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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sinais de maus-tratos em crianças podem ser identificados pelos dentistas




Guia orienta profissionais de todo o Brasil para detectar e encaminhar casos de violência infantil
Casos de maus-tratos atingem cerca de 10 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil, a cada ano. Escolaridade, religião e classe social parecem não influenciar na incidência dos casos, que continuam a prejudicar a infância e o desenvolvimento dessas crianças. No entanto, estudos realizados apontam que os cirurgiões-dentistas têm um papel importante na prevenção, detecção e encaminhamento de casos de maus-tratos, pois grande parte das agressões acontece na face, cabeça e pescoço. "Essa questão vem sendo pesquisada desde 2009 e, com base nos dados de violência intrafamiliar recolhidos, identificamos que a maior parte das lesões sofridas pelas crianças poderia ser facilmente identificada pelos dentistas", explicou Estela Maris Losso, professora de Odontologia na Universidade Positivo (UP).

Para orientar os profissionais da área, foi desenvolvido na universidade paranaense o guia "Maus-tratos Infantis - o Papel dos cirurgiões-dentistas na proteção das crianças e adolescentes", que foi divulgado em todo o país pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). O conteúdo também deu origem a um aplicativo com o mesmo nome, disponível para celulares com sistema Android pela Google Play. "Com o formato mobile, o objetivo foi disponibilizar as orientações de forma prática, fácil e gratuita", explica a professora.

Para identificar situações em que quem agride, na verdade, quem deveria cuidar e proteger, o guia aponta alguns sinais claros de negligência, violência física, psicológica e sexual e suas consequências. "Às vezes, a agressão não é visível. Sinais de descuido com a higiene e cuidados básicos, irritação, medo constante e isolamento podem ser sinais fortes de maus-tratos - e os profissionais da saúde devem estar atentos para isso", explica Estela Maris.

Além de identificar os sintomas, o guia orienta também como deve ser feito o encaminhamento do caso. De acordo com o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente devem ser comunicados ao Conselho Tutelar da região, sem a obrigação de haver provas e com sigilo garantido. O Disque Denúncia Nacional 100 também funciona da mesma maneira. A autoridade policial da cidade ou o Ministério Público também podem ser notificados. "A informação é a arma mais poderosa contra a violência, principalmente contra crianças e adolescentes", conclui a professora.





Serviço
O guia "Maus-tratos Infantis - o Papel dos cirurgiões-dentistas na proteção das crianças e adolescentes" está disponível:

- em PDF no link:
http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Cartilha_MausTratos_Dentistas_Final-Flares-Baratto.pdf

- no Google Play:
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.andromo.dev69923.app396827&hl=pt_BR

CRESCE O NÚMERO DE MENINAS INFECTADAS COM CLAMÍDIA E AUMENTAM CAUSAS DA INFERTILIDADE





Segundo médico especialista em reprodução humana, João Sabino da Cunha Filho, 1 em cada 10 adolescentes tem Clamídia no Brasil. Essa infecção já é a segunda maior causa de infertilidade feminina.

Pode parecer cedo para pensar nisso, mas jovens e adolescentes que um dia pensam na maternidade devem tomar cuidado hoje para não ter surpresas negativas no futuro. O alerta é do médico e especialista em reprodução humana, João Sabino da Cunha Filho, sobre o crescimento de meninas infectadas pela clamídia - bactéria intra-celular de transmissão sexual, que pode causar infertilidade no futuro. De acordo com ele, 1 em cada 10 meninas tem Clamídia no Brasil.
As estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que quase 2 milhões de pessoas no Brasil são infectadas por Clamídia por ano. A faixa predominante é entre os 15 e 19 anos. A infecção preocupa pela alta prevalência, transmissão sexual, faixa etária, associada à dor pélvica crônica e infertilidade. Além disso, mais de 70% dos casos serão assintomáticos - só saberão quando forem buscar ajuda para engravidar ou na investigação da dor pélvica, pois 80% das mulheres e 50% dos homens não apresentam sintomas. "Mais um agravante: quem tem Clamídia tem risco aumentado para outras DSTs como AIDS", alerta.
De acordo com o especialista, quando descoberta durante a gestação, a clamídia pode colocar em risco à saúde da criança. "A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia", afirma.
Diagnóstico e prevenção
É possível fazer um diagnóstico da doença através de exame específico, mas o mais fácil é realizar por um exame de sangue. A boa notícia é que existe tratamento com antibióticos, mas as consequências a longo prazo, como dor crônica na pelve ou infertilidade são mais difíceis de manejar. "Às vezes a Clamídia causa obstrução nas trompas e o tratamento é só com Fertilização in vitro", informa. Das causas de infertilidade feminina é a segunda (20%). Só perde para endometriose.
Não há vacina contra a Clamídia. A prevenção é sexo seguro, com uso de preservativos e consultas regulares ao ginecologista.

