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sábado, 1 de junho de 2019

Professor dá dicas para não cometer gafes na hora de escrever



A escrita é, de acordo com o dicionário Aurélio,
 a representação de palavras e ideias por sinais gráficos,
sendo um dos recursos mais utilizados para a comunicação no mundo atual
Créditos: VisualHunt

Iniciada na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., a escrita é, de acordo com o dicionário Aurélio, a representação de palavras e ideias por sinais gráficos, sendo um dos recursos mais utilizados para a comunicação no mundo atual. Nós a praticamos todos os dias por meio de e-mail, bilhetes, mensagens e avisos. Mas quem nunca teve aquela dúvida na hora de registrar algo da rotina?
Para sanar algumas dúvidas comuns e muito presentes na escrita do dia a dia, o professor de Língua Portuguesa do Colégio Positivo Master, Claudinei Fernando Lichoveski, lembra como fazer a utilização de alguns termos.

  • Muito “obrigado” ou muito “obrigada”, menina?
Quando utilizamos essa expressão (diante de uma gentileza que alguém nos fez, por exemplo), estamos querendo expressar que nos sentimos obrigados a retribuir aquele gesto. “Foi assim que a expressão nasceu. Portanto, quando alguém nos faz alguma coisa pela qual ficamos agradecidos, dizemos um muito obrigado(a), no sentido de expressar que nos sentimos obrigados a retribuir”, explica Claudinei. Sendo assim, a expressão sempre concordará com o gênero daquele que está falando, e não do seu interlocutor.
  • Quando o “bastante” vira “bastantes”
De acordo com o professor Claudinei, a resposta é muito simples: trata-se de um termo que pode ter função adjetiva, acompanhando um substantivo, caso em que deve concordar com o substantivo a que se refere. O mesmo acontece com a palavra “muito”. Inclusive, é possível substituir “muito” por “bastante”. Onde você utilizar “muitos”, poderá utilizar “bastantes”. “Se alguém tem muitos amigos, podemos também dizer que essa pessoa tem bastantes amigos. Quando uma pessoa possui muitas riquezas, ela possui bastantes riquezas. A carga semântica (de sentido) das duas expressões (muito, bastante) é a mesma”, conta.
  • Cuide com a grafia de determinadas expressões
“Há expressões recorrentes que acabam sendo grafadas indevidamente pelas pessoas mais desatentas”, conta Claudinei. Alguns exemplos são: beneficente, privilégio, de repente, com certeza, por isso, de novo, nada a ver (e não nada haver), bem-vindo e mau-humor (com hífen), ao encontro de (quando estiver de acordo, na mesma direção) e de encontro a (quando vier no sentido oposto).
  • Têm ou tem?
A explicação do professor Claudinei é de que o acento diferencial está mantido e de deve ser utilizado nas formas plurais dos verbos ter e vir quando conjugados na terceira pessoa do plural no tempo presente. “Na hora de utilizar esse acento, basta lembrar que: ele tem, ele vem. Mas eles têm e eles vêm”, explica.
  • Vêm, veem ou vêem?
"Essa confusão é muito frequente", lembra o professor. A terceira pessoa do plural do verbo ver e a do verbo vir são muito semelhantes - tanto na grafia, quanto na pronúncia. Enquanto o verbo vir segue a mesma regra do verbo ter (ele vem, eles vêm / ele tem, eles têm), o verbo ver traz o "e" duplicado - ele vê, eles veem. "Antes do acordo ortográfico, o primeiro 'e' de veem levava acento circunflexo, hoje o acento não existe mais no encontro “ee” - outro erro bastante cometido também", ressalta o professor Claudinei.


