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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Por que você (não) deve investir em bitcoins?



A primeira semana de dezembro de 2017 provavelmente será lembrada nos registros da História pós-Internet como o apogeu de outra corrida: a do Ouro Digital.


Há 170 anos, em janeiro de 1848, a Califórnia começou a atrair uma legião de aventureiros vindos de outras regiões dos Estados Unidos e de todo mundo para disputar o início da frenética Corrida do Ouro. Centenas de milhares de pessoas se equiparam com pás e picaretas e colocaram o pé na estrada rumo ao sonho americano de ficar milionário. A primeira semana de dezembro de 2017, anotem, provavelmente será lembrada nos registros da História pós-Internet como o apogeu de outra corrida, a do Ouro Digital.

Nos últimos dias o mercado financeiro mundial entrou em polvorosa com o disparo do valor da bitcoin, que no início da tarde de sexta-feira (8/12) estava sendo comercializada acima de US$ 15 mil depois de bater ontem quase US$ 17 mil, novo recorde histórico, registrando alta de mais de 70% em uma semana.

No início de 2017, a cotação era de US$ 1 mil, ou seja, a moeda digital chegou a atingir um pico de ganhos acumulados de 1700% em um ano. Seu valor total de mercado é de mais de US$ 250 bilhões, uma capitalização acima de muitas gigantes multinacionais.

O interesse dos investidores cresceu ainda mais depois que a Bolsa de Chicago CME passou a transacionar bitcoins como commodities, assim como o ouro. A outra bolsa de Chicago, Cboe, também iniciou sua oferta neste domingo (10/12) sob o símbolo “XBT”. Outras bolsas mundo afora também estudam lançar seus produtos. É um marco importante, já que coloca a moeda virtual na mesma categoria dos metais preciosos e a bitcoin passa a ser percebida como um ativo alternativo para armazenar valor.

A explosão da demanda e a consequente alta repentina na valorização virou conversa de bar e a pergunta tem sido recorrente: devo investir em criptomoedas? Respondo sem pestanejar: Não! Assim como não é prudente comprar um barco e planejar atravessar o oceano sem nunca ter velejado antes ou saltar de paraquedas sem passar por um curso preparatório.

Em ativos de alto risco a dica é sempre a mesma: invista na dose certa. Eu fiz isso. Coloquei apenas 1% do meu capital, o que não irá afetar minha vida financeira caso a bitcoin se pulverize. Até aqui não tenho motivos para me arrepender. Em 8 meses o valor que apliquei multiplicou por 7. Tive muita cautela e vendi 80%. Os 20% restantes continuam alocados e desde que comecei a escrever este artigo já valorizaram 46%.

Minha primeira recomendação, portanto, é ter prudência, mas também deixo claro que vejo a área de blockchain como uma das mais promissoras do futuro; diria que já do presente. Aos que ainda não têm familiaridade com o tema, talvez a melhor definição seja que o blockchain é a tecnologia que está por trás da criptomoeda.

Ela é suportada por grandes redes distribuídas de computadores que validam e certificam as transações em ambientes criptografados que, aí está a grande disrupção e também o maior fator de risco, não são controladas por um Banco Central. Com isso, a moeda pode ser negociada internacionalmente com facilidade e praticamente sem custos financeiros.

A bitcoin foi desenvolvida em cima da camada do blockchain em 2009 pelo programador que se apresentou com o pseudônimo Satoshi Nakamoto. É como se fosse um app no seu celular. Não é complicado investir, bastando utilizar os serviços de uma corretora com acesso ao mercado das moedas virtuais.

Com valor ainda bem abaixo da bitcoin, mas também com grande alta (valorização de 4.815,85% em um ano e cotada a US$ 438 no início da tarde da sexta, 8/12), a Ethereum é outra moeda digital que vem ganhando forte tração. Sustentada por uma plataforma blockchain open source, ela tem alta flexibilidade, permitindo a qualquer mortal emitir sua própria moeda.

Derivada da bitcoin, a Ethereum está viabilizando a consolidação de uma nova forma de financiamento e captação de recursos, especialmente para startups – o ICO (Initial Coin Offering), ainda proibido no Brasil e na China, mas já regulamentado nos Estados Unidos, Canadá, Suíça e outros países.

A substituição das ações por moedas digitais será uma revolução que poderá trazer um grande fôlego ao ecossistema global de startups, injetando “dinheiro novo” em negócios que disputam o capital de risco para sobreviver e escalar. Empresas nascentes que fizerem seus ICOs poderão receber o apoio de investidores acostumados a comprar papéis e que agora terão um novo veículo para arriscar suas fichas também no mercado de startups.

Para quem tem estômago e disciplina pode ser uma oportunidade única. Já imaginou se você tivesse investido US$ 1000 no IPO da Amazon em 1997, há 20 anos, quando a empresa abriu o capital com a ação cotada a US$ 18? Sabe quanto teria no bolso? Quase US$ 634 mil!

Não é preciso suar nas minas da Califórnia para minerar seu ouro digital. Mas lembre-se: no garimpo o maior risco era voltar para casa com a sacola vazia. Já no mercado de criptomoedas, quem for com muita sede ao pote pode morrer na praia. Nesta nova corrida, #ficadica, o melhor é não seguir a estratégia do tudo ou nada. Mas também não adianta ficar de fora e depois se lamentar por não ter tirado as pás e picaretas do porão.