Como prevenir afogamentos em piscinas?






As férias estão chegando e junto com ela sua série de risco que na maioria das vezes podem ser evitados. Para quem acha que afogamento ocorre apenas nas praias, está muito enganado.  No Brasil No Brasil aproximadamente quatro crianças com menos de 10 anos morrem por afogamento, com maior prevalência em água doce, como exemplo de piscinas, rios, lagos e entre outros. Mais de 65% dos afogamentos ocorrem em água doce, mesmo em cidades praianas. O afogamento é considerado como a segunda causa geral de óbito entre a faixa etária de 1 e 9 anos de idade e a terceira causa entre 10 a 19 anos. As piscinas são responsáveis por 1,6% de todos os casos de morte por afogamento
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 0,7% de todos os óbitos no mundo ocorrem por afogamento não intencional, sendo mais de 500.000 óbitos anuais, que poderiam ser evitados através da prevenção. Referências mundiais destacam que os homens se afogam e morrem em média cinco vezes mais que as mulheres e que a faixa etária de óbito em homens é de 5 a 14 anos.
Acredita-se que mais de 85% dos afogamentos no mundo podem ser evitados, através da prevenção. A prevenção e adoção de comportamentos de segurança é a principal intervenção para que o processo de afogamento não se instale. Aqui vão algumas dicas:
A supervisão constante de um adulto responsável nunca deve ser substituída por qualquer outro recurso ou equipamento;
Proíba o acesso à piscina para crianças menores de 9 anos desacompanhadas;
Boias de braços ou outros recursos de flutuação (por exemplo: pranchas, pneus, bolas, garrafas plásticas, entre outros), transmitem falsa sensação de segurança, cuidado!
Incentive o uso de coletes salva-vidas para crianças menores de 5 anos ou pessoas sem conhecimento de natação, os demais objetos não são tão confiáveis como os coletes;
Nunca deixe seu filho sozinho na piscina ainda que saiba nadar, mantenha supervisão constante. Lembre-se que aproximadamente 89% dos afogamentos ocorrem por falta de supervisão dos pais, principalmente em horários de refeições;
Caso realize festas ou eventos em locais com piscinas e grande volume de pessoas, contrate guarda-vidas;
Evite brinquedos próximos ou dentro da piscina, isto atrai as crianças;
Não permita a apneia (prender o fôlego) ou travessias submersas sem supervisão confiável;
Evite mergulhos de cabeça em locais com profundidade inferior a 1,8m;
Não ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados, antes do banho de piscina;
Saia imediatamente da piscina se houver raios ou relâmpagos.
Aprenda os primeiros socorros, pois a grande maioria da população não sabe como proceder diante de uma emergência de afogamento;
Mantenha isolamento ao redor da piscina impedindo o acesso de crianças, use de preferência muro ou grades com altura de 1,50m, com portão de fechamento automático. Evite lonas ou cercas vivas, não são confiáveis;
Nunca deixe a válvula da tomada de aspiração ou vácuo aberta;
Coloque placas de advertência e sinalização próximo a piscina;
Tenha sempre junto da piscina uma vara com gancho salva-vidas, corda, boia ou outro flutuador.

Prof. Ms. Ednei Fernando dos Santos
Professor de Pós-Graduação da Faculdade Metropolitana Unidas - FMU

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