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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Veja como prevenir os pets de doenças causadas pelo Aedes Aegypeti



A Dirofilariose canina, também conhecida como doença do Verme do Coração, pode levar o cão à morte se não for diagnosticada e tratada corretamente.


Apesar de pouco conhecida entre os donos de pets, a Dirofilariose é uma doença silenciosa que acomete os cães e tem como agente transmissor os mosquitos, dentre eles o Aedes aegypti, também responsável por transmitir a dengue aos humanos. Ao picar o animal, o mosquito infectado transmite o verme Dirofilaria immitis, parasita que se desenvolve no coração dos cães.

A partir do momento em que o verme se aloja no coração e nos grandes vasos sanguíneos, lesões importantes poderão ocorrer e dependendo da gravidade, levar o animal à morte. “Esses parasitas alcançam a corrente circulatória e se alojam nas artérias pulmonares e ventrículo direito do coração, se desenvolvendo e iniciando sua fase reprodutiva, liberando assim, novos parasitas para a circulação”, alerta a Boehringer Ingelheim Saúde Animal, associada da Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal).

Quando acometidos, os cães podem apresentar tosse, diminuição do apetite e cansaço ao praticar atividades físicas. É fundamental que os donos levem seus pets ao médico veterinário regularmente porque quanto mais cedo o animal for diagnosticado menor será a gravidade do problema e maiores são as chances de responder positivamente ao tratamento.

A melhor forma de evitar a Dirofilariose é através da prevenção que pode ser realizada com a utilização de produtos que auxiliam na repelência dos mosquitos, mantendo-os afastados dos cães e o uso de vermífugos que tenham atuação frente as larvas da Dirofilária, matando-as antes que estas alcancem o coração do pet.






Boehringer Ingelheim Saúde Animal

COMAC - Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal


Faltam leitos de psiquiatria no país, alerta Federação dos Hospitais



Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo


O Brasil possui 36.387 leitos psiquiátricos, sendo 25.097 do SUS em 159 hospitais e 11.290 privados. Destes, 10.749 localizam-se no estado de São Paulo.

Números muito inferiores aos recomendados pela OMS-Organização Mundial da Saúde, de 90 mil leitos para 200 milhões de habitantes. A consequência direta dessa política de redução de leitos foi a desassistência e o abandono de pacientes, tendo como referência a situação da Cracolândia, na cidade de São Paulo e a falta de resolutividade no atendimento psiquiátrico.

Segundo o médico Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, o país precisa repensar esses números e humanizar, qualificando o atendimento no setor de saúde mental. O tema precisa ser discutido especialmente nesta semana em que se comemora a semana nacional de combate ao alcoolismo.


 
“Em 11 anos, a oferta de leitos psiquiátricos no SUS diminuiu quase 40%, chegando hoje ao índice de 0,041 por 1000, sendo que o índice mínimo seria de 0,45 segundo a OMS. Países como a Inglaterra e o Canadá possuem índices de 0,59 e 1,9 leitos de internação psiquiátrica por 1000 habitantes, respectivamente”, destaca.

Movimento antimanicomial fechou leitos

O movimento de redução de leitos psiquiátricos gerou uma lacuna assistencial, considerando o aumento populacional, o crescimento do contingente de pacientes com transtornos mentais principalmente em decorrência do uso abusivo de álcool e drogas.
                                                                                              


A FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo acredita na proposta de humanizar e tornar o atendimento à saúde mental integral, havendo necessidade de internação em casos que o histórico médico assim o exigir como dependentes químicos, casos de tentativas de suicídio e algumas modalidades de doenças mentais. “O que fizeram foi cortar a perna que tinha uma ferida, ao invés de curá-la”, avalia o médico.

Na onda do movimento antimanicomial dos anos 70,  que extinguiu os hospitais psiquiátricos e os manicômios existentes na época, a política do governo nos últimos anos foi de sufocamento do modelo de internação conhecida como reforma psiquiátrica. De acordo com essa política, o atendimento psiquiátrico privilegiou uma abordagem  extra-hospitalar e evitou a internação a todo custo.
Para substituir os leitos fechados, o Ministério da Saúde criou as CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e as residências terapêuticas. No entanto, o ritmo de instalação dos serviços alternativos não acompanhou a proporção de fechamento de leitos. E, muitas vezes, em casos agudos, o paciente acabava exigindo uma internação e não encontrava leito.

