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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Insulina Tresiba® é aprovada para tratamento do diabetes tipo 1 em crianças a partir de um ano




Anvisa aprova atualização de bula de insulina de ação ultra longa após publicação de estudo que comprova segurança e eficácia do medicamento em crianças com diabetes a partir de um ano de idade

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a revisão de bula da insulina degludeca Tresiba® e, agora, o medicamento pode ser administrado em crianças com diabetes tipo 1 a partir de um ano de idade. A atualização representa uma nova opção de tratamento, já que todas as outras opções de análogos de insulina basal disponíveis no mercado são indicadas para crianças com pelo menos dois anos de idade. Tresiba® é fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk
A revisão da bula aconteceu após a publicação de um estudo1 no periódico científico “Pediatric Diabetes”, que comprovou a eficácia e segurança da administração do medicamento em crianças a partir de 1 ano. O estudo também mostrou que Tresiba® contribuiu para a redução dos índices de hemoglobina glicada e dos episódios gerais de hipoglicemia.
Segundo o endocrinologista Fabiano Griciunas, Gerente Médico da Novo Nordisk, a revisão é uma conquista para os pacientes. “Essa nova opção de tratamento do diabetes tipo 1 em crianças pode proporcionar mais praticidade e qualidade de vida ao paciente e aos familiares, ajudando também na adesão ao tratamento”, afirma o médico.
Disponível no Brasil desde 2014, a insulina degludeca tem como principal característica sua ação ultra longa, que assegura a liberação contínua da insulina por mais de 42 horas no organismo. Com isso, não há necessidade de um horário fixo para a aplicação, oferecendo mais flexibilidade à rotina da pessoa com diabetes, sem que haja comprometimento do resultado do tratamento e sem aumentar o risco de hipoglicemias.

Tratamento do diabetes em crianças ainda é desafio para os pais
Os tipos de diabetes mais comuns são o tipo 1 e o 2. No tipo 1, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. No tipo 2, o organismo produz insulina, mas as células são resistentes à sua ação. Em crianças, o tipo mais comum é o 1, sendo essa a doença crônica que mais atinge crianças em países em desenvolvimento2. Levantamentos feitos pela Organização Mundial da Saúde apontam que, na década de 90, uma em cada 15 mil crianças tinha a doença. Agora, a proporção é de uma para cada 8 mil.
Crianças com diabetes precisam cuidar da alimentação e ter seus níveis de glicose checados várias vezes ao dia. Esse controle é ainda maior em crianças pequenas, que necessitam de longas noites de sono e cujos hábitos alimentares ainda estão em formação.
Devido à sua ação ultra longa, Tresiba®, que tem duração de mais de 42 horas no organismo após a aplicação, prolonga o efeito de redução do açúcar no sangue. Esse efeito de longa duração é muito importante para os pais, que podem ficar mais tranquilos durante a noite, por exemplo, já que há menos riscos de crise de hipoglicemia. “Os eventos de hipoglicemia que ocorrem durante a noite, na hora do sono, são particularmente preocupantes porque os pacientes podem não identificar os sintomas e, com isso, serem incapazes de mudar o quadro por conta própria. Por isso, insulinas de ação ultra longa são importantes ferramentas no combate a esse problema”, explica Dr. Fabiano.




Sobre Tresiba®
Tresiba® (insulina degludeca) é uma insulina basal de aplicação diária com ação ultra longa de mais de 42 horas.3,4 É importante que as pessoas com diabetes tipo 1 e 2 estabeleçam uma rotina de tratamento. A regularidade nos horários de administração da insulina é de extrema importância para o tratamento do diabetes tipo 1 e 2. Quando a administração no horário estabelecido não for possível, Tresiba® irá permitir flexibilidade à rotina.3,5,6 Tresiba® recebeu sua primeira aprovação regulatória em setembro de 2012 e, desde então, foi aprovada em mais de 60 países. Tresiba® foi lançada no Brasil em 2014 e tem indicação aprovada pela Anvisa para tratamento de diabetes mellitus tipo 1 e 2.