Valores da juventude na era da hiperconectividade



Por Darlei Dário Padilha *


Você já parou para pensar que todos aqueles que nasceram no começo dos anos 2000 hoje já caminham para idade adulta? Assim como este jovem do século 21, diversos rapazes e moças começam a apresentar seus sinais de maturidade celebrando uma das fases mais importantes da vida: a juventude. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os indivíduos entre os 15 e 24 anos são considerados jovens e estima-se que existem no mundo mais de um bilhão de seres humanos nessa faixa etária - um terço da população mundial, o que indica mais esperança de um mundo melhor. Infelizmente, sabemos que nem todos têm as mesmas oportunidades de acesso à educação, saúde, moradia e etc.

Apesar disso, a chamada Geração Z representa os nativos digitais, pessoas muito familiarizadas com o uso da internet e o pensamento em rede, extremamente conectadas por telefones móveis e também pelo constante compartilhamento de arquivos por meio das redes sociais. Dotados de uma grande compreensão da tecnologia, uma das maiores nuances dessa juventude é o ato de zapear entre várias opções de experiências, seja em séries de televisão, filmes, videogames, modelos de smartphones/tablets ou tutoriais para aprendizados diversos.

Esses jovens não são fortemente influenciados por propagandas e sempre procuram por indicações de amigos antes de comprar algo. Alguns estudiosos diferem na opinião sobre as consequências dessa hiperconectividade nesse período em que ocorrem algumas das primeiras decisões individuais que o(a) acompanharão por muito tempo, como, por exemplo, a opção por uma profissão, o primeiro voto, entre outras escolhas que delimitarão seu futuro.

Realmente uma rotina limitada às telas de conteúdos on demand pode gerar 
sérios problemas, causando inclusive um atrofiamento da vida social, sendo que os jovens precisam da convivência em grupos para se integrar à sociedade. A compulsão começa a se refletir no corpo: dores de cabeça, nas costas e articulações, ganho de peso. Somado a esses problemas, a juventude é o momento-chave para começar a construir a realidade da fase adulta. Aos poucos o jovem vai se tornando uma pessoa mais responsável, mais seguro de seus atos, tendo inclusive responsabilidades civis pelos mesmos. Quase tudo é possível nesta etapa de intensas descobertas, estudos, namoros, viagens e aventuras.

A juventude é também um período crucial, em que as pessoas concluem a Educação Básica e começam a construir uma carreira no Ensino Superior. Nesse sentido, o ensino Marista busca ir além da educação intelectual. Ajudamos a formar jovens protagonistas e também cidadãos conscientes. Nós acreditamos que a construção do projeto de vida pessoal se faz pelo processo de autoconhecimento, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e o fortalecimento de valores como espírito de família, ética, solidariedade e interculturalidade.




Darlei Dário Padilha - mestre em educação, professora universitária e diretora geral do Colégio Marista
Goiânia.


 Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br

16 Brincadeiras para potencializar o cérebro das crianças


De acordo com  a neuropsicopedagoga Lidiane Leite, vivemos em uma geração que está sofrendo de intoxicação digital. “Muitas crianças estão imersas no mundo digital, ficando expostos a conteúdos tóxicos, agressivos e inadequados", explica.

”A falta de brincar prejudica muito o processo de aprendizagem. "A maior parte das crianças não está brincando e por isso elas não estão se desenvolvendo  corretamente. Durante a brincadeira, a criança está criando redes neurais, desenvolvendo suas bases psicomotoras, potencializando seu sistema sensorial e  melhorando suas habilidades auditivas e visuais”, ressalta.

A neuropsicopedagoga Lidiane Leite relacionou algumas brincadeiras que realiza em suas intervenções neuropsicopedagógicas.

