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sábado, 26 de setembro de 2015

Mais de 16,5 mil alunos estão à espera de uma Máquina Braille no Brasil




Crianças e jovens com deficiência visual carecem de importante equipamento para alfabetização e inclusão escolar
A máquina de escrever em Braille é considerada a principal ferramenta para alfabetização de pessoas com deficiência visual. Mesmo tão importante, mais de 16,5 mil alunos nessas condições, matriculados em escolas públicas e instituições de diversas regiões do Brasil, estão sem acesso ao equipamento por falta de recurso. 
Para aprender a ler, escrever e ter domínio do método Braille, a pessoa com deficiência visual precisa desembolsar um valor alto, cerca de R$ 4.500,00, por um produto importado. No entanto, existe no mercado nacional de tecnologia assistiva uma opção mais acessível fabricada pela Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, por meio de uma parceria com escolas SENAI, que pode ser encontrada por uma diferença de 40%. 
A solução para os estudantes que não têm condições financeiras para comprar a Máquina Braille é se cadastrar em um banco de dados da instituição, onde aguardam numa fila de espera para adquirir o equipamento gratuitamente, distribuído por meio de projetos sociais, campanhas e parcerias. Para ter uma ideia, desde 2004, quando o equipamento começou a ser produzido no Brasil pela associação, mais de 7.000 crianças e jovens com deficiência visual já foram beneficiados. 
“A Laramara é uma associação sem fins lucrativos, fundada há mais de duas décadas, que conhece as dificuldades dessa importante parcela da população. Como muitas dessas pessoas são de baixa renda, a parceria com os órgãos públicos e o patrocínio das empresas e pessoas físicas é primordial para viabilizar as doações do recurso e permitir o acesso à educação”, explica Cristiano Gomes, gestor de projetos e parcerias da Laramara

a Laramara:
A Laramara é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual e um centro de referência na América Latina no desenvolvimento e na pesquisa na área da deficiência visual. Fundada em 1991, realiza atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativa com ações complementares e atividades específicas essenciais à aprendizagem e ao desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades são realizadas em grupos e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para apoio à inclusão social, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros, manuais e DVDs. A Laramara também trouxe para o Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala longa, indispensáveis para a educação e a autonomia da pessoa cega. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto socioeducativo em 1996 realizando atendimento a essa população.

29 DE SETEMBRO - DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO




 CONSCIENTIZAÇÃO É FATOR PREPONDERANTE NA PREVENÇÃO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS
 No Brasil, mais de 300 mil pessoas têm morte súbita todos os anos decorrente de arritmias cardíacas
 Mesmo ciente dos avanços da medicina nos últimos anos, como a alta tecnologia à disposição para os mais variados tipos de tratamentos e procedimentos, minimamente ou muito invasivos, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) faz um importante alerta pra marcar do Dia Mundial do Coração, no próximo 29 de setembro: Prevenção. “A velha máxima, ‘Melhor prevenir do que remediar’, ainda é muito válida. Os principais cuidados com a saúde do coração estão diretamente relacionados a fatores comportamentais, hábitos que podem ser incorporados no nosso dia a dia e que não custam nada, a não ser determinação”, ressalta o cardiologista Luiz Pereira de Magalhães, Presidente da SOBRAC.
Para conscientizar o maior número de pessoas, é importante disseminar cada vez mais as atitudes simples que ajudam a manter a “máquina” do nosso corpo em pleno e bom funcionamento. Entre elas, não fumar, evitar o estresse, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, praticar alguma atividade física constantemente, priorizar uma alimentação saudável, verificar a pressão arterial (palpação do pulso) e realizar exames preventivos com um cardiologista.

