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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

01 de novembro - DIA MUNDIAL DO VEGANISMO



CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DA DIETA VEGANA

Nos últimos anos, além do aumento de adeptos houve um notável aumento no número de lançamentos de produtos que não possuem origem animal


Estabelecido em 1994 por Louise Wallis, então presidente da Vegan Society da Inglaterra, a instituição vegana mais antiga do mundo, o Dia Mundial do Veganismo possui o objetivo de chamar a atenção para uma filosofia de vida que descarta o consumo de qualquer produto de origem animal. No Brasil, a comemoração vem de encontro a um momento em que a demanda por produtos veganos cresce quase que de forma exponencial.

“É visível a ampliação desse mercado, principalmente pelo crescimento de estabelecimentos e restaurantes que, cada vez mais, voltam seus cardápios para o público vegano e vegetariano. Além disso, temos notado um grande aumento no número de empresas que estão investindo no lançamento de produtos que não possuem ingredientes de origem  animal”, explica Ricardo Laurino, presidente da SVB - Sociedade Vegetariana Brasileira.

Segundo Laurino, um levantamento realizado pela própria SVB , por meio do Google Trends, revelou que, entre 2011 e 2015, o volume de buscas pelo termo “vegano” teve um aumento de 700% no país. Além disso, a entidade teve um incremento de mais de 60% no número de filiados nos últimos doze meses.

Para David Oliveira, gerente de marketing da Superbom, uma das principais empresas brasileiras do segmento de alimentos veganos e vegetarianos, o segmento está em ampla expansão. “Hoje, existem diversos produtos, como snacks (doces e salgados), enlatados, congelados, e até queijos, sem nenhum tipo de componente de origem animal, o que facilita a vida de quem quer manter uma dieta restritiva. Há 10 anos, os adeptos da dieta vegana não tinham tantas opções”,

Benefícios da dieta vegana

Em alusão a essa data tão importante e com o intuito de auxiliar quem deseja parar de consumir produtos que possuem qualquer procedência animal, Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia especializada em produtos saudáveis, veganos e vegetarianos, listou seis benefícios da dieta vegana.

1 - A dieta vegana pode salvar milhões de vidas humanas
Pesquisa publicada em março de 2016 no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que se todas as pessoas adotassem o veganismo, 8,1 milhões de vidas seriam salvas até 2050. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), que foram os idealizadores do estudo, o número está relacionado com a menor incidência de doenças como diabetes, obesidade, problemas cardíacos e câncer, comumente ligadas com a dieta que inclui alimentos de origem animal.

2 - Menor possibilidade de desenvolver câncer
No mês de outubro de 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu comunicado afirmando que o consumo excessivo de carnes processadas como salsicha, presunto, salame, mortadela, carne seca e carne enlatada, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer, principalmente o câncer colorretal. “Como a dieta vegana exclui o consumo dos alimentos citados, seus adeptos possuem uma possibilidade menor de desenvolver a enfermidade”, pontua Cyntia.

3 - A dieta vegana pode contribuir para o emagrecimento
Os adeptos da dieta vegana não consomem gordura saturada encontrada em produtos de origem animal. A consultora da Superbom pontua que cada grama de gordura equivale a 9 kcal, assim, ocorre uma redução significativa no consumo final de calorias diárias. “Por conter variedade de vegetais e alimentos integrais, a alimentação vegana costuma ser rica em fibras que fará com que a pessoas comam porções menores e aumentará a sensação de saciedade, contribuindo para o emagrecimento e também para o bom funcionamento do intestino”, afirma.

4 - Salva animais dos abatedouros
Ao não comprar ou consumir produtos de origem animal, o indivíduo sabe que está contribuindo para a queda da demanda desses alimentos e, consequentemente, pela diminuição das mortes dos animais. “É a melhor maneira de ajudar os animais e de acabar com o sofrimento deles. Nas fazendas industriais existem muitos casos em que eles são mantidos em condições ultrajantes e em espaços exíguos”.

5 - Não consumir produtos de origem animal é uma atitude sustentável
A produção de carne afeta negativamente o equilíbrio do planeta pelos altos índices de desmatamento para pastagens para o rebanho bovino em regiões não recomendadas, como a Floresta Amazônica. “De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) é gasto 16 vezes mais água para produzir uma libra (o equivalente a 0,453 kg) de proteína de carne comparada à proteína vegetal”, informa a especialista.

6 - Economia
De acordo coma nutricionista, seguir um cardápio isento de alimentos de origem animal não necessariamente compromete o orçamento familiar, muito pelo contrário. “Em uma dieta convencional, é o consumo da carne animal que acaba onerando as compras, já que o produto tem um alto valor agregado. No caso dos  veganos, a base da alimentação inclui verduras, legumes, hortaliças e cereais, que são os alimentos mais baratos na gôndola do supermercado”.