01) Andar ou correr conforme o ritmo da música
02) Puxar ou empurrar objetos mais pesados
03) Encontrar o som tocando dentro do ambiente
04) Pisar em tapetes com diversas texturas
05) Livros como "Onde está Wally?
06) Jogo 7 erros
07) Atividades figura-fundo
08) Cabo de guerra
09) Estátua
10) Amarelinha
11) Pular corda
12) Soprar bolhas de sabão
13) Bambolê
14) Currupio
15) Cama de gato
16) Garrafa Sensorial

Segundo Noboru Ito Junior, professor e psicomotricista, o brinquedo é uma ferramenta necessária no processo de desenvolvimento da criança. "Através do brinquedo, a criança constrói inúmeras possibilidades. Entretanto, muitos brinquedos não são sinônimos de maior potencial de estímulo. Às  vezes, eles podem confundir as crianças e elas acabam não experimentando e aproveitando tudo que o brinquedo poderia dar”. O psicomotricista ainda lembra que os pais devem ter cuidado na hora de comprar o brinquedo."Para escolher os brinquedos devem se preocupar com alguns critérios, tais como: faixa etária, nível de habilidade da criança, brinquedos que contenham o selo com a marca do Inmetro."

A neuropsicopedagoga Lidiane Leite recomenda a todos os pais que reduzam o tempo do celular e brinquem mais com seus filhos."A solução não é tirar o celular, é dosar o tempo e brincar com eles em atividades que desenvolvam as bases psicomotoras e principalmente que estimulem o seu sistema sensorial", afirma.

"Crianças aprendem mais quando recebem estímulos sensoriais. Isso ocorre porque aprendemos e interpretamos tudo o que vemos, ouvimos e tocamos. A aprendizagem está diretamente ligada com nossos cinco sentidos. Em função disso, toda criança tinha que brincar e muito na primeira infância e não se preocupar em saber escrever o seu nome", conclui a neuropsicopedagoga.


6 dicas para se preparar até o ENEM




Os passos para planejar a rotina de estudos


Um total de 6.384.957 de estudantes se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2019. E faltando pouco mais que cinco meses para o primeiro dia da prova, muitos participantes intensificam a rotina de estudos. Por outro lado, alguns inscritos pretendem começar agora a se preparar para os dois finais de semana de prova - aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. De acordo com os professores do cursinho online ProEnem - que já ajudou mais de 1 milhão de estudantes - seguindo algumas dicas é possível se preparar para as 180 questões e o grande desafio da prova: a redação. Confira: 


Saiba onde está se metendo - Antes de fazer a prova é preciso conhecer a estrutura do ENEM. Vale pesquisar e olhar os exemplos de anos anteriores para se familiarizar com o estilo das questões. É importante lembrar que o ENEM exige o domínio em 5 áreas do conhecimento: Linguagem, Ciências Humanas, Ciência da Natureza, Matemática e Redação. Uma dica dos professores do ProEnem para a hora da prova é construir uma estratégia de resolução baseada no curso que o candidato escolheu - separando mais tempo para as questões das áreas de interesse.


Tenha o melhor plano de estudo que existe: o seu - Na internet existem diversos planos de estudo que podem servir de inspiração para os candidatos, no entanto, não existe planejamento perfeito. O ideal é que cada estudante formate um plano de estudos particular baseado na rotina, no curso pretendido e, sobretudo, nas matérias que domina ou que têm mais dificuldades. O melhor plano de estudo é aquele que seja viável e que possa ser executado. A dica é: comece por uma meta razoável e que o mantenha motivado, mas não esqueça de aumentar a meta à medida que os estudos deem resultado.


Busque apoio. Sério! - Siga canais, videoaulas, perfis de pessoas que já conseguiram a vaga ou que também estão estudando. A motivação inicial para estudar tende a diminuir ao passar do tempo e, inevitavelmente, haverá momentos de desânimo. O ProEnem realiza videoaulas gratuitas no canal do YouTube e que podem ajudar a manter o foco nos estudos até o final. O mais importante é ficar cercado de bons exemplos em todas as redes sociais e criar um clima positivo.


Explique termoquímica para sua mãe - Não existe um jeito certo de estudar, mas é preciso encontrar o mais efetivo para cada aluno. É importante ter um método de estudo, organizado por dias da semana e por horário - para não ficar massante. Outra dica é perceber como o conteúdo se fixa melhor na memória, alguns trabalham melhor com resumo, outros com mapa mental, leitura em voz alta ou explicando a matéria para outras pessoas - valem os amigos, vizinhos e até a mãe.


