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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Alto consumo de açúcar na gravidez pode gerar obesidade em bebês



O risco é ainda maior na fase inicial da gestação


O açúcar é um dos grandes vilões para a nossa saúde e está ligado ao aumento do risco de ter problemas como diabetes, obesidade, colesterol alto, gastrite e prisão de ventre, inclusive para as gestantes. Segundo a obstetra de São Paulo, Maria Elisa Noriler, o consumo pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê. “Mesmo com os riscos, o açúcar não deve ser cortado de uma vez pois causa queda na insulina. O ideal é optar pelo equilíbrio e evitar os excessos”, alerta a especialista. 

De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, o açúcar deixa o feto mais ativo e se a mãe ganha muito peso pode transmitir o gene da obesidade ao bebê e gerar resistência à insulina e diabetes. “Os bons hábitos alimentares da gestante, e não necessariamente o ganho de peso, é o que vai influenciar na saúde do bebê ao nascer”, afirma.

A gravidez leva a mulher a um estado de ansiedade e o prazer proporcionado pelo açúcar e pelas massas em geral dá a ela a sensação de alívio dos sintomas. Procurar meios mais saudáveis de lidar com a ansiedade e, se tiver vontade de comer doces, seguir uma disciplina alimentar é o ideal. Além disso, o risco de dar à luz a uma criança com problemas no coração sobe 8% a cada 10 miligramas de açúcar no sangue da mulher, durante o começo da gestação. “Mesmo se a gestante não tiver diabetes o risco de doenças cardíacas ainda é possível, principalmente na primeira fase da gestação, quando o coração está se formando”, alerta Marcelo Sobral. 

Assim como qualquer outra pessoa, é necessário fazer pelo menos cinco ou seis refeições por dia, o que promove a saciedade e faz com que se coma menos em cada uma delas. Incluir na dieta alimentos integrais, ricos em fibras favorecem nessa dieta. “Uma boa sugestão é preparar vitaminas de frutas com leite e acrescentar farinha de linhaça ou farelo de aveia”, finaliza Maria Elisa Noriler.







Dr Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas. facebook/dr.marcelosobral

Dra. Maria Elisa Noriler - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010. Facebook/dra.mariaelisanoriler




Ganhar mais que marido pode gerar conflitos no casamento



O empoderamento feminino é a palavra da vez. A luta por direitos e salários equivalentes entre homens e mulheres no mercado de trabalho é uma das bandeiras na busca por uma sociedade igualitária entre os sexos. No entanto, o desafio não fica restrito a apenas fora de casa.

Ainda que a grande maioria das mulheres ganhe menos do que os homens, algumas precisam encarar o desafio de ganhar mais do que seus parceiros.

E isso no Brasil é uma realidade. Dados da pesquisa “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostrou que hoje 40% dos lares são chefiados por mulheres e em 34% das famílias chefiadas por mulheres, há presença de um cônjuge.

Como será que os homens lidam com essa situação? 
“Alguns homens não lidam bem com a possibilidade de a mulher ter um salário maior, enquanto há mulheres, por sua vez, que também acreditam que é o papel do homem prover o lar”, explica Carolina Marques, psicóloga e cofundadora da Estar Saúde Mental.

Os casais, no entanto, não devem pensar em quem está obtendo a maior fonte de renda, mas sim, em quais são os planos que juntos pretendem realizar. “Quando o casal tem o mesmo objetivo, não importa se a maior parte do dinheiro vem do bolso de um ou do outro. O que importa é trabalhar em conjunto para o mesmo objetivo”, fala Carolina.

Esse tipo de preconceito é comum, pois o dinheiro é encarado como uma ferramenta de poder. “Ou seja, quanto mais você ganha, mais poderoso você é. E, ao ganhar menos do que a parceira o homem pode se sentir inferior ou sem poder”, explica Carolina.

No entanto, esse novo cenário da ascensão feminina na carreira pode trazer frutos positivos para a família, em geral. “O homem vai poder explorar seu papel como cuidador e desenvolver uma relação diferente com o dinheiro. Em vez de tomar o sucesso da mulher como uma falha pessoal, eles podem encarar como algo que soma na vida do casal”, acredita Carolina.

