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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

SP: Gastos com Previdência em 2017 superam investimentos em educação



A grande quantidade de dinheiro destinado ao pagamento de benefícios e aposentadorias em todo o país é a principal motivação para o governo mudar o sistema previdenciário. O tema, que é prioridade na agenda de aprovações do governo, teve as discussões suspensas no Congresso. O problema, porém, ainda permanece e se tornou uma pedra no sapato de estados e municípios.
No estado de São Paulo, por exemplo, a proximidade dos valores gastos com a Previdência e educação chamam a atenção. Segundo dados divulgados pelo governo estadual, os pagamentos com aposentadorias e pensões por morte em São Paulo ultrapassaram os R$ 31 bilhões em 2017. Por outro lado, o sistema educacional público recebeu apenas R$ 30 bilhões, segundo dados da secretaria estadual de Educação.

Esse alto valor dos gastos públicos pode ser observado na capital paulista. Em entrevista exclusiva a Agência do Rádio Mais, o secretário municipal de Gestão, Paulo Uebel, deu detalhes da situação previdenciária na maior cidade do país. Segundo dados da secretaria, em 2017, quase 10% da arrecadação municipal foi destinado ao pagamento de benefícios previdenciários. Ao todo, segundo Uebel, o déficit é de R$ 4,7 bilhões.


“É um valor muito alto, isso significa que poderíamos dobrar o orçamento de 16 secretarias, 32 prefeituras regionais e o fundo municipal da criança e adolescente. Então é um valor muito expressivo que está pressionando outros investimentos importantes em serviços que beneficiam toda a população”, disse o secretário.

O cenário se repete no interior do estado. Em municípios como Atibaia e Americana, por exemplo, os idosos representam mais de 12% de toda a população, segundo dados do IBGE. Em outros locais, como Santos, esse índice chega a 19%, ou seja, quase 1/5 da população é idosa.

Para o economista Otto Nogami, o aumento na quantidade de idosos no Brasil representa um risco à sustentabilidade da Previdência, ao mesmo tempo em que o número de contribuintes diminui ano após ano.

“Esse é um assunto que está em pauta desde o início da década de 80. Vai governo, vem governo e sempre se toca nessa questão. É inevitável que, à medida que a expectativa de vida da população aumenta, o próprio regime previdenciário tem que passar por uma série de revisões para se adequar à nova realidade”, explicou Nogami

O governo decidiu suspender a tramitação da reforma da Previdência. O anuncio foi feito nesta segunda-feira (20) pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. A decisão foi tomada em razão da intervenção imposta na segurança do Rio de Janeiro. O objetivo da medida é tentar conter a violência no estado.

Pela lei, a Constituição não pode ser alterada durante o período da intervenção. Logo, nenhuma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pode ser aprovada, o que impede o andamento da reforma da Previdência.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirma que o adiamento da votação da Previdência não se trata de um recuo. Segundo ele, a questão é priorizar a segurança da população de um estado que há anos convive com a violência.






Raphael Costa

Fonte: Agência do Rádio 


Como os vieses inconscientes prejudicam a diversidade nas corporações?



 Por pior que possa soar, uma coisa é fato: todos nós somos preconceituosos e temos diversos vieses inconscientes, e isso afeta diretamente o nosso dia a dia. Para tentar fugir dessas conexões, precisamos entender como elas impactam a nossa vida pessoal e profissional e como influenciam as nossas crenças.

Frases como "Meninos são fortes e não podem chorar. Só as meninas choram"; "Isso é coisa de mulherzinha"; "Ele é gay, mas nem parece, ele se veste igual a todo mundo"; "Você é tão linda, nem parece negra" são alguns exemplos de estereótipos que estão associados ao preconceito. E, infelizmente, ainda hoje esses comentários estão sempre presentes em nossa rotina e muitos deles são levados para o ambiente de trabalho, impactando negativamente a diversidade, mesmo que não haja intenção.

E aí que entra o conceito de Viés Inconsciente, que vem da neurociência e pode ser traduzido como preconceito inconsciente, já que é baseado nas nossas preferências e não ocorre de forma intencional.

Explicando mais detalhadamente, nosso cérebro tem que lidar com milhares de informações por segundo e, para que consiga dar conta de tudo, ele procura por padrões que considera mais importantes e cria atalhos para reconhecê-los, como um piloto automático. No entanto, esses atalhos têm uma desvantagem: são tendenciosos. Isso porque são adquiridos com base da nossa história de vida e nos nossos aprendizados. Assim, toda essa vivência forma as nossas crenças, e é este sistema de crenças que define e afeta o nosso comportamento.

