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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Como os vegetais interferem na gestação

A partir da concepção, diversas alterações hormonais ocorrem no organismo feminino para garantir o adequado desenvolvimento do embrião que dará origem ao feto. Na medida em que a gravidez avança, aumenta a demanda nutricional da mãe que deve se manter bem nutrida e fornecer todos os nutrientes e energia necessários para o pleno crescimento e desenvolvimento do bebê até o momento do parto. 

Evidências científicas crescentes ainda sugerem que os efeitos da dieta materna sobre o feto podem persistir na vida adulta do descendente com possíveis efeitos intergeracionais. Por tudo, a dieta materna requer planejamento, alimentos seguros e qualidade nutricional. 

O aumento das necessidades de vitaminas e minerais ocorre para quase todos as gestantes, especialmente para vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, folato, cianocobalamina), vitamina A, ferro, zinco, iodo e selênio. Enquanto que se estima incremento das necessidades calóricas ao redor de 300 Kcal/ dia, a partir do segundo trimestre gestacional. 

O consumo exagerado de alimentos durante a gestação pode causar aumento excessivo de peso materno. A obesidade gestacional é uma grande preocupação obstétrica por aumentar significativamente o risco de parto pré-termo, diabetes gestacional, hipertensão arterial gestacional, pré-eclâmpsia, parto cesárea e determinadas anormalidades congênitas. 

Por outro lado, a baixa ingestão alimentar ou o consumo insuficiente de nutrientes podem causar forte impacto no curso natural da gestação e na saúde do bebê, indicando a necessidade de acompanhamento da evolução ponderal materna simultaneamente às orientações nutricionais. 

Com frequência, nos países emergentes, as pessoas, incluindo gestantes, têm apresentado dificuldade para consumir adequadamente vitaminas e minerais por razões relacionadas a fatores econômicos, bem como fatores relacionados ao estilo de vida moderno, resultando em maior risco de ganho de peso inadequado acompanhado por consumo insuficiente de micronutrientes. O consumo de alimentos com elevada densidade nutricional, ou seja, alimentos que contém elevado teor de micronutrientes relativo ao conteúdo energético pode substancialmente favorecer o alcance das necessidades nutricionais sem aumento indevido do peso corporal. 

Dentre os alimentos com maior densidade nutricional, destacam-se as frutas, legumes e verduras (FLV). As carnes, ovos, leite e derivados com menor teor de gorduras, leguminosas, sementes e castanhas também são considerados alimentos com elevada densidade nutricional.

 Enquanto que esses últimos são fundamentais para alcance das necessidades de proteína, ferro, vitamina D e E, cálcio e ácidos graxos essenciais, o consumo de FLV possibilita o fornecimento de elevado teor de potássio, vitamina C, carotenoides, magnésio, cromo, entre muitos outros micronutrientes, com menor carga calórica equilibrando a dieta quando associados com os demais alimentos. As FLV devem fazer parte da rotina alimentar diárias das gestantes. Recomenda-se o consumo de no mínimo 3 porções de legumes e/ou verduras e 3 porções de frutas ao dia para as gestantes. 

As mulheres grávidas representam um grupo de alto risco de inadequação nutricional. Uma dieta saudável, equilibrada e variada, que inclua frutas, verduras e legumes é a maneira preferencial de atingir as necessidades nutricionais na gestação. 

Para a obtenção de vegetais com valores nutricionais adequados devemos cultivar os vegetais em solos com quantidades suficientes de nutrientes. Os solos com teores de nutrientes insuficientes devem ser fertilizados, com o objetivo de favorecer a produção em quantidade e qualidade nutricional. Assim, a qualidade nutricional de um solo irá representar a qualidade nutricional dos vegetais e, consequentemente, no fornecimento de nutrientes para a gestante e seu bebe. 




Daniel Magnoni - consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM   

Polineuropatia Amiloidótica Familiar


A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) inicia campanha nacional para conscientizar os cidadãos sobre uma doença genética rara conhecida como PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar. A ação também visa disseminar informações para a própria classe médica, já que muitos sintomas são também comuns a outros males, dificultando diagnóstico e tratamento adequado. 

Entre as cidades que receberão a ação está Porto Alegre. A capital gaúcha será palco de palestras e interações junto à comunidade acadêmica, com o objetivo de disseminar conhecimento sobre a PAF e suas promissoras formas de tratamento.  

 O evento acontecerá em 04 de julho, na Associação Médica do Rio Grande do Sul, e visa atingir estudantes de medicina e profissionais da área, tanto residentes, como especialistas. Carlo Domênico Marrone, neurologista e coordenador da ação, enfatiza a presença dos palestrantes Pablo Wickler e Marcelo Raffo, além da alta expectativa em relação ao encontro “A iniciativa é muito boa em termos de divulgação sobre a doença”, comentou.   

A PAF provoca a perda progressiva de movimentos e atrofia muscular. Caso não seja tratada nos primeiros dez anos após o surgimento de sintomas iniciais, pode levar à morte.   

Mais comum em descendentes de portugueses, tem prevalência importante no Brasil, se comparados os dados de outros países. É decorrente de uma falha de um gene que possui a função específica de condensar a proteína transtirretina (TTR), no fígado. Enfim, o estopim é o acúmulo desbalanceado dessa proteína em várias partes do organismo, como rins e nervos. 

A PAF é popularmente chamada de “doença dos pezinhos”. Isso porque os pés acusam a consequências primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa.  

Ela traz outras consequências como diarreia, falta de apetite, desidratação, perda de peso, além de certa dificuldade para andar. Em seguida, meio que repentinamente, surgem outros distúrbios, como diarreia e outras alterações gastrointestinais.  