Leve os simulados a sério - Se feche no quarto, ligue o cronômetro e faça os simulados ou as provas de anos anteriores como se valessem nota de verdade. Os professores do ProEnem indicam que até o lanche que cada estudante deve levar para a prova deve ser igual. Os simulados são importantes para que o aluno crie uma estratégia de prova. As provas também ajudam a identificar aquelas matérias que merecem atenção especial, afinal, ainda restam 6 meses.


A redação é importante mesmo - Um dos maiores desafios do ENEM é a redação. Muitos estudantes buscam fórmulas mágicas para uma Redação Nota 1000. Mágica não existe, mas técnica eficiente, sim. No ProEnem, dois candidatos chegaram à nota máxima praticando o passo a passo de acordo com a correção da banca. Então, a boa notícia é que a escrita é uma ferramenta que pode ser aprimorada. Por isso, até novembro vale a pena buscar aulas de redação e fazer muitos exercícios de escrita. Apesar da gramática ser pouco cobrada nas questões objetivas, ela é fundamental para um bom texto. Ah! E não se esqueça: título é facultativo. Se você o emprega, isso não aumenta sua nota, mas se você usa errado, pode diminuí-la. Portanto, usar título pra quê, não é mesmo




Transtornos de aprendizagem : as diferenças entre dislexia, disgrafia e discalculia.



*por Renata Haddad  

De acordo com o Ministério da Educação, cerca de 5% das crianças em fase escolar apresentam alguma variação de transtornos de aprendizagem (segundo dados do  Censo Escolar divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), são mais de 1,2 milhão de alunos com deficiência, altas habilidades e transtornos globais do desenvolvimento matriculados nas escolas brasileiras).   
  
Os transtornos são, especificamente, algum tipo de desordem que impede que uma pessoa aprenda no mesmo ritmo das que não apresentam nenhum tipo de problema.   
  
É necessário, porém, saber diferenciar uma dificuldade em determinado assunto, que qualquer indivíduo pode apresentar, de um atraso no aprendizado que cause sofrimento e desconforto no ambiente escolar, pois os transtornos causam inabilidades ligadas à escrita, leitura e matemática, além de afetar o desenvolvimento cognitivo.   
  
As causas, segundo o DSM-V - o Manual de Diagnóstico dos Transtornos Mentais, estão associadas a aspectos biológicos, genéticos e ambientais, já que há uma influência na capacidade do cérebro de processar ou perceber informações, tanto verbais quanto não verbais.   
  
Os transtornos são identificados através da observação pedagógica, pois os indivíduos podem apresentar atraso na escola e frustração relacionada a aprendizagem. Por isso, o papel do professor se torna muito importante para o diagnóstico, pois é através dos comportamentos dos alunos, durante as aulas, que é percebida a dificuldade que demonstrará o transtorno. Assim, o educador contribui pontualmente para a realização do diagnóstico.   
  
Os principais transtornos são dislexia, disgrafia e discalculia.    
  
A dislexia apresenta dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das palavras e na habilidade de decodificá-las e soletrá-las. É um problema crônico e comum, afetando mais de 2 milhões de pessoas no Brasil.   

Os sintomas da dislexia são mais evidentes na infância, pois é nessa época que o transtorno é mais acentuado.  Para saber se seu filho ou aluno possui essa dificuldade, é necessário prestar atenção nos seguintes sintomas:   

·         Alterações no desenvolvimento da fala;  

·         Dificuldades na memorização de palavras ou regras ortográficas;   

·         Dispersão e falta de atenção;   

·         Atraso na leitura e/ou comprometimento da fala.   
   
