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sábado, 30 de julho de 2016

Biopsia certa reduz em 70% necessidade de cirurgia de mama, alerta especialista



Coordenadora do ambulatório de Mastologia da Unifesp – Simone Elias - ministrará seminário que mostra como a conduta após a mamografia muda a história da paciente

Especialista ainda explica: “autoexame não é prevenção”


Muito se fala sobre autoexame, mamografia e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas o que poucos sabem é o caminho que uma mulher percorre ao receber a notícia de uma anormalidade na mamografia.

De acordo com a coordenadora do ambulatório de Mastologia da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, a especialista Profa. Simone Elias, o assunto ainda é desconhecido pela maioria e causa pânico. “A mulher geralmente se desespera quando há alguma alteração na mamografia, mas na maioria das vezes essa alteração pode ser um cisto, nódulo ou calcificações benignas e não ser câncer”, explica. No entanto, o diagnóstico preciso é fundamental para diminuir a mortalidade da doença, já que é o câncer mais comum entre as mulheres, com estimativa para o ano de 2016 de quase 58.000 casos novos no Brasil.

A especialista explica que - após os 40 anos - a mulher deve fazer a mamografia anualmente. “Autoexame não é prevenção e é indicado quando o acesso à mamografia é muito difícil ou inexistente. A prevenção, conhecida como prevenção secundária, é o diagnóstico precoce do câncer de mama feito pela mamografia, que detecta a doença em sua fase inicial e diminui a mortalidade pela doença.

Outro ponto, câncer de mama não é necessariamente genético: “a realização da mamografia está indicada para qualquer mulher a partir dos 40 anos, mesmo aquelas sem histórico familiar”, explica. Para analisar a mamografia, existe uma padronização mundial chamada de BI-RADS, que analisa as características das lesões mamárias e estima o risco de ser câncer. BI-RADS 4ou 5 são encaminhados para a biopsia.

Biopsias mudam caso a caso
A biopsia é a retirada de uma parte da área suspeita revelada pela mamografia para análise. Existem basicamente 4 tipos de biopsia: cirúrgica, PAAF (agulha fina), core biopsia (fragmento) ou biopsia a vácuo, cada uma indicada para um tipo de lesão ou caso. Escolher a certa é fundamental para o diagnóstico preciso.

A especialista explica que a biopsia cirúrgica - quase sempre feita com a paciente sob anestesia geral, é ainda a mais utilizada no país, porém “é bastante invasiva, com maior possibilidade de complicações”, afirma.

O método mais recente é a biopsia assistida a vácuo – feita sob anestesia local, minimamente invasiva, guiada por um equipamento de imagem para direcionar a agulha até o alvo a ser estudado. Esse tipo de biopsia é a melhor para os casos de microcalcificações agrupadas e irregulares. “A biopsia a vácuo retira para análise uma amostra maior da lesão e, em algumas vezes, pode remover toda lesão”. Assim, se consegue evitar que 70-80% das mulheres com achados inicialmente suspeitos façam uma cirurgia desnecessária”, explica. “Infelizmente, ainda é pouco usada no Brasil, apesar de reduzir os custos de internação, complicações e custos sociais”.

A palavra biopsia assusta, mas a especialista tranquiliza quem está passando por isso. “Quando a lesão é categoria BI-RADS 4, apenas 1 a cada 5 casos é câncer, e quanto menor a lesão maior as chances de cura e tratamentos menos agressivos. O médico deve saber conduzir bem o caso para garantir o diagnóstico adequado e a qualidade de vida da mulher”, explica.

Seminário Médico
A especialista ministra nos meses de agosto e setembro treinamentos com médicos para orientar os especialistas sobre os tipos de biópsias disponíveis e como a conduta certa muda a história da paciente. São Paulo é a terceira em incidência na doença, só perdendo para Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Nova pesquisa aponta o uso de células-tronco para reparo de cartilagem



Aqui no Brasil, Equipe da StemCorp, também desenvolve pesquisas parecidas e já deve iniciar em breve os testes clínicos em humanos


Pesquisadores das universidades de Saint Louis e Durham, na Inglaterra, estão usando células-tronco para auxiliar no crescimento de cartilagem no corpo de pacientes. Em testes, eles criaram uma espécie de "andaime" em 3D, moldado no formato exato da articulação do quadril de uma pessoa. As células-tronco funcionam como um "lubrificante" para a articulação e não apresentam riscos de rejeição.

A utilização de tratamentos à base de células-tronco para lesões na cartilagem está cada vez mais frequente. Um dos maiores lutadores do UFC, o brasileiro Rodrigo Minotauro, passou pelo tratamento nos Estados Unidos para aliviar lesões e dores provocadas pelas lutas. O jogador de futebol Cristiano Ronaldo também utilizou as células-tronco para se recuperar mais rapidamente de uma lesão.

A técnica consiste na retirada de células mesenquimais da gordura e aplicação nas articulações. O tratamento com células-tronco tem o intuito de estimular o crescimento da cartilagem. No caso de Minotauro, o material foi aplicado no joelho, quadril e cotovelo.

“Estas células se mostraram mais versáteis, portanto mais capazes de serem transformadas em diversas outras células e tecidos como osso, músculo, gordura, pele e cartilagem. Também se revelam capazes de serem armazenadas, preservadas e, posteriormente, expandidas, o que aumenta a possibilidade de aplicações terapêuticas futuras”, revela o Dr. Eder Zucconi, Diretor da StemCorp - banco privado de armazenamento de células-tronco. 

