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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Especialistas explicam a fisioterapia pélvica funcional e seus benefícios


Exercícios da Fisioterapia Pélvica 
Divulgação


Especialidade vem ganhando espaço por tornar a mulher protagonista do seu parto


A Fisioterapia Pélvica Funcional, especialidade reconhecida mundialmente na prevenção e tratamento de disfunções cinético-funcionais intercorrentes na pelve humana, reúne técnicas, movimentos e exercícios especializados para a saúde da mulher e do homem, focados nos sistemas urinário, gastrointestinal e reprodutor, que ocasionam desconforto e riscos de doenças na região. Hoje, é frequentemente recomendada por ginecologistas e obstetras no acompanhamento da gestação ao pós-parto, como complemento do pré-natal e boa saúde da mãe e do bebê.

De acordo com as fisioterapeutas Thalita Freitas e Alessandra Sônego, especializadas na Saúde da Mulher e Obstetrícia pelo HC-FMUSP, o trabalho da região pélvica propõe uma série de benefícios, como prevenir e corrigir alterações posturais anormais, tratar possíveis dores ocasionadas pelo aumento de peso, controlar a ansiedade, melhorar a respiração, aumentar a elasticidade vaginal, tornando assim a mulher protagonista do seu parto. “A pelve da mulher sofre grande ação de hormônios durante a gestação, que a deixam mais flexível para favorecer a descida do bebê. Ela ganha força muscular, que reduz as chances de perda involuntária de urina, o aparecimento do prolapso genital, e a recuperação e regeneração são mais rápidas no pós-parto. Além disso, os exercícios fisioterapêuticos chegam a reduzir até 50% o tempo do trabalho de parto”, relevam.

A mobilidade materna durante o trabalho de parto e as posições adotadas no momento do nascimento, técnicas utilizadas pela fisioterapia pélvica, desempenham um papel importante no nível de conforto da mãe, e também possui influência em quão rápido e eficaz o trabalho de parto irá progredir. “O posicionamento correto da mãe pode acelerar o trabalho de parto e reduzir o desconforto das contrações, pois favorece a descida do bebê, diminuindo a pressão em áreas específicas e o esforço muscular desnecessário. A maioria das posições pode ser aplicada na sala de parto com ou sem o uso de acessórios, como uma bola terapêutica. Além disso, o leito pode ser adaptado à uma posição que facilite a saída do bebê”, explica Thalita.

Mesmo que a gestante tenha alguma complicação no período expulsivo, indicando uma cesariana, o trabalho realizado anteriormente não é perdido, pois ajuda na consciência corporal e na reocupação pós-operatória. “A rápida recuperação no pós-parto depende dos bons hábitos que a gestante cultivou ao longo da gravidez, e isso inclui o acompanhamento especializado. Os músculos têm memória, e isso quer dizer que o trabalho durante a gestação irá se reabilitar corretamente, incluindo a parede abdominal, para que evite disfunções como, por exemplo, uma diástase”, diz Alessandra.

A fisioterapia pode ser retomada logo após o parto, para garantir que a musculatura se regenere e que a cicatrização ocorra de maneira adequada, levando em consideração todas as intervenções e o quadro clínico da paciente.

Técnicas de reprodução assistida são opções para quem quer programar a chegada de um filho em 2019 ou para bem depois disso



2019 é a melhor época para fazer planos para o novo ano. Além de um novo emprego, um casamento, aquela viagem dos sonhos, muitos casais começam a se programar para aumentar a família. E como todo projeto novo é preciso planejamento e organização.

Uma das opções para a realização do sonho da maternidade e da paternidade pode ser através das técnicas de reprodução assistida, especialmente com o aparecimento das novas configurações familiares. Professor Titular do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFMG e especialista no assunto da Clínica Origen, o médico Selmo Geber, explica que “a reprodução assistida tem ajudado casais heterossexuais, casais homoafetivos e, mulheres e homens sem parceiros que desejam se tornar pais e mães.”

O especialista explica que houve um aumento da procura de casais homoafetivos e pessoas solteiras pela reprodução assistida nos últimos tempos. O que demonstra, felizmente, a consolidação dessas relações familiares no país. O processo é tranquilo, mas requer o acompanhamento dos especialistas, tanto médicos quanto psicólogos.

