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terça-feira, 26 de setembro de 2017

10 fatos sobre a saúde ocular para ficar de olho durante a gestação



 Você sabia que é preciso redobrar os cuidados com a visão durante a gestação?  São diversos os cuidados que a mulher precisa tomar com a própria saúde e com a do bebê durante este período, mas poucas incluem os cuidados oftalmológicos na lista pré-natal. Com a ajuda da oftalmologista Dra. Márcia Beatriz Tartarella, diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica da América Latina, esclarecemos as principais dúvidas e curiosidades sobre o tema para ajudar na prevenção de doenças e diminuir os desconfortos no período.


  1. Os hormônios afetam (e muito!) os olhos
Inchaço, enjoo e mudanças de humor não são os únicos reflexos da montanha-russa hormonal que ocorrem durante a gravidez. As mudanças hormonais são também as principais responsáveis por provocar alterações na visão durante o período. Por isso, a visita ao oftalmologista é imprescindível. A inconstância dos níveis hormonais femininos pode provocar sintomas significativos aos olhos, que podem incomodar e causar sérios problemas às futuras mães, e também aos bebês, se não diagnosticados e tratados corretamente.


  1. As alterações de grau são reais
Não se surpreenda se for ler e sentir que seus óculos não estão mais ajudando a desembaralhar a visão como deveriam. A alteração de grau durante a gestação é mais comum do que se pode imaginar, já que é causada em decorrência dos sintomas típicos da gravidez, como a retenção de líquido e o aumento de peso, que podem modificar o formato e a espessura da córnea, deixando a visão distorcida.

A condição é momentânea e a córnea volta ao normal gradativamente após o nascimento do bebê. No entanto, como pode causar fortes dores de cabeça e tontura, a recomendação é que se faça os ajustes das lentes para o novo grau durante o período para o maior conforto da mãe. 


  1. A claridade pode incomodar
Em razão das alterações de grau causadas pelas mudanças hormonais, muitas mulheres podem desenvolver maior sensibilidade à luz durante a gestação, a chamada fotofobia, que pode incomodar e tornar difíceis as atividades do dia a dia. Para isso, o mais indicado é fazer o uso de lentes fotossensíveis, como as da Transitions, que se adaptam aos diferentes níveis de claridade e garantem maior conforto visual para as gestantes, além de maior proteção contra os raios UVA e UVB.


  1. Manchas escuras no campo visual e visão dupla podem indicar hipertensão gestacional
Algumas grávidas podem apresentar hipertensão durante a gestação, o que pode provocar alterações no fundo de olho. Entre os principais sintomas visuais estão a aparição de escotomas, que são caracterizados pela presença de manchas escuras em alguns pontos do campo visual, visão dupla e diminuição da visão. Por isso, as mulheres com hipertensão antes ou durante a gestação, ou diabéticas, devem ter acompanhamento oftalmológico durante toda a gravidez.


  1. É possível diagnosticar a pré-eclâmpsia por meio de exames oftalmológicos
Se houver queixas de dor de cabeça, visão turva, sensação de pontinhos brilhantes na visão e maior sensibilidade à luz durante a gestação, procure um oftalmologista o mais rápido possível! Os sintomas podem ser sinais de pré-eclâmpsia que, se diagnosticada precocemente, diminui os riscos de maiores problemas no futuro, como a evolução para a eclâmpsia, condição que coloca em risco as vidas de mãe e bebê.

Por isso, além da visita constante ao ginecologista, deve-se incluir na agenda uma visita ao oftalmologista logo no início da gravidez para a realização do exame de fundo de olho, já que as artérias e veias da retina podem sofrer mudanças devido às alterações na pressão arterial.


  1. A Síndrome do Olho Seco está entre os problemas mais comuns durante a gestação
A redução da produção da lágrima, devido às diversas alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez, pode ocasionar a Síndrome do Olho Seco. Entre os sintomas mais comuns da síndrome estão os olhos vermelhos, visão turva ao final do dia, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente ao computador, sensação de areia nos olhos e ardência.

Se não tratada corretamente e com acompanhamento médico, pode ocasionar sérios problemas, como o surgimento de úlceras de córnea e até mesmo o comprometimento grave da visão. O tratamento costuma ser feito por meio do uso de lágrimas artificiais, que mantêm a hidratação da superfície do olho por mais tempo. 


  1. Fique atenta ao uso de colírios
O uso indiscriminado de colírios pode ser prejudicial ao feto. Não se deve esquecer que colírios também são medicamentos e são absorvidos pelas mucosas do olho até chegar na corrente sanguínea. As gestantes que têm costume ou necessitam das lágrimas artificiais em seu dia a dia precisam passar em consulta com um oftalmologista para certificar se o medicamento é realmente seguro. Os colírios que contêm conservantes podem ser tóxicos. Por isso, o uso não deve passar de quatro vezes ao dia. 