Informação é essencial
Por fim, a especialista destaca que o mais importante quando o assunto é dieta vegana é a informação. “Quanto mais a pessoa conhecer a procedência do que consome, as necessidades do próprio corpo e a composição de uma dieta equilibrada, que seja capaz de fornecer os nutrientes necessários, mais certeza ela terá de que está no caminho certo quanto aos seus hábitos alimentares, melhorando assim sua qualidade de vida”, conclui a nutricionista e consultora da Superbom.


Um dia para se discutir o baixo índice de leitura



Em 2015, o Brasil tinha 188 milhões de habitantes com mais de cinco anos, conforme estimativa populacional do IBGE. Considerando que a partir dessa idade os indivíduos têm potencial para ser leitores, é possível fazer um interessante cálculo, cruzando os dados demográficos com a última edição da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro (Fipe-USP/CBL/SNEL).

No ano passado, foram vendidos 389,27 milhões de livros no País. Dividindo-se esse número por 188 milhões, temos média de 2,07 exemplares/ano por brasileiro com mais de cinco anos. Esse total, contudo, inclui os 134,59 milhões de unidades compradas pelo governo. Se efetuarmos a conta apenas com os 254,68 milhões de exemplares adquiridos diretamente pelos consumidores nas livrarias e demais canais de venda, a média cai para 1,35 livro/ano por habitante com mais de cinco anos.

Então, continua sendo inevitável a velha pergunta: por que o brasileiro lê tão pouco? Refletir sobre a resposta é oportuno por ocasião do transcurso do Dia Nacional do Livro (29 de outubro). Os principais motivos são a distribuição desigual da renda; o analfabetismo, inclusive funcional, de quase 30 milhões de pessoas; a falta de estímulo em casa e na escola; a carência de pontos de venda e de bibliotecas públicas; 2,8 milhões de crianças e adolescentes, ou 6,2% dos brasileiros entre quatro e 17 anos, estão fora da escola (base de dados do IBGE); e mais de 3,3 milhões de crianças e adolescentes (entre cinco e 17 anos) encontram-se em situação irregular de trabalho infantil (Fundação Abrinq).

São muitos os brasileiros, adultos, crianças e adolescentes, que, antes da oportunidade da leitura, lutam pela sobrevivência. Por isso, é lamentável que nosso país careça de políticas públicas que ampliem o acesso ao livro, pois o direito de ler é inerente à cidadania e decisivo para a ascensão socioeconômica e redução da dívida social. Quantos mais lerem, menor será o contingente de excluídos.

As escolas seriam uma grande porta de entrada para o universo dos livros. No Brasil, porém, 53% das 120,5 mil existentes nas redes públicas não têm biblioteca ou sala de leitura, conforme levantamento feito em 2015 pelo portal Qedu, da Fundação Lemann. Além disso, em decorrência da crise econômica e fiscal, os programas de compras governamentais de obras não didáticas também sofreram atrasos e paralisações nos últimos anos.

Outra questão a ser solucionada para o estímulo à leitura diz respeito a um incompreensível e impune desrespeito ao princípio constitucional referente à imunidade tributária do livro: na sua impressão, as gráficas recolhem alíquota de 9,25% de contribuição para o PIS/COFINS. Daí a importância do projeto de lei 2.396/2015, que reduz a zero as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da impressão de livros, reduzindo o seu custo. Aliás, por mais incrível que possa parecer, os materiais escolares, como cadernos, fichários e agendas, também são taxados, o que pode ser solucionado por outro Projeto de Lei, o de número 6.705/2009, já aprovado no Senado.

Da baixa renda de parcela populacional expressiva ao desrespeito à Constituição, são muitas as causas do pífio índice de leitura no Brasil. Entretanto, o problema não tem apenas origem social ou referente ao preço dos livros, pois também nas classes média e alta lê-se pouco. O motivo, definitivamente, também não é a concentração do foco dos jovens na internet e redes sociais. Em numerosas nações, inclusive na Argentina, as pessoas continuam lendo bastante.

Falta ao nosso país uma política consistente, pois o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), instituído por decreto presidencial em 2011, jamais decolou em seus quatro eixos (Democratização do Acesso; Fomento da Leitura e Formação de Mediadores; Valorização Institucional da Leitura e Incremento de seu Valor Simbólico; e Desenvolvimento da Economia do Livro). Assim, é preponderante passar da inércia à ação. É preciso que, nos próximos anos, tenhamos motivos concretos para comemorar o Dia Nacional do Livro!



Levi Ceregato - presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF Nacional) e do Sindicado das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (SINDIGRAF).




Novembro Prateado: Sociedade de Pediatria de São Paulo encabeça Campanha de proteção aos direitos da criança e adolescente




Comprovando mais uma vez seu compromisso com a manutenção dos direitos da criança e do adolescente, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) lança a Campanha Novembro Prateado. Resultado do trabalho de um grupo multiprofissional e interdisciplinar, a iniciativa visa discutir todos os aspectos legais de proteção infanto-juvenil, inclusive do nascituro.