Nestes casos, o primeiro passo é o casal procurar uma clínica de reprodução assistida para, junto com o médico especialista, definir o melhor método para se conseguir a gravidez. “No caso de um casal do sexo masculino, é preciso utilizar o tratamento de Fertilização in vitro  com útero de substituição que receberá um embrião formado pelo espermatozoide de um dos dois e por um óvulo doado anonimamente. Para um casal do sexo feminino, elas precisarão recorrer a um banco de sêmen para fazer o tratamento”, esclarece o médico.

Já os casais heterossexuais devem procurar por um médico ginecologista de confiança para fazer os exames de rotina. “Estando tudo certo, inicia-se o processo de tentativas que deve durar um ano”, explica Dr. Selmo. Ele ressalta que, após esse período, caso a gravidez não aconteça, é recomendável buscar um especialista em reprodução assistida para que seja averiguado o motivo da não gravidez e, então, se iniciar o tratamento recomendado. No caso da causa ser anovulação, o tratamento recomendado é a indução da ovulação com medicamentos indutores da ovulação, no caso da causa ser o fator masculino leve ou moderado, o tratamento recomendado é a inseminação intrauterina e, nos casos mais graves, fator tubáreo, idade avançada ou mesmo endometriose, a indicação passa a ser a Fertilização in vitro.

Em ambos os casos, tanto para casais homoafetivos quanto para os heterossexuais, é fundamental o apoio psicológico da família, do companheiro ou companheira e de um psicólogo. “O processo de tentativa de gravidez, seja ele natural ou por fertilização, pode ser demorado e causar uma ansiedade no casal. Por isso, ter essa base emocional é essencial para o processo, ressalta.

Para as mulheres que querem ou precisam adiar o projeto gravidez, é importante lembrar da possibilidade de congelar o óvulos e com isso, preservar a capacidade reprodutiva que vai diminuindo com o passar dos anos, a partir dos 35 anos.

Ainda assim, ao que parece, 2019 promete ser um ano no qual os casais irão tentar ou ao menos programar o aumento da família, com base no otimismo que todo ano novo traz.

7 motivos para fazer checkup médico anual


Entenda como o cuidado com a saúde, ligado à realização de exames, pode aumentar as chances de cura de doenças se diagnosticadas precocemente


Parece clichê, mas cuidar da saúde, ir para academia e se alimentar de maneira mais saudável estão sempre na lista da maioria das pessoas.

No entanto, nem todos dão atenção especial àquele checkup anual para conferir o seu estado de saúde e fazer exames básicos.

Em meio a tantas dúvidas sobre o checkup anual, o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado, esclarece os principais pontos sobre a realização de exames de rotina.
Veja a seguir:


1) Quais são os principais objetivos para a realização dos exames anuais?

A prevenção de desenvolvimento de doenças através das medidas de orientação, detecção de doenças precoces graves com possibilidade de cura e melhorar a qualidade de vida por meio de bons hábitos.


2) Qual idade é recomendada para o início dos exames?

Sempre recomendamos que checkups sejam feitos todos os anos, principalmente para verificar condições de exames básicos, como colesterol, triglicerídeos e dosagens hormonais. A partir dos 40 anos a atenção deve ser ainda maior, pois começa a aumentar o aparecimento de doenças cardiovasculares e degenerativas.


3) Como a frequência do checkup é estabelecida?

Deve ser estabelecida pelo médico que está acompanhando o paciente, a frequência varia de acordo com o estado de saúde da pessoa. No entanto, pessoas com bom histórico de saúde podem realizar exames anuais.


4) Quais são os exames mais comuns e sua função?

-Hemograma: exame de sangue para avaliar para identificar possíveis alterações, como infecções, anemia e leucemia.

-Pressão arterial: faz o acompanhamento da hipertensão arterial.

-Exame de urina: avaliar o funcionamento dos rins e detectar possíveis infecções no trato urinário.

-Exame de fezes: analisa as funções digestivas.

-Colesterol total e frações: calcula o risco de entupimentos nas artérias e doenças cardiovasculares.

-Glicemia em jejum: exame de sangue que mede a taxa de glicose na circulação sanguínea.


5) Além do checkup, o que é necessário fazer?

É preciso manter uma alimentação regrada e fazer atividades físicas para garantir uma vida saudável. A mudança de hábitos pode ser considerada uma forma de prevenção para evitar o desenvolvimento de uma doença.


