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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os Desafios do Envelhecimento na Sociedade Moderna





Cinco dicas para melhorar os relacionamentos entre filhos e   pais idosos

O Brasil está amadurecendo, em 2020, teremos 30 milhões de idosos. Mas se passar dos 60 anos é sinônimo de mais sabedoria, por outro lado, junto de tanta experiência vêm os sinais do envelhecimento. Saber lidar de forma equilibrada com as necessidades e limitações apresentadas nesta fase da vida é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida. Para os especialistas o mais saudável a se fazer é encarar as transformações, para isso, o idoso precisa entender o processo, aceitar a realidade e adotar a prevenção como fator primordial.

Estas mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Segundo pesquisa encomendada pela empresa Senior Concierge para a MC15 Consultoria, 49% dos idosos se preocupam em ser um peso para a família. Eles esperam ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão, e ficam incomodados quando as pessoas os tratam como crianças, tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade.

Mas nem sempre os filhos têm a opção de dar total autonomia para os pais. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2015 pelo IBGE, indicam que 17,3% das pessoas acima de 60 anos apresentam limitações para exercer atividades diárias como utilizar meios de transporte, cuidar do próprio dinheiro ou fazer compras. Nesse estágio, a família que não se preparou para assumir a responsabilidade de ajudar na manutenção de vida do idoso, é pega de surpresa. E mesmo cuidados simples como levar para fazer compras no supermercado ou acompanhar em uma consulta médica podem se transformar em uma tarefa complicada para os filhos, devido ao excesso de trabalho e a vida agitada das grandes cidades.

Márcia Sena, que já atuou como executiva em grandes multinacionais farmacêuticas, sentiu a pressão para conciliar a carreira e os cuidados com o pai que adoeceu no início de 2015:  “Eu me via impossibilitada de acompanhá-lo ao médico ou para fazer exames, pois ou estava viajando, em reuniões ou até mesmo presa no trânsito caótico de São Paulo”, desabafa. Se levarmos em conta que três em cada 10 brasileiros levam em média uma hora entre um deslocamento, podendo levar até três horas se morar em uma região com mais de 100 mil habitantes, acompanhar um idoso em uma atividade externa demanda muito tempo de um dia útil de trabalho. Foi por perceber que outras pessoas passavam pela mesma situação de excesso de trabalho e falta de tempo que Márcia resolveu transformar sua dificuldade em oportunidade e montou uma empresa de suporte profissional para idosos que precisam de apoio para as atividades rotineiras.
Eliana Palmieri, enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, explica que o serviço de acompanhamento por um profissional de saúde tem um papel muito importante na manutenção da independência e autonomia dos idosos. “Eles podem continuar nas suas próprias casas e não vão se sentir dependentes dos filhos para realizar as tarefas diárias. A visita profissional tem como objetivo suprir a necessidade específica de cada idoso, como por exemplo: serviços de enfermagem, que pode compreender dar banhos, injeções ou fazer curativos; o acompanhamento em exames e consultas médicas; a ajuda em atividades rotineiras como fazer compras e ir ao banco, ou até mesmo para momentos de lazer como idas à igreja, ao cabeleireiro ou mesmo uma caminhada no parque. O acompanhamento feito por uma enfermeira durante a consulta ajuda no esclarecimento do que foi dito pelo médico e ainda tranquiliza os familiares de que o idoso não irá se esquecer de nenhuma orientação. Já a função de acompanhante nas atividades sociais aumenta a socialização, melhora autoestima e a qualidade de vida deles. Como detectamos em nossas pesquisas que os idosos se ressentem de serem vistos amparados por profissionais vestidos de branco, por passar uma imagem de dependência, elaboramos um serviço de acompanhamento no qual profissionais totalmente capacitados técnica e emocionalmente para dar suporte aos idosos, se vestem de forma elegante, porém não de branco. Desta forma, podem ser vistos como um amigo ou um membro da família, o que promove a autoestima do idosos” explica.

A relação de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou o surgimento de doenças mais sérias.  A consultora de custo hospitalar, Leide Moitinho, de 60 anos, teve que deixar o emprego no início de 2015 para ajudar a irmã, que cuidava da mãe há mais de seis anos. Dona Lála, como é conhecida carinhosamente pela família, sempre teve uma saúde frágil. Hoje, com 83 anos, seu quadro se agravou com o diagnóstico de um câncer no intestino, dois AVCs e um tumor de pele.  A rotina diária de cuidados é pesada e inclui higiene, alimentação, a administração de diversos medicamentos durante o dia, acompanhamento em visitas ao médico e fisioterapia. Com tantas atividades necessárias, dificilmente sobra tempo para algum lazer. A história da Leide e suas irmãs reflete o perfil dos cuidadores brasileiros, composto por membros da família e na sua maioria mulheres.

A falta de recursos financeiros para contar com cuidador 24 horas ao lado do idoso debilitado, ou mesmo o desejo de muitas famílias de estarem diretamente presentes nos cuidados diários dos parentes queridos, faz com que a contratação esporádica do serviço de acompanhamento pontual de saúde signifique um grande auxílio e, em muitos casos, a manutenção da saúde do próprio cuidador familiar.