No Brasil, atualmente, a StemCorp é a única empresa que realiza a coleta, armazenamento, expansão e diferenciação de células-tronco do tecido adiposo. 
“Hoje, as pessoas  não precisam sair do país para coletar e isolar suas próprias células-tronco do tecido adiposo para uso futuro. A StemCorp faz exatamente o trabalho de armazenamento das células-tronco do tecido adiposo aqui no Brasil, o mesmo material que foi utilizado no caso do lutador Rodrigo Minotauro e do jogador Cristiano Ronaldo”, revela a diretora da StemCorp, Dra. Mariane Secco. 

Eder e Mariane juntamente com Natássia Vieira são cientistas da Universidade de São Paulo (USP), orientados pela geneticista Mayana Zatz, e fazem parte do primeiro grupo a isolar as células-tronco de gordura no país.  

"O tecido adiposo é uma excelente fonte para coleta, isolamento e armazenamento de células-tronco mesenquimais", explica Natássia Vieira. 

Além do serviço de armazenamento de células-tronco, a equipe da StemCorp também está envolvida em estudos clínicos para uso de células-tronco de gordura em casos de lesões de cartilagem, osteoartrite, distrofias musculares, entre outras doenças. Os testes com humanos devem começar em breve.  

“É importante as pessoas tomarem conhecimento dos avanços em pesquisas e da possibilidade e facilidade da coleta e armazenamento das células-tronco mesenquimais da gordura. Cabe a nós, pesquisadores, tornar essas descobertas mais conhecidas e dividir com o maior número de pessoas o entusiasmo de ver a Ciência caminhando para o tratamento bem sucedido de problemas que assolam a humanidade há muito tempo”.aponta a Dra. Mayana Zatz. 




Sobre a StemCorp 
A StemCorp é um banco privado de armazenamento de células-tronco que conta com mais de 15 anos de experiência em pesquisas com células-tronco e diversas publicações científicas, além de ser associada a Centros de Pesquisas Nacionais e Internacionais para atualização na área de células-tronco e terapia celular. A StemCorp é pioneira na coleta, processamento e armazenamento de células-tronco mesenquimais do tecido adiposo e tecido do cordão umbilical no Brasil. A consultoria científica da StemCorp conta com uma das maiores referências na área de Genética do país: Dra. Mayana Zatz. A diretoria científica da empresa inclui o Dr. Eder Zucconi, Dra. Mariane Secco e Dra. Natassia Vieira, todos PhD em Genética.

Dislexia atinge mais de 5% da população mundial



Especialista alerta para os sintomas e tratamentos



A Dislexia não precisa  ser tratada como doença, já que se trata de um distúrbio genético e neurobiológico, que não tem ligação alguma com a preguiça, falta de atenção ou má educação. O que acontece com a pessoa que tem dislexia é uma desordem das informações recebidas, que acabam inibindo o processo de entendimento das letras e interferindo na escrita. O processo de leitura e escrita, por exemplo, exige duas funções do cérebro, e o disléxico possui uma limitação em uma delas.

Atualmente o distúrbio atinge mais de 5% da população mundial, segundo dados da Associação Brasileira de Dislexia. Dificuldades para ler, escrever ou soletrar podem ser sinais de alerta. Segundo a psicopedagoga, especialista em educação especial e em gestão escolar, Ana Regina Caminha Braga, os sintomas da dislexia variam de pessoa para pessoa e de acordo com o grau do distúrbio. “A criança com dislexia tem certa dificuldade em decodificar as letras.  Os disléxicos não associam com facilidade símbolos gráficos e letras aos sons que representam”, explica.

Outro problema relacionado à dislexia é o seu próprio diagnóstico, já que ele só consegue ser feito após a alfabetização da criança; porém, a especialista alerta que é bom ficar de olho, pois é a partir do quarto ano de vida que os pequenos começam a dar indícios de uma possível  dificuldade. 

Para chegar no diagnóstico são descartadas algumas possibilidades como a dificuldade ou deficiência visual e/ou educação inadequada. Após esse levantamento, inicia-se o tratamento, que geralmente acontece com a participação de uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogo, psicólogo e neurologista. Segundo Ana Regina a dislexia pode ser tratada e acompanhada e assim ser controlada de maneira eficaz já na infância, evitando que ela prejudique a vida adulta dos sujeitos em atendimento. “Depois do  diagnóstico, a dislexia com o acompanhamento e tratamento adequados, além do monitoramento dos resultados da criança no âmbito escolar, uma porcentagem considerável consegue melhorar significativamente o quadro. Caso esse acompanhamento não seja feito, a dislexia pode continuar sem mudanças na vida adulta dessas pessoas”, comenta. 

Quanto antes à família e/ou responsáveis tomarem as providências e procurarem os profissionais adequadas os resultados serão mais favoráveis. A demora nesse processo pode acarretar em consequências na vida e autoestima da criança, a qual  pode de alguma maneira interferir na atuação dela com os  colegas.  Um dificultador para o tratamento pode ser o próprio pai/responsável, que por vezes chegam no consultório médico com falas inadequadas, como por exemplo: meu filho é preguiçoso”, explica a especialista. 

Para finalizar, Ana Regina lembra que o professor também precisa estar atento às atitudes de seus alunos, para que possa perceber as dificuldades de cada criança quanto à aprendizagem e dessa forma comunicar a equipe pedagógica e estudar o caminho para chamar os responsáveis e contribuir no que for necessário durante o acompanhamento. “O papel do professor é fundamental nesse momento, pois ele precisa estar atento às atitudes dos alunos e ao menor sinal de problema, isso deve ser repassado aos pais/responsáveis, para que essa criança possa ser encaminhada para o tratamento adequado e sem maiores prejuízos”, completa a especialista. 



Ana Regina Caminha Braga - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar. Mais informações no blog anareginablog.wordpress.com

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