Após cinco anos, parte dos enfermos já demonstra enorme dificuldade de se locomover. Transforma-se em real risco de morte quando rins e coração são atingidos.  

São centenas as suas mutações. Comumente, os portadores brasileiros manifestam a predominante também entre os portugueses, a V30M. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública.  
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Mundialmente, junho é destacado como Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista lusitano Mário Corino da Costa Andrade, falecido no dia 16/ano 2005, seu descobridor nos idos de 1950.  


Cinco dicas para compreender a asma


 


Além de marcar o início do inverno, 21 de junho é o Dia Nacional de Combate à Asma, data que estimula o debate sobre a doença no país. Com a chegada da estação mais fria do ano, especialistas alertam sobre a doença crônica que afeta as vias respiratórias e o pulmão. Apesar de não ter cura, a asma tem tratamento e com os cuidados corretos é possível controlar a doença, permitindo ao paciente levar uma vida normal.

Nesse período do ano, é preciso ficar ainda mais alerta para evitar as crises que tanto prejudicam os pacientes. Cuidar da alimentação também é essencial, pois o excesso de peso dificulta o controle da doença por interferir no metabolismo e na capacidade de respirar. A gordura do corpo produz substâncias que agravam inflamações em estruturas do pulmão1,4,5.

Outro ponto de atenção refere-se às substâncias que causam alergia, pois elas podem gerar inflamações nas vias respiratórias, como ácaros, mofo, pelos de animais, entre outros2,5.


Sintomas, sinal de alerta

Os sintomas da asma são falta de ar, chiado, aperto no peito, despertar noturno e dificuldade para a realização de atividades rotineiras1,2. E, apesar da asma não ter cura, há tratamento que permite 100% do controle da doença, fazendo com que o paciente leve uma vida normal6,7.

Sobre a sua gravidade, a asma atinge 20 milhões de brasileirose seis pessoas morrem diariamente por causa da doença1,2. Em se tratando de asma infantil, aproximadamente 20% das crianças convivem com a enfermidade8, o que significa que se não submetidas ao tratamento adequado, podem passar por restrições importantes justamente em uma fase de desenvolvimento.

A efeméride e o aumento das crises de asma por conta do inverno são oportunidades para esclarecer dúvidas sobre a doença e optar pelo caminho seguro do tratamento. Confira cinco dicas do Dr. Paulo Pitrez, pneumologista pediátrico do Hospital Moinhos de Ventos (RS) sobre a enfermidade:


Existe diferença entre asma e asma grave?

A asma grave é a doença na qual o paciente precisa de muita medicação preventiva, como corticoides inaláveis em doses mais altas, associados a outros medicamentos como broncodilatadores ou até medicamentos de última geração como os imunobiológicos, para o controle da doença, ou mesmo assim não consegue controlar a doença.


Asma e bronquite: é tudo a mesma coisa?

A asma é uma forma de bronquite, mas bronquite é o termo usado para chamar a asma no Brasil. Asma, bronquite alérgica e bronquite asmática são a mesma coisa, mas asma é o termo médico correto de usar.


Dá para controlar a asma?

Sim, é possível. A partir do tratamento disponível, é possível manter o paciente saudável, levando uma vida normal. O objetivo do controle da asma é diminuir/acabar com o sofrimento do paciente, fazendo com que ele não tenha sintomas. Controlar a asma, de modo geral, significa, inclusive, evitar mortes desnecessárias (5-7 óbitos por dia no Brasil, segundo o DATASUS). É importante saber que a asma é uma doença crônica e sem cura, apesar de poder melhorar em alguns pacientes durante a vida. A asma grave costuma ser persistente por toda a vida do paciente.


Como saber se a asma está, de fato, controlada?

A partir das observações rotineiras do paciente. Tosse, falta de ar ou chiado no peito recorrente, despertar noturno por sintomas ou sintomas aos exercícios são indicativos de ausência de controle da doença. Crianças que não brincam tanto, que ficam mais cansados, é outro sinal de alerta. Uma crise de asma (piora dos sintomas que duram vários dias) é um sinal de total descontrole da doença.


É normal ter sintomas?

Não é normal ter sintomas. A asma tem uma particularidade: as pessoas se acostumam com ela e com as limitações decorrentes dela. E consideram essas limitações como algo normal e não é. O ideal para o paciente com asma é ter o controle completo da doença.


Para saber mais, acesse http://asmagrave.novartis.com.br




Novartis




Referências
  1. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. J Bras Pneumol. 2012;38 Suppl 7:S1-S46. Disponível em: http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-12.pdf. Acessado em 17/05/2017
  2. Silva ECF. Asma Brônquica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2008;7(2):33-57
  3. Cazzola M, Camiciottoli G, Bonavia M, et al. Italian real-life experience of omalizumab. Respir Med. 2010 Oct;104(10):1410-6.
  4. Global Initiative for Asthma (GINA). 2017 GINA Report, Global Strategy for Asthma Management and Prevention. Disponível em: http://ginasthma.org/. Acesso em 17/05/2017.
  5. Portal Minha Vida. Asma: sintomas, tratamentos e causas. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/asma. Acessado em 17/05/2017
  6. National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI), National Institutes of Health. What Are the Signs and Symptoms of Asthma? Disponível em:http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/asthma/signs. Acesso em 30/01/2019.
  7. Cleveland Clinic. Asthma Overview. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/articles/asthma-an-overview. Acesso em 12/04/2017.
  8. Solé D, Wandalsen GF, Camelo-Nunes IC, et al. Prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico entre crianças e adolescentes brasileiros identificados pelo International Study of Asthma and Allergies (ISAAC) - Fase 3. J Pediatr (Rio J). 2006 Oct;82(5):341-346.

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