Abaixo, a psicóloga dá dicas para evitar que o salário seja motivo de tensão a dois:

1- Não postergue o papo sobre finanças: Falar sobre contas a pagar não é romântico, mas é importante colocar as cartas na mesa desde cedo para evitar apertos e estresse no futuro. Ciente da renda e dos planos profissionais de cada um, o casal pode avaliar a compatibilidade e a organização das contas e projetos em comum.

2- Orgulhe-se do seu sucesso e do seu par: Um salário elevado é fruto de um esforço, portanto, não importa se você ou seu par ganha mais, orgulhe-se do sucesso, sem medo de constranger o parceiro.

3- Dinheiro não tem gênero: A contribuição financeira para o sustento da casa deve ser determinada com base na renda e na oportunidade de cada um. “O casal pode propor, por exemplo, o rateio das contas da casa de forma proporcional à renda”, indica Carolina.

4- Estimule a carreira um do outro: A parceria entre o casal é primordial para que os dois cresçam juntos e alcancem seus objetivos. “Se a mulher ganha mais, ela pode estimular que seu parceiro também desenvolva seu potencial para que a diferença salarial não seja um motivo de distanciamento”, fala.

5- Não alimente a competição: A base de um relacionamento é a parceria e não uma disputa entre os dois. Foque no que sua renda (ou a soma da renda dos dois) pode proporcionar, evitando comparações e cobranças. “No casamento, precisamos fazer planos comuns. Aqui também podemos exercer a gratidão, afinal, é preciso agradecer porque há renda para o sustento da família e não importa de onde ela vem”.




“Precisamos chamar a atenção dos nossos jovens para a importância da educação”, afirma educadora



Dados atualizados do censo educação trazem preocupação em muitos aspectos, e exigem um trabalho especial para que o ensino cumpra seu papel social


Divulgado em janeiro de 2018 pelo Ministério da Educação (MEC), o Censo Escolar da Educação Básica apresentou alguns dados preocupantes sobre a educação brasileira. Segundo o estudo, houve uma queda no número de matriculados no ensino médio, fora isso, hoje muitos jovens são considerados inativos, ou seja, não trabalham e nem estudam. Uma informação assustadora que precisa ser estudada e muito bem trabalhada. 

De acordo com a psicopedagoga especialista em gestão escolar, Ana Regina Caminha Braga, os dados do censo são bem claros. “Se juntarmos Ensino Fundamental e Médio, o Brasil perdeu mais de 2 milhões de matrículas. E se falarmos em distorção de série, tivemos um crescimento de 28% de 2015 pra cá. São problemas sérios, que devem ser levados em consideração pelos nossos governantes”, comenta.

Para Ana Regina, quanto a evasão escolar, devemos levar em conta não só a diversidade cultural brasileira, como as oportunidades oferecidas a esses jovens, que na grande maioria das vezes, desde muito cedo precisam auxiliar na renda familiar, deixando a educação de lado e dando prioridade ao sustento da casa. Além disso, a grande maioria dos jovens têm condições precárias para estudo o que acaba desmotivando.

“Nós devemos nos colocar no lugar do jovem que precisa acordar 4 ou 5 horas da manhã para ir à escola com transportes inadequado, muitas vezes sem refeição, sem ter dormido dignamente. Só dá tempo de chegar na sala de aula e encontrar uma apostila e o professor lá na frente passando os conteúdos. Será que isso motiva o aluno a ficar no ambiente ou ele começa a pensar que trabalhar seria muito mais eficaz para o seu sustento? Precisamos mudar tudo isso”, complementa a especialista.

O incentivo por parte dos órgãos responsáveis é fundamental para a mudança desses dados. Ainda segundo a especialista, projetos voltados para a formação acadêmica junto a práticas e vivências de mundo que possam prepará-los para o mercado de trabalho como profissionais e pessoas éticas, com responsabilidade, conhecimento e integridade como ser humano são fundamentais. “Além do conhecimento específico das disciplinas, é preciso valorizar os aspectos do cidadão fora dos muros escolares, na sociedade em que eles precisam ser inseridos. Atrair e motivar os jovens dentro das escolas deve partir de projetos, movimentos e socialização com a realidade de formação para o futuro no mercado de trabalho com um objetivo claro e próximo dos passos a serem dados logo na sequência do Ensino Médio”, completa Ana Regina.

 

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