  1. Lentes de contato podem comprometer a córnea
Para as gestantes usuárias de lentes de contato, o cuidado deve ser redobrado. A grávida pode ficar mais propensa ao edema na córnea e à contaminação nas lentes, que pode ocasionar a úlcera de córnea.


  1. Adie a cirurgia de miopia para após o nascimento do bebê
A cirurgia de miopia durante a gestação é totalmente contraindicada, já que o procedimento demanda cuidados extras. Como existe a possibilidade de alteração do grau durante a gestação, a recomendação é de aguardar o nascimento do bebê para a realização da cirurgia. Para as grávidas que já fizeram a cirurgia refrativa, pode haver uma flutuação de visão, que melhora após o nascimento do bebê. 


  1. Atenção para a proteção da saúde ocular do bebê
É muito importante pensar na saúde ocular do bebê, mesmo durante a gestação. Os exames de toxoplasmose e rubéola durante a gravidez são mandatórios, pois ambas as doenças, se diagnosticadas no período, podem acarretar em graves problemas oculares ao feto, como cegueira e catarata. 





Transitions








Xerostomia: você sabe o que é e como tratar?



Especialista aponta 12 sintomas desse problema de saúde bucal


Xerostomia é uma palavra de origem grega que significa “boca seca” – condição que se caracteriza pela diminuição da produção salivar. Fisiologicamente, a salivação começa a diminuir a partir dos 30 anos. Aos 60 anos, a pessoa tem metade da saliva de um jovem. O problema é que todos precisam de saliva para digerir os alimentos, limpar a boca e controlar a população de bactérias, evitando infecções. De acordo com o cirurgião-dentista Artur Cerri, coordenador de pós-graduação lato sensu e extensão da FAOA (Faculdade de Odontologia da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), a queda no volume de saliva produzido pela boca acaba dificultando a deglutição e diminuindo a resistência bucal. Quando não diagnosticada e tratada a tempo, essa condição pode resultar, inclusive, na perda dos dentes.

“A síndrome da boca seca pode ser fisiológica ou indicar algumas doenças sistêmicas, acelerando o aparecimento de cárie, infecção bucal e, principalmente, gengivite. Além de comprometer a saúde bucal do idoso, acaba interferindo na saúde em geral e em sua qualidade de vida, porque o paciente naturalmente passa a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos. Esse ciclo vicioso precisa ser interrompido”, alerta Cerri.

De acordo com o especialista, a ‘síndrome da boca seca’ tem 12 sintomas muito comuns e que podem ser facilmente identificados – apesar de não precisar ocorrer todos ao mesmo tempo para caracterizar o problema:

1.   Sensação pegajosa na língua;

2.   Língua avermelhada, áspera ou seca;

3.   Sensação ruim na garganta, como se fosse um pigarro;

4.   Feridas nos cantos da boca;

5.   Fissuras nos lábios; 

6.   Ardência lingual;

7.   Mau hálito;

8.   Sede frequente;

9.   Dificuldade ao falar;

10.               Rouquidão;

11.               Secura nas vias nasais;

12.               Dor de garganta.

Cerri afirma que, além do processo de envelhecimento, uma das causas mais comuns são os efeitos colaterais de determinados medicamentos para tratar depressão, ansiedade, obesidade, dor, alergia, asma, incontinência urinária, mal de Parkinson etc. Também pode se tratar de um desdobramento de determinadas doenças, como diabetes, anemia, fibrose cística, hipertensão e artrite reumatoide, entre outras. “Não podemos descartar outras causas, como desidratação e danos ao sistema nervoso, principalmente após traumas ou cirurgias. Mas outra causa muito comum é o fumo. O fumante passa muito tempo respirando pela boca enquanto fuma, e isso acaba agravando o quadro”.

Ao identificar um ou mais sintomas, o paciente deve reportar o problema imediatamente ao médico. Só assim poderão ser providenciados ajustes nas dosagens das medicações ingeridas diariamente ou até mesmo sua substituição. “É importante que as pessoas mantenham uma excelente higiene oral. Além de prevenir contra a maior parte das doenças bucais, escovar bem os dentes, fazendo uso do fio dental diariamente, poderá ajudar na prevenção da xerostomia. Ingerir bastante líquido ao longo do dia e adotar uma alimentação rica em alimentos com alto teor de água também é indicado para a maioria das pessoas, principalmente para o idoso”, diz Cerri – lembrando que essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que a pessoa passe a comer menos e a ficar com a musculatura oral enfraquecida.






