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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Brasil bate meta de vacinação de sarampo

Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS

Até o momento, 14 estados já superaram a meta de vacinação do sarampo em crianças de seis meses a menores de 1 ano de idade, que são mais suscetíveis às complicações da doença. A cobertura vacinal do Brasil é de 95%



O Brasil atingiu a meta de vacinação de sarampo de 2019 com 95% de cobertura vacinal em crianças de 1 ano. Catorze estados superaram o índice de 95% das crianças vacinadas. Outros 12 estados e o Distrito Federal ainda precisam buscar a meta para evitar a doença. O anúncio foi feito nesta terça-feira (29), em Brasília (DF), durante o balanço das ações do Ministério da Saúde da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo, quando crianças de seis meses a menores de cinco anos tiveram a caderneta de vacinação avaliada.


De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, é importante manter a população vacinada, pois o sarampo pode voltar ao nosso país por meio de pessoas que ficam doentes em outros países. “Estamos trabalhando para retoma, o certificado de eliminação do sarampo que foi perdido em fevereiro deste ano, em decorrência de um surto que começou em 2018, bastante importante na Região Norte do Brasil. Esse surto atual, mais presente em São Paulo, não tem relação com aquele surto, nós conseguimos controlá-lo em meados de maio. A introdução deste novo vírus sarampo se deu a partir de viajantes provenientes da Noruega e de Israel”, informou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

Os estados que atingiram a meta de vacinação são: Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, São Paulo e Paraíba. Em relação aos municípios, 34,5% (1.923) precisam reforçar os esforços para atender a meta de vacinação. A partir de 18 de novembro, a segunda etapa da campanha se inicia. Um novo grupo, composto por adultos de 20 a 29 anos que não estão com a caderneta de vacinação em dia, terão a oportunidade de se vacinarem até 30 de novembro, quando termina a campanha.


LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO VACINAL

O Ministério da Saúde fez um levantamento de 6,5 milhões de registros da situação vacinal de crianças para análise. Os dados são de crianças de seis meses a menores de cinco anos. Na lista, consta o quantitativo de doses aplicadas da tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, de cada registro. 
O documento servirá para que os gestores locais definam estratégias para realização de busca ativa das crianças com o esquema vacinal incompleto.

Os profissionais de saúde deverão checar se o número de doses aplicadas da vacina é o recomendado pelo Ministério da Saúde para a idade da criança, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo, além de aumentar a cobertura vacinal, é estimular que os gestores atualizem suas bases de dados de vacinação, que precisa ser feita de forma completa pelos profissionais de saúde.
“A lista das crianças não vacinadas é uma iniciativa do Ministério da Saúde para potencializar o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias na busca ativa dessas crianças. A medida vai apoiar os municípios no alcance da meta de cobertura vacinal contra o sarampo, para que eles consigam receber o restante dos R$ 206 milhões liberados pela pasta para ações locais de vacinação. Com esse reforço financeiro e a estratégia da busca ativa, os municípios terão fôlego para organizar e implantar mais ações de imunização a quem mais precisa”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim.

Os municípios que contam com o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE) podem utilizar os profissionais para a ação, já que eles conhecem as famílias e crianças da sua região. Os municípios que não contam com esses profissionais podem utilizar o serviço das Equipes de Saúde da Família (ESF) e os profissionais que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde. 

O relatório foi disponibilizado na plataforma e-Gestor Atenção Básica, um espaço que reúne informações sobre os sistemas e programas da Atenção Primária, permitindo a comunicação entre o Ministério da Saúde e os gestores locais. Os dados da lista foram levantados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e cruzados com os da estratégia e-SUS da Atenção Primária (e-SUS AB).


CASOS DE SARAMPO

As crianças são mais suscetíveis às complicações da doença, que podem evoluir para óbito. Nos últimos 90 dias, foram confirmadas 14 mortes pela doença no Brasil, sendo sete em menores de cinco anos de idade, 3 na faixa etária de 20 a 29 anos e quatro em adultos maiores de 40 anos. Foram 13 óbitos registrados em São Paulo e um em Pernambuco.

Os dados do próximo boletim epidemiológico de sarampo, que deve ser publicado no dia 6/11, trará como registro, dos últimos 90 dias, 5.660 casos confirmados de sarampo. Dezenove estados estão na lista de transmissão ativa da doença e 90,5% dos casos confirmados estão concentrados no estado de São Paulo.


MAIS RECURSOS 

O Ministério da Saúde já disponibilizou R$ 103 milhões (metade do bônus de R$ 206 milhões) criado para incentivar os municípios brasileiros a vacinar em massa crianças entre seis meses e cinco anos de idade. O dinheiro foi repassado no dia 18 de outubro para os fundos municipais de saúde, de acordo com o tamanho da população de cada cidade.

O plano feito pelo Ministério da Saúde é premiar os municípios que cumpram metas em relação à vacinação. A outra metade do bônus, outros R$ 103 milhões, portanto, só será liberada para aqueles que alcançarem 95% de cobertura vacinal da primeira dose da tríplice viral em crianças de 12 meses de idade e também informar ao Ministério e a Secretaria Estadual de Saúde do estoque das vacinas de poliomielite, tríplice e pentavalente guardadas nas unidades de saúde.





Amanda Mendes e Tinna Oliveira
Agência Saúde

O empreendedor brasileiro


Algumas características não podem faltar para conquistar seu espaço
 
O empreendedor brasileiro costuma carregar as mesmas características no mundo corporativo. É possível descrever isso como o “tipo de empreendedorismo brasileiro”.

