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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Vantagens e riscos de contratar um estagiário



Todos sabemos que o sistema de estágios é extremamente vantajoso para as empresas, além de possibilitar a entrada de muitos jovens talentos no mercado de trabalho, principalmente aqueles que não possuem experiência profissional.

Especialmente nesta época em que as empresas buscam enxugar custos, muitos veem a contratação de estagiários como uma ótima alternativa. O estagiário não tem vínculo empregatício com a empresa e isso desonera a folha de pagamento, já que nessa modalidade não incorrem encargos trabalhistas e tampouco 13º, provisões e verbas rescisórias, além do valor da Bolsa Auxílio ser de livre negociação entre empresa e estagiário sem obedecer sequer valores mínimos, como o salário mínimo ou os pisos de cada categoria.

A lei 11.788 de 2008 que rege o estágio para estudantes já traz melhorias em relação à lei 6494 de 1977. Podemos até dizer que a lei é bastante sucinta e simples, mas ainda assim muitas empresas temem a ocorrência de vínculo empregatício.

Após 15 anos atuando exclusivamente na administração de estágios para nossos clientes, as duas perguntas mais recorrentes a respeito de estágio que me são feitas são: Quais as vantagens e quais os riscos que o sistema oferece para as empresas?

Nesse caso, tenho o hábito de separar as duas coisas. As vantagens são muitas e os riscos são mais decorrentes de falta de informação a respeito do sistema, do que propriamente do sistema em si. No entanto, o que para nós especialistas fica claro é que quando as empresas tentam extrair do sistema de estágios mais vantagens que o sistema permite é que entra na zona de risco.

Vou no entanto elencar as principais vantagens e benefícios do sistema de estágios e depois comentar algumas atitudes das empresas que podem colocar o processo em risco trabalhista.

Como as principais vantagens para as empresas que enxergamos no sistema, podemos citar:
  • Não existência de vínculo empregatício entre estagiário e empresa;
  • Isenção de encargos trabalhistas;
  • Possibilidade de rescisão do contrato de estágio a qualquer momento, sem aviso prévio ou verbas rescisórias;
  • Acesso a jovens em formação, atualizados e motivados para conseguir se destacar na empresa;
  • A contratação de estagiários oxigena a equipe e faz com que os efetivos passem a se preocupar em se atualizar também;
  • A empresa pode formar o profissional de acordo com sua cultura, já que os estagiários não trazem vícios de longas experiências anteriores;
  • Facilidade na reposição dos estagiários quando necessário;
  • Os estagiários dão ótimo suporte, liberando os efetivos de tarefas mais simples para que possam se concentrar nas mais difíceis e produtivas;
  • Estagiários trazem informações e procedimentos, soluções e ideias atualizadas para dentro da empresa;
  • Os jovens tem extrema facilidade em conectar a empresa às novidades do mercado e da sociedade;
  • A empresa ganha em responsabilidade social ao abrir oportunidades de inserção de jovens no mercado formal de trabalho.
Certamente o sistema de estágios traz muitas outras vantagens, mas podemos dizer que essas são mas mais evidentes.

Já em relação aos riscos, podemos dividi-los em riscos estratégicos e riscos trabalhistas.

Os riscos estratégicos são aqueles que as empresas cometem ao imaginar que o sistema de estágio irá suprir todas as necessidades operacionais da empresa. Neste caso, as empresas poderão ter um resultado ruim quando, por exemplo, resolvem substituir indiscriminadamente seus efetivos por estagiários sem levar em conta que o estagiário está em fase de aprendizado e levará um tempo até que esteja pleno e apto a produzir como um efetivo (momento em que deveria ser efetivado).

Outro erro estratégico que as empresas podem cometer, é querer que o estagiário “resolva” todos os problemas da empresa, já que ele é atualizado e estuda especificamente para esta ou aquela atividade. É evidente que o estagiário será extremamente valioso ao trazer para a empresa novas ideias, conceitos e procedimentos, mas se ele não contar a devida supervisão de uma pessoa experiente, não conseguirá transformar suas ideias e conhecimentos em resultados efetivos para a organização.

Este é um dos pontos em que a Estagilize se destaca, pois antes da contratação nós tratamos dessas e de outras questões por meio de orientações, sempre com o intuito de transformar essa oportunidade de estágio em uma ótima experiência, tanto para a empresa quanto para o estagiário.

Já em relação ao risco trabalhista, precisamos entender que ele sempre existe, independentemente da empresa fazer tudo certo ou não. Mas isso não é inerente apenas ao programa de estágios para estudantes, mas sim à todas as formas de contratação. Basta lembrar que qualquer pessoa que trabalhou em uma empresa poderá acioná-la na justiça do trabalho se entender que o empregador faltou com suas obrigações.

