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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Volta às aulas pode ser um transtorno para quem sofre bullying. Saiba como lidar


A volta às aulas está chegando. E o retorno à escola já tira o sono de quem costuma ser alvo de bullying. Segundo relatório da Unicef, 150 milhões de adolescentes sofrem bullying nas escolas e cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não estão totalmente protegidas por lei do castigo corporal.

Um dos grandes problemas das vítimas é a vergonha de contar aos pais e pedir ajuda. E como saber se seu filho está sendo vítima de bullying? Primeiramente, saiba o que é o bullying. Segundo Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica; e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas; o problema envolve um comportamento agressivo (seja por palavras ou atitudes), repetitivo, feito por alguém que exerce algum tipo de poder ou intimidação sobre outra pessoa do mesmo nível hierárquico (diferente do assédio moral, quando é exercido por alguém de nível hierárquico superior sobre um subalterno).

“O comportamento de domínio é muito frequente em animais que vivem em grupos: tipicamente, o macho-alfa exerce um poder sobre os demais machos, determinando uma hierarquia/ordem social no grupo. Entre os seres humanos, esse comportamento foi sendo inibido à medida que foi se constituindo a civilização humana. Em certo sentido, os humanos estabelecem um ‘acordo’ em que a hierarquia e as regras são respeitadas, seja pelas leis impostas pela sociedade, seja por um acordo implícito entre as partes”, explica Elaine.

Só que, na prática, segundo a psicóloga, essa interação é bem mais complexa, pois envolve personalidades, temperamentos e características diferentes. “As crianças, obviamente, não nascem sabendo de tudo isso. É preciso ensiná-las a respeitar limites e os demais seres humanos. De certo modo, elas aprendem a domar seus próprios instintos e desejos, inclusive o de dominar seus pares”.

Este é um dos papéis fundamentais dos pais, os primeiros e mais importantes modelos que a criança toma para aprendizado das regras sociais. “É importante lembrar que cada criança, desde cedo, começa a demonstrar seu temperamento e suas características de comportamento: umas mais tímidas, outras mais extrovertidas... E essas características serão moldadas ao longo do tempo, conforme o ambiente familiar e social”, completa Elaine Di Sarno. Aspectos culturais também devem ser levados em conta. Especialmente em relação aos meninos, que são cobrados desde cedo a se tornarem corajosos e fortes no contexto social ao qual pertencem.  

Vale lembrar que a função das escolas é ensinar, e não educar. “Essa responsabilidade é dos pais. É bastante frequente que os pais se abstenham deste papel e deleguem às escolas uma função que não é delas. Se uma criança não tem capacidade de se conter e respeitar os colegas (e de se fazer respeitar), trata-se de um problema já instalado, provavelmente originado da educação em casa”. Será preciso que os pais mudem seu modo de lidar com a criança, tentando corrigir o que não foi ensinado no momento certo. Muitas vezes, é necessário que os pais procurem orientação/psicoterapia para que seja possível rever os limites da criança. 


Como identificar se seu filho sofre bullying

As vítimas de bullying, em geral, têm algum tipo de característica de fragilidade ou vulnerabilidade que as faz ser tornar alvo do intimidador (“buller”). Pode ser algum aspecto físico (a criança “gordinha” ou “baixinha”, por exemplo) ou psicológico (a criança “tímida” ou mais “infantil”, em comparação com as demais). “As vítimas do bullying têm vergonha de contar o que estão sofrendo. “Cabe aos pais detectar as mudanças no comportamento da criança (não querer ir à escola, mostrar-se triste ou angustiada quando chega a hora de ir à escola, não demonstrar interesse em participar das atividades no recreio, entre outras)”, exemplifica Elaine.

Um aspecto particular do bullying, que tem se tornado muito preocupante e atinge mais especialmente os adolescentes, é o cyberbullying. Trata-se do bullying exercido através do uso da internet, de redes sociais ou de sistemas de comunicação de grupo, como o WhatsApp. “Em situações extremas, nas quais uma pessoa tem uma situação íntima exposta publicamente a milhares de pessoas, as vítimas têm, infelizmente, chegado a cometer suicídio. As meninas costumam ser as principais vítimas”.

As abordagens para manejo tanto do agressor quanto da vítima são, principalmente, de base psicoterápica. “Para o ‘buller’, o trabalho envolve amenizar seu comportamento agressivo. Já para a vítima do bullying, a terapia ajuda a superar a dificuldade de se expressar e se defender. Em ambos os casos, a orientação ou terapia dos pais é indicada, uma vez que estes podem se sentir perdidos e não conseguirem lidar adequadamente com o problema”, finaliza Elaine Di Sarno.