O presidente da Federação dos Hospitais acredita que é preciso oferecer uma assistência integral ao paciente e não negligenciar a necessidade de suporte hospitalar psiquiátrico aos pacientes cuja história clínica assim exigir.


Mudanças na política de saúde mental são necessárias

Dezesseis anos após a aprovação de lei da reforma psiquiátrica, a política de atendimento a pacientes com transtornos mentais e a usuários de álcool e drogas deve agora passar por mudanças pela resolução aprovada, a Portaria Interministerial nº2 de 21/12/2017.

Entre as medidas, estão a manutenção da oferta de leitos hospitalares em psiquiatria e o estimulo à qualificação. Prevê ainda o aumento pago por diária de internação. Hoje o valor varia de R$ 26,00 a no máximo R$ 49,00. E a previsão é que chegue a R$ 70,00. O número atual é baixo e insuficiente para uma assistência adequada.

Segundo Yussif Ali Mere Jr., as mudanças no sistema nacional de saúde mental são imprescindíveis para garantir dignidade e qualidade assistencial ao paciente psiquiátrico.  

“Importante a criação do atendimento ambulatorial com enfoque multidisciplinar, qualificação e financiamento mais apropriado de hospitais especializados. E, ao invés de fechar leitos, a nova política quer qualificar esses leitos para o tratamento de pacientes com quadros agudos e programas de prevenção ao uso de álcool e drogas e prevenção de suicídio. E ainda criação de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) especial 24 horas para áreas de grave consumo de crack e outras drogas também chamadas Cracolândias”.


 

A leitura como um aprendizado para a vida



Um dos mais importantes temas em educação e em formação humana é, certamente, a leitura e a formação de leitores.

Adquirindo um sentido muito mais amplo do que apenas decifrar a palavra escrita, o ato de ler deve ser entendido sob muitos matizes: como atribuição de sentido ao texto escrito, como prática social, como compreensão do contexto (“a leitura do mundo precedendo a leitura da palavra”, lembrando Paulo Freire, para quem a “compreensão do texto implica a percepção das relações entre texto e contexto”), etc. Ler, assim, é explorar o texto em busca de respostas textuais e contextuais, é ser questionado pelo mundo e por si mesmo, o que gera uma ação crítica do sujeito no mundo.

Nesse sentido, o ato de leitura é um ato de abertura para o mundo. Ao entrarmos no território dos textos com tudo o que somos e lemos, emergimos da leitura com mais clareza do nosso universo interior e exterior, reinaugurando nosso repertório. Olhar é ler, e ler, antes de tudo, é uma operação de percepção, em que estão envolvidos muitos processos: neurofisiológico, cognitivo, afetivo, argumentativo, simbólico, não necessariamente nessa ordem, daí a complexidade e abrangência do conceito de leitura.

Discutir, estudar ou revisar o conceito que temos ou tínhamos de leitura, neste momento do século 21, é mais do que oportuno. Em primeiro lugar, porque exige pensar a respeito da formação de leitores e escritores no espaço escolar, tendo como mote nada mais do que uma das funções essenciais da escola, que é desenvolver a competência comunicativa dos alunos, tornando-os, assim, capazes de compreender a realidade em que estão inseridos e participar ativamente da construção do mundo histórico e cultural. Em segundo lugar, e não menos importante, a função da escola em educar sensibilidades, em formar pela arte. Não há como pensar em um projeto de nação sem pensar em leitura e formação de leitores.

Se a função do educador e da escola der conta de tornar o aluno capaz de ler e pronunciar o mundo, citando novamente Paulo Freire, responderemos ao desafio maior de não só formar leitores críticos e conscientes de sua cidadania, mas também pessoas que exercitem a expressão da criatividade e do espírito como preparo para uma vida adulta de valorização do humano.






Júlio Röcker Neto - gerente editorial da Editora Positivo, especialista em Leitura de Múltiplas Linguagens (PUCPR) e mestre em Literatura (UFPR).



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