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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Especialista fala sobre a importância da atividade física para portadores de Esclerose Múltipla





Pessoas com incapacidades físicas, por consequência de doenças como a Esclerose Múltipla ou o Acidente Vascular Cerebral, são frequentemente submetidas a muitos desafios em decorrência de suas limitações funcionais. Essas limitações, combinadas com o processo de envelhecimento natural, aumentam a probabilidade do indivíduo tornar-se dependente de outras pessoas para realizar tarefas comuns da vida diária.
Segundo o educador físico do Centro de Qualidade de Vida (CQV), Rodrigo Poli, pessoas portadoras dessas doenças se tornam mais sensíveis, pois lhes faltam força muscular adequada para atividades do cotidiano. “Subir escadas, carregar pacotes pesados, utilizar o sanitário, dirigir ou ficar em pé por um longo período tornam-se tarefas difíceis ou até mesmo impossíveis. O ideal seria um programa de treinamento de força para ajudar estas pessoas a executarem tarefas com mais confiança e aumentar sua capacidade de superar barreiras físicas em seu ambiente”, diz.
Muitos acreditam não serem capazes ou que os exercícios não são para elas. Porém, estudos mostram que a manutenção de um elevado nível de condicionamento, mesmo dentro de suas capacidades, tem sido importante entre pacientes com dificuldades físicas, pois a perda de força pode interferir nos cuidados pessoais, trabalho e momentos de lazer. “A realização de exercícios físicos trazem melhorias de força e resultam em uma maior capacidade funcional e, consequentemente, maior independência física”, reforça o especialista.
Os resultados dos exercícios devolvem ao paciente uma maior capacidade de realizar tarefas cotidianas, melhoram seu convívio social, aumentam sua independência e sua autoestima. Todas as atividades devem ser supervisionadas por profissionais especializados e praticados em equipamentos adequados para evitar outros problemas

Verão: saiba quais doenças ligadas à pele são mais comuns durante a época mais quente do ano




Com a chegada do verão e do calor, o maior órgão do nosso corpo – a pele – precisa de atenção especial. Por ser uma época quente, o suor se intensifica, e aumenta o risco de doenças infecciosas, como micoses na pele e nas unhas.
Segundo a médica Christiana Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a micose é um tipo de doença de pele causada pela presença de fungos. “A micose de unha, ou onicomicose, apresenta sintomas como descolamento ou alteração na espessura ou textura da unha, mudança de cor. A unha fica frágil e quebradiça. É muito comum nos pés, e pode acometer pessoas que suam bastante na região, ou que passam muito tempo com tênis e sapatos fechados, porque este ambiente úmido é propício para os fungos causadores da doença”, explica.
O diagnóstico pode ser confirmado através de análise da amostra de resíduos da unha, e quanto antes buscar ajuda médica, mais fácil será o tratamento, pois a unha ainda não vai estar tão danificada. “Nos casos mais leves, quando o problema da micose não atingiu a lúnula (início da unha), podemos optar por tratamentos com o uso de laser do tipo ND-Yag, que ajuda a combater a infecção, com cinco sessões mensais. Se a infecção chegar ao início da unha, é necessário tomar medicamento via oral e, nestes casos, é fundamental que o médico faça o diagnóstico do fungo causador da doença, já que existem vários tipos, com respostas variadas aos diferentes medicamentos”, explica a dermatologista, de Campinas.
Além das unhas, o problema da micose também pode afetar outras partes do corpo, geralmente as mais expostas à umidade. Como precaução, Christiana dá algumas dicas: “É importante secar bem a virilha após o banho, principalmente por causa das sungas e biquínis molhados, típicos do verão. Outra medida importante é verificar os espaços entre os dedos dos pés, secando-os muito bem, evitando que a umidade e o calor favoreçam a proliferação dos fungos causadores das micoses”. Usar roupas confortáveis, com tecidos mais leves e sapatos mais abertos também são medidas que contribuem para maior saúde da pele. Da mesma forma, usar diariamente o protetor solar é imprescindível. “Quem vai à praia ou piscina e vai ficar mais exposto ao sol deve reforçar a proteção com chapéu e óculos escuros”, aconselha a médica.
Cuidado na praia
Com o verão, férias e festas de fim e ano, as praias sempre são um destino muito procurado e, como resultado, aumenta nos consultórios dermatológicos a incidência de doenças como o “bicho geográfico”. A infecção é causada pelo contato da pele com a larva migrans, que se desenvolve em solo quente e úmido.
O ciclo de vida da larva se inicia dentro do intestino de cães e gatos. Quando estes animais excretam suas fezes, geralmente na areia, os ovos das larvas entram em contato com o solo. Após a eclosão dos ovos, a larva encontra a pele do homem e tenta realizar o mesmo ciclo que fez no animal. Porém, nos homens, a larva não consegue entrar na circulação sanguínea, e fica migrando sob a pele. “A invasão do parasita na nossa pele gera muita coceira e pode levar a outras infecções, por isso precisa ser tratada. Dependendo do caso, a utilização de pomada pode ser suficiente. Se as lesões forem muitas, pode ser necessário recorrer ao tratamento com medicação via oral”, explica a médica Christiana Blattner.
Doenças comuns podem trazer mais transtornos durante o verão
Quem sofre de hiperidrose, suor excessivo, também pode ter mais transtorno durante épocas mais quentes. A doença, que tem como principais sintomas suor intenso nas mãos, nas axilas, nos pés, na face e no couro cabeludo, pode se agravar devido ao calor. No Brasil, cerca de 2,8% da população sofre com o problema.
“Todos nós suamos mais no verão, então, quem tem sudorese excessiva, e sofre o ano todo, vê a situação piorar ainda mais nesta época do ano”, diz a dermatologista, que aconselha o auxílio médico para solucionar ou minimizar o problema. “Vejo relação direta da hiperidrose com o estresse, por exemplo, e só o médico poderá avaliar o paciente individualmente para chegar ao diagnóstico correto e assim tentar ajudá-lo”, diz a médica Christiana Blattner. Uma das alternativas para o tratamento, que tem obtido resultados bastante satisfatórios, é o uso da toxina botulínica, que ‘desliga’ o nervo da glândula que produz o suor, interrompendo sua produção.

