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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Saiba quais são os benefícios que a dança proporciona para as crianças




 Professora e coreografa da Symphony Escola de Artes revela que a dança facilita a socialização e trabalha o corpo como um todo


 Dançar representa muito mais do que divertimento e distração. Através da dança as crianças desenvolvem coordenação motora, melhoram o convívio social, o trabalho em equipe e seu desenvolvimento cognitivo. Além de conhecerem melhor o próprio corpo e suas limitações, melhora a autoestima, postura e estimula disciplina e criatividade.

 Alice Costa, formada em Dança e Ballet Clássico e professora de Jazz Musical, Ballet e Sapateado Americano da Symphony Escola de Artes, ressalta que nas aulas de ballet para criança não são trabalhados  somente os passos de dança, e sim a imaginação de cada criança, a capacidade de improvisação e disciplina. “Trabalhamos também as emoções. Ensinamos que nada vem graça e que é preciso ter persistência e trabalho duro para alcançar seus objetivos. Mas claro que tudo é trabalhado de uma forma lúdica.”, conta Alice.

A bailarina explica que a disciplina está na capacidade de concentração, no foco que o aluno precisa ter para ultrapassar seus limites e alcançar e seus objetivos. “A dança ajuda também na questão da timidez, já que é uma forma de se expressar e com ela se aprende ainda a controlar as emoções, além de adquirir mais confiança de si mesmo.”

Alice Costa é coreógrafa desde 2003, tem em seu currículo diversas montagens de espetáculos em escolas e academias em São Paulo e atualmente está dirigindo e coreografando o espetáculo New West na Escola de Artes Symphony, com adultos e crianças, que será apresentado no mês de novembro. “Parte de um processo pedagógico nunca feito na escola, o New West será uma peça em formato musical, onde alunos e professores de dança contarão a história de um vilarejo do Texas chamado New West, que conta com a proteção de três justiceiras, simbolizando a força das mulheres.”, conta a professora. “Neste espetáculo teremos danças como Ballet Clássico, Jazz, Street dance, Stilleto, Dança de Salão, Zumba e Sapateado Americano, além de outros departamentos da escola como música e teatro”, enfatiza.

A coreógrafa, que convive diariamente com crianças a partir de quatro anos, revela que é notória a transformação das crianças ao longo das aulas visto que a dança trabalha sempre com a evolução dos movimentos, mesmo que de uma forma mais lenta e gradativa. “O processo de transformação acontece, mas não de imediato, por isso é necessário ter bastante paciência e perseverança para se construir a evolução”, finaliza Alice.




Câmara aprova por unanimidade projeto que estabelece campanha permanente de prevenção e combate à crise alcoólica fetal



PL segue agora para sanção do prefeito Fernando Haddad 


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou por unanimidade, em segunda votação, projeto de lei que estabelece campanha educativa permanente de conscientização sobre a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), em 19 de outubro. Criado pelo vereador Gilberto Natalini (PV), o PL 33/2014 reforça a Campanha #gravidezsemalcool, promovida pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, cujo objetivo é munir a população com informação adequada acerca dos riscos de ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica durante a gestação.

Claudio Barsanti, presidente da SPSP, comemora mais uma vitória para a saúde de São Paulo. “A institucionalização de movimentos que visam o trabalho contra a SAF trará expressivos benefícios ao pré-natal e, sobretudo, ao desenvolvimento infantil. Fortalecerá, ainda, o projeto da Sociedade de Pediatria, que objetiva disseminar dados efetivos a respeito da doença entre os médicos e a população em geral”, declara.

Com manifestação favorável de todas as Comissões da Casa ainda durante o percurso regimental, passa agora para avaliação do prefeito Fernando Haddad (PT) – processo que leva 15 dias úteis até chegar ao resultado final. A expectativa é de que o PL, que conta com apoio da sociedade civil e de hospitais, como o Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha, receba a sanção.

Após sancionado, Natalini explica que há o prazo de até 180 dias para a emissão do decreto oficial que regulamenta a lei: “Já trabalhamos esse assunto com a Secretaria Municipal de Saúde e, por isso, acredito que tudo ocorrerá rapidamente”, avalia.

Para Conceição Aparecida de Mattos Ségre, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Efeitos do Álcool na Gestante no Feto e no Recém-nascido, essa aprovação representa um passo muito importante para a iniciativa #gravidezsemalcool. “A conscientização, meta da Campanha, será amplificada e, desta forma, chegará a uma parcela mais expressiva da população. Este é um alerta que partiu da SPSP, preocupada com a contenção do risco causado por bebidas alcoólicas, que encabeçou esta ação”, ressalta.