 
Novo Nordisk 



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Referências

¹ Thalange N, Deeb L, Iotova V, Kawamura T, Klingensmith G, Philotheou A, Silverstein J, Tumini S, Ocampo Francisco A-M, Kinduryte O, Danne T. Insulin degludec in combination with bolus insulin aspart is safe and effective in children and adolescents with type 1 diabetes. Pediatric Diabetes 2015: 16: 164–176.
2 Dannem T, Kinduryte O. What is so different about diabetes in children?. Diabetes Voice 2007: 52: 16-19
3 EMA. Tresiba® summary of product characteristics. Available at: http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/002498/WC500138940.pdf Last accessed: June 2016.
4 Haahr H, Heise T. A review of the pharmacological properties of insulin degludec and their clinical relevance. Clinical Pharmacokinetics. 2014; 53:787-800.
5 Meneghini L, Atkin SL, Gough SC, et al. The efficacy and safety of insulin degludec given in variable once-daily dosing intervals compared with insulin glargine and insulin degludec dosed at the same time daily: a 26-week, randomized, open-label, parallel-group, treat-to-target trial in individuals with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2013; 36:858-864.
6 Mathieu C, Hollander P, Miranda-Palma B, et al. Efficacy and safety of insulin degludec in a flexible dosing regimen vs insulin glargine in patients with type 1 diabetes (BEGIN: Flex T1): a 26-week randomized, treat-to-target trial with a 26-week extension. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. 2013; 98:1154-1162.

Tomossíntese encontra mais câncer de mama, mas também mais falsos-positivos



 Radiologista diz que todo avanço tecnológico exige profissionais mais capacitados

A detecção de um câncer de mama através da mamografia gira em torno dos 75%. Introduzida nos últimos anos, a tomossíntese – também conhecida como mamografia 3D – conseguiu aumentar a precisão diagnóstica do câncer de mama em 15%, sendo importante aliada na detecção precoce da doença. Estudo publicado recentemente na revista Lancet Oncology revela que o uso de software que utiliza as imagens da tomossíntese e produz imagens mamográficas em duas dimensões, sintetizadas, traz vantagens e desvantagens. Enquanto é possível melhorar o diagnóstico da doença – especialmente em pacientes jovens e com mamas densas – o exame também aumenta a quantidade de resultados falsos-positivos – que é quando a paciente é convocada novamente para fazer exames complementares com suspeita de câncer de mama, quando na verdade não tem a doença.

O estudo, realizado por pesquisadores italianos e australianos, avaliou 9.672 pacientes assintomáticas durante determinado período. Nesses exames, a taxa de detecção de câncer foi maior com o uso da tomossíntese. A combinação de mamografia com tomossíntese também detectou tumores menores.  A imagem sintetizada foi comparável à da mamografia, permitindo reduzir a dose de radiação nos exames.

Para Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica e uma das pioneiras na introdução da tomossíntese com mamografia sintetizada no Brasil, a superioridade nas imagens mamográficas quando se faz o uso do software é notável, mas exige, de outra parte, um aperfeiçoamento profissional para que a interpretação não deixe margem a dúvidas. A médica diz que esse método diagnóstico permite a visualização de tumores menores, mais agressivos e provavelmente mais precocemente, quando comparada à mamografia convencional.

“Quando a mamografia convencional (2D) é realizada isoladamente, a sobreposição de estruturas da mama pode simular lesões suspeitas, obrigando a paciente a fazer mais radiografias para esclarecimento, ou até mesmo uma biópsia. A tomossíntese elimina a sobreposição dos tecidos. Com isso, temos melhor definição das bordas das lesões, melhor detecção de lesões sutis e melhor localização da lesão na mama. Em média, o exame leva quatro segundos para ser realizado, pouco mais que a mamografia convencional. Entretanto, permite a detecção do câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Além disso, com o uso do software, a exposição à radiação – que é um fator a ser considerado – cai pela metade. Sendo assim, é muito vantajoso para a paciente com suspeita de câncer de mama”, diz a médica.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para quase 60 mil novos casos de câncer de mama todos os anos. A doença corresponde a 22% de todos os tipos de câncer e ainda tem elevada taxa de mortalidade porque muitas mulheres não fazem a mamografia anual depois dos 40 anos. Ou seja, o diagnóstico geralmente é realizado quando o tumor já está num estágio avançado. Com os avanços da medicina, quando diagnosticada e tratada logo no início, a doença tem boas chances de cura.




Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica (CDB Premium), especialista em diagnóstico da mama – www.cdb.com.br



Como saber se tenho alterações hormonais?



Insuficiências ou excessos hormonais podem ocorrer por muitos motivos; saiba como diagnosticá-los

O que provoca a diminuição hormonal e como ela pode ser resolvida? E o excesso de hormônio também pode ser um problema? 

As insuficiências hormonais podem ocorrer por muitos motivos. Entre eles estão as causas fisiológicas, programadas pelo organismo. “Por exemplo, na menopausa e na andropausa há uma baixa natural dos hormônios, situação esperada e normal”, afirma Dra. Suemi Marui, endocrinologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica. Ela explica que o eixo de controle da produção hormonal da própria glândula pode causar a alteração.

“A glândula pode apresentar falência em sua capacidade produtiva em função de um tumor, isquemia (falta de irrigação sanguínea), trauma (por acidente externo ou retirada cirúrgica de parte ou de toda a glândula) ou por medicamentos que inibam a produção hormonal”, afirma ela. Doenças sistêmicas, como as doenças autoimunes, podem também acometer as glândulas e diminuir a produção hormonal. Além desses fatores, a falta de alguns nutrientes na alimentação pode interferir na produção de hormônios.

A especialista indica que o diagnóstico é feito pela avaliação médica, seguida de exames laboratoriais de dosagens hormonais. Geralmente o tratamento consiste na resolução da causa primária e, se for possível, na reposição do hormônio que está sendo produzido de forma inadequada. Atualmente a maioria dos hormônios pode ser reposta de forma artificial, por meio de medicamentos. “Para os casos em que isso não é possível, existem outras soluções que atuam diretamente no sítio de ação deste hormônio”, afirma.

Já a elevação dos níveis séricos de qualquer hormônio representa um risco para o organismo. Os excessos podem ocorrer por uso inadequado de medicamentos ou reposições hormonais em doses elevadas (exógeno). “Estes casos de reposição hormonal são os mais frequentes”, revela a médica.

Também há casos em que a alta de hormônios pode ser causada por distúrbios de produção glandular, em que os hormônios são produzidos em excesso pelo organismo (endógeno). Além disso, o excesso hormonal pode estar relacionado a um tumor produtor de qualquer hormônio ou a doenças sistêmicas, como doenças autoimunes, alterações genéticas dos receptores dos hormônios, dentre outras. Existem ainda situações em que a elevação hormonal é fisiológica, devido à gestação, exercícios, infecções, dentre outros fatores. “Mas geralmente estas são situação autolimitadas e que não trazem prejuízo para o organismo”, diz.

A médica reforça que o excesso de produção hormonal vai amplificar todas as funções do hormônio em questão, gerando uma série de sintomas e prejuízos à saúde. Os excessos hormonais endógenos mais frequentemente identificados são o hipertireoidismo (excesso de hormônios da tireoide), o hiperinsulinismo (excesso de insulina) e o hipercortisolismo (excesso de cortisol). “Mas não existe nenhum hormônio que não possa apresentar esta situação”, pondera.

De acordo com a endocrinologista, o diagnóstico também deve ser feito pela avaliação médica criteriosa e pela realização de exames complementares. O tratamento será a suspensão da medicação em uso, se a causa for exógena, ou o tratamento da causa primária e o uso de medicamentos que inibam a produção glandular normal, nos casos endógenos.




Alta Excelência Diagnóstica


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