6) Quando tratamos de doenças nos aparelhos genitais, quais são as principais diferenças e exames?

A variação vai de acordo com o sexo, as mulheres são atendidas pelo ginecologista e os homens pelo urologista.

Após a obtenção da história clínica e do exame físico detalhado, incluindo o toque vaginal para as mulheres e o toque retal para ambos os sexos, são solicitados os seguintes exames:

-Urina e creatinina: avaliam doenças renais;

-PSA (Antígeno Prostático Específico): este em especial é realizado para em homens na avaliação das doenças da próstata;

-Ultrassonografias: abdômen; de próstata (homens) e pélvico (para avaliação de útero e ovários em mulheres).


7) Quais são os fatores que levam os homens a cuidar menos da saúde do que as mulheres?

O trabalho excessivo e falta de tempo, a falta de costume de fazer prevenção, além do receio de detecção de doença como sinal de fraqueza. É preciso quebrar estes paradigmas para ter uma vida mais saudável.






Dr. Marcos Tobias Machado - Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, tendo destaque para residência médica no Hospital das Clínicas da USP, fellowship em uro-oncologia na Universidade de Miami, especialização em laparoscopia e robótica no H.Henri Mondor em Paris, desenvolvendo cirurgias minimamente invasivas mais complexas, além de atualmente ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul.

Diabetes: Conheça doenças comuns que podem acontecer depois do diagnóstico


Endocrinologista do Hospital 9 de Julho explica quais são as consequências da falta de tratamento do diabetes como problemas nos rins, pés e olhos; Brasil ocupa o quarto¹ lugar entre os 10 países com maior número de diabéticos no mundo



Sede excessiva, vista embaçada, cicatrização lenta, vontade de comer doce, ou até nenhum sintoma. Assim pode ser o paciente diabético. No Brasil, são mais de 13² milhões de casos da doença, o que representa quase 7% da população. Segundo a Dra. Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, esse número tende a crescer. “Boa parte dos brasileiros vivem uma rotina sedentária aliada à má alimentação, o que gera o sobrepeso, característica que geralmente está ligada ao diabetes.

O diabetes mellitus ocorre quando o pâncreas não produz o hormônio insulina em quantidade suficiente para metabolizar a glicose presente nos alimentos, o que aumenta a concentração dela no sangue. Essa variação da doença também é chamada de diabetes tipo 2. Há ainda o diabetes tipo 1, de origem autoimune e normalmente identificado na infância e adolescência. Neste tipo de diabetes não ocorre a produção de insulina pelo pâncreas.

Segundo a Dra. Roberta, além da deficiência na produção, algumas pessoas podem ter resistência à ação da insulina, que ocorre principalmente em obesos e reflete no aumento das taxas de açúcar no sangue.

A especialista salienta que, se o excesso de glicose não for controlado com uma alimentação saudável, exercícios físicos, medicamentos e acompanhamento médico, o organismo pode ser prejudicado. “Com o alto nível de açúcar no sangue a circulação sanguínea fica prejudicada, o que gera repercussão nas artérias periféricas e em diversos órgãos como os rins” explica a Dra. Roberta. Entre as doenças que podem ser desencadeadas pela falta de tratamento do diabetes estão:

Retinopatia: com o alto nível de glicemia, o funcionamento dos vasos sanguíneos da retina podem ser prejudicados pela sobrecarga nos vasos dos olhos provocando seu deslocamento, podendo levar a sangramentos e descolamento de retina e até uma atrofia (fibrose). A Dra. Roberta alerta que, em casos mais graves, o paciente pode ficar cego. “O diabetes é a maior causa de cegueira em adultos, principalmente se eles não fazem o controle de glicose da forma correta”.

Nefropatia: os rins são responsáveis pela filtragem do sangue para o corpo. Quando existe o excesso de açúcar na corrente sanguínea, há maior dificuldade do corpo em manter o funcionamento dos órgãos, especialmente dos rins por não conseguirem fazer a “limpeza” de forma adequada. Segundo a Dra. Roberta, a nefropatia é uma doença silenciosa e que pode se tornar uma insuficiência renal crônica quando não é identificada e tratada a tempo.