Na disgrafia as crianças apresentam dificuldade na fluência escrita em vários aspectos, cometendo erros de ortografia e na formação das palavras. A  disgrafia pode estar relacionada também com problemas psicomotores. Abaixo alguns sintomas que chamam a atenção para esse transtorno:   

·         Dificuldade na formação de letras;   

·         Letras pequenas demais ou muito largas;   

·         Uso indevido das letras maiúsculas e minúsculas;   

·         Letras sobrepostas;   

·         Dificuldade na fluência e na escrita.   
  
  
Já a discalculia é o nome usado para se referir a inabilidade da execução de operações matemáticas e aritméticas. Os sintomas dessa condição envolvem a dificuldade de organizar, classificar e realizar operações com números. Ela pode se apresentar de diversas maneiras e o tratamento é feito através de intervenções psicopedagógicas, fonoaudiólogas e uso    
de programas educativos especiais.   
  
  
Se você percebeu alguma dessas características em seu filho ou aluno, é necessário um encaminhamento para um neurologista. Porque a intervenção precoce é fundamental para uma melhor qualidade na vida desse indivíduo!   



  
Renata Haddad - pedagoga, pós-graduada em Neuroeducação com ênfase em Transtorno do Espectro do Autismo e mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento – área voltada para a capacitação de professores para educação inclusiva.  Ela  vai coordenar grupos de estudos, reunindo os profissionais de diferentes áreas da educação, bem como médicos e profissionais de saúde para discutir formas de ajudar um aluno disléxico em sala de aula. O primeiro encontro está marcado para os dias 05 e 06 de junho, na Pluralità, uma assessoria de educação inclusiva para capacitar profissionais para as escolas 


Hábitos comuns como roer unhas podem desencadear em DTM


Apoiar mão na mandíbula, mascar chiclete e morder tampa de caneta podem desenvolver disfunção temporomandibular



Segundo a Associação Brasileira de Odontologia, aproximadamente 40% das pessoas sofrem com disfunções temporomandibulares (DTM), importantes fatores no desenvolvimento dos distúrbios são causados por hábitos parafuncionais, ou seja, manias do dia-a-dia, como apoiar a mão na mandíbula, colocar objetos como lápis e caneta na boca, mascar chiclete, roer as unhas, remover cutículas com os dentes, chupar o dedo e apoiar a mão sobre o queixo enquanto dorme, podendo causar microtraumatismos articulares.

Esses vícios podem causar pressões inadequadas na articulação e resultar em possíveis disfunções, porém, o distúrbio também pode se desenvolver por atos involuntários ou fatores emocionais. “O distúrbio pode ocorrer por estresse, ansiedade, ou até mesmo pode ser considerado como um ato involuntário, e é mais incidente durante o período de sono. Por esse motivo, há uma dificuldade do próprio paciente notar o transtorno. Traumas e fatores genéticos também podem fazer que a DTM se desenvolva”, alerta a fisioterapeuta Fabiana Oliveira, especialista em dor orofacial e ATM.

A DTM pode gerar sintomas como dores locais e crônicas, sensibilidades na região orofacial, cansaço no rosto, inchaço, tensões, dificuldades ao abrir a boca e zumbidos nos ouvidos.  “Os sintomas da DTM são muito confundidos com outras condições, por estarem localizados na região da face. Comumente é confundida com dores de cabeça, dores de ouvido ou dente. Por isso, quando as dores são persistentes, é importante buscar um profissional especialista em Dor Orofacial e DTM, para um diagnóstico preciso”, destaca Fabiana.

O tratamento inicial é baseado em procedimentos que envolvem dedicação do paciente, ou seja, mudança de hábitos e autocuidados, outros tratamentos denominados como conservadores e reversíveis incluem exercícios mandibulares, conhecidos como terapias de suporte, termoterapia, farmacoterapia e os dispositivos inter-oclusais (placas oclusais). A diferença entre os dois é que o conservador é menos invasivo, e o reversível possui tratamentos que diminuem ao máximo a dor do paciente.

