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sexta-feira, 30 de junho de 2017

ACIDENTES COM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: SAIBA COMO EVITAR



 Evitar acidentes com os animais de estimação é essencial para garantir a saúde dos pets


Os animais domésticos fazem parte da família. Em muitas casas brasileiras, eles são criados como filhos, e assim como as crianças, exigem muita atenção e cuidado. Até porque acidentes com animais de estimação são mais comuns do que imaginamos.

Os filhotes são os mais curiosos. Quando eles estão chegando na família, precisam conhecer e se adaptar ao ambiente, e por isso, é comum que mastiguem objetos, se escondam atrás dos móveis e subam em lugares altos — além de cheirar e lamber quase tudo que veem pela frente. Portanto, prestar atenção nos filhotes e mantê-los em um ambiente seguro é fundamental para evitar acidentes afirma o veterinário Cauê Toscano do Vet Quality Centro Veterinário 24h.


Alertas para evitar acidentes com filhotes

Quando resolvemos adotar um animal filhote, é importante preparar o ambiente para recebê-lo. Escolha uma parte da casa para ele dormir, comer e fazer suas necessidades biológicas. Nesse local, é importante que tomadas e fios de eletricidade estejam protegidos.

Se você tiver um gatinho, deve ter tela de proteção nas janelas e nas varandas, além de evitar móveis altos.

Assim como no caso das crianças, não deve ser deixado ao alcance dos seus pets qualquer produto químico. Se você estiver fazendo uma reforma na casa, é fundamental atenção para que eles não entrem em contato com a tinta fresca.

É muito comum que cachorros pequenos procurem objetos para roer, pois seus dentes estão em processo de formação e crescimento. Por esse motivo, ter disponível brinquedos que facilitem a dentição é interessante — caso contrário, é muito provável que seu bichinho roa paredes e sapatos.


Precaução com utensílios e brinquedos

Evite deixar à vista objetos pequenos que podem ser facilmente engolidos, como moedas, brincos, peças de brinquedos infantis, caroços e sementes. Engolir itens inapropriados é um dos acidentes com animais mais comuns. Esse tipo de ocorrência pode causar uma série de lesões no estômago e no intestino. Em caso mais graves, é necessária uma intervenção cirúrgica.

Existem brinquedos apropriados para cães e gatos de diferentes tamanhos. Cães de porte médio e grande não deve ter brinquedos muito pequenos ou com peças miúdas, já que podem ser engolidos.


Cuidados para evitar acidentes com animais idosos

Animais em uma idade avançada — acima de 7 anos — precisam de atenção redobrada. Se eles já estão com a visão debilitada ou com dificuldades de locomoção devido a problemas de saúde, é importante ter atenção quando eles sobem ou descem de móveis. No caso de cães, os sofás e as camas. Já os gatos, as estantes, as prateleiras e as mesas.

Os animais idosos também ficam mais seguros em ambientes limitados. Por isso, lembre-se de fechar portas e janelas quando for necessário deixar o seu pet sozinho em casa.

E se caso, algum acidente acontecer, não deixe de levar o seu pet imediatamente a um hospital veterinário.



Você sabia que cães e gatos podem doar sangue?



  Sangue coletado dos animais pode ser utilizado no tratamento de enfermidades como câncer


O Junho Vermelho, campanha que dissemina a importância da doação de sangue, traz um alerta à população sobre as angústias causadas por falta de sangue animal: muitos bichinhos acabam morrendo por falta de conhecimento de seus donos. “A doação de sangue animal é tão importante e necessária quanto a das pessoas, os donos ou pais de seus pets precisam entender que eles podem vir a precisar de uma substância tão comum, mas tão escassa”, afirma Debi Aronis, fundadora da campanha. 

Alguns tutores, por receio de que seus animais de estimação sofram complicações, evitam esse procedimento. Porém, assim como em humanos, a doação de sangue animal é segura e não provoca efeitos colaterais nos mascotes, conforme explica Fábio Alexandre Rigos Alves, diretor técnico do laboratório Cepav. 