Falta saneamento, sobra Aedes Aegypti


Este ano completo 30 anos de formada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Desde 1985, quando era caloura,  lembro do burburinho que escutava, mas não entendia, sobre um provável surto de Dengue e do crescimento do mosquito Aedes Aegypti. Lembro do ‘pessoal da preventiva’ falando sobre o descaso das autoridades com a questão já há época. Mais de trinta anos se passaram, vários foram os avanços na medicina, a tecnologia invadiu nosso cotidiano, podemos usar o google, GPS, até o prontuário é eletrônico, mas os surtos de Dengue, Chikungunya e Zika continuam firmes e fortes, carregados pelos ‘Aedes’ e pelo descaso dos nossos governantes. Que preferem gastar 2 bilhões em fundo eleitoral do que em saneamento básico - outro setor que não mudou ou evoluiu nesses trinta anos. 

A relação entre saneamento básico e saúde é antiga. O homem ao conviver em sociedade, descobriu que o acúmulo de sujeira e dejetos estava associado ao aparecimento de doenças, o que motivou o desenvolvimento dos cuidados com as águas e os resíduos. Sistemas de irrigação, canalização e construções de diques foram desenvolvidos na antiguidade. Hipócrates, na Grécia antiga já instruía médicos quanto à higiene.

Aqui no Brasil em 1903, assume como  diretor geral de Saúde Pública, cargo equivalente  ao de Ministro da Saúde, o Dr. Oswaldo Cruz, que mudaria a realidade do saneamento no nosso país à época. Grande parte dos médicos e da população acreditava que a febre amarela se transmitia por contato. Oswaldo Cruz descobriu que transmissor da febre amarela era um mosquito e iniciou a guerra contra o Aedes Aegypti! 

Em 1955 conseguimos erradicar o ‘Aedes’ no Brasil, que só voltaria, importado e em pequena quantidade, em 1967, graças ao relaxamento das medidas preventivas. Já o vírus da Dengue tem seus primeiros registros no Brasil em 1981-82. Em 1986 iniciam-se as epidemias da doença no Rio de Janeiro e algumas capitais do nordeste, desde então tornaram-se um problema nacional e pioram a cada ano. 

Em 2019 os registros da Dengue aumentaram 488% na comparação com 2018. Em 2013 chega ao Brasil o vírus  Chikungunya e em 2015 o Zika vírus, nos  colocando nos noticiários, devido aos casos de microcefalia registrados no nordeste do Brasil. Não comentamos muito, mas há também um aumento da Síndrome de Guillain-Barré, polineuropatia autoimune, que pode ocorrer após infecção viral e muitas vezes é intratável, levando à incapacidade.

Mesmo sabendo da estória acima, nossos parlamentares e governantes foram incapazes de olhar com atenção para a melhoria, tão necessária do saneamento básico no Brasil. Além das doenças citadas acima, a diarreia ainda causa muitas mortes no nosso país. Os cidadãos mais afetados, evidentemente, são as crianças que vivem em situação de pobreza. 

Ano passado tive o desprazer de assistir a todas as audiências públicas da comissão especial que discutiu o “novo” marco do saneamento. A experiência foi reveladora. Aprendi muito, foram meses ouvindo especialistas repetindo que no Brasil são mais de cinquenta milhões de pessoas sem água tratada, mais de cem milhões sem esgoto e que cada real investido em saneamento gera uma economia de 4 reais em saúde. Houve deputados que se colocaram contra a reforma, repetindo que saneamento é função exclusiva do estado e que o problema era única e exclusivamente de falta de investimentos.  

Nenhuma das evidências ou soluções parecia sensibilizar os congressistas. Para eles, manter os salários dos altos funcionários das estatais, responsáveis pelo saneamento, parecia muito mais importante do que crianças morrendo de diarreia ou Zika. Esqueciam-se, ao discursar, de olhar para frente e ver os gráficos expostos no slide projetado no plenário, demonstrando que com aumento dos investimentos dos governos nas empresas de saneamento públicas, não havia melhora para o cidadão, mas um gasto desproporcional com pessoal, que não resultava em melhoria para o cidadão na ponta. 

Bem, ao final das audiências, sob protestos cínicos, o relator conseguiu ler seu voto, que mantinha a reforma e a PEC foi aprovada integralmente na comissão.

Até a implementação das reformas e das privatizações, algumas medidas podem ser adotadas. Declaramos guerra ao ‘Aedes’ e estamos perdendo, mas não podemos desistir. Devemos falar e educar a todos, desde os profissionais de saúde até as crianças. Educar a população e mostrar que se formos responsáveis conseguiremos diminuir os surtos. 