Empreender é algo cada vez mais comum, dada a situação atual do nosso país. Cada profissional que se encontra desempregado precisa atuar de maneira autônoma para se manter. Muitas vezes, surgem idéias brilhantes em momentos ruins, e com algumas atitudes, o sucesso pode estar no fim do caminho.

“Conquistar seus objetivos baseando-se apenas em recursos próprios e competências é algo que os empreendedores brasileiros tem em comum”, conta Cristiane Bernardes, CEO da Lapidando Talentos e fundadora da Conecta Diamantes.

Ter energia, força de vontade e saber lidar com os “nãos” no caminho são de extrema importância. É necessário persistir garantir seu lugar no empreendedorismo corporativo.

Este mundo detecta oportunidades, cria negócios, desenvolve o capital humano, assume idéias e reinventa a criatividade e inovação.

“O profissional que tem idéias mas não se compromete, não vai para frente, e se não consegue empreender, pode estar sujeito a sair do mercado de trabalho”, supõe Cristiane.

A criatividade, percepção da situação atual na sociedade e dedicação também são fatores que se repetem através dos empreendedores dessa geração, principalmente entre aqueles que batem metas.

“Ao empreender em diversas áreas, descobri também o meu talento e o que realmente faço bem. É importante ter experiências e sair da zona de conforto, ousar e não ter medo de, talvez, falhar”, aconselha.

Cristiane já empreendeu n ramo alimentício, trabalhou em diferentes áreas empresarias e se aventurou no comportamento humano até descobrir que sua área de talento é o capital humano.

“Lidar com pessoas, dar o exemplo e passar o empreendedorismo de qualidade para os que desejam aprender é o que faço de melhor”, conta a CEO.

A fundadora da rede Conecta Diamantes para empreendedores e não empreendedores acredita no sangue da nova geração de profissionais que lutam por seu espaço, apesar das dificuldades.





Conecta Diamantes
Cristiane Bernardes - Presidente, gestora de talentos e palestrante
@lapidandotalentosoficial


Lei que garante direito de autistas a atendimento prioritário ainda é pouco conhecida


Nem todo mundo sabe, mas todo autista tem o direito de atendimento prioritário nos estabelecimentos e serviços do estado de São Paulo, é o que garante a lei 16.756, de junho de 2018, que prevê também a obrigação de inserção do laço símbolo mundial da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas placas de atendimento prioritário, sob pena de advertência e multa ao não cumprimento.

O emblema foi adotado em 1999 e representa o mistério e a complexidade do autismo. Composto por peças coloridas, remete à diversidade de pessoas e famílias que convivem com o transtorno, enquanto as cores fortes simbolizam a esperança em relação aos tratamentos e à conscientização da sociedade em geral.

Mais do que incluir o laço nas placas de prioridade de atendimento, é preciso que os colaboradores das empresas tenham conhecimento do significado do símbolo e o motivo de estar exposto ali para que, além de oferecer um atendimento prioritário, possam estar preparados para responder eventuais reclamações e questionamentos ocasionados por outras pessoas na fila. “São nessas situações que muitos pais acabam hostilizados, justamente porque o autismo é comportamental, não é físico, então nem todo mundo vai perceber que aquela criança é autista”, comenta Amanda Ribeiro, especialista em Intervenção Precoce do Autismo pelo CBI of Miami (Child Behavior Institute).

Amanda explica o motivo de priorizar o atendimento a autistas e pais de crianças com o transtorno. "Nos ambientes comerciais, onde há muito estímulo de iluminação e cores, é possível que algumas pessoas com TEA se sintam muito incomodados, por conta da sensibilidade visual e auditiva que muitos têm. Devido à falta de noção do tempo, ao permanecerem nesses lugares, acabam ficando impacientes, agitados e irritados", diz.

A especialista explica ainda que esses estímulos têm efeitos que variam de pessoa para pessoa. "Embora varie de uma pessoa para outra, são sensações muito comuns entre os autistas, e podem levar a uma crise, que pode até ser confundida com uma rebeldia infantil, mas na maioria das vezes não é", pondera Amanda.

Como mãe de uma criança com autismo, Amanda faz um apelo aos estabelecimentos: "Incluam o laço em suas placas e se adequem à lei. É muito constrangedor para a gente entrar na fila de prioridade, na frente das pessoas, porque o autismo é uma deficiência invisível. As pessoas não conseguem identificar o motivo de estarmos ali. Se tiver o laço na placa, será possível concluir que é porque meu filho é autista".

Ela fala sobre o constrangimento que o descumprimento da lei provoca e conta que já foi insultada por usar a fila prioritária em uma rede de fast food. "Não havia nenhuma placa de atendimento prioritário ou preferencial e acabei sendo constrangida por uma pessoa que me chamou de folgada porque estava apenas usufruindo do meu direito previsto em lei. É importante que os caixas também saibam o significado do laço para evitar esse mal-estar".

Amanda destaca a necessidade de criar campanhas de conscientização para que tanto a sociedade quanto os estabelecimentos possam fazer valer a lei. "Informação é a palavra-chave quando o assunto é TEA e ainda temos muito que avançar".








Amanda Ribeiro - Diretora da Incluir Treinamentos, Amanda é a 1ª brasileira a receber o “Certified Autism Travel Professional”, emitido pelo Conselho Internacional de Padrões de Credenciamento e Educação Continuada. Esses programas são reconhecidos em todo o mundo como a principal referência em treinamento nas áreas de autismo e outros distúrbios cognitivos.

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