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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Projeto de lei quer autorizar entrada de pets para visitas em hospitais municipais



Projeto propõe liberar entrada dos bichos para visitar seus amigos internados em hospitais públicos municipais, seguindo regras como supervisão médica, padrões de higiene, vacinação e equipamentos necessários para o ingressos dos bichos. A Secretaria da Saúde já conta com o projeto Patas Therapeutas, com cachorros que promovem visitas quinzenais para crianças internadas no Hospital Menino Jesus, e o Hospital Albert Einsten também permite a entrada dos animais


O vereador Rinaldi Digilio protocolou na terça-feira (29) o Projeto de Lei n º 355/2017, que propõe a liberação da entrada de animais domésticos, como cachorros, gatos e pássaros, em visitas para pacientes internados em hospitais públicos municipais da cidade de São Paulo. Atualmente, não existem normativas e regras que permitam a visita dos pets em hospitais públicos municipais, mesmo com estudos que mostram os benefícios psicossociais do contato com os bichos.

A Secretaria Municipal da Saúde já conta com um projeto semelhante, o Patas Therapeutas, que promove visitas quinzenais para as crianças internadas especificamente no Hospital Menino Jesus. Estudos da ONG Patas Therapeutas mostram que as visitas nestes casos trazem benefícios para a saúde, pois ao brincar com o animal, ocorre na criança a liberação de neurotransmissores hormonais responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar como a endorfina, a dopamina e a oxitocina. Há também a diminuição da liberação do cortisol, que é o hormônio do estresse.

O Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, já permite a visita de animais de estimação para ajudar na recuperação dos pacientes internados na unidade. Além de cachorros, a visita também é permitida para gatos, pássaros e até coelhos. A permissão, que ocorre desde 2009, visa além da recuperação física, o bem-estar mental. No estado do Paraná, em dezembro do ano passado, foi promulgada a Lei nº 18.918/2016, que também permite as visitas de animais nos hospitais públicos, com regras semelhantes.

“As visitas de animais, conforme mostram alguns estudos, podem ajudar e muito na melhora de pacientes, por meio da Terapia Assistida por Animais. Em outros casos, o animal doméstico não só faz parte da família, como é o único companheiro fiel do paciente, por isso, é importante uma lei, uma normativa que permita essa entrada e os médicos definirem isso de forma objetiva, com regras de saúde pública”, afirmou o vereador Rinaldi Digilio. “Por exemplo, o cão Cosmos, do cantor Kid Vinil, não conseguiu visitar o amigo no hospital, antes de sua morte, e ficou conhecida a cena do cão a beira do caixão, triste”, disse.

Regras

Para a visita, o projeto exige que os animais estejam com a vacinação em dia e higienizados com laudo veterinário atestando a boa condição do animal. A comissão de infectologia de cada hospital será a responsável por autorizar a entrada dos animais, que deverão estar em recipiente ou caixa adequada. No caso de cães e gatos, devem estar em guias presas por coleiras e, se necessário, de enforcador e focinheiras.

O projeto ainda diz que os hospitais criarão normas e procedimentos próprios para organizar o tempo e o local de permanência dos animais para a visitação dos pacientes internados. Além disso, a presença do animal se dará mediante a solicitação e autorização do médico responsável pelo paciente, com a visita agendada previamente na administração do hospital, respeitando a solicitação do médico e critérios estabelecidos por cada instituição. 





Inteligência analítica: como potencializar o seu negócio nas principais datas do comércio



As datas comemorativas como o Dia dos Namorados são ótimos momentos para potencializar as vendas no varejo físico. As oportunidades tornam-se ainda maiores quando há organização e planejamento, utilizando a inteligência da análise de comportamento dos clientes durante todo o ano, por meio da tecnologia.

Dispositivos para monitoramento de tráfego, por exemplo, conseguem medir índices de conversão, atratividade, frequência, entre outros indicadores sobre o comportamento do cliente dentro de um estabelecimento comercial. Todos esses indicadores permitem que as estratégias de venda sejam direcionadas de forma certeira para os mais diversos tipos de consumidores.

Durante as sazonalidades, grande parte do público que vai ao comércio está à procura de presentes para  familiares e amigos. Uma vitrine com itens relevantes e preços competitivos é fundamental para atrair um cliente para dentro da loja. Por isso, a taxa de atratividade mensurada durante o restante do ano mostra ao gestor o resultado de diferentes estratégias de produtos e valores, permitindo colocar em prática nas semanas que antecedem o Dia das Mães, por exemplo, ações que se mostraram mais efetivas para engajar o maior número de consumidores.

O mapeamento dos chamados hot zone também serve de insumo ao gerente da loja ao orientar e distribuir os vendedores pelos espaços do estabelecimento que recebem mais pessoas, a fim de ajudá-las a encontrar o que procuram ou esclarecer eventuais dúvidas. Além disso, é possível também avaliar o motivo das zonas de calor e transferir itens mais atrativos para outras gôndolas ou até seções, espalhando os visitantes de maneira mais equilibrada.

