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terça-feira, 31 de julho de 2018

Combate ao câncer de fígado está diretamente ligado à prevenção da hepatite C

Número de óbitos causados pela doença viral continua crescente e preocupante no País


Reduzir em 90% o número de novos casos e diminuir em 65% a mortalidade global causada pela hepatite, doença viral infecciosa que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Essa é a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2030.

E entre os cinco subtipos da doença, a que mais preocupa é a hepatite C, que, segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, é a maior causa de morte entre as hepatites virais no Brasil (75,8%). O número de óbitos por esse tipo da doença vem aumentando ao longo dos anos em todas as regiões brasileiras. Entre 2000 a 2016 foram identificados 50.179 óbitos associados à hepatite C. Destes, 54% (27.103) tiveram essa infecção como a causa básica, ou seja, a doença levou a outros eventos que ocasionaram a morte do indivíduo, como nos casos de câncer de fígado.


Rastreamento preventivo

Descoberto na década de 1980, o vírus da hepatite C (HCV) atinge cerca de 2,5 milhões de brasileiros. O mais grave é que, por ser uma doença silenciosa, que demora anos para manifestar sintomas, a maioria dessas pessoas nem desconfia que está doente. Além disso, ao contrário dos demais tipos da doença, não existe vacina para a hepatite C.

"O tratamento precoce leva a uma menor probabilidade de complicações potencialmente fatais, como cirrose e câncer de fígado. Essa medida, porém, só terá impacto na mortalidade daqui a alguns anos, pois a maior parte das pessoas que falece hoje devido à hepatite C contraiu a doença há muito tempo", esclarece André Machado Alvim, infectologista do Hospital BP, principal hospital da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Os resultados de um estudo conjunto entre pesquisadores do Riken Center for Genomic Medicine, do Hiroshima University Hospital e do Sapporo-Kosei General Hospital, ambos do Japão, revelaram que a presença da hepatite C pode aumentar em até 70% a incidência de carcinoma hepatocelular (HCC), tipo mais comum de câncer de fígado.

"Estudos apontam que em indivíduos com uma boa resposta ao tratamento da hepatite C há uma redução de até 78% da chance de surgimento do câncer de fígado. Isso reforça a necessidade de diagnosticar precocemente e tratar a hepatite C como uma das estratégias para a redução dos casos não só de câncer de fígado, mas também de cirrose hepática", ressalta Fernando Maluf, diretor médico associado do Centro Oncológico da BP.



Mulheres no mercado de TI: elas ainda são minoria, mas experiência é o escudo contra preconceito e assédio


Em pesquisa realizada em Maringá e região, mulheres mais velhas e com mais tempo de atuação relatam ter sofrido menos assédio, preconceito e são mais confiantes em sua capacidade


Com os objetivos de fazer uma análise do perfil das profissionais em Tecnologia da Informação e Comunicação em Maringá-PR e de fomentar a discussão sobre a participação das mulheres na área de TIC, uma pesquisa foi conduzida para identificar a idade, o grau de formação, os cargos mais ocupados, a percepção de preconceito de gênero e assédio, e a percepção de competência das mulheres neste mercado.

A pesquisa foi respondida por analistas e professoras da Universidade Estadual de Maringá e por colaboradoras da DB1 Global Software. A universidade e a empresa foram escolhidas para a realização deste estudo inicial por se tratarem, respectivamente, da maior instituição de ensino superior e da maior empresa de TIC da cidade de Maringá. Um total de 33 mulheres respondeu ao questionário, sendo 13 profissionais da UEM (10 professoras e três analistas do NPD) e 20 da empresa.

O trabalho revelou traços interessantes das mulheres, além dos já conhecidos fatos de que o número de profissionais do gênero feminino no mercado de trabalho de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é pequeno quando comparado ao número de profissionais do gênero masculino, mas que, no entanto, diversas mulheres tiveram e têm participação importante no desenvolvimento da área.

A maioria das profissionais, 81,8%, tem formação superior. Destas, 48,5% têm ensino superior, 27,3% têm doutorado e 6% mestrado. Considerando esta pesquisa, os números mostram que a participação feminina no mercado de TIC ainda é maior no mundo acadêmico que nas empresas.

Quanto ao número de colaboradores da DB1, dos 311 colaboradores da empresa, apenas 23% são mulheres, mas um longo caminho já foi percorrido: há sete anos, a DB1 tinha uma só mulher em cargo de liderança em meio a 20 líderes, representando apenas 5%. Em 2018, a representação feminina na empresa atingiu 25%, com 10 mulheres em cargos de liderança dentre 41 líderes.

A pesquisa abordou ainda temas que ajudaram a estabelecer uma relação dessas mulheres com o mercado, levando em consideração as idades. Há uma diferença na percepção de preconceito de gênero, de assédio e de competência quando se compara a faixa etária das entrevistadas. Mulheres mais velhas e com mais tempo de atuação relatam ter sofrido menos assédio e preconceito e são mais confiantes em sua capacidade.

"Aqui na DB1 acreditamos que competência não tem a ver com gênero ou idade e mais: um ajuda o outro em busca do resultado positivo, independentemente do sexo, especialidade ou posição e cargo na empresa. Diversidade sempre gera bons frutos", diz Natália Kawatoko, gerente da área de Gestão de Pessoas na DB1. "Precisamos trabalhar bastante o incentivo da presença feminina no mercado de TI, desde a formação e inclui-las cada vez mais para garantir que essa diversidade realmente ocorra", complementa.

* Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis no artigo de Martimiano et al. (2018). Martimiano, L. A. F., Lima, N. V., Feltrim, V. D., Roder, L. B.; Um estrato do perfil das profissionais de TIC na cidade de Maringá-PR. Anais do XXXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC), 12º Women in Information Technology (WIT). Julho. Natal-RN. 2018.





DB1 Global Software
 http://db1.com.br/ -  http://carreira.db1.com.br/


CONSUMO DE TABACO É RESPONSÁVEL POR 90% DOS CASOS DE CÂNCER DE PULMÃO


 Fumantes têm risco de desenvolver tumores pulmonares; Apesar das intensas campanhas de conscientização, Brasil deve fechar 2018 com mais de 28 mil novos casos registrados da doença


O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes passivos – no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil soma mais 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além disso, o mau hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante. 

A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito.

Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença.

Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca.

O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.

Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a resposta imunológica contra este agente agressor.

"Atuando através do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a Dra. Mariana.


E se eu parar de fumar?

Principal fator de risco evitável de tumores pulmonares, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos.

E, ao contrário do que muitos usuários destes produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Segundo a especialista do CPO, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas. 

Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

Para mais informações, acesse www.eseeuparardefumar.com.br.





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