Assim, como em qualquer outra forma de contratação, o que determina se o risco pode se concretizar em um possível problema trabalhista será a forma coma a empresa administra o processo durante o tempo que a pessoa está lá. No caso do estágios, devemos ter rigor com:

  • Cláusulas contratuais adequadas e específicas do estágio;
  • A carga horária e como fazer o controle da frequência;
  • As atividades desenvolvidas pelo estagiário;
  • A supervisão oferecida pela empresa;
  • Os recibos utilizados para pagamento (existem termos específicos obrigatórios);
  • A forma como se faz a gestão dos estagiários;
  • A relação dos estagiários com os efetivos;
  • O tipo de cobrança que se pode fazer dos estagiários em relação às suas atividades e metas;
  • Diversas outras questões objetivas e subjetivas que poderão determinar algum possível problema futuro.
Para nós, tudo isso é muito simples, já que somos agentes de Integração especializados em estágios.

Para os nossos clientes, oferecemos total assistência em todos esses pontos durante todo o período em que o estagiário está lá, oferecendo inclusive uma plataforma de gestão dos estagiários, onde as empresas podem emitir os recibos corretos, preencher avaliações e acompanhar o desenvolvimento de seus estagiários.




Aristides Ianelli Junior - presidente e sócio-proprietário da rede de franquias Estagilize Estágios




Aceite sacrifícios. Pense na vitória final



Existem épocas (e situações) em que precisamos fazer sacrifícios para conseguir grandes resultados. Alguns momentos decisivos na vida requerem abrir mão de alguma coisa. É disso que tratam o conceito budista do desapego e o conceito militar que propõe fazer algum sacrifício a fim de vencer a batalha. Às vezes, é possível usar táticas de dissimulação. Elas são um sacrifício necessário para obter a vitória.

Há maneiras de ser vencedor mesmo com algum prejuízo. Esse é um recurso importante para tomar grandes decisões na vida, por exemplo, sobre a escolha da faculdade, com quem se casar, ou sobre qual carreira seguir, porque precisamos criar um equilíbrio sutil entre vida privada e vida pública, entre as questões familiares e aquelas relacionadas ao trabalho. Se há dois superiores que querem lhe dar uma promoção, é importante que você escolha a oferta daquele que, na sua intuição, será o vencedor no final. Se escolher o superior que irá perder, você também perderá.

Escolher um parceiro de trabalho é uma decisão importante em nossa vida particular. E assim é no comando das empresas e das nações. Líderes devem tomar decisões que não levem seu povo à infelicidade. Sua responsabilidade é nortear-se pelo futuro da população, não por emoções ou valores pessoais. É responsabilidade dos líderes manter os olhos no futuro, certificar-se de que não vão tomar decisões equivocadas e de que serão vencedores no final.

*As reflexões desta coluna são extraídas de As Leis da Invencibilidade”, do autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa (IRH Press do Brasil). Seus mais de 2.200 livros publicados, traduzidos para 28 idiomas, já venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo.


MAIS SOBRE “AS LEIS DA INVENCIBILIDADE”

Não se trata de mais um livro teórico, mas de um guia para sobreviver e vencer em tempos de recessão econômica. Baseado em palestras proferidas por Ryuho Okawa, com comentários sobre a situação econômica do Japão, o livro parece escrito sob medida para os brasileiros que hoje sofrem com a recessão – do trabalhador desempregado aos empresários, passando por administradores e executivos, sem ignorar os governantes. O livro “As Leis da Invencibilidade” é dividido em cinco grandes capítulos. No primeiro, “os princípios do sucesso”, o autor apresenta suas sete regras de ouro para uma pessoa ser bem-sucedida na vida. O segundo capítulo, “como ser vitorioso nos confrontos”, surpreende pela análise de Okawa sobre vitórias e derrotas – e como isso ajuda a construir a própria felicidade, a inovar as empresas e a vencer a concorrência. O capítulo três, “como desenvolver uma mente estratégica e gerencial”, é totalmente voltado para o mundo dos negócios. Apresenta cinco pontos fundamentais para o desenvolvimento e a prosperidade de uma organização. O quarto capítulo, “como superar uma recessão”, é uma aula prática de como agir e enfrentar tempos de recessão econômica. No último capítulo, “o modo ideal de ser”, o autor fala das armadilhas do otimismo, dos requisitos da boa administração e da importância de usar o poder da sabedoria.




Existe uma profissão certa para cada tipo de pessoa?



Escolher qual profissão seguir não é tarefa simples. Uma das grandes dificuldades nesse processo é o aumento da quantidade de profissões disponíveis para o candidato escolher, em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Além disso, quando o candidato apresenta diferentes áreas de interesse (gostar de música e de química ao mesmo tempo, por exemplo), deverá refletir sobre quais dessas atividades gostaria de fazer profissionalmente, tendo que lidar com as perdas resultantes de suas escolhas. Ao escolher trabalhar com música, a princípio o indivíduo terá de abrir mão de seu interesse pela química.

Mas o fato é que, apesar das dificuldades inerentes à escolha de qual profissão seguir, tendemos a nos envolver em atividades que sejam compatíveis com nossas habilidades. Pessoas que buscam profissões que estejam alinhadas a seus interesses e à sua personalidade, tendem a ser mais satisfeitas profissionalmente e a mudar menos de carreira.