Outra atividade corriqueira durante os períodos sazonais é a pesquisa de preços, que faz com que potenciais consumidores visitem uma ou mais lojas com frequência antes de decidir o presente e o local onde desejam comprar. Neste contexto, a efetividade das estratégias citadas acima pode ser avaliada ou revista por meio da taxa de conversão baseada em visitantes únicos. Ou seja, os sensores conseguem descartar visitas repetidas e funcionários para realizar uma contagem mais próxima da realidade entre oportunidades e vendas consumadas.

Os insights são diversos, e os lojistas que compreenderem a importância estratégica do uso de analytics em seus estabelecimentos terão mais chances de entregar uma experiência de compra diferenciada, garantindo, assim, um relacionamento melhor com seu público e até mesmo a fidelização desses consumidores para as datas comemorativas seguintes.
 





Walter Sabini Junior - sócio fundador da FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por meio do monitoramento de fluxo.




Tempos de mudanças - O desafio das marcas para manter-se em evidência



“É preciso correr muito para ficar no mesmo lugar. Se você quiser chegar a outro lugar, corra duas vezes mais”. Esta enfática frase está presente no diálogo entre duas personagens na obra de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas.
 Era o presságio da atual situação das marcas. A globalização estimulou a concorrência e, em muitos mercados, as grandes marcas não estão disputando participação com rivais tradicionais, mas com participantes locais emergentes.

 Hoje, é preciso andar muito rápido para manter-se no mesmo lugar.

A barreira responsável por dificultar a entrada de novas marcas no mercado e que, consequentemente, protegia alguns setores da economia, está sendo destruída pela internet. Com a tecnologia, foi possível ampliar os horizontes e abrir espaços para novas marcas contatarem os respectivos consumidores. No entanto, os clientes estão mais céticos a respeito das empresas, principalmente, em relação aos bancos e governos. Uma pesquisa realizada pela agência de marketing Havas constatou que somente um a cada cinco consumidores norte-americanos e um a cada três clientes europeus confia nas marcas.

Compreender os sinais de mudanças e elaborar estratégias, que garantam a relevância da empresa, é primordial para permanecer ativo no mercado. Caso contrário, poderá sofrer a “vaporização”, termo criado para referir-se a empresas que simplesmente desaparecem.

Segundo a premissa de brand equity, teoria criada nos anos 1980 pelo renomado professor de marketing, David Aaker, o valor adicional de um produto ou serviço influencia diretamente na forma como o consumidor age em relação à marca. Ainda de acordo com o autor, três fatores são essenciais: conscientização, adaptação e agilidade para acompanhar o ritmo das mudanças. A conscientização costumava ser direta, ainda que cara. O comercial de TV, se produzido e veiculado corretamente, atingiria até 60% do público-alvo.

Antes, a interação entre empresa e cliente era um monólogo. Atualmente, a internet democratizou a natureza da conversa, possibilitou ao consumidor validar a autenticidade das empresas. As marcas, por outro lado, estão expandindo as atividades e conectam-se ativamente nas redes sociais, mantendo o contato direto com o público. Tendo em vista que cada pessoa está exposta a, aproximadamente, três mil logos por dia, a criatividade e agilidade das empresas necessitam aflorar para estabelecer uma conexão real. A adoção de um diálogo transparente e virtuoso com os clientes não é por si só a solução, porém, é a primeira etapa para conquistar participação no mercado.

As marcas predominantes no “share of mind”, ou seja, aquelas que são facilmente associadas e lembradas pelos consumidores, possuem algo em comum: coragem para inovar e transmitir a essência da empresa nas campanhas. A Apple com a proposta “Pense Diferente” (do inglês, Think Different) colocou a companhia ao lado daqueles que “são loucos o suficiente para achar que podem mudar o mundo”.  Porém, com a globalização e o fácil acesso às informações, as pessoas estão mais sofisticadas e exigentes, por meio de ferramentas e das redes sociais checam a credibilidade do produto e do fabricante.

É possível perceber evidências conflitantes sobre quão profundamente os consumidores comprometem-se com as marcas. O que fica claro é: eles não desejam ter algum vínculo com a marca, pois não se importam. E, neste caso, importar-se com algo é o ponto crucial. Engana-se quem considera uma commodity menos importante, os clientes buscam a experiência da compra, e não apenas o produto final. A Uber transformou um simples serviço em algo inovador, trazendo aos usuários essa nova maneira de consumir.

Em suma, as companhias precisam olhar para o negócio com perspectiva externa e interna. É primordial compreender como a marca e a empresa são percebidas. Deve-se examinar o comportamento, perfil demográfico do cliente, expansão da tecnologia, ponderar o foco das startups e empreendedores. Essas mudanças revolucionárias são inerentes a nossa época. É vital, enfim, atualizar-se duas vezes mais rápido para manter-se, no mínimo, onde está.






Marcio Ikemori - sócio da KPMG no Brasil
Site: kpmg.com/BR
Facebook: facebook.com/KPMGBrasil  




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