“O procedimento é indolor e muito rápido, dura em torno de 15 minutos. A doação é feita através de uma pequena punção na veia jugular e o sangue é coletado em uma bolsa, como acontece com os humanos. Em média, são retirados cerca de 16 ml por quilo”, afirma. 
  
Antes da doação, os animais passam por uma série de testes clínicos para garantir que estão em boas condições de saúde. Não são aceitos como doadores aqueles que tenham alguma doença infecciosa, estejam muito acima do peso ideal para a raça e, no caso das fêmeas, estejam no cio. 

Alves explica ainda que esse tipo de procedimento é mais recomendado em animais de grande porte (com peso acima de 27 quilos), com idade entre um e oito anos, e que sejam dóceis, pois a doação acontece com o animal acordado.

De acordo com o diretor técnico do laboratório Cepav, a transfusão de sangue pode ser total ou utilizar apenas alguns subprodutos, como o concentrado de hemácias (para animais com casos severos de anemia), concentrado de plaquetas (utilizado em problemas de coagulação) ou plasma. 

Para que o animal não fique anêmico é preciso que o dono espere um período de 25 dias antes de levá-lo para realizar uma nova doação. Em alguns casos, pode ser recomendável dar um suplemento ferroso ao cão para recuperar o volume de sangue retirado. 

Após a doação, o sangue estocado pode durar até 35 dias, quando armazenado em temperatura média de 1 a 8 graus. Entretanto, esse período varia de acordo com cada hemocomponente retirado: enquanto o concentrado de hemácias dura 35 dias o concentrado de plaquetas permanece válido para uso por apenas cinco dias.  


Porque doar?

Assim como acontece com seres humanos, os animais de estimação sofrem de enfermidades que necessitam de grandes quantidades de sangue para tratamento, como cânceres e anemias, assim como podem também sofrer acidentes ou necessitar de cirurgias. 

Por falta de sangue, muitos animais acabam morrendo, realidade que aumenta ainda mais a importância e a necessidade da doação de sangue animal, conforme destaca Debi Aronis, uma das fundadoras da campanha Junho Vermelho. 

“A doação de sangue animal é tão importante quanto a humana porque o sangue sintético ainda não é uma realidade. Isso sem mencionar que para a maioria dos donos, os pets são parte da família, a relação é muito intensa, e ainda que todos saibam que os animais têm uma vida média mais curta do que a nossa, a dor da perda de um bichinho de estimação é tão grande quanto a de um ser humano”, afirma ela. 

Não existem muitos bancos de sangue animal no Brasil, mas qualquer pessoa pode procurar por seu veterinário e perguntar sobre a doação. 


Curiosidades do sangue animal

Ao contrário dos seres humanos, os gatos podem pertencer a três tipos sanguíneos: A (o mais comum entre eles), o grupo B e o AB. Nos cães, por outro lado, já foram identificados mais de 20 grupos sanguíneos, podendo variar inclusive entre animais da mesma raça. 

Por isso, Alves explica que a doação sanguínea leva em consideração o tipo de sangue do animal. Ao receber uma transfusão são realizados testes de tipagem sanguínea e de compatibilidade, para evitar que o receptor sofra qualquer reação adversa.  

Entretanto, os gatos têm maior risco de sofrer complicações durante a primeira transfusão sanguínea do que os cães. Em geral, as chances de reações ocorrem após a segunda transfusão.  


Critérios para doação

Cães

  • Pesar acima de 27 quilos;
  • Ter idade entre um e oito anos;
  • Não possuir doenças infecciosas, estar vacinado e desparasitado;
  • Não estar acima do peso recomendado para a raça;
  • Fêmeas: não estar prenhe ou no cio;
  • Não ter tido carrapatos recentemente.

Gatos

  • Pesar acima de cinco quilos;
  • Ter idade entre um e oito anos;
  • Ser criado sem acesso à rua;
  • Estar vacina, desparasitado e não possuir histórico de doença grave
  • Fêmeas: não estar prenhe ou no cio. 