Úlcera nos pés ou pernas: ferida originada pela má circulação sanguínea nas pernas e pés. O Diabetes pode causar a perda de sensibilidade nas extremidades do corpo, que favorece o aparecimento destas feridas e de infecções nos pés com difícil cicatrização por conta do volume de açúcar circulando pelo sangue - isso é chamado de “pé diabético”.

Para evitar o diabetes e suas consequências, é fundamental aumentar os cuidados no estágio de pré-diabetes, quando a alteração da glicemia ainda é considerada leve. "O pré-diabetes é uma condição que, embora seja favorável ao desenvolvimento do diabetes e de outros problemas de saúde, costuma ser reversível com mudanças como uma alimentação balanceada e exercícios regulares” esclarece a Dra. Roberta.
A especialista complementa que os pacientes mais bem-sucedidos no controle do pré-diabetes fazem da dieta saudável e de outras mudanças no estilo de vida uma prioridade. “Além de se afastar o diabetes, os benefícios incluem a melhora do sistema cardiovascular e do controle do peso corporal".




Pinta, mancha ou pequenos ferimentos na pele podem ser indicativos de câncer de pele


País tropical, com alta incidência solar durante todo ano, excesso de exposição ao sol e falta de proteção. Esses são alguns fatores de risco que fazem com que o brasileiro precise ter cuidado redobrado quando o assunto é câncer de pele. Pinta, mancha na pele e pequenos ferimentos são sinais de alerta e é necessário que seja realizada uma consulta com especialista. Este ano, no Brasil, serão 165.580 novos casos da doença.

O Dezembro Laranja é o mês que chama atenção para o câncer de pele e busca conscientizar a população da importância da prevenção, que pode ser feita com a utilização do filtro solar, barreiras físicas (camisas de proteção, chapéus, guarda sol, entre outros), além de evitar exposição ao sol das 10h às 16h. Nesta sexta-feira (21), temos a abertura do verão e a necessidade de reforçar os cuidados com a pele.

A dermatologista do Hapvida, Marcela Vidal, informa que os principais sinais do câncer de pele geralmente se apresentam em forma de uma pinta, sinal ou mancha. "Geralmente essa mancha tem três ou mais cores e as bordas são irregulares. Também pode ser um sinal que apresentou um crescimento acelerado em pouco tempo, um nódulo, uma ferida que não cicatriza há mais de um mês ou uma lesão que tem um sangramento fácil. Esses são sinais de alerta para que se procure um dermatologista e seja feito um diagnóstico o quanto antes", orienta.

As pessoas que têm mais predisposição a desenvolver o câncer de pele, segundo a médica, são aquelas que são mais expostas ao sol. "É claro que existe câncer de pele como o melanoma, onde a exposição solar não é tão importante, o que conta mais é a predisposição genética. Inclusive ele pode se desenvolver em áreas do corpo que não são expostas ao sol. Mas a maioria dos cânceres de pele, que são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por mais de 90% dos casos, têm uma ligação muito grande com a exposição solar", explica.

A dermatologista alerta que a exposição recreativa, com uma pessoa que se queima muito de forma mais esporádica, acarreta um risco aumentado de câncer de pele. Ela destaca que indivíduos que se expõem de forma constante, como os que trabalham diretamente expostos ao sol como agricultores, pescadores, garis, trabalhadores da construção civil e surfistas, integram o principal grupo de risco.

Já o tratamento para quem descobre o câncer de pele é basicamente cirúrgico. Conforme explica Marcela Vidal, é realizada uma cirurgia e como geralmente são lesões pequenas (pois o crescimento é lento), utiliza-se a anestesia local. Quanto antes diagnosticada a doença, menor o tamanho da ferida operatória, mais rápido o processo de cicatrização e melhor o resultado estético. Em alguns casos, quando a lesão é muito superficial, existem outras modalidades de tratamento não cirúrgicas, mas são casos bem pontuais.



Mioma uterino geralmente atinge mulheres em idade reprodutiva na faixa dos 30 a 50 anos


 
75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida



A maioria das mulheres tem pouca informação sobre os métodos minimamente invasivos para tratar miomas e acaba se submetendo a cirurgias mais agressivas e, possivelmente, desnecessárias. Segundo a pesquisa feita pela Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos em agosto de 2017, 62% das mulheres que responderam ao questionário postado na internet nunca ouviram falar da embolização de miomas. Já no grupo que foi diagnosticado com o problema, e que deveria ter maior conhecimento sobre os métodos para tratar a condição, 44% não sabiam nada a respeito das técnicas minimamente invasivas.

