Levantamento da GESTO ainda aponta
que mais de 50% das pessoas com pressão alta tem outra condição crônica
associada
O calendário brasileiro da saúde marca o dia 26 de
abril como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença
que atinge cerca de 30 milhões de pessoas no País segundo o Ministério da
Saúde. Um dado bastante preocupante sobre essa parcela da população é a elevada
probabilidade de internação: enquanto as das pessoas em geral ficam em torno de
12,65%, as dos hipertensos superam os 40%, muito em função de problemas
cardiovasculares e gastroenterologicos. Além disso, outro dado clínico
relevante é que 52% deles possuem mais de uma condição crônica associada, como
diabetes e cardiopatia.
Como consequência, os custos médicos de alguém
nessas condições são quatro vezes maiores do que de um cidadão sem pressão
alta. Eles são o reflexo da necessidade de visitas mais constantes ao médico e
de terapias para o cuidado com a saúde e controle da pressão alta, já que a
tendência é que um paciente crônico nessas condições vá duas vezes mais a
consultas de rotinas do que a média populacional, além de realizar o triplo de
exames para receber o diagnóstico e realizar o acompanhamento dos níveis da
hipertensão.
As informações são da GESTO, health tech com foco
em corretagem de plano de saúde baseada em ciência de dados para cuidar de
vidas e gerenciar de maneira inteligente todo o ciclo de saúde empresarial
proporcionando equilíbrio entre o cuidado com as pessoas e a sustentabilidade
financeira da empresa. Ela administra um banco de cerca de 6 milhões de vidas
formado por titulares e dependentes da assistência prestada por empresas de
diferentes portes que atuam em território nacional. Para o levantamento foi
considerada uma amostra de 720 mil vidas no ano de 2018, maior do que a
população de mais de 99% dos municípios brasileiros, por exemplo.
Dentre a população avaliada, os hipertensos somam
50 mil vidas, ou seja, são 7% do total e representaram um custo 28% maior no
gasto do acumulado do ano passado, o que significam R$514 milhões no período. A
internação de alguém com hipertensão também pode chegar a custar 40% a mais
quando comparada com a média geral. A faixa etária que tem maior quantidade de
pessoas com pressão alta está nos indivíduos com mais de 59 anos e essa
proporção aumenta gradativamente conforme o envelhecimento da população.
“Os dados são bastante claros em nos apontar que a
hipertensão a cada dia se torna um fator que não apenas deixa a nossa população
menos saudável, como também contribui para encarecer os custos da saúde. Se
levarmos em conta que a pressão alta tem tratamento antes desse estágio crônico
e que 25% dos brasileiros são assistidos pela saúde suplementar, principalmente
financiada pelas empresas, precisamos com urgência somar a eficiência da
tecnologia na gestão da saúde para atuar de maneira preditiva na identificação
de casos que possam se apresentar no futuro e também orientar e incentivar com
práticas personalizadas esse beneficiário para que seja tirado o máximo do
proveito do recurso que ele tem nas mãos”, explica a CEO da Gesto, Fabiana
Salles.
Ou seja, os benefícios ao usuário de um plano de
saúde empresarial podem ser maximizados com a utilização da tecnologia. Já que,
ao identificar uma inclinação para um fator de risco, seja crônico ou não, pode
ser acionada toda uma rede de acompanhamento multidisciplinar a fim de prover
mais suporte a essa pessoa. Dessa maneira, pode ser evitado que ela não chegue
a ficar doente ou trate corretamente o diagnóstico recebido, evitando assim
gastos extras para empresas e beneficiários.