O drama da dificuldade dos filhos em dar suporte aos pais idosos é tema de lei no Brasil. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 230 diz: "A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. E o Estatuto do Idoso veio para priorizar ainda mais esses direitos.

Mas esta dificuldade de conciliar a vida moderna com as necessidades impostas pelo envelhecimento dos parentes não é exclusividade nossa. Na China a adoção da política do filho único, em 1979, trouxe consequências sérias à sociedade, porque somente uma pessoa fica responsável por amparar os pais na velhice. Tal situação levou o governo chinês a criar, em 2013, uma lei que permite que os pais processem os filhos que não dão atenção para eles. É obrigatório que os filhos façam visitas regulares e estabeleçam contato por telefone.

Cuidar de um idoso e dar suporte nesta etapa da vida pede muito amor e sabedoria por parte dos filhos e familiares. Para aqueles que desejam melhorar a qualidade desta relação entre gerações, a enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, Eliana Palmieri, traz cinco dicas simples e eficazes:


1.      Valorize seu conhecimento: Idosos são pessoas que já viveram muito, acumularam sabedoria e, por isso mesmo, merecem ter suas histórias de vida respeitadas. Valorize a opinião e leve em consideração os desejos dos mais velhos. Devemos conviver com o idoso, respeitando suas limitações e salientando as suas qualidades.

2.      Incentive a olhar para o futuro: Incentive que tenham novos objetivos e os motive para que coloquem em prática novos projetos de vida. Ter sempre uma nova meta a qual realizar nos estimula física e mentalmente, gera motivação e alegria de viver.

3.      Cuide com discrição: Dê a atenção que eles necessitam sem trazer à tona toda hora os aspectos negativos da velhice.  Ofereça apoio, mas cuide para que não se sintam expostos. Eles se ressentem de serem tratados como incapazes.

4.      Dê toda autonomia que eles merecem: Existem diversos produtos, serviços e estruturas especializadas que permitem que o idoso viva com independência. Muitas vezes não é preciso que eles morem no mesmo teto para que você possa cuidar bem deles.

5.      Incentive a interação social: Estudos indicam um aumento na qualidade de vida e na longevidade em idosos que apresentam uma vida social intensa. A vida social do idoso não se resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como um grupo religioso, por exemplo.  Faça visitas e proponha atividades culturais para eles frequentarem.


Eliana ainda faz questão de lembrar que: “Mesmo diante de certa perda de vitalidade os idosos têm diversas possibilidades de desenvolvimento e muito que oferecer para a família e para a sociedade.

Senior Concierge - www.seniorconcierge.com.br

Uso de fitoterápico sem orientação pode levar a problemas de saúde





Produtos caíram no gosto do consumidor brasileiro por levarem fama de “naturais”, mas podem causar alergias e outros efeitos colaterais a quem os usa de forma indiscriminada
Os medicamentos fitoterápicos são preparados com princípios ativos de origem vegetal e, por isso, são vistos como uma alternativa “natural” quando comparados a outros produtos – o que não é verdade. Eles passam por processo industrial, como os sintéticos, e, além disso, a própria matéria-prima que serve de base pode causar alergias e efeitos colaterais em algumas pessoas.
Constantemente comparados a medidas caseiras ou chás, estes medicamentos estão mais próximos dos efeitos causados por medicamentos sintéticos. É importante ressaltar que qualquer substância tem efeitos em seres vivos, independente de sua origem. Por isso, os fitoterápicos são substâncias ativas que podem ser nocivas.
É evidente que os fitoterápicos também apresentam eficácia, pois são avaliados com o mesmo rigor que medicamentos sintéticos e devem apresentar estudos farmacológicos e toxicológicos que provem seu benefício e segurança.A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável pela regulação de medicações no Brasil e tem dado atenção especial aos fitoterápicos. Em recomendação de 2014, por exemplo, a entidade contraindicou o uso do Hedera Helix, bastante popular entre os consumidores brasileiros, para menores de dois anos, por não apresentar provas suficientes de sua segurança às crianças até esta idade.
A orientação é que sempre se procure um médico especialista antes de ingerir qualquer tipo de medicamento, incluindo fitoterápicos. O uso indiscriminado de qualquer substância pode causar sérios problemas à saúde.

LABIRINTO NA AVENIDA PAULISTA CONSCIENTIZA POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO DAS DOENÇAS RARAS




Ação faz parte do Dia Mundial das Doenças Raras, que terá também um evento na Assembleia Legislativa para ampliar o conhecimento, discutir a legislação vigente e expor as dificuldades ligadas às doenças raras no País