Segundo o Dr. André Moreira de Assis, membro titular da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista, a embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres, permitindo uma abordagem minimamente invasiva. “Além de serem menos dolorosas, oferecem um período de recuperação mais curto do que as opções cirúrgicas, ” explica o ´médico.

O mioma uterino costuma atingir mulheres em idade reprodutiva na faixa dos 30 a 50 anos, essa doença causa a formação de tumores pélvicos benignos nasce dentro ou fora do útero. Estima-se que 75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida, sendo que 20 as 25% ocorrem na idade de engravidar e 10 a 20% apresentam os sintomas.

O procedimento consiste na obstrução das artérias do útero que alimentam os miomas de sangue, por meio da injeção de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool (tem efeito permanente e inofensivas ao organismo). Realizado sob anestesia peridural ou raquidiana para tratamento definitivo do miomatose uterina sintomática.

Para o especialista, esse tratamento é indicado como alternativa para mulheres que têm que retirar os miomas ou o útero em decorrência do sangramento acentuado (podendo levar à anemia), dor abdominal (normalmente cólicas), aumento do volume do abdome e até dor à relação sexual. “Existem mulheres que têm Adenomiose” isolada ou em associação com os miomas uterinos que também podem ser tratadas com esta mesma técnica”, finaliza o médico.






Dr. André Moreira de Assis - médico do CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É radiologista intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).
www.criep.com.br

Trombofilia na Gravidez



Segundo o Ministério da Saúde, grávidas são até cinco vezes mais propensas a sofrer com a doença. Elas podem apresentar desde inchaço e alterações na pele até o desprendimento da placentapré-eclâmpsiarestrição no crescimento do feto, parto prematuro e aborto. No início deste ano, o governo anunciou a inclusão da enoxaparina - usada no tratamento das gestantes com trombofilia - na lista de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

De acordo com Alberto Guimarães, mestre em ginecologia e obstetrícia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a gravidez não é um fator de risco para a doença, e sim para o aumento de coágulos no corpo da gestante. Isso acontece justamente para proteger a mulher. A coagulação sanguínea impede que, depois do parto, por exemplo, ocorra uma intensa hemorragia.

 

O que é Trombofilia? A coagulação do sangue é um processo normal do organismo que faz com que cicatrizes sejam fechadas e os coágulos sejam absorvidos naturalmente. A Trombofilia é um desequilíbrio nesse processo de coagulação do sangue onde ocorre uma maior formação de coágulos, também chamados cientificamente de trombos.

 

O que pode causar a trombofilia? "A trombofilia é hereditária. As pessoas que manifestam a síndrome têm o fator genético presente, mas nem todas que o possuem vão manifestar a doença", explica Guimarães.

Quais são as orientações? "Cada caso deve ser acompanhado individualmente por médicos responsáveis. Ninguém deve tomar qualquer remédio por conta própria", acrescenta Guimarães. 





Alberto Guimarães - Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), o médico atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”, novo modelo de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, onde a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Atuou no cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo e na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.




Inflamação crônica das pálpebras piora no verão


A blefarite atinge de 9 a 21% da população e é mais prevalente em pessoas acima dos 50 anos



Você já ouviu falar de blefarite? O nome pode parecer estranho, mas vem do grego ‘blepharon’ e significa pálpebra. Portanto, algumas doenças que afetam a região palpebral podem ter o termo na ‘blefaro’ em sua composição.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a blefarite é uma inflamação crônica que afeta as margens das pálpebras.

"Não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. Os principais sintomas são inchaço, coceira e acúmulo de secreção, que acaba grudando as pálpebras inferiores nas superiores. A blefarite costuma se agravar nos dias mais quentes, pois o calor aumenta a produção de substâncias oleosas pelas glândulas sebáceas”", explica Dra. Tatiana. 

 

Processo inflamatório crônico

A blefarite é causada por uma inflamação crônica que altera a secreção das glândulas de Meibômio. Essas glândulas produzem uma espécie de substância gordurosa, que ajuda na lubrificação dos olhos.

