Pesquisar no Blog

sexta-feira, 31 de março de 2017

Porteiro preparado, segurança em condomínio



Certamente que você já viu em diversos noticiários imagens das câmeras de segurança com as ações de criminosos em condomínios. Mas você já reparou também quem está nas imagens e geralmente é o responsável por evitar os piores danos aos moradores? Pois é, o porteiro. Quando alguém busca morar em um condomínio, certamente está buscando também a segurança que o lugar pode proporcionar através da tecnologia, equipamentos de ponta, alarmes, portões e vigilância. 

Porém, é inevitável a sensação de tranquilidade em saber que há alguém além de você, e que está de olho nas imediações. Portanto, não adianta ter todos os apetrechos tecnológicos possíveis, se não tiver um porteiro preparado e alerta para este tipo de ação. São eles que identificam as pessoas que entram e saem do condomínio, concedem as autorizações, sabem e conhecem bem o dia a dia do prédio e, portanto, são os primeiros a reconhecer que há algo errado. 

Assim, a portaria precisa contar com uma equipe treinada para garantir a segurança dos moradores dos condomínios. As empresas terceirizadas oferecem uma maior proteção neste sentido, uma vez que realizam treinamentos, passam conhecimento de acordo com experiências já relatadas em diversas situações. Por exemplo, é muito comum que a maioria das ações criminosas comecem por um erro básico de portaria, como a identificação. Deixam entregadores, diaristas, pedreiros, entrar livremente sem antes ter a autorização do morador, e autorizam a entrada de veículos sem checar placas, tomando como base apenas a cor e o modelo do veículo. 

Os arrastões em condomínios tem se dado em grande parte pela desatenção de porteiros, pois a instrução do funcionário é, hoje, a maior arma de combate contra esses tipos de crimes. Todo condomínio possui regras e normas que precisam ser obedecidas por todos, pois um único deslize ou falta de comprometimento põe em risco a segurança do prédio. Um erro muito comum é o controle de acesso à garagem, onde muitos prédios não possuem em sua estrutura condições adequadas para visualização dos veículos devendo ser corrigido com equipamentos de identificação e CFTV.

Investir em treinamento e tecnologia é muito importante neste quesito de segurança e vale a pena investir neste caso. Em serviços terceirizados deve se optar por empresas que adotem estes treinamentos e mantenham funcionários sempre bem colocados e preparados para evitar situações desagradáveis ou até mesmo trágicas. Além disso, o prédio não precisa se preocupar com a ausência de funcionários, já que a terceirizada deverá cobrir o plantão e com a mesma qualidade de serviço.




Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização. www.gsterceirizacao.com.br



Reforma trabalhista: um passo necessário



                                         
A necessidade de reforma trabalhista é objeto de discussão acalorada, quase sempre deixando de lado os aspectos técnico-jurídicos e partindo para a abordagem econômica e sociológica da exploração do trabalho do obreiro pelo detentor dos meios de produção. Na realidade, ainda que os interesses imediatos dos atores no meio ambiente produtivo sejam naturalmente contrapostos, o interesse mediato é o mesmo: a manutenção de um mercado de trabalho e produção vibrante, composto por empresas saudáveis, aptas a manter empregos de qualidade e em número suficiente para que a população obtenha renda. O debate, em regra, deveria repousar sobre a melhor forma de atingir tal objetivo.

Há, em tramitação, quatro projetos de lei (PL) que aludem à reforma do sistema jurídico trabalhista: o PL 218/2016, que trata do contrato de trabalho intermitente; o PL 30/2015 (anterior PL 4330/2015), que regulamenta a terceirização; o PL 4302/1998, que regula a terceirização e o trabalho temporário; e, por fim, o principal, o PL 6787/2016, que propõe a minirreforma trabalhista, por tratar de vários assuntos (regime de tempo parcial, representante dos trabalhadores no local do trabalho, prevalência dos pactos coletivos sobre a lei e trabalho temporário).

As reformas propostas não são perfeitas nem suficientes, mas necessárias. A imperfeição consiste na omissão de alguns pontos (exemplo: não detalhamento da forma de representação dos trabalhadores na empresa) e a insuficiência decorre da inexistência de reforma do sistema sindical brasileiro, pressuposto importante para o fortalecimento da representatividade dos entes sindicais. Mesmo com imperfeições, porém, a proposta de revisão da legislação trabalhista é necessária, pois atualiza alguns pontos relevantes de nosso ordenamento, sobretudo ao determinar a possibilidade de negociação, com limites, de aspectos relacionados ao cotidiano produtivo, reconhecendo, assim, a capacidade dos prestadores de serviço definirem, por meio de seus sindicatos, algumas condições laborais que lhes digam respeito.  

