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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Como aproveitar o fim do inverno sem as doenças da estação


Doenças como gripes, resfriados, entre outras tendem a aumentar durante a estação. Entenda como identificá-las e se prevenir

Crédito: Internet

O inverno com ele chegou e junto com ele o aumento dos casos de doenças respiratórias. Essas são as principais vilãs da população durante estações de baixa temperatura.  Isso ocorre porque no frio o ar fica mais seco, concentrando mais poluentes. Além disso, as pessoas também tendem a sofrer com mais secreção no nariz e a ficarem  confinadas em ambientes fechados.

“Com a chegada das baixas temperaturas, o tempo seco e a baixa umidade do ar provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando mais suscetíveis a crises de asma,  infecções virais e bacterianas. Além disso, favorecem a maior transmissão  já que as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados com menor circulação de ar, de forma a ocorrer a maior concentração de vírus aumentando o risco de infecção.”, explica a Alexandre Colombini, Otorrino da Clinica Fares. 

A médica ainda explica que é a partir do outono e inverno, que os casos de gripes, resfriados, otites, sinusites e bronquites aumentam em consultório.   As principais vitimas são crianças, idosos e pacientes de doenças crônicas, como bronquite, asma, rinite e sinusite.

Os cuidados recomendados pela especialista também são ressaltados. Segundo ele, para prevenir dessas doenças é necessário reforçar o sistema  imunológico tendo uma boa alimentação, hidratação e boas noites de sono. Além disso, evitar lugares aglomerados, higienizar sempre as mãos,
tossir ou espirrar com a mão na boca, e, principalmente estar com as vacinas em dia.    

  
Saiba mais sobre algumas doenças infecciosas e suas características

 Resfriado (viral): apresenta como sintomas a obstrução nasal, coceira no nariz, espirros e mal – estar; 

Influenza (gripe viral): Causa os mesmos sintomas do resfriado, porém com febre, muito mal-estar e dores pelo corpo;

Sinusite (viral ou bacteriana): É a infecção dos seios da face. Os sintomas são secreção nasal, dores de cabeça, febre, tosse e dores no corpo.

Faringite (viral ou bacteriana): Causa dor de garganta, febre e até dor no ouvido;
Amigdalite (viral ou bacteriana): É a inflamação e/ou infecção nas amígdalas, por conta disso é comum ter mau hálito, dores no corpo, febre, rouquidão, dor de garganta. Em muitos casos é comum que saia pus das amígdalas. 



Níveis mais elevados de dióxido de carbono colocam milhões de pessoas em risco de deficiências nutricionais


Principais conclusões:

· Níveis crescentes de dióxido de carbono estão tornando as culturas básicas menos nutritivas e podem resultar em 175 milhões de pessoas tornando-se deficientes em zinco e 122 milhões deficientes em proteínas até 2050.

· Os mais pobres do mundo, que geralmente têm as menores pegadas de carbono, provavelmente sofrerão a maior parte dos efeitos negativos na nutrição.


Boston, MA - Níveis crescentes de dióxido de carbono (CO2) da atividade humana estão tornando culturas básicas, como arroz e trigo, menos nutritivos e poderiam levar 175 milhões de pessoas à deficiência em zinco e 122 milhões de pessoas deficientes em proteína até 2050, de acordo com pesquisa liderada pela Harvard T.H. Chan School of Public Health. O estudo também descobriu que mais de 1 bilhão de mulheres e crianças podem perder uma grande quantidade de sua ingestão dietética de ferro, o que as colocaria em maior risco de anemia e outras doenças.

“Nossa pesquisa deixa claro que as decisões que estamos tomando todos os dias - o que comemos, como nos movimentamos, o que escolhemos comprar - estão tornando nossos alimentos menos nutritivos e pondo em perigo a saúde de outras populações e gerações futuras”, disse Sam Myers, principal autor do estudo e principal pesquisador da Harvard Chan School. O estudo foi publicado on-line em 27 de agosto de 2018 na Nature Climate Change.

Atualmente, estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo sejam deficientes em um ou mais nutrientes. Em geral, os seres humanos tendem a obter a maioria dos principais nutrientes a partir de plantas: 63% da proteína da dieta humana vem de fontes vegetais, bem como 81% do ferro e 68% do zinco. Foi mostrado que níveis atmosféricos mais elevados de CO2 resultam em colheitas menos nutritivas, com concentrações de proteína, ferro e zinco 3% -17% menores quando as lavouras são cultivadas em ambientes onde a concentração de CO2 é de 550 partes por milhão (ppm), na comparação com lavouras cultivadas em condições atmosféricas nas quais os níveis de CO2 estão pouco acima das 400 ppm.

Para este novo estudo, os pesquisadores procuraram desenvolver a análise mais robusta e precisa da carga global para a saúde de mudanças nutricionais causadas pelo CO2 em lavouras em 151 países. Para fazer isso, eles criaram um conjunto unificado de premissas em todos os nutrientes e usaram dados mais detalhados do fornecimento de alimentos de acordo com idade e sexo para obter estimativas mais precisas dos impactos em 225 diferentes alimentos. O estudo baseou-se em análises prévias dos pesquisadores sobre deficiências nutricionais relacionadas ao CO2, que analisaram um número menor de alimentos e de países.

O estudo mostrou que em meados deste século, quando as concentrações de  CO2 na atmosfera devem atingir cerca de 550 ppm, 1,9% da população global - ou cerca de 175 milhões pessoas, com base em estimativas da população para 2050 - poderiam ter deficiência em zinco e que 1,3% da população global, ou 122 milhões de pessoas, podem se tornar deficientes em proteína. Além disso, 1,4 bilhão de mulheres em idade fértil e crianças menores de 5 anos que já se encontram atualmente em alto risco de deficiência de ferro, poderiam ter sua ingestão de ferro na dieta reduzida em 4% ou mais. Os pesquisadores também enfatizaram que bilhões de pessoas atualmente vivem com deficiências nutricionais provavelmente veriam suas condições piorarem como resultado de lavouras menos nutritivas.