“Essa alteração na produção e na secreção desta substância lipídica leva aos sintomas da blefarite. Os mais comuns são edema palpebral, coceira, vermelhidão, ardência e sensibilidade à luz. Com o tempo, o paciente pode perder os cílios e desenvolver crostas nas bordas das pálpebras, que dificultam o movimento de abrir e fechar os olhos”, ressalta a especialista.

 

Dermatite seborreica agrava quadro no verão
“Em muitos casos, a blefarite está associada a outra
s doenças, como a dermatite seborreica. O calor aumenta a produção de substâncias oleosas, o que pode piorar os quadros de blefarite associados à esta condição”, comenta a oftalmologista. Pessoas com rosácea, alergias, calázio, olho seco, ceratite, conjuntivite, entrópio e ectrópio têm um risco aumentado de desenvolver a blefarite.

 

Como prevenir a piora da blefarite nos dias mais quentes

De acordo com Dra. Tatiana, a principal medida para prevenir o agravamento dos sintomas da blefarite no verão é redobrar a atenção com a higiene das pálpebras.

“Para quem tem o diagnóstico da blefarite, a limpeza palpebral deve se tornar um hábito tão comum quanto escovar os dentes. Isso quer dizer é preciso limpar todos os dias e, em alguns casos, mais de uma vez por dia”, reforça a médica.

Além de intensificar a higiene das pálpebras, quem tem blefarite deve escolher protetores solares faciais ou aqueles específicos para a região palpebral, assim como usar óculos de sol, bonés ou chapéus para proteger a área dos raios solares.  


 Higiene das Pálpebras em 3 passos

Aquecimento das pálpebras: Como as secreções ficam endurecidas, é preciso aquecer para desgrudar e não machucar a pele. O ideal é fazer uma compressa com água morna e deixar de 3 a 5 minutos em cada olho.

Massagem: Depois, é preciso fazer uma massagem sútil de fora para dentro para eliminar a secreção acumulada.

Limpeza das pálpebras e dos cílios: O médico pode indicar um produto específico para essa etapa, ou você pode usar shampoo neutro infantil diluído em água. Com a ponta dos dedos, limpe as pálpebras e os cílios. Massageie suavemente, com movimentos circulares. 



Nesse verão, não se esqueça do pulmão!


Com a temperatura batendo os 30 graus, conheça algumas medidas indispensáveis para preservar a saúde respiratória durante a estação mais quente do ano



Sol, calor, praia, piscina, bebida gelada... Tudo isso para celebrar a chegada da estação mais esperada do ano: o verão! Mas para algumas pessoas, o que vem junto às altas temperaturas são, na verdade, rinite e crises de asma. Para evitar o desconforto e aproveitar os dias de sol da melhor maneira, confira algumas dicas essenciais.


Rinite

Nessa época do ano, são comuns viagens para casas de veraneio que estão há muito tempo fechadas e acumulam, principalmente em lençóis, cobertas e estofados, uma camada de poeira e ácaros. Por essa razão, é muito importante que ao chegar nestes locais, seja feita uma limpeza com o objetivo de eliminar esses agentes causadores1. Para isso, é aconselhado usar aspirador de pó e panos úmidos, que evitam suspender as partículas de poeira no ar1.


Asma

O uso de ar condicionado, intensificado nessa época do ano, pode provocar um aumento no número de crises, já que torna as variações de temperatura mais frequentes e bruscas, aumentando as chances de inflamação dos brônquios2. “O ideal é que o uso do ar condicionado seja controlado evitando temperaturas abaixo de 22 graus. Os equipamentos de ar condicionado devem ser higienizados no mínimo uma vez por ano para prevenir contaminação com microorganismos e acumulo de mofo e poeira”, explica o pneumologista doutor Frederico Fernandes.

Além do ar condicionado, os pacientes com asma também podem apresentar mais crises em por conta do aumento da atividade física, principalmente aqueles que estão descondicionados². “Isso acontece porque com o exercício, há o aumento da frequência respiratória, o que pode causar broncoespasmos esforço-induzido.” Atividade física é muito importante e fundamental no controle da asma, mas devem ser respeitados os limites individuais e um médico deve ser consultado para evitar e tratar essas crises”.

