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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Como denunciar maus-tratos e abandono de animais?





Todos os dias, na TV ou na internet, não é raro encontrarmos vídeos e relatos de maus-tratos e abandono de animais. É impressionante a frequência com que esses casos acontecem, isso porque só temos acesso a algumas ocorrências, imaginem a quantidade de bichinhos que tem sofrido sem que ninguém saiba ou tome uma atitude. Para evitar que essa situação continue se repetindo, todos precisam fazer a sua parte. 

Resolvi escrever sobre o assunto porque, recentemente, vivenciei um dos casos mais marcantes da minha vida profissional. Estava em São Miguel Paulista a trabalho, quando vi do carro dois vira latas muito bem cuidados andando com um pit bull todo queimado no rosto e em estado de desnutrição avançada. 

Ao presenciar essa cena, parei, abri a porta e chamei-os. Por um instante o pit bull, que estava com coleira, olhou pra mim, com muita dificuldade deu duas abanadas no rabo e veio ao meu encontro. Nesse momento, perguntei para uma moça e um senhor que estavam me observando se o animal tinha dono e eles responderam que não, que estava ali por dias. Na mesma hora, não tive dúvidas, agora ele tinha dono. Abri a porta do carro e o ajudei a subir. 

Quando cheguei ao meu local de trabalho, as pessoas se apavoraram. “Como assim você pegou um pit bull? Como teve coragem?”, perguntaram. Respondi que em 12 anos de profissão lidando com muitas raças de cães e gatos nunca fui mordida por um pit bull, Resolvi chama-lo de El Toro, como o animal forte e lindo, que um dia ele havia sido. Desde então, estou tratando para deixa-lo saudável novamente. Já fizemos duas cirurgias, uma de castração e outra para a ruptura de ligamento no joelho. Em 40 dias, o El Toro já ganhou 10 quilos, mas ainda está magro e em tratamento. 

Parando para analisar o problema é perceptível que nem todo mundo tem coragem ou condições de fazer isso e, por não saberem como lidar com a situação, acabam deixando pra lá. Assim, para evitar que mais casos como esse aconteçam e fiquem impunes, preparei três passos que você pode seguir para ajudar no combate ao abandono e maus-tratos contra animais.


1º Passo: saiba quais atitudes caracterizam maus-tratos
Antes de qualquer coisa, para melhor identificar o caso, você precisa saber quais situações podem ser consideradas como maus-tratos. Veja alguns exemplos: 

·         abandono; períodos acima de 48 horas já caracterizam abandono, ou seja , mesmo que seja por um final de semana.

·         agressões físicas (espancamento, mutilação, envenenamento); 

·         manutenção do animal preso a correntes ou cordas, em locais sem ventilação ou entrada de luz, em locais pequenos e sem cuidados com a higiene ou desprotegido contra o sol, chuva ou frio; 

·         privação do animal a alimentação adequada e diária ou ao atendimento veterinário, caso esteja doente ou ferido; 

·         submissão do animal a tarefas exaustivas de trabalho mesmo que sejam exercícios de competição, ou além de suas forças; 

·         utilização de animais em espetáculos que possam submetê-los a pânico, estresse, agressões, e ·         captura de animais silvestres, seja lá em que condições forem.
Agora, caso presencie a ocorrência de qualquer uma dessas situações, você já pode partir para o próximo passo.


2º Passo: tenha certeza e reúna evidências
Todas as situações descritas acima caracterizam crimes contra os animais, portanto, os responsáveis por cometê-los devem ser punidos. Como sua intenção não é prejudicar ninguém injustamente, o ideal é que você tenha certeza quanto a denúncia que está prestes a fazer. Para isso, procure evidências e testemunhos que comprovem suas suspeitas, fotografe ou filme os animais que estão sofrendo maus-tratos e procure o maior número de informações possíveis para identificar o agressor. Feito isso, é hora de partir para ação.


3º Passo: denuncie
Bom, para de fato conseguirmos mudar, mesmo que pouco a pouco, essa realidade, sempre que presenciarmos algum desses casos devemos denunciar. Esses atos, tanto de abuso como de crueldade, são considerados crimes ambientais e devem ser apresentados à polícia, que formalizará a ocorrência e instaurará um inquérito.
Em São Paulo, a denúncia pode ser feita presencialmente na Divisão de Investigação sobre Infrações de Maus-Tratos a Animais (Avenida São João, 1.247, centro, São Paulo) ou através dos telefones (11) 3338-0155 | 3338-1380. Em todo o país, os casos podem ser relatados ao “Disque-Denúncia“, pelo telefone 181, que realiza atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Com essa atitude você poderá contribuir para mudar a realidade e a qualidade de vida de muitos animais que estão em situação de risco ou abandono por aí. Trata-se de um ato de amor e consciência, não hesite em fazê-lo!



Gabriela Giraldi - formada em Medicina Veterinária e proprietária da Clínica Veterinária Cuidar.


Balões de gás: Cuidados em caso de explosão





Um vídeo que circula pelas redes sociais preocupou milhares de mães no Brasil nesta semana. Nele, um menino brinca com um balão de gás hélio, sucesso entre as crianças. De repente, o balão explode e causa queimaduras nas pernas do garoto. Especialistas explicam que o gás hélio não é infamável e provavelmente, o balão escolhido pelo menino continha uma mistura de gases, muito comum entre os ambulantes.
O gás hélio e o hidrogênio são mais leves que o ar, porém, existem diferenças entre eles que podem causar acidentes. Inodores, incolores e insípidos, o Hidrogênio é altamente inflamável e reagente, diferente do gás Hélio, que é extraído em apenas dois lugares do mundo: Estados Unidos e Turquia, por isso, ele é até 20 vezes mais caro.

Mas como proteger seus filhos?