Há três grandes finalidades da reforma laboral em relação aos trabalhadores, aos empregadores e ao Estado: quanto aos empregados, busca-se democratizar a relação de trabalho, com maior participação dos obreiros na definição dos próprios destinos, por meio dos respectivos sindicatos; no que atine aos empregadores, a vantagem da reforma consiste, sobretudo, na maior segurança jurídica obtida pela prevalência do pactuado entre prestadores e tomadores de serviços, diminuindo a possibilidade de surgimento de um passivo decorrente de decisão judicial que desconsidere a avença coletiva legitimamente elaborada; por fim, o ente estatal é beneficiado duplamente, dado que há tendência de diminuição do número de lides trabalhistas levadas ao Judiciário, em virtude da representação dos trabalhadores na empresa, e aumento de arrecadação decorrente de menor informalidade no mercado de trabalho, uma vez que os empreendedores terão maior confiança para contratar formalmente, conscientes do real custo da mão-de-obra, conforme negociação coletiva.

Nota-se, por fim, que a reforma trabalhista, quando analisada com cautela e sem paixões políticas, é inexorável para o avanço institucional. Representa um passo que deve ser dado na atualização da legislação laboral, ainda que não seja suficiente para a reformulação profunda que se espera nesse campo há tempos no Brasil. A revisão do regramento justrabalhista nacional prepara o terreno para que a economia lance as sementes que frutificarão e darão origem a um novo período de crescimento econômico que, espera-se, seja sustentável dessa vez.   







Elton Duarte Batalha – Advogado e Professor de Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie



Especialista da FGV indica que comportamento online reproduz atitudes de nossos ancestrais



Segundo André Miceli, a sociedade tem necessidade de pertencimento, julgamento e compartilhamento de cultura

A tecnologia está mudando o comportamento das pessoas? Ou apenas potencializando as atitudes individuais e coletivas por meio de seu uso? 

Segundo o professor e coordenador do MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Mestre em Administração pelo Ibmec RJ, André Miceli, apesar da modificar padrões de comportamento, vemos a repetição de algumas atitudes observadas desde o início da vida do homem em sociedade.

 De acordo com o especialista, “a maior parte do que vemos no ambiente digital é uma reprodução do que temos dentro de nós, humanos, há alguns milhares de anos”. 

Andre Miceli explica que, fundamentalmente, três padrões de comportamento são percebidos na internet: Necessidade de pertencimento, julgamento e compartilhamento de cultura. 

“Desde sempre temos necessidade de pertencer a uma tribo, de fazer parte de grupos. Outro ponto é o julgamento. Julgávamos para conseguir sobreviver. 

Para decidir fugir ou lutar precisávamos rapidamente avaliar animais e outros seres humanos. Hoje fazemos isso o por meio de opiniões em redes sociais, textos em blogs e em grupos. E também sempre tivemos necessidade de compartilhar aspectos culturais, hoje traduzida em memes, por exemplo”, afirma o especialista. 

Segundo Miceli, pesquisas indicam que cada vez mais, as ações e atitudes da sociedade estão presentes pelo meio online e que essa dependência com o virtual, atinge pessoas de praticamente todos os perfis e em diferentes fases da vida.  

“70% das pessoas verificam o perfil de outra pessoa antes de começar um relacionamento. Mais de 60% de pessoas usam a internet para buscar emprego e mais da metade das empresas confere o perfil dos candidatos antes de fazer uma contratação no Brasil. Esse número nos EUA, segundo a Marketeer, se aproxima de 70%”.

No Brasil, os jovens passam diariamente, em média, 3 horas por dia navegando na internet e estatísticas revelam que, entre os brasileiros de 16 a 24 anos, são ‘os assuntos particulares e pessoais’ que lideram o ranking dos propósitos do uso, e que a troca de e-mails é seguida pela troca de mensagens instantâneas, participação em sites de relacionamento, listas de discussões e fóruns, criação e atualização de blogs e afins e, por último, ligações telefônicas e vídeo conferências via Internet.

“No que diz respeito aos jovens e seus comportamentos nas redes sociais, os números também são bastante significativos. Mais de 70% dos jovens ouvidos relataram ter sido ofendidos por uma ou mais pessoas em idade escolar e menos da metade diz ter reportado isso a um adulto. Não é um comportamento muito diferente do que o do mundo fora da internet”, explica o professor de Marketing Digital da FGV.

Internet das coisas, segurança no ambiente online e big data, antes apenas discutidos pelos especialistas, agora começam a ser questionados pela sociedade. “A série televisiva Black Mirror mostra até onde tudo isso pode chegar e como a sociedade está reagindo. É evidente que o cenário ajuda a chamar a atenção dos expectadores, mas muitos questionam a ótica do autor e até a consideram pessimista ou exagerada”, conclui.




André Lima-Cardoso Miceli - Mestre em Administração pelo Ibmec RJ, com MBA em Gestão de Negócios e Marketing pela mesma instituição. Coordenador do MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV) e professor do International Master’s Program da EBAPE. Já ganhou mais de vinte prêmios de internet e tecnologia, incluindo o melhor aplicativo móvel desenvolvido no Brasil. Certificado no programa Advanced Executive Certificate in Management, Innovation & Technology do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Cursou o programa de Negociação da Harvard Law School. É Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela PUC-Rio. Autor dos livros “Planejamento de Marketing Digital”, “Estratégia Digital: vantagens competitivas na internet” e “UML Aplicada: da teoria à implementação”. É ainda fundador e Diretor Executivo da Infobase, uma das cinquenta maiores integradoras de TI do Brasil, e da agência digital IInterativa, atuando com clientes de diversos segmentos.



Posts mais acessados