A fisioterapia é o tratamento mais recomendado pois não é invasivo, repara a força e a função da articulação por meio de exercícios. É importante a prática de atividades que controlam o estresse e que utilizam técnicas de relaxamento para um resultado com mais eficácia. “Muitos pacientes de DTM conseguem reverter o quadro e acabam nem precisando realizar uma cirurgia, corrigindo os problemas e dores com a fisioterapia. Temos inúmeros casos de sucesso com os exercícios fisioterápicos, além também de ser essencial num pós operatório em casos já avançados”, finaliza Fabiana.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Vacinação contra gripe será estendida para toda população


A partir do dia 03 de junho, toda a população poderá se vacinar contra a gripe. Público prioritário teve mais de 50 dias para se vacinar com exclusividade


A partir da próxima segunda-feira (03/06), toda a população terá oportunidade de se vacinar contra a gripe enquanto durarem os estoques da vacina. Ou seja, quem não faz parte do público-prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza também pode procurar a unidade de saúde mais próxima para se vacinar. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde já enviada aos estados e municípios. A medida evitará desperdício de doses nas localidades que não alcançarem a meta de imunização no público-alvo, que continua sendo prioritário. Até hoje (31), dia em que se encerra a campanha, quase 80% do público-alvo foi vacinado, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.
Durante o período da campanha, foram priorizados 59,4 milhões de gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento. Mas, até o início desta sexta-feira (31), 11,9 milhões de pessoas desses grupos ainda não haviam recebido a dose de proteção contra a influenza. A meta é vacinar 90% do público-alvo.
A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.
Até o momento, seis estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (98,5%), Amapá (98,5%), Pernambuco (93,6%), Espírito Santo (91,3%), Rondônia (90,4%) e Maranhão (90%). Outros estados estão bem próximos à meta e já ultrapassaram o percentual de 85%: Alagoas (89,9%), Rio Grande do Norte (88,7%), Minas Gerais (86,6%) e Paraíba (86,1%). Já os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (63,7%), Acre (73%) e São Paulo (73,1%). Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.
Entre a população prioritária, os funcionários do sistema prisional registraram a maior cobertura vacinal, com 103,3% de cobertura, seguido pelas puérperas (94,9%), indígenas (90,6%), professores (90,8%) e idosos (88,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (36,8%), população privada de liberdade (59,5%), pessoas com comorbidades (73,5%), crianças (74,2%), gestantes (74,5%) e trabalhadores de saúde (78,4%).
A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.
CASOS DE GRIPE NO BRASIL

Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos e 86 óbitos.
TRATAMENTO DA GRIPE

Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.



Camila Bogaz
Agência Saúde


Dia Mundial Sem Tabaco (31/5): sete dicas para abandonar o cigarro


A fumaça do cigarro possui em torno de 4,7 mil substâncias tóxicas que trazem riscos à saúde



O dia de hoje é marcado pelo Dia Mundial Sem Tabaco. A data é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo. Em 2019, o mote da campanha é "saúde do tabaco e dos pulmões". 

Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 10,1%, sendo 13,2% entre homens e 7,5% entre mulheres. Este percentual é acessado, desde 2006, por meio de monitoramento anual por telefone nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal com adultos maiores de 18 anos que residam em local com linha de telefone fixo.



Riscos do Tabagismo


De acordo com o oncologista Tiago Kenji, especialista em câncer de pulmão no Hospital Santa Paula, o risco de câncer de pulmão em um ex-fumante será sempre maior quando comparado a alguém que nunca tenha fumado.

“Comparados aos não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver o câncer de pulmão. Geralmente os sintomas aparecem apenas quando a doença já está avançada como: tosse frequente, mudança no padrão da tosse, tosse com sangue, rouquidão, chiado no peito, falta de ar e dor no tórax”, explica o especialista.