 Duas ações em São Paulo voltadas para a população, profissionais da saúde e gestores públicos marcam o Dia Mundial das Doenças Raras, que ocorre em 29 de fevereiro. A primeira delas envolve a criação de um labirinto de 50 metros quadrados no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, para mostrar à população as dificuldades enfrentadas por pacientes e familiares até chegarem a um diagnóstico correto sobre as doenças raras, que só no Brasil acometem 13 milhões de pessoas8. A outra inciativa será realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo e tem como objetivo ampliar o conhecimento, discutir a legislação vigente e expor as dificuldades relacionadas às doenças raras no Brasil.
Com o mote “Fique por dentro das doenças raras e encontre uma saída”, o labirinto ficará montado no Conjunto Nacional nos dias 29 de fevereiro e 1 de março, das 11h às 19h. Trata-se de uma instalação lúdica e interativa, que propõe um passeio imersivo no interior de um ambiente cenográfico, valorizando o entendimento a respeito das doenças raras e destacando a importância do diagnóstico correto. A ação é apoiada pela Shire. “Os pacientes e suas famílias, infelizmente, entram num ciclo interminável de visitas ao médico, de encaminhamentos, o que torna a busca pelo diagnóstico angustiante e desanimadora”, explica Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose e Doenças Raras (APMPS-DR).
Normalmente, as doenças raras se escondem por trás de sintomas de problemas comuns, tornando o diagnóstico extremamente desafiador e muitas vezes equivocado¹. Pesquisas relevam que o tempo poderá ser de vários anos (cinco anos em média) para que os pacientes de doença rara recebam o diagnóstico correto, com consultas a diferentes médicos e possíveis diagnósticos equivocados ao longo do percurso¹,²,³.
Já na Assembléia Legislativa de São Paulo, a APMPS-DR, em conjunto com Frente Parlamentar da Saúde e Pesquisas Clínicas da Assembleia Legislativa de São Paulo e associações parceiras, realizarão um evento no dia 29/02, das 9h às 17h horas, no auditório Paulo Kobaiashi, para ampliar o conhecimento do público sobre a temática das doenças raras, reunir e agregar instituições relacionadas à área, além de gestores e parlamentares. Na ocasião, serão debatidas novidades a respeito da Portaria Pública de Atenção às Pessoas com Doenças Raras no SUS (199/14), bem como as dificuldades enfrentadas na implantação, a importância da ampliação da Triagem Neo-Natal e as dificuldades das Pesquisas Clínicas para Doenças Raras no Brasil.
“Somente com eventos como este, em que reunimos todos os maiores interessados nesta temática, é que poderemos, efetivamente, construir uma nova história. Ali, naquele momento, onde todas as partes estarão envolvidas e trocando informações, além de experiências, podemos acreditar que a visão em prol dos portadores de doenças raras aumentará”, enfatiza Regina.

Condição rara

Segundo o Ministério da Saúde, são chamadas de raras as doenças que acometem no máximo 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Atualmente, existem cerca de 7 mil doenças raras já identificadas, que afetam 5% da população mundial, totalizando 350 milhões de pessoas2-4. Do total de doenças raras, 80% têm causas genéticas, muitas são crônicas e podem levar à morte6. Entre elas estão a Doença de Fabry, a Doença de Gaucher, o Angioedema Hereditário, e a Síndrome de Hunter ou mucopolissacaridose tipo II (MPS II).

Estima-se que 75% das doenças raras afetem crianças e 30% dos pacientes com doenças raras morram antes dos cinco anos de idade7. Entre essas enfermidades está a Síndrome de Hunter ou MPS II, causada pela ausência ou insuficiência de uma enzima responsável pela quebra dos mucopolissacarídeos, com incidência de 1 em cada 162 mil meninos nascidos vivos. Trata-se de uma doença genética hereditária, ligada ao cromossomo X. Atinge principalmente as pessoas do sexo masculino e é causada pela deficiência de uma enzima chamada iduronato-2-sulfatase. A doença interfere na capacidade do organismo em quebrar e reciclar determinadas substâncias conhecidas como mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanos (GAGs) no lisossomo, resultando em disfunção orgânica multissistêmica. Se a doença não for diagnosticada e tratada precocemente, a expectativa de vida para os portadores da síndrome é de aproximadamente 15 anos.

“Hoje, o principal entrave para o diagnóstico e para o tratamento de pacientes portadores da síndrome de Hunter e de doenças genéticas incomuns, é o desconhecimento por parte dos médicos e profissionais de saúde em geral, com um diagnóstico tardio e, muitas vezes, errôneo da doença. Isto se deve ao fato dos sintomas apresentados pelos pacientes serem facilmente confundidos com doenças comuns em crianças”, afirma Regina Próspero, da APMPS-DR.

No Brasil, a incidência das doenças raras ultrapassa 6% da população8. Ou seja: cerca de 13 milhões de brasileiros têm uma doença grave rara e sofrem com intermináveis idas e vindas aos consultórios médicos, em busca de um diagnóstico preciso e tratamento eficaz. “A conscientização da população sobre as doenças raras e a união de todos os que se dedicam à saúde (de hospitais à universidade) e à gestão de serviços públicos garantirá diagnósticos que podem salvar milhões de vidas e amenizar os sofrimentos de outras”, finaliza Regina Próspero.



 29/02 e 1º de março – das 11h às 19h
 “Fique por dentro das doenças raras e encontre uma saída”, com labirinto gigante
 Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 – Gratuito

29/02, das 9h às 17h
 Encontro na Assembleia Legislativa de São Paulo
 Endereço:  Av. Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera-  no Auditório Paulo Kobaiashi

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