismo, acelera a frequência cardíaca, proporcionando sensação de euforia e desinibição ao mesmo tempo. Promove ainda perturbações auditivas e visuais, perda de autocontrole e visão confusa.

“Outro perigo do lança-perfume é que seus efeitos são rápidos e, por essa razão, os usuários tendem a inalá-lo diversas vezes, potencializando a ação de seus compostos sobre o organismo. Desse modo, o uso abusivo pode desencadear em quadros mais sérios, como falta de ar, desmaios, alucinações, convulsões, paradas cardíacas e até morte. Além disso, por alterar a consciência do indivíduo, permite com que este esteja mais vulnerável a acidentes, assim como acontece com o excesso do álcool”, enfatiza Alessandra Diehl.

Apesar de proibido, o comércio ilegal do lança-perfume e de outras drogas ilícitas corre livremente nos blocos carnavalescos espalhados pelo Brasil. O ecstasy, por exemplo, é mais um “hit” do Carnaval.

Essa é uma droga sintética, fabricada em laboratório, a partir de componentes não naturais. O nome técnico do ecstasy é MDMA (metilenodioximetanfetamina). Essa substância também é conhecida como “droga do amor”, porque aumenta a percepção de cores e sons, e também amplifica as sensações táteis durante o sexo. “Trocando em miúdos, sua ação estimulante aumenta a temperatura corporal e a sensibilidade ao toque. No entanto, seu uso combinado ao álcool, algo que é bem comum nos blocos de Carnaval, é um tiro no escuro para usuários e médicos: não se sabe a composição exata da droga, o que complica atendimento em prontos-socorros”, afirma Alessandra Diehl.


Políticas de prevenção 

Na visão da especialista, a falta de políticas de prevenção é um dos principais fatores que contribuem para o consumo abusivo de álcool e outras drogas no Brasil, em especial durante a época de Carnaval. A comercialização desse tipo de bebida é feita sem um controle rígido em diversos estabelecimentos, como padarias e lojas de conveniência, e por vendedores ambulantes.

A redução de danos também pode começar em casa e na escola, por meio da educação. A informação é uma ferramenta eficaz para a prevenção. Todos esses assuntos devem ser pauta de conversas constante, no ambiente familiar, escolar e até na publicidade, que deveria ser feita pelas autoridades competentes na área da saúde, segundo Alessandra Diehl. “É preciso bater na tecla, de forma incansável, para mostrar para nossa população que o consumo de drogas pode ser fatal. Vale a pena arriscar a vida em troca de minutos de euforia e ilusão? Cuidar de si e cuidar dos outros é uma máxima para todos que desejam aproveitar o Carnaval de forma saudável, sem riscos de complicações”, finaliza a psiquiatra.

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