O vereador Natalini enfatiza o impacto que o PL representará à saúde de gestantes e crianças. “A lei precisará ser cumprida para, desta maneira, desestimular as mulheres a beber na gravidez. Não há quantidade segura capaz de eliminar a ameaça ao pleno desenvolvimento infantil”.

A Campanha #gravidezsemalcool conta com apoio institucional da Marjan Farma, com cooperação da SOGESP, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Academia Brasileira de Neurologia, Associação Paulista de Medicina e Associação Brasileira das Mulheres Médicas-Seção São Paulo. 



Sobre a SAF
A exposição pré-natal a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. Eles podem revelar-se logo ao nascimento ou mais tardiamente e perpetuam-se pelo resto da vida. A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) apresenta diversas manifestações, desde malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, mas as alterações comportamentais estão sempre presentes. Contabiliza, mundialmente, de 1 a 3 casos por 1000 nascidos vivos. No Brasil não há dados oficiais do que ocorre de norte a sul sobre a afecção; entretanto, existem números de universos específicos.

Para ter uma ideia, no Hospital Cachoeirinha, um estudo com 2 mil futuras mamães apontou que 33% bebiam mesmo esperando um bebê. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz.

“É fundamental ressaltar que o melhor caminho é realmente a prevenção” completa a Dra. Conceição Aparecida de Mattos Ségre, do Grupo de Prevenção dos Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). “Não há qualquer comprovação de uma quantidade segura de bebida alcoólica que proteja a criança de qualquer risco. Neste caso, a gestante ou a mulher que pretende engravidar deve optar por tolerância zero à bebida alcoólica”.


Características
O conjunto de efeitos decorrentes do consumo de álcool, em qualquer dosagem ou período da gravidez, é chamado de “espectro de distúrbios fetais relacionados ao álcool”, que inclui a SAF. A frequência dessas implicações varia conforme etnia, genética e até mesmo a quantidade ingerida. Isso não significa que todos os bebês expostos serão afetados, mas a probabilidade é alta.

“Bebês com SAF têm alterações bastantes características na face, as chamadas dismorfias faciais. Além disso, faz parte do quadro o baixo peso ao nascer devido à restrição de crescimento intrauterino, e o comprometimento do sistema nervoso central. Essas são as características básicas para o diagnóstico no período neonatal”, comenta Claudio Barsanti, presidente da SPSP.

No decorrer do desenvolvimento infantil, o dismorfismo facial atenua-se, o que dificulta o diagnóstico tardio. Permanece o retardo mental (QI médio varia de 60 a 70), problemas motores, de aprendizagem (principalmente matemática), memória, fala, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Adolescentes e adultos demonstram problemas de saúde mental em 95% dos casos, como pendências com a lei (60%); comportamento sexual inadequado (52%) e dificuldades com o emprego (70%).


Diagnóstico e Tratamento
Em São Paulo, o Grupo da SPSP cria ações para conscientizar os pediatras, com distribuição de material em eventos científicos, publicações disponíveis na internet aos associados da SPSP e cursos voltados para equipes multidisciplinares de capacitação para reconhecimento e condutas nesses casos.
Nos Estados Unidos e Canadá, existe um teste que identifica produtos do álcool no mecônio ou cabelo do recém-nascido. É uma técnica de alto custo, que ainda não está disponível no Brasil.

“Vale lembrar que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura, por isso vale a máxima: o quanto antes parar, melhor para o bebê, sua família e a sociedade. O diagnóstico precoce da doença e a instituição de tratamento multidisciplinar ainda na primeira infância podem abrandar suas manifestações”, completa a Dra. Conceição.



Geração Z continua a buscar verdades fundamentais a despeito de novo contexto social e tecnológico, aponta estudo global da McCann



Pesquisa ouviu mais de 33 mil pessoas em 18 países – 11 mil delas entre os 16 e 30 anos – e buscou mapear as tendências comportamentais dos jovens


O acesso quase irrestrito à tecnologia transformou não apenas o comportamento dos jovens, mas sua maneira de encarar o que é ser adulto. Eles não querem que “virar adulto” seja algo permanente, irrevogável.  Preferem que o acesso à vida adulta seja do seu jeito, segundo a sua conveniência. Tornar-se adulto – “to adult”– passa a ser um verbo, não um substantivo ou adjetivo.

Se antes falava-se em “nativos digitais”, hoje fala-se em “nativos do always on”. Os jovens estão sempre conectados, 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana), não importa o lugar.

Esses são alguns entre os diversos achados do estudo “A verdade sobre os Jovens”, realizado globalmente pela Truth Central, divisão de inteligência e estudos proprietários da rede McCann, que buscou mapear o comportamento da chamada Geração Z (nascidos entre a década de 1990 e o ano de 2010), comparando-os aos Millennials (nascidos entre a década de 1980 e o ano 2000).