As dicas mais comuns e eficazes são: evitar os nascedouros, distribuir e usar repelentes, principalmente durante o dia, pois o ‘Aedes’ tem hábitos diurnos, investir pesadamente em tecnologia e aprofundar as pesquisas tanto nos estudos da vida e genética do mosquito como no desenvolvimento de vacinas e medicamentos eficazes. Aconselhamento e planejamento familiar são imprescindíveis no caso de Zika e os testes rápidos devem ser realizados sempre que houver suspeita seja de Dengue, Zika ou Chikungunya. 

Há no mercado uma vacina para Dengue, mas a cobertura ainda não é boa o suficiente para que façamos vacinação em massa, como fizemos com a febre amarela, na época de Oswaldo Cruz. Não há ainda vacina para Zika e Chikungunya, logo para evitar o contágio o melhor é não ser picado.  

Os esgotos a céu aberto e os lixões têm que ser eliminados. A água deve ser tratada adequadamente, e caso haja algum problema, as ações de correção iniciadas prontamente. À população cabe notificar e não parar enquanto não houver melhoras, além de entender que parte da solução é de responsabilidade de cada cidadão.



Roberta Grabert - Médica ginecologista e obstetra formada há 29 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em saúde do movimento Livres e membro da Sogesp/Febrasgo. Pós graduada em sexualidade humana e com MBA em gestão de saúde. Possui experiência em sexualidade humana, vaginismo, pré-natais de risco e laser fotona para rejuvenescimento intimo, ninfoplastia, tratamento da atrofia vaginal, incontinência urinária e tratamentos do colo uterino como HPV, etc.


domingo, 26 de janeiro de 2020

E AGORA? A MAMÃE SAIU DE FÉRIAS!






ESTREIA NOS CINEMAS

30 DE JANEIRO DE 2020



Título Original: When Mom Is Away | 10 Giorni Senza Mamma
Direção: Alessandro Genovesi
Roteiro: Alessandro Genovesi, Giovanni Bognetti
Elenco: Fabio De Luigi, Valentina Lodovini, Angelica Elli
Distribuição: A2 Filmes



Carlo e Giulia têm três filhos: ele é um pai distraído e absorvido pelo trabalho; ela é uma mãe que se dedicou à sua família, desistindo de sua carreira. As crianças são Camilla, uma adolescente rebelde de 13 anos de idade, Tito, de 10 anos, inteligente e de humor duvidoso, e a pequena Bianca, de 2 anos, que não fala, usa gestos e só faz o que quer. Giulia, cansada da rotina, conta à família sairá por dez dias de férias – sozinha. Carlo de repente se encontra em um verdadeiro pesadelo! Entre jantares para preparar, lidar com a rotina das crianças, quase desastres e compromissos de trabalho perdidos, Carlo sobrevive a esses dez intermináveis contando com a ajuda inusitada de uma babá. Será que esse tempo foi necessário para conhecer melhor seus filhos e aproximar a família? PRIMEIRO LUGAR NAS BILHETERIAS DA ITÁLIA.



Curiosidade felina é tema da nova campanha de WHISKAS®



Ação brinca com a semelhança de hábitos entre gatos e humanos


Você acredita que sua personalidade tem tudo a ver com gatos? Caso você se identifique com características dos felinos, como por exemplo a curiosidade aguçada, a resposta é sim! Pensando nisso, WHISKAS® estreia no Brasil sua nova campanha global que destaca a curiosidade como parte essencial da personalidade dos bichanos e como os humanos podem ser tão curiosos quanto.

Quem convive com gatos sabe que eles são animais cativantes e com o passar do tempo o vínculo criado entre tutor e animal fica cada vez mais forte, muitas vezes fazendo com que tenham hábitos parecidos.  Por isso, não é raro observar que ambos podem se distrair ou se concentrar em alguma atividade por horas, enquanto curtem a companhia um do outro. Indo além, ao refletir sobre o quanto da personalidade dos felinos encontramos nos humanos, muitas pessoas podem perceber que um gato pode ser um excelente animal de estimação.

“Alimente a Curiosidade” é o conceito da nova campanha global de WHISKAS, prevista para ser lançada na segunda quinzena de janeiro. Com criação da AlmapBBDO, a ação conta com vídeos baseados na proximidade entre gatos e pessoas, ilustrando situações nas quais os personagens humanos têm atitudes curiosas sem nem perceber, como permanecer observando o movimento da rua pela janela ou se questionar sobre o porquê das coisas, por exemplo.


“O nosso objetivo com essa campanha é alcançar consumidores da América Latina e fazer com que tutores, de todas as idades e perfis, se questionem o quanto há em comum entre a personalidade dos gatos e deles mesmos e essa relação pode ser divertida”, explica Eduardo Lima, Diretor de Portfolio de Gatos para a América Latina. A campanha será 100% digital e os filmes estarão disponíveis para compartilhamento nas redes sociais da marca.   

Mars, Incorporated,



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