Fonte: Prof. Dr. Artur Cerri - coordenador de pós-graduação lato sensu e extensão da FAOA (Faculdade de Odontologia da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas)www.faoa.edu.br





O tratamento ideal da população LGBT na área da saúde



 Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta sobre melhor forma de atendimento pelos profissionais e a necessidade de políticas públicas para as demandas de transição de gênero
 

Com gancho no personagem Ivan, vivido pela atriz Carol Duarte, na novela A Força do Querer da TV Globo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, por meio do Grupo de Trabalho de Gênero, Sexualidade, Diversidade e Direitos, orienta sobre o tratamento ideal direcionado à população LGBT a partir de atendimento de profissionais da área da saúde. As identidades políticas representadas pela sigla LGBT são: lésbicas, gays, bissexuais, travestis, homens trans e mulheres transexuais.

“As pessoas transexuais devem sempre ser chamadas pelo nome com o qual se identificam. O uso do nome social é um direito dentro do Sistema Único de Saúde e das instituições públicas. Mesmo os serviços de saúde privados podem ser processados judicialmente caso não respeitem o nome social, pois apesar de não haver lei específica, há jurisprudência no tema”, explica Ana Paula Amorim, médica de família e comunidade e membro do GT.

Deve-se abordar a homossexualidade, a bissexualidade e a assexualidade como "orientações afetivo-sexuais", pois o desejo e o afeto nas relações humanas existem independentemente da opção que cada um possa fazer por declarar ou não, às outras pessoas, as relações que tem ou  que deseja ter.  Portanto é errado falar em "opção sexual".

Ana Paula ressalta que a população LGBT sofre preconceitos específicos e em intensidades variadas. Algumas violências são frequentes mesmo dentro dos serviços de saúde,  como negação de direitos, omissão de cuidados, estigmatizações e constrangimentos, além de diversas formas de violências verbais, morais, institucionais e até físicas. “É muito comum profissionais de saúde deslegitimarem a identidade das pessoas LGBT, inclusive recomendando que reconsiderem a forma como se reconhecem”, explica.

Sobre realização de exames periódicos para essa população, mesmo que a consulta seja por algum problema específico, ainda não há evidências científicas que demonstrem a necessidade de exames de rastreamento especiais baseados na orientação sexual ou na identidade de gênero das pessoas. Os protocolos do Ministério da Saúde devem ser seguidos, como rastreamento de Câncer de Colo de Útero para quem tem colo de útero, ou rastreamento de Câncer de Mama para quem tem mamas desenvolvidas.

“Outro tópico importante a ser lembrado é que não existe mudança de gênero, mas a pessoa pode sentir necessidade de realizar uma transição social para o gênero com o qual ela se se identifica. A formação em gênero e sexualidade dentro das universidades ainda é escassa e a maioria dos profissionais se forma sem saber como atender às necessidades de saúde da população LGBT. Um passo importante de uma política pública seria tornar recomendável ou até obrigatório este conteúdo dentro dos cursos de saúde”, informa Ana Paula.


Políticas Públicas
 
A Politica de Atenção à Saúde Integral da População LGBT foi lançada pelo Ministério da Saúde em 2011. Desde então cada estado e município foi responsabilizado a operacionalizá-la dentro de seu espaço e de sua competência em oferta de atendimento em saúde. Até o momento alguns serviços ambulatoriais e de referência para cirurgias transexualizadoras foram inaugurados, mas ainda são escassos perante a demanda e, portanto, insuficientes em todas as regiões do Brasil.

Ainda não há protocolos clínicos a nível federal voltados a essa população, o que gera grande desigualdade entre os serviços ofertados. As iniquidades de assistência atingem desde a abordagem em sexualidade e gênero às pessoas que usam os serviços, passando por indicação de exames, acesso a hormônios transexualizadores e até resultados cirúrgicos comprometidos pelo estabelecimento de diferentes técnicas cirúrgicas em cada serviço. Com a existência de um protocolo voltado para a Atenção Básica, o serviço das UBS poderia ser mais resolutivo para pessoas que se interessam e realizam processos transexualizadores, com menor necessidade de ambulatórios específicos.

 Além disso, a responsabilização das UBS para atendimento das demandas específicas da população LGBT tornaria as unidades mais acolhedoras a essa população, com maior possibilidade de redução de danos pelo uso inadequado de hormônios e de cuidado integral a essas pessoas (como o cuidado aos transtornos mentais comuns, ao abuso de álcool e drogas, à exclusão social e às violências vividas).
Há necessidade de ampliação das vagas disponíveis para cirurgias transexualizadoras. Devido à escassez atual, a maioria das pessoas transexuais que deseja transformações corporais submete-se a procedimentos caros e muitas vezes inadequados, como o uso ainda alto de silicone industrial.




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