O câncer de pulmão pode ser classificado em quatro estágios. O estágio 1 representa os tumores iniciais, o 2, os tumores um pouco maiores, mas ainda restritos aos pulmões, o 3, os tumores avançados dentro do tórax, e o 4 são os tumores que já se disseminaram pelo organismo. O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

“Costumo dizer para meus pacientes que, hoje, o maço de cigarros custa em média R$ 7,00. Em vinte anos, o indivíduo gastará em média R$ 50 mil, ou seja, se parar de fumar, ele pode comprar um carro zero km ou fazer uma viagem para o exterior”, diz Kenji. 

Para quem convive com fumantes, o médico aconselha a evitar ao máximo o contato com o cigarro, determinando a área externa como o único ambiente possível para quem quiser fumar. O médico afirma que o simples fato de ser fumante passivo já aumenta em 30% o risco de ter câncer de pulmão. “O tabagismo é uma doença crônica e transmissível, basta olhar alguém fumando para sentir vontade. É por isso que 85% dos tabagistas começam a fumar aos 16 anos. De 80% que tentam parar, apenas 3% conseguem”, afirmou. 

Se o tabagista está em tratamento, é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas. “Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente.”



Outras doenças 


Além do câncer de pulmão, o cigarro pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação. 

De acordo com o médico, cada tragada é responsável pela inalação de aproximadamente 4,7 mil substâncias tóxicas. As principais são a nicotina, associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea); o monóxido de carbono (CO), que reduz a oxigenação sanguínea no corpo; e o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.


Entre os principais danos causados ao corpo estão:


Boca: mau hálito, irritação da gengiva, aparecimento de cáries, alteração nas papilas gustativas, o que afeta o paladar, e aumento do risco de câncer de boca.

Cérebro: a dificuldade de circulação sanguínea no órgão pode comprimir os vasos e aumentar a pressão arterial, resultando em um derrame cerebral. 

Coração: aumento do colesterol total, da pressão arterial e da frequência cardíaca, que pode subir em até 30% durante as tragadas. Além disso, todo fumante é mais propenso a ter infarto.

Corrente sanguínea: o fumante está mais sujeito a problemas relacionados à circulação como aneurisma, trombose, varizes e tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.

Estômago: náuseas e irritação das paredes do estômago. As substâncias tóxicas do cigarro também podem gerar gastrite, úlcera e câncer no estômago.

Fígado: a nicotina é metabolizada no fígado e, consequentemente, aumenta a chance de desenvolver câncer no órgão.

Pulmão: os tecidos dos pulmões perdem a elasticidade e são destruídos aos poucos. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um dos problemas causados e manifesta-se de duas maneiras: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Das mortes provocadas por essas enfermidades, 85% estão associadas ao cigarro. Elas geralmente se desenvolvem depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão por causa das toxinas do cigarro. 


O oncologista listou sete dicas para quem quer parar de fumar:


1 - Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada, tenha paciência. 

2 - Existem vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar. As pessoas se reúnem em grupos de autoajuda, no mínimo, uma vez por semana. Em alguns casos essa frequência pode ser ajustada para mais dias por semana.

3 - No Brasil, os tratamentos farmacológicos podem ajudar, eles incluem o uso de adesivos e goma de mascar. 

4 – Evite bebidas alcoólicas e café, pois a ingestão desses líquidos estimula a vontade de fumar. 

5 - A abstinência é normal e dura somente alguns minutos. Neste momento, beba água, masque chiclete ou coma algum doce. 

6 - A prática de exercício físico contribui muito para a melhora respiratória. As atividades mais indicadas são natação, caminhada, corrida e ciclismo.

7 – Busque o apoio de sua família e amigos para lidar com possíveis recaídas. 


Algumas das vantagens em largar o vício são: 


- Ter a pressão sanguínea de volta ao normal após 20 minutos sem fumar.

- Ter a circulação sanguínea adequada após três semanas sem cigarro.

- Depois de 5 a 10 anos, ter o risco de infarto igual ao de uma pessoa que nunca fumou.

- Os que largarem o cigarro aos 30 anos podem viver até dez anos mais do que viveriam.

- Diminuir a ansiedade e o risco de calvície.






Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000



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