Pierre Schurmann - Sócio da Bossa Nova Investimentos





CARTA DE SÃO PAULO ANTICORRUPÇÃO



Procurando vivificar permanentemente os enunciados da Convenção da Organização das Nações Unidas, de 9 dezembro de 2003, celebrada em Mérida, o mundo vem desde então dedicando o dia 9 de dezembro como dia internacional de combate à corrupção.

No Brasil, o tema assumiu dimensão de tragédia, chegando a ocupar o topo de preocupações dos brasileiros, segundo pesquisas de institutos internacionais como o Latinobarometro, que também detecta que a percepção que se tem é que 97% dos políticos aqui exerce o poder em benefício próprio, e não para o bem comum.

Neste contexto, os abaixo assinados sublinham e enaltecem preocupações que consideram fundamentais para o combate eficiente da corrupção, respeitado o estado de direito e as garantias inerentes ao devido processo legal e à ampla defesa.

A democracia é o sistema em que o poder é exercido de forma efêmera por representantes eleitos pelo povo em seu nome. No entanto, nossa realidade tem sido de indevida perenização no poder e de exercício dele em benefício próprio.
Todos são iguais perante a lei, e, neste contexto, não pode mais subsistir a figura anacrônica do foro privilegiado, que vem sendo utilizada como escudo para obtenção da impunidade por velhas e desonestas raposas da política.

Campanhas eleitorais devem ser disputadas em condições de igualdade e de forma ética e leal, sendo inadmissíveis os abusos de poder econômico, devendo ser severamente criminalizadas as captações ilícitas (caixa 2).

Acordos de leniência são importantes instrumentos de investigação. Para terem legitimidade e segurança jurídica, precisam ser fiscalizados pelo Ministério Público.

A política não pode ser uma aventura e os parlamentares devem assumir o compromisso de servir ao povo. Nunca de se servir do poder, não sendo admissível assumir cargos no executivo a menos que renunciem ao mandato.
O princípio da eficiência administrativa e da economicidade se destacam como princípios para a administração pública. Propomos a adoção do seguro privado para toda obra pública, que deve ter sempre prazo, preço e projeto executivo detalhado.

Prevenir é sempre melhor que remediar. Desta forma enfatizamos a necessária intensificação de medidas preventivas, como instrumento importante no combate à corrupção. Como por exemplo a exigência de compliance empresarial.

O combate à corrupção exige investigação, colheita de provas, observado o devido processo legal e para tanto proteção efetiva à fonte de informação, que muitas vezes é extremamente vulnerável e estará incriminando alguém detentor de muito poder.

Os Tribunais de Contas, com sua estrutura de auditoria, constituem a primeira linha de combate à corrupção no macrossistema de controle, sendo imperiosa a eliminação das indicações políticas para sua composição que os têm transformado em aparelhos a serviço do poder. Defendemos a aprovação da PEC 329.

Transparência e publicidade dos trabalhos de auditoria dos Tribunais de Contas são absolutamente vitais para que a sociedade tenha acesso, desde logo, a esses trabalhos e possa exercer em toda sua amplitude o controle social, fazendo valer a Lei de Acesso à Informação Pública.

O melhor desinfetante é a luz solar. A regulamentação do lobby é fundamental para que se possa exercer de forma legítima, justa, e ética esta importante atividade de convencimento, fundamental no sistema democrático.

Vivemos de forma globalizada, mas o controle das transações financeiras bem como a identificação dos beneficiários finais de pessoas jurídicas nos negócios é absolutamente fundamental para que se feche o cerco contra operações ilícitas, evitando a prática da corrupção.




São Paulo, 10 de Dezembro de 2017.



Luiz Flávio Gomes
Movimento Quero um Brasil Ético

Roberto Livianu
Instituto Não Aceito Corrupção

Júlio Marcelo de Oliveira
AMPCON

Irene Nohara
Professora, Doutora em Direito do Estado

Roberto Delmanto Junior
Advogado criminalista, Doutor em Processo Penal





Natal: compre com segurança na internet



Com o 13º salário e a percepção de que a economia começa a dar sinais de melhora, poucos resistem às compras de Natal. De acordo com a EBit, empresa especializada em e-commerce, as vendas pela internet devem ter, neste ano, crescimento entre 12% e 15%. Muita gente prefere comprar em lojas virtuais pela comodidade, agilidade e, não raras vezes, preços menores. Se você está nesse grupo de consumidores, planeje suas compras e tome cuidado com a segurança dos seus dados. “É comum as pessoas estarem tão dispostas às compras que acabam se esquecendo de checar se o ambiente em que ela está comprando é seguro”, adverte Julio Cosentino, vice-presidente da Certisign.
Veja a seguir as dicas da Certisign para que você não engrosse a lista de vítimas que tiveram seus dados roubados na web na época de Natal:

• verifique se a página possui Selo de Segurança. Ele atesta que o site é confiável para transações e a inserção de dados;

• se sim, clique sobre o Selo de Segurança, que geralmente fica no rodapé da página, e verifique se o Certificado Digital foi emitido para o mesmo endereço web em que você está;

• veja se existe um cadeado fechado na barra do navegador;

• observe se aparece a letra ”S” no endereço do site, ou seja, HTTPS.

De acordo com Cosentino, esses são os sinais dos sites protegidos pelo Certificado Digital SSL, que criptografa as informações em tráfego e atesta a legitimidade da empresa que oferece o serviço. “São garantias mínimas e indispensáveis para a inserção de dados pessoais na internet e efetivação de compras. Se a loja virtual não apresentar esses sinais, é melhor escolher outro e-commerce, ainda que o preço não seja tão convidativo”, explica.





 Certisign





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