A pediatra puericulturista Thalita Feitosa explica que há alguns cuidados na escolha. “A mãe tem que prestar atenção no selo do balão. Normalmente, os balões regulamentados contam com uma etiqueta com todas as especificações técnicas e informações sobre as empresas que fornecem. Além disso, desconfie de preços muito baratos, no Brasil existem poucas empresas que fornecem gás hélio de confiança”.
Em caso de explosão, Thalita orienta. “Hospital na hora. As queimaduras podem ser graves, atingindo até o terceiro grau. É importante não passar nada no local afetado, como manteigas, pastas de dentes e outras receitas caseiras. Em queimaduras de primeiro grau, use apenas água fria. Em casos de segundo e terceiro grau, é importantíssimo buscar atendimento médico imediatamente”, ressalta.

Outras dicas:

- Em caso de incendio nas roupas, role a criança no chão e a cubra com um pano molhado, levando imediatamente ao hospital;
- Jamais estoure as bolhas para evitar infecções mais graves;
- Em caso de inalaçção ou ingestação da substância, leve imediatamente ao pronto socorro. Caso haja ingestão corrosiva, lave o rosto e a boca com água fria, mantendo a criança em jejum e não induza o vômito até ser examidada por um especialista.



Dra. Thalita Feitosa - pediatra e puericulturista, formada pela UNIFESP, desenvolveu além de toda a filosofia pediátrica, a puericultura, uma das vertentes da saúde infantil ainda pouco explorada, que tem como objetivo tratar o indivíduo de forma integral e assegurar um bom desenvolvimento físico e mental.

Qual é a melhor idade para o 1º smartphone?



 
 
A pergunta é inevitável na cabeça de pais e mães atuais. Seja porque resistem ao pedido do filho e querem confirmar que estão no caminho correto, seja porque percebem o interesse e a facilidade com que as crianças manuseiam esses fantásticos aparelhinhos e ficam tentados a darem o presente.
Entrevistamos a psicóloga e especialista em terapia comportamental Thaís Barros. Dividimos a resposta em diferentes idades e situações para que você possa identificar a que melhor se enquadra em sua família.

Até 5 anos
Nesta fase as crianças ainda estão desenvolvendo grande parte de sua coordenação motora, mas alguns estudos na área mostram mais prejuízos do que benefícios no uso deste tipo de aparelho, como a diminuição da socialização, dores nos olhos e nos dedos, por isso, não é indicado.

De 6 a 10 anos
Com essa idade, a criança vê o smartphone como um brinquedo e utiliza apenas funcionalidades como jogos, internet e aplicativos. Se os pais avaliarem que a criança tem responsabilidade suficiente para possuir um smartphone, os mesmos devem ter disponibilidade para supervisionar a atividade do filho na rede. Algumas alternativas podem tornar o acesso mais seguro, como comprar o aparelho sem serviço de dados, permitindo que os jogos sejam baixados e jogados somente em ambientes wi-fi. Desta forma, você terá mais facilidade de controlar as atividades.

A partir dos 11 anos
Na pré-adolescência, o smartphone começa a ter a utilidade de telefone mesmo e pode contribuir para a comunicação entre vocês, como lembrar sobre o final da prova, ou mesmo avisar que você pegou um trânsito no caminho e que vai se atrasar para pegá-lo.  Nesta fase já é interessante pensar no celular como mérito: se a criança se mostra responsável em relação a cuidar de seus pertences (do material escolar, ou de suas coisas quando vai dormir na casa de um amigo), já entende como deve se comportar de modo seguro em relação à internet, consegue se organizar em relação a seus deveres escolares, demonstra “estar pronta” para poder ter seu próprio celular. Um plano pré-pago é o mais indicado para a idade e ajuda a criança a se responsabilizar pela utilização do recurso.

Estimule a responsabilidade
É importante ressaltar que para ter seu próprio celular a criança já deve ter algumas responsabilidades. Assim, o celular pode servir como uma motivação extra para lapidar este sentimento. Muitos pais acabam usando o aparelho como consequência para comportamentos desejáveis, do tipo: atingiu bom desempenho escolar, celular liberado. Necessidade de mais estudo e menos tempo livre, celular confiscado. Desta forma, a criança arca com as consequências de seus comportamentos. Selecionamos algumas formas de estimular esse senso de responsabilidade:
  • Recarga: A partir dos 11 anos, a criança já é capaz de compreender os custos de ligações, por isso deixar a recarga por conta delas, como um desconto na mesada, é um bom começo. Atenção: A partir do combinado e do valor estipulado, os pais não devem dar mais dinheiro para crédito, caso o valor seja consumido antes do final do mês.
  • Acessórios: Outra despesa que pode ficar por conta da criança, por meio da mesada, são as capas e fones de ouvido, uma vez que é bem provável que a moda entre os coleguinhas dite a aparência do smartphone;
  • Seguro para o celular: É provável que em sua primeira experiência com um smartphone, seu filho não tenha os mesmos cuidados de um adulto. Ao optar por um seguro, você fica mais tranquilo quanto a possíveis prejuízos em caso de acidentes com o aparelho e, por outro, ao arcar com as parcelas do seguro, ou parte delas, seu filho dará mais valor ao bem conquistado.  Nossa dica é fazer a contratação online, direto no site da Bem Mais Seguro (www.bemmaisseguro.com). Lembre-se que o seguro só pode ser realizado por maiores de 18 anos, então estará em nome dos pais.
Em qualquer que seja a idade, os pais devem ficar atentos e se precaver em relação a um fenômeno muito observado atualmente, o consumismo infantil. Ou seja, querem, mas não precisam e cabe aos pais negociar e, se for o caso, negar. A dica é conversar sobre a real necessidade do smartphone e combinar as regras antes do uso.

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