Por isso, preferimos pessoas que se parecem mais conosco, pois criamos uma rápida conexão. Da mesma forma que temos uma forte tendência a nos afastar de pessoas que são diferentes ou com as quais criamos um preconceito inconsciente.

Daí a importância de as empresas realizarem treinamentos de Viés Inconsciente para trazer este tema para a consciência e assim diminuir os impactos negativos desses pré-conceitos dentro do ambiente corporativo. A pesquisadora do Insper, Regina Madalozzo, em um estudo destacou os 5 principais Vieses Inconscientes que podem influenciar negativamente as escolhas dos líderes e gestores em processos de decisão nas empresas. Conheça :


Viés de Afinidade – É a tendência de avaliar melhor as pessoas que se parecem com a gente. Esta afinidade pode se dar de diversas formas, como gênero, raça, faculdade, hobby, etc.

Exemplo: Este viés nos faz selecionar, contratar e promover pessoas parecidas conosco, por isso é um dos motivos porque a maioria da liderança é formada por homens e brancos.


Viés de Percepção – É a tendência de acreditar e reforçar estereótipos sem base concreta em fatos.

Exemplo: É quando ouvimos "não podemos promover uma mulher para este cargo pois ela não vai dar conta" ou "não temos profissionais com deficiência competentes e com boa formação acadêmica".


Viés Confirmatório – É a tendência de favorecer as informações que confirmam nossas crenças. Ou seja, nós só enxergamos o que queremos ver.

Exemplo: Você teve uma relação ruim trabalhando com um chefe Espanhol. Em uma outra oportunidade de trabalhar com uma pessoa da mesma nacionalidade você vai inconscientemente resgatar essas más recordações e vai acreditar que trabalhar com pessoas dessa nacionalidade será sempre ruim.


Viés de Efeito Halo ou Auréola - É a tendência de superestimar uma pessoa baseada em apenas uma característica ou informação positiva.

Exemplo: Durante uma entrevista você percebe um traço positivo no entrevistado, inconscientemente você cria uma afinidade com ele e passa a ignorar os traços negativos.


Viés de Efeito de Grupo - É a tendência de seguir o comportamento do grupo para não desviar do padrão existente. E esse padrão é muito perigoso nas corporações, pois, muitas vezes, ele não faz sentido. É o famoso "todo mundo faz assim".

Exemplo: Todos discordam de um ponto na reunião, mas alguém que lidera o grupo diz que concorda e todos mudam de opinião e passam a concordar com este líder. Ou algumas pessoas começam a se vestir de uma forma e todos aderem a forma de se vestir desse grupo para se sentirem acolhidos pelo grupo.





Cris Kerr - palestrante, especialista em diversidade, empoderamento feminino e familiar, CEO da CKZ Diversidade e idealizadora do Fórum Mulheres em Destaque e do Fórum Gestão da Diversidade e Inclusão. Comenta sobre esses e outros temas todas as terças-feiras no seu canal no Youtube Vamos Falar de Diversidade. goo.gl/QQfxk5

Um filho pode herdar mais do que os outros?



Sim, isso pode acontecer. “Um pai tem o direito de fazer doações em vida para um de seus filhos, desde que o valor dessas doações não ultrapasse a legítima, isto é, a parte de seu patrimônio reservada aos herdeiros necessários (no caso, os outros filhos)”, conta Dra. Ivone Zeger advogada especialista em herança e Direito de Família.
 
Considerando-se o fato de que o filho beneficiado com as doações continua tendo direito à legítima, constata-se que a parte a ser recebida por ele será maior do que a de seus irmãos. Entretanto, cabe lembrar que durante o processo de inventário o irmão terá de prestar contas da doação que recebeu. Se o valor da doação ultrapassar o da legítima dos demais herdeiros, ele terá de devolvê-la ou pagar a diferença.


 


Dra. Ivone Zeger  - Advogada, Graduada pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie/SP. É pós-graduada em Direito Constitucional na Universidade São Francisco/SP e em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas/SP. Foi juíza do TIT (Tribunal de Impostos e Taxas do Estado do Estado de São Paulo). É membro efetivo da Comissão de Direito de Família da OAB, da Comissão de Direito de Família e Sucessões do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) e membro do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Especialista em Direito de Família e Sucessão (herança), há mais de 25 anos lida com questões relacionadas a essas áreas tendo publicado três importantes livros: “Família - Perguntas e Respostas”, “Herança - Perguntas e Respostas” e “Direito LGBTI - Perguntas e Respostas”, todos da Mescla Editorial.
www.facebook.com/IvoneZegerAdvogada
https://www.youtube.com/watch?v=xWMPx1dlHuI


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