Junho Vermelho

Organizada desde 2014, pelo Movimento Eu dou Sangue, a campanha Junho Vermelho que já foi alçada a categoria de lei em vários estados e cidades do Brasil, busca chamar a atenção para a importância da doação de sangue frequente. É fundamental abastecer os estoques dos hemocentros principalmente nos meses de junho e julho, quando o volume de doações cai atingindo níveis críticos (baixa de 30%) em todo o país, reflexo das férias escolares e do aumento na demanda por sangue.





Vamos falar da tal orelha de abano?



Motivo de bullying entre as crianças e preocupação entre os pais, qual o momento de operar?


Dumbo! Orelha de burro! Orelhão! As orelhas proeminentes e de aspecto abanado geram grandes incômodos para as crianças. Nessas horas, o sofrimento dos filhos reflete-se diretamente nos pais, quando a atenção é voltada negativamente, ao gerar motivo para brincadeiras e olhares maldosos. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as orelhas de abano atingem de 2% a 5% da população. Um número considerado pequeno entre os demais casos para cirurgias corretoras, mas que se torna relevante quando é sinônimo de bullying.

De acordo com o cirurgião plástico Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), “o que caracteriza uma criança ou adulto com orelha de abano está, muitas vezes, em pequenas alterações anatômicas, da orelha que é vista como normal, ou mais comum. Ela pode se apresentar de várias maneiras e em diferentes graus”. As orelhas com aspecto de abano, em geral, são mais projetadas para frente que o normal, conferindo à face e à cabeça uma aparência aumentada. Sob o ponto de vista médico, podem ser diagnosticadas quando as orelhas  formam um ângulo maior de 30-35° em relação à cabeça.

 Isso acontece de acordo com o aumento da concha cartilaginosa da orelha associado a um apagamento da dobra natural chamada de anti-hélix.


Mas, e aí? Vale a pena operar?

As orelhas de abano podem ser corrigidas com uma cirurgia plástica chamada otoplastia, mas é preciso cuidado para determinar se o procedimento é ou não necessário e, mais do que isso, qual o momento adequado para submeter a criança ao procedimento.  “A idade é um dos principais fatores a serem analisados. Geralmente, a correção pode ser indicada a partir dos seis anos porque, depois, o crescimento da orelha já não será tão significativo”, conta o cirurgião. Mas, de acordo com Roger, a vontade da criança deve sempre prevalecer. “Por diversas vezes, são os pais que almejam a cirurgia por não aceitarem as condições diferentes do filho. Temos que enfatizar que existem crianças cuja personalidade é tão marcante que não se deixam abater por essa ditadura da beleza e não fazem questão de operar”.


Entenda a otoplastia

A otoplastia é uma cirurgia plástica que tem como finalidade restabelecer a anatomia das orelhas e o posicionamento ideal em relação ao crânio. As incisões são feitas na face posterior das orelhas e, por isso, o paciente não fica com cicatrizes aparentes. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, no bloco cirúrgico, dura em média, de uma a duas horas e a anestesia é geral para crianças, podendo ser apenas local, para adolescentes e adultos. Alta médica geralmente programada para o mesmo dia.

É importante observar, dentro de 20 a 30 dias após o nascimento dos pequenos, se há algo diferente que possa caracterizar orelhas de abano. Nesse período, os pediatras costumam sugerir o uso de faixas de contenção mas, na maioria dos casos, não são consideradas muito eficazes, já que, após esse período de 30 dias após o nascimento, a orelha da criança vai ficando mais firme. “Em todos os casos, a consulta com o cirurgião plástico de sua confiança é sempre o mais indicado, e claro, ouvir o que o seu filho tem a dizer. Eles são sempre a parte que importa”, finaliza Roger.



Dr. Roger Vieira - Médico especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e MEC. Membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (American Society of Plastic Surgeons - ASPS)




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