A pesquisa ouviu mais de 33 mil pessoas, 11 mil delas entre 16 e 30 anos, segmentadas em dois grupos etários para efeito comparativo: 16 a 20 anos (Geração Z) e 21 a 30 anos (Millennials), no Brasil, EUA, Reino Unido, China, Índia, Chile, México, Japão, Espanha, Hong Kong, França, Alemanha, Itália, Turquia, África do Sul, Filipinas, Canadá e Rússia. Os demais 22 mil respondentes possuem idades entre 31 e 70 anos, e suas faixas etárias corresponderam ao perfil demográfico dos respectivos países.

No Brasil, foram 1.811 mil entrevistados, dos quais 669 entre 16 e 30 anos, de todas as classes sociais, sendo 5,5% da classe AA (renda mensal doméstica acima de R$ 9.746,00), 1,1% da classe A (renda doméstica mensal entre R$ 7.476,00 e R$ 9.745,00), 1,3% da classe B (renda doméstica entre R$ 5.476,00 e R$ 7.475,00),  57,9% da classe C (renda doméstica entre R$ 1.735,00 e R$ 5.475,00), 21,1% da classe D (renda doméstica entre R$ 1.086,00 e R$ 1.734,00) e 13% da classe E (até R$ 1.085,00).

Entre as mudanças comportamentais fortemente impulsionadas pela tecnologia está o fato de os jovens brasileiros de 16 a 20 anos estarem muito mais ativamente conectados quando comparados a outras faixas etárias. Eles enviam, em média, 206 mensagens por dia (versus 73 mensagens enviadas pelos usuários de internet entre 21 e 30 anos, 20 mensagens enviadas pelos que têm entre 35 e 50 anos e 17 enviadas pelos que têm entre 51 e 69 anos).
Para efeito comparativo, a média mundial de envios de mensagens entre 16 e 20 anos cai para 120 por dia, evidenciando o quão ativos os brasileiros são nas redes sociais. Cerca de 44% deles declaram que se expressam melhor através de recursos audiovisuais do que através da fala ou da escrita.

Vinte e cinco por cento desses mesmos jovens entre 16 e 20 anos afirmam já ter recebido nudes ou mensagens de cunho sexual. Essa mesma faixa afirma ser socialmente aceitável alguém morar com os pais até os 31 anos (idade que se eleva para 36 anos quando aferida a média das respostas de todos os participantes da pesquisa).

Os jovens brasileiros (16-30 anos) também revelam alta sociabilidade ao informarem possuir 17 melhores amigos, versus os 6 melhores amigos da média global.

Além disso, quando comparados às gerações anteriores, mais focados nas liberdades individuais, vemos que os jovens atuais valorizam mais a igualdade social. Entre 16 e 34 anos, 53% se preocupam com a questão da Igualdade Racial, 28% com o Feminismo, 21% com direitos LGBT e 10% com questões dos transgêneros. Índices que caem respectivamente para 43%, 11%, 3% e 3% em cada uma destas questões em se tratando de indivíduos a partir de 51 anos.

A despeito das novidades comportamentais, o estudo endossa o fato de que os dilemas fundamentais dos jovens não mudaram. Eles ainda querem encontrar a si mesmo, encontrar sua galera e encontrar seu lugar no mundo. Porém, a maneira como essa busca se dá mudou completamente.

“Foi interessante notar que, se por um lado temos esse jovem caleidoscópico, que, devido ao acesso à internet, tem um repertório de referências e pontos de vista infindáveis, por outro constatamos desafios e contingências que são universais e transversais, independentemente das gerações”, explica Débora Nitta, vice-presidente de planejamento da WMcCann e responsável pelo estudo no país.

Entre as verdades transversais à juventude, está a necessidade de “encontrar a si mesmo”, um processo cheio de ansiedade e insegurança, próprio do período de formação da identidade. Nessa fase, os amigos são importantíssimos, pois “encontrar sua galera” é essencial na definição da identidade pessoal do jovem. Por fim, “encontrar seu lugar no mundo” é a terceira dimensão desse estágio da vida, busca que se dá através dos tempos e consiste na definição de valores, paixões, ideais e parâmetro moral.

“Ao considerarmos essas três dimensões da busca por identidade do jovem, constatamos que os fundamentos básicos sobre o que é ser jovem não mudaram. No entanto, o contexto no qual esse processo se dá e as ferramentas utilizadas nesse mesmo processo foram totalmente redefinidos”, aponta Débora. 



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