Alguns estudos da psicologia revelam que os interesses são uma expressão da personalidade e que pessoas que seguem uma mesma profissão tendem a apresentar características da personalidade semelhantes. Tais estudos consideram que existem seis tipos de personalidade vocacional: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional (RIASEC), conforme figura a seguir:


Figura 1. Tipos de personalidade vocacional RIASEC 


Fonte: Holland (1985)


Veja abaixo algumas das características comuns a cada tipo de personalidade vocacional e alguns cursos correlatos:


(R)ealista: preferência por atividades práticas e concretas, como o uso de máquinas, ferramentas e materiais. Pessoas com personalidade realista tendem a ser introvertidas e a atribuir pouca importância aos valores estéticos. Apresentam maior capacidade matemática e mecânica que capacidade verba; e perceptiva.

Exemplos de cursos: áreas da Engenharia



(I)nvestigativo: interesse e curiosidade por atividades analíticas e intelectuais, buscando soluções para problemas comuns e satisfação em atividades acadêmicas. Tendem a ser introvertidos, críticos e perfeccionistas, preferindo profissões mais científicas e teóricas. Apresentam boa capacidade de organização, independência e originalidade.

Exemplos de cursos: Direito, Ciências Biológicas, Ciências Farmacêuticas 



(A)rtístico: gosto por atividades livres e não sistematizadas, visando desenvolver competências inovadoras e criativas, como a linguagem, a arte e a música, com tendência à abertura a novas experiências. Pessoas com personalidade artística enfatizam sentimentos, emoções, intuições e imaginação, apresentando aptidões verbais, motoras e perceptuais. 

Exemplos de cursos: Arquitetura, Artes Cênicas, Música



(S)ocial: busca pelo contato com outras pessoas, demonstrando extroversão e tendendo a evitar situações que exijam força física. Demonstram responsabilidade e sensibilidade, e grande capacidade verbal e interpessoal. Os sociais preferem trabalhar em atividades comunitárias e têm menor habilidade matemática do que verbal.

Exemplos de cursos: Serviço Social, Sociologia, Psicologia, Pedagogia



(E)mpreendedor: atração por situações de poder, que associam-se à liderança e ao empreendedorismo, evitando atividades muito reflexivas e teóricas. Apresentam necessidade de domínio, boa expressão verbal e capacidade persuasiva.

Exemplos de cursos: Relações Públicas, Gestão Hoteleira e Turismo



(C)onvencional: preferência por atividades como manipulação de dados, que têm relação com competências de organização e disciplina. Indivíduos com personalidade convencional tendem a evitar situações livres e exploratórias, sendo caracterizados por falta de flexibilidade e de criatividade.

Exemplos de cursos: Economia, Contabilidade e Administração

           
De maneira geral, os estudos têm encontrado uma relação significativa entre tipos de personalidade e escolhas de carreira entre estudantes de graduação, sugerindo que os estudantes tendem a obter maior satisfação ao escolherem carreiras que mais se relacionem com suas características pessoais.

Por fim, e antes que você reflita sobre qual o seu tipo de personalidade e se você escolheu o curso certo, vale ressaltar que todos nós apresentamos características das seis dimensões. Apesar de existir uma predominância de uma dessas dimensões sobre as demais, que caracteriza o tipo de personalidade que cada um de nós apresenta na maior parte do tempo, podemos apresentar características realistas, investigativas, artísticas, sociais, empreendedoras ou convencionais, a depender da situação ou contexto.

Se você se interessou pelo tema, se está em fase de escolha do curso certo para você, ou em processo de mudança de curso, recomenda-se que reflita profundamente sobre seus interesses, gostos e preferências. Autoconhecimento é a palavra chave nesse momento. E lembre-se que, nessa tarefa de olhar para si, a ajuda de um profissional da psicologia pode ser muito bem-vinda!





Profa Dra Ingrid Luiza Neto - docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)



Referências:

Holland, J. L. (1985). Making vocational choices: A theory of vocational personalities and work environments (2nd ed.). Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
Kemboi, R. J. K.; Kindiki, N.; & Misigo, B. (2016). Relationship between personality types and career choices of undergraduates Students: A case of Moi University. Kenya Journal of Education and Practice, 7 (3), 102-112.

Magalhães, M. O.; & Gomes, W. B. (2007). Personalidades vocacionais e processos de carreira na vida adulta. Psicologia em Estudo, 12(1), 95-103.

Mansão, C. S. M.; & Noronha, A. P. P. (2011). Avaliação dos tipos profissionais de Holland: Verificação da Estrutura interna. Psicol. Trujillo, 13(1), 46-58.

Santos, I. M. G. (2012). Os interesses e as escolhas profissionais de acordo com os 6 tipos de personalidade propostos por Holland (RIASEC) numa amostra de estudantes do ensino superior em Cabo Verde. (Dissertação de Mestrado), Faculdade de Psicologia: Universidade de Lisboa.

Valore, LA. (2008). A problemática da escolha profissional: Possibilidades e compromissos da ação psicológica. Em Cidadania e participação social, A.F. SILVEIRA, et al. (pp 66-76). Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais.




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