“Lutar pelos direitos dessa população faz parte do escopo de nossa entidade. Diversos temas serão levantados, como trabalho infantil, prostituição infantil e crianças desaparecidas. Por meio de ações voltadas à sociedade civil, pretendemos incitar esta discussão e, assim, pensar em caminhos e soluções voltados à proteção destes indivíduos”, anuncia Claudio Barsanti, presidente da SPSP.

Dentre os itens citados por Barsanti, por exemplo, os números são alarmantes. Levantamento feito pela Fundação Abrinq denuncia que o Brasil conta com 3,3 milhões de pessoas em situação de trabalho infantil (com idades entre 5 e 17 anos). Não somente, a Unicef alerta que, anualmente, mais de um milhão de menores são introduzidos no mercado do sexo no mundo – cerca de três mil ao dia. Por fim, 40 mil crianças desaparecem no país a cada ano.

“Esta realidade pode estar mais nítida atualmente, mas é um tema que deve ser colocado no centro do debate sempre. Diferentes movimentos sociais, culturais, políticos e econômicos lançam luz sobre aspectos específicos de agressão aos direitos das crianças e que precisam ser trabalhados”, comenta.

O lançamento da iniciativa acontecerá no X Fórum Paulista de Prevenção de Acidentes e Combate à Violência Contra Crianças e Adolescentes, promovido pela SPSP, em 8 de novembro. “Ampliaremos o debate do Fórum e, pela participação maciça de pessoas de diferentes áreas da sociedade, pretendemos divulgar os assuntos trabalhados, sobretudo quanto à defesa dos direitos infantis”, adianta.

Mario Roberto Hirschheimer, diretor da SPSP, conta que o direcionamento da Campanha será variável, de acordo com a idade. “Ao nascituro, voltaremos nossa atenção à mãe, a fim de garantir que tenha acesso ao pré-natal, com exames e vacinas fundamentais, e ao parto adequado, prezando pela saúde do feto”, diz.

Na criança, cuidarão da vacinação e prevenção de doenças que poderão surgir na fase adulta, como hipertensão e diabetes. “Também traremos questões que estão em voga, como a discussão sobre acesso à medicação de alto custo para tratamento de doenças raras – sobretudo o quanto isso impactaria na saúde pública, para a qual os recursos são finitos e as demandas, infinitas”, continua o diretor.

No que diz respeito ao adolescente, Hirschheimer destaca educação, oportunidade de trabalho adequada, e orientação em saúde, principalmente quanto à prevenção de gravidez precoce, de doenças sexualmente transmissíveis e a manutenção de rotina saudável, por meio da alimentação e prática de exercícios.

“Tenho convicção de que temos papel de destaque na construção de uma sociedade mais digna e equitativa, e não podemos nos furtar a discutir assuntos tão espinhosos e liderar ações mais efetivas”, reforça Barsanti. “Temos assistido, mundialmente, agressões às crianças e aos adolescentes – são violências diretas, psicológicas e físicas, estas mais perceptíveis. Os desrespeitos às leis de proteção e amparo à infância são frequentes”, continua.

Interdisciplinar
Claudio Barsanti, que também é advogado, adianta a atuação em diversos organismos da sociedade, especialmente na órbita familiar. De acordo com o presidente da SPSP, assuntos como a guarda compartilhada serão discutidos e, em parceria com Escolas de Direito, como a Fundação Getulio Vargas, avaliar-se-á como isso acontece e sua evolução: ou seja, se ocorre na lógica que melhor funciona para a criança. “Assuntos familiares merecem atenção ímpar, haja vista ser a origem da proteção básica da criança e do adolescente”, afirma.

Marina Feferbaum é coordenadora de Metodologia de Ensino da Escola de Direito de São Paulo da FGV e secretária do Núcleo de Trabalho que idealizou a Campanha. Dentre as ideias que destaca para fortalecimento da ação, está a união com universidades de ponta, de modo a selar parcerias e produtos interdisciplinares entre cursos de medicina, direito e administração, por exemplo.

“Uma das formas de concretizar a pauta seria agregar força com instituições
fortes – FGV, USP e SPSP, no caso – para trabalhar com temáticas que ainda
estão no processo de definição. A partir disso, formaríamos um grupo de trabalho
entre alunos de centros diferentes para trocar experiências e enfrentar os desafios
que este assunto propõe”, afirma.

Barsanti afirma que a SPSP não pode permanecer inerte frente a esta realidade. “Muitas crianças e adolescentes tornaram-se vítimas perenes, infelizmente, com repercussões difíceis de serem corrigidas. A possibilidade de cicatrizes incuráveis é determinante para as pessoas que militam em diversas áreas, como na pediatria, em prol de uma busca conjunta para soluções que impeçam tais desvios”, conclui.



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