Vale lembrar que um bom controle dessas doenças vai além da erradicação de agentes causadores de crises. É preciso se alimentar bem, praticar atividades físicas respeitando suas limitações, se consultar regularmente com o especialista e, principalmente no verão, controlar a exposição ao sol e calor3. “O tratamento contínuo voltado para o controle da doença também é muito importante. Não bastar usar a medicação apenas quando se tem a crise”, reforça o especialista.




Chiesi






Referência
1.   Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tsiologia. Asma – Perguntas e respostas. https://sbpt.org.br/portal/publico-geral/doencas/asma-perguntas-e-respostas/ Acesso em 28/11/2018.
2.   Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual. Verão pode provocar aumento das crises de asma. http://www.iamspe.sp.gov.br/verao-pode-provocar-aumento-das-crises-de-asma/ Acesso em 28/11/2018.
3.   Associação Brasileira de Asmáticos de São Paulo – Perguntas frequentes. http://www.abrasaopaulo.org/perguntas.asp Acesso em 28/11/2018.

Inteligência artificial amplia diagnóstico de doenças oculares


Tecnologia quebra barreiras para outras especialidades médicas, agiliza o atendimento e pode reduzir custo.



Os problemas de visão estão entre as principais questões globais de saúde pública. Pior: O acesso aos cuidados médicos para grande parte dos brasileiros está cada vez mais difícil. Diante disso o que vem por aí quando o assunto é saúde ocular?  A boa notícia é que a oftalmologia foi a primeira especialidade médica a ter acesso à inteligência artificial. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a inteligência artificial é um software instalado em um equipamento médico que funciona em conjunto com uma OCT (Tomografia de Coerência Óptica), equipamento que gera imagens 3D da retina. No Brasil a inteligência artificial ainda não se popularizou, mas para o médico deve ser incorporada em breve pelos hospitais e pode diminuir as longas filas de atendimento nos serviços do SUS e a perda da visão, mais frequente ente pessoas de menor renda.


Como funciona

Para funcionar, explica, o software é alimentado por um banco dados da tomografia óptica e transforma esta informação em algoritmo que determina a condição de saúde da retina.  Por isso,  a inteligência artificial pode funcionar com autonomia, permite realizar diagnóstico à distância, ajuda a indica o tratamento e automatiza o acompanhamento médico. Resultado:  pode ampliar o acesso aos cuidados médicos, reduzir bastante o custo social e de tratamento.


Primeira tecnologia

Queiroz Neto afirma que o envelhecimento acelerado e a falta de exames oftalmológicos periódicos em mais da metade da população brasileira,  está aumentando a deficiência visual grave no país.  Para se ter ideia a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que   80% dos distúrbios cardíacos e de circulação desencadeiam diabetes, hipertensão, trombose e colesterol alto que podem provocar doenças na retina.  O especialista ressalta que a maior causa de cegueira na população economicamente ativa é a retinopatia diabética. O oftalmologista conta que a primeira plataforma de inteligência artificial autônoma aprovada em abril deste ano nos EUA pelo FDA, agência similar à ANVISA no Brasil,  foi o IDx-DR, um sistema voltado para atenção primária em retinopatia diabética. A aprovação aconteceu depois de um estudo com 900 portadores de retinopatia diabética em que ficou demostrada a precisão do diagnóstico em 96,1% dos participantes.


Evolução

O oftalmologista conta que no terceiro trimestre deste ano pesquisadores de dois hospitais ingleses em parceria com a Deepmind, subsidiária da Google, anunciaram um software de inteligência artificial capaz de detectar mais de 50 doenças na retina. Segundo os pesquisadores o software foi testado em 15 mil exames de OCT e o teste de diagnóstico da tecnologia comparado ao de um painel composto por oito médicos revela que em 94% das vezes as recomendações foram idênticas. “No mundo são 285 milhões de pessoas cegas por doenças na retina. Por isso, é indiscutível a contribuição desta tecnologia para o bem-estar social’, pondera. Apesar de alguns especialistas não verem com bons olhos a inteligência artificial na oftalmologia, para Queiroz Neto é a forma mais econômica de levar atendimento médico de qualidade para os rincões do Brasil. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que, pelo menos, 1 milhão de brasileiros tem grave redução da visão por doenças na retina e o Deepmind pode contribuir com a triagem dos que estão correndo risco de perder a visão. A intenção dos pesquisadores é desenvolver uma ferramenta capaz de prevenir as doenças retiniana antes que surjam os primeiros sinais.


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