Segundo o estudo, o maior impacto seria na Índia, onde estima-se que 50 milhões de pessoas se tornariam deficientes em zinco, 38 milhões em proteínas e 502 milhões de mulheres e crianças tornando-se vulneráveis ​​a doenças associadas à deficiência de ferro. Outros países no sul da Ásia, sudeste da Ásia, África e Oriente Médio também seriam significativamente impactados.

"Uma coisa que esta pesquisa ilustra é um princípio fundamental do campo emergente da saúde planetária”,  disse Myers, que dirige a Planetary Health Alliance, co-alocada na Harvard Chan School e no Centro Universitário de Harvard para o Meio Ambiente. “Não podemos alterar a maior parte das condições biofísicas às quais nos adaptamos ao longo de milhões de anos sem causar impactos imprevistos sobre nossa própria saúde e bem-estar.”


Estudo - "O risco de aumento do CO2 atmosférico na adequação nutricional humana" - Matthew R. Smith, Samuel S. Myers, on-line 27 de agosto de 2018, Nature Climate Change, DOI: 10.1038 / s41558-018-0253-3
https://www.nature.com/articles/s41558-018-0253-3

Exame antecipa diagnóstico de doenças


Pesquisas apontam crescimento no Brasil de doenças crônicas que afetam a visão e podem ter prognóstico através de um único exame. Entenda.


O Brasil tem hoje 16 milhões de diabéticos e ocupa a quarta posição no ranking internacional, só ficando atrás da China, Índia e Estados Unidos de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Pior: A hipertensão atinge 36 milhões de brasileiros na idade adulta, só metade sabe que tem a doença e desses um em cada dois não faz o tratamento, ou seja, 75% dos hipertensos ficam sem tratamento no país, segundo levantamento da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão).   Como se não bastasse a última pesquisa do Ministério da Saúde sobre doenças crônicas (2017) mostra que quase dois em cada dez brasileiros,  18,9% , estão obesos, e  54% acima do peso. O levantamento também mostra que de 2007 a 2017 a obesidade entre o  mais jovens teve um crescimento de 110%, contra um aumento de  45% na faixa etária de 45 a 54 anos e 26%  nos que tem 55 anos ou mais. 

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto,  esta pesquisa indica que está crescendo,  inclusive entre os mais jovens, o risco de contrair doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes que somadas ao excesso de peso aumentam a chance de contrair respectivamente retinopatia hipertensiva e retinopatia diabética, doenças que podem levar à perda da visão. "No início a retinopatia hipertensiva não tem sintomas. Os primeiros sinais são visão turva e diminuição do campo visual, mas só aparecem quando já avançou bastante”, afirma. Já a retinopatia diabética, ressalta,  leva à diminuição da visão e à formação de manchas quando atinge parte da mácula. “Conforme evolui forma novos vasos na retina que por serem mais frágeis podem romper e causar hemorragia no fundo do olho levando à perda definitiva da visão”, alerta.


Prognóstico

A boa notícia, afirma, é que a retina, membrana responsável pela captação de imagens que fica no fundo do olho, sofre alterações no fluxo sanguíneo de seus vasos muito antes de surgir alguma sequela visual decorrente do sobrepeso, hipertensão ou diabetes. Por isso, a angiografia por OCT  (Tomografia de Coerência Óptica), um exame nada invasivo e sem efeitos colaterais por dispensar a aplicação de contraste e colírio dilatador, pode antecipar o diagnóstico das alterações sistêmicas e visuais. Isso porque,   permite avaliar com precisão as alterações no fluxo sanguíneo, bem como os  detalhes anatômicos da retina e do nervo óptico que sofrem os efeitos da circulação deficiente.


Doenças neurodegenerativas

O especialista destaca que as doenças neurodegenerativas também provocam alterações na retina anos antes de surgirem os primeiros sinais clínicos, conforme ficou comprovado por duas recentes pesquisas internacionais. Uma delas foi publicada na JAMA Ophthalmology. Queiroz Neto conta que os participantes foram diagnosticados com Alzheimer pré-clínico através de  exames mais invasivos. Nestas avaliações, os pesquisadores encontraram alto nível das proteínas amilóide ou tau característicos da doença. ”A angiografia por OCT mostrou afinamento do centro da retina decorrente do acúmulo destas proteínas. O exame também encontrou uma área maior sem vasos no centro da retina, sugerindo menor fluxo de sangue nos olhos de quem tem diagnóstico pré-clínico de Alzheimer”, pondera.

A outra pesquisa publicada na revista Neurology mostra uma associação entre o afinamento das duas camadas internas da retina e a perda de células cerebrais que produzem dopamina, hormônio que têm declínio entre portadores de Mal de Parkinson., Quanto mais avançado é o Mal de Parkinson,, maior  a perda das células cerebrais e portanto, mais fina se torna a retina que corre maior risco de rompimento.

Para Queiroz Neto, o retrato das doenças crônicas no país que atinge uma parcela cada vez mais jovem de brasileiros e o resultado das pesquisas com portadores de doenças neurodegenerativas mostra que independente da idade, o exame de fundo de olho é recomendado para uma parcela cada vez maior da população. Para manter a boa visão recomenda fazer um exame oftalmológico a cada dois anos para quem tem menos de 40 anos e anualmente para que passou dos 40 anos.  “O maior desafio da saúde pública é a prevenção para diminuir os custos sociais”, conclui.




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