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terça-feira, 8 de novembro de 2016

10 fatores de risco são os responsáveis por 90% dos casos de AVC



Hipertensão é a principal causa do problema



Conhecido como AVC (Acidente Vascular Cerebral), o derrame acontece devido a um dano cerebral causado pela interrupção do fluxo sanguíneo e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, este problema mata 6,2 milhões de pessoas no mundo a cada ano e estima-se que a cada 60 segundos 6 pessoas morrem de AVC.

Segundo um estudo internacional publicado no jornal The Lancet, apenas 10 fatores de risco são responsáveis por 90% dos casos de acidente vascular cerebral. E a hipertensão foi apontada como o fator mais potente para a ocorrência do problema, responsável por um terço de todo o risco que causa o AVC.

Dentre os 10 fatores estão: hipertensão, fumo, inatividade física, gordura abdominal, dieta rica em gorduras, diabetes, consumo excessivo de álcool, estresse, depressão e problemas cardíacos. “É importante perceber que dessa lista, cinco fatores estão normalmente ligados ao estilo de vida e, por isso,são modificáveis e controláveis”, explica o cirurgião cardíaco do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral. 

Ainda segundo o especialista, controlar a pressão sanguínea é imprescindível, já que ela exerce um papel importante nas duas formas de acidente vascular cerebral: o isquêmico, que é causado pelo bloqueio de algum vaso sanguíneo, e o hemorrágico, em que um vaso cerebral se rompe.




Doutor Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas. facebook.com/dr.marcelosobral



O Brasil tem mais de 14 milhões de diabéticos



· Cerca de 540 mil crianças são portadoras do Diabetes Tipo 1 em todo mundo

· Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes


O Brasil tem cerca de 14,3 milhões de diabéticos, de acordo com o Atlas da International Diabetes Federation. Esse número representa cerca de 8% da população do nosso país, que é o 4º do mundo em números absolutos de portadores da doença. Globalmente, há 415 milhões de diabéticos, o que corresponde a uma pessoa em cada 11 habitantes.

O diabetes mellitus é o mais prevalente, uma vez que, de cada 100 casos de diabetes, 92 são do tipo 2. E a doença acomete igualmente homens e mulheres. 

“Em relação às crianças, na faixa até 15 anos, podemos considerar que elas representam de 4% a 5% de todos os diabéticos, lembrando que, se até 20 anos atrás todos pertenciam ao tipo 1, atualmente são observados casos de tipo 2 na população de obesos jovens”, conta o Dr. Marino Cattalini, médico da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP). 

Conforme dados do Ministério da Saúde de 2015, no Brasil há uma prevalência de indivíduos acima do peso ideal que corresponde a 53% da população, sendo 18% os obesos e 35% os indivíduos com sobrepeso. Para o endocrinologista, uma intervenção em termos de educação alimentar e orientação à prática de atividade física permitiria reduzir estes índices e, consequentemente, reduziria os casos de Diabetes de Tipo 2, comumente associado ao excesso de peso, bem como os casos de pré-diabetes (no Brasil há 11 milhões de pré-diabéticos).


Novos tratamentos - estão surgindo análogos da insulina que imitam a secreção basal com duração maior do efeito, e mais estabilidade e previsibilidade, e novos análogos de ação ultrarrápida para melhor imitar a secreção fisiológica na hora da refeição. Há medicamentos orais cada vez mais eficientes e que agem independentemente da insulina eliminando a glicose em excesso por via renal. 

Para Dr. Marino, que é especialista na doença, “a maior novidade deste ano no Brasil pode ser considerada a chegada ao mercado do aparelho que mede a glicemia através de um sensor conectado a um chip, que se encontra num adesivo aplicado ao braço e que permite saber os níveis de açúcar no sangue evitando a famosa ‘furada’ do dedo, que tanto incomoda os diabéticos”.

O médico destaca também o estudo EMPA-REG, apesentado este ano e que comprovou a significativa redução da mortalidade e do risco cardiovascular em um grupo de cerca de 7.000 pacientes com antecedentes de doença cardiovascular, estudados por três anos em vários centros de diferentes países, e comparados com pacientes que não receberam a droga. Eles receberam um tratamento com o medicamento empaglifozina, um inibidor da SGLT2 que elimina a glicose justamente por via urinária, reduzindo não apenas a glicemia média dos pacientes, mas também a pressão arterial.


Mortalidade - O diabetes mata precocemente. Em 2015, no Brasil, 42% dos diabéticos que morreram tinham menos de 60 anos. No mesmo ano, 5 milhões de pessoas morreram no mundo por causa do diabetes, mais que a soma dos óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária.

“Considerando que no mundo 12% dos gastos com a saúde são aplicados no tratamento do Diabetes e suas complicações, o ponto principal a ser destacado para o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, deveria ser a prevenção da doença”, conclui Dr. Marino.




SBEM-SP -Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
Twitter: @SBEMSP
Facebook: Sbem-São-Paulo


Riscos e prejuízos do uso de analgésicos



 
Utilizados para amenizar ou impedir a evolução da dor, os analgésicos são a primeira opção de medicamento para muitos brasileiros. São divididos em categorias, como os mais simples, que não necessitam de prescrição médica; e opioides, remédios mais potentes que exigem receita. Entretanto, sua utilização excessiva traz efeitos adversos e consequências sérias à saúde.

“Os analgésicos mascaram quadros mais graves. Por exemplo, um paciente com sintomas de meningite, porém sem diagnóstico médico, apresenta febre e utiliza desses medicamentos. Embora resolva a manifestação febril, a real doença, que deveria ser tratada o mais breve possível, permanece latente”, informa o dr. Paulo Renato Fonseca, diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

Neste cenário, insere-se o âmbito da automedicação e seus riscos inerentes: o uso de doses inferiores à recomendada não ameniza os sintomas e os efeitos colaterais podem se expandir quando a quantidade consumida é acima do recomendado. Além disso, a interação medicamentosa de analgésicos com outras drogas tende a piorar o estado do paciente - como a ingestão de alguns anti-inflamatórios por asmáticos, por exemplo, que pode desencadear crises de falta de ar.

“É importante destacar que o consumo abusivo de analgésicos pode transformar dores simples em crônicas. Especialmente como forma de controle de dores de cabeça, há grandes chances de que uma cefaleia eventual vire crônica diária”, alerta o especialista.

Como forma de prevenção, o uso de analgésicos deve ser restrito ao grupo considerado simples, de medicamentos disponíveis em balcão de farmácias e que acarretam em menor risco à saúde. É importante observar se o paciente utiliza concomitantemente medicação para tratar alguma doença listada como possível reação, evitando, assim, algum efeito colateral prejudicial.
Medidas não medicamentosas como massagem, fisioterapia, repouso da estrutura dolorida e técnicas como uso do gelo em contusões, minimizam dores sem precisar recorrer aos analgésicos. “O mais importante é o diagnóstico, que procurará a causa mecânica e estrutural de um desconforto. Somente a partir dele que o analgésico tem real indicação”, conclui.

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