Conheça os riscos dos tratamentos que adiam a puberdade das meninas





Especialista do Delboni Medicina Diagnóstica afirma que a menarca, ou primeira menstruação, só é precoce quando acontece antes dos oito anos de idade

Existe uma preocupação exagerada com a puberdade precoce das meninas, fazendo com que muitos pais solicitem aos médicos a indicação de remédios para o retardamento da primeira menstruação (menarca, no jargão médico). Estes remédios são vendidos sem prescrição nas farmácias e, quando usados sem o acompanhamento devido, podem trazer malefícios à saúde. É o alerta de Myrna Campagnoli, endocrinopediatra que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica.
De acordo com a médica, a puberdade precoce não é tão frequente, entretanto, a puberdade normal tem começado cada vez mais cedo, sendo que essas duas condições não devem ser confundidas. “Só é considerado um caso precoce o início da puberdade antes dos oito anos”, revela.
Os principais sinais são o aumento das mamas, pelos pubianos e axilares, odor axilar, crescimento acelerado, além de aumento da oleosidade da pele, espinhas e acne. “Ou seja, as meninas que iniciam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários com menos de oito anos provavelmente precisarão de tratamento com medicação específica. Depois desta idade, pode ser uma condição normal e, muitas vezes, não se faz necessário o tratamento”, afirma.
A médica reforça que a menarca a partir dos dez anos de idade é normal e, muitas vezes, não precisa ser postergada. “A indicação de tratamento para retardar a puberdade e a menarca é individualizada, pois depende de vários fatores. Esta avaliação deve sempre ser realizada por um endocrinopediatra”, alerta. A Dra. Myrna revela que, se não for por puberdade precoce, o tratamento para adiar a menarca só será realmente indicado para alguns casos. “Tomar remédio para retardar a menstruação interfere no eixo hormonal, no crescimento e no desenvolvimento da criança”.
A endocrinopediatra acredita que, entre os vários motivos de preocupação dos pais com relação à puberdade, existem três que são mais comuns. O primeiro, e compreensível, é que a primeira menstruação realmente está acontecendo mais cedo do que nas gerações anteriores. “As meninas hoje menstruam entre os dez e doze anos. Há algumas décadas, o mais comum era acontecer entre os treze e os 16 anos. E isso assusta alguns pais”, declara.
O segundo motivo é a ideia de que, ao atrasar a primeira menstruação, os pais estariam favorecendo o crescimento da menina, em termos de estatura. “Retardar a menarca nem sempre vai fazer com que a criança cresça mais. O grande crescimento das meninas, chamado estirão, acontece antes da primeira menstruação e os hormônios da puberdade têm papel importante neste processo. E, ao contrário do que muitos acreditam, a menarca não significa o fim do crescimento”, explica.
Por fim, a Dra. Myrna menciona o receio dos pais de que a puberdade predisponha a uma sexualização precoce destas meninas. Para proporcionar tranquilidade durante este processo, a médica sugere manter o acompanhamento pediátrico regular e realizar os exames de rotina, conforme solicitado pelo seu médico. Com isso, de acordo com a especialista, é possível identificar o início do processo de puberdade e avaliar a sua normalidade. E, se for necessário, a menina será indicada a consultar o especialista para uma opinião mais criteriosa.
“Devemos evitar a supervalorização da estatura, receios sociais e questões estéticas como preditores de ‘normalidade’ e indicação de tratamento”, pondera a médica. O diagnóstico da puberdade precoce se baseia na história clínica, no exame físico, nas dosagens hormonais basais e seriadas (prova hormonal), e nos exames de imagem.


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