300 Mil Mortes Súbitas por Ano
Outro alerta indispensável neste Dia Mundial do Coração diz respeito ao elevado número de mortes súbitas que vitimam mais de 300 mil pessoas todos os anos no Brasil e que são decorrentes de problemas cardíacos, quase que na totalidade em virtude de algum tipo de arritmia cardíaca. “Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se as pessoas priorizassem hábitos saudáveis. Por outro lado, este número poderia ser reduzido se também fossem disponibilizados diagnósticos precoces e tratamentos adequados a um maior número de pessoas possíveis”, diz o cardiologista da SOBRAC.
A maioria das vítimas de parada cardíaca é constituída por pessoas ativas que enfrentam normalmente seu dia a dia – elas, de repente, por estresse ou outra razão qualquer, sofrem um mal súbito. A incidência maior é para homens (60%), na proporção do universo das pessoas atingidas. As arritmias cardíacas respondem a 90% dos casos, conforme estudo encomendado por entidade médicas, em 2009, entre elas as SOBRAC, com base em dados oficiais do Ministério da Saúde.
Coração
O coração é um músculo constituído por duas cavidades situadas na câmara superior, chamadas de átrios, e duas na inferior, os ventrículos. O órgão tem como função primordial bombear o sangue, oxigenado pelos pulmões, e os nutrientes para todas as células do corpo. Quem regula a atividade de ‘bombeamento’ é o sistema elétrico do coração, conhecido como nó sinusal, ou nó sinoatrial, que se localiza no átrio direito, junto à veia cava superior. A emissão dessa eletricidade ocorre a partir de um conjunto de células que gera o estímulo elétrico no átrio direito, de forma espontânea e ininterrupta, para o átrio esquerdo. Assim, os átrios se contraem e, ao se expandir, impulsionam o sangue para os ventrículos.
As arritmias cardíacas são provocadas justamente pelos distúrbios na formação e na condução deste impulso elétrico que, em vez de se formar no nó sinusal, tem origem em outras estruturas do coração. Cerca de 5% dos brasileiros tem algum tipo de arritmia cardíaca, sendo a mais comum a fibrilação atrial.
A Fibrilação Atrial, um dos muitos subtipos de arritmia cardíaca, caracterizada pelo ritmo de batimentos rápidos e irregulares dos átrios do coração, tem incidência igual ou superior a 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas. Esta é a segunda maior causa de morte em todo o mundo. A principal (e pior) consequência da Fibrilação Atrial é o aumento do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Essa arritmia cardíaca está cada vez mais associada ao avanço da idade, acometendo em grande parte a população idosa, na faixa dos 75 a 80 anos de idade. A estimativa é que de 5 a 10% dos brasileiros terão esse tipo de arritmia nos próximos anos. A doença também é responsável por 20% do total de AVCs isquêmicos em todo mundo.
Entre os principais sintomas da Fibrilação Atrial, a palpitação cardíaca é o mais comum, mas também pode ser identificada em decorrência de desmaios (com recuperação rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteira, falta de ar, mal-estar, sensação de peso ou dor no peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros.
Uma das maneiras mais simples para a detecção e avaliação inicial da fibrilação atrial é a palpação do pulso, que pode ser realizado de forma rápida e simples por qualquer pessoa. “Porém, é necessário um diagnóstico mais preciso com um eletrofisiologista ou arritmologista, profissionais especializados em arritmias cardíacas”, recomenda Magalhães.

SOBRAC - www.sobrac.org

Angioedema Hereditário: especialistas alertam para difícil diagnóstico




Doença rara e pouco conhecida pelos próprios profissionais da saúde
#congressoasbai2015
Novos conceitos e estratégias de tratamento de algumas doenças raras que afetam o sistema imunológico também serão discutidos durante o XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, que conta com a participação de especialistas nacionais e internacionais. Uma dessas é o angioedema hereditário, doença genética rara, potencialmente grave, que pode levar o paciente a morte por edema de laringe (glote).
A doença é pouco conhecida tanto pela população como pelos próprios profissionais de saúde e pode ser confundida com alergia, devido aos episódios recorrentes de inchaço, que podem ocorrer em diversas localizações do corpo e em órgãos internos.
Embora o angioedema hereditário seja uma doença rara, o paciente não apresenta uma doença progressiva. “Isto significa que se bem tratado, o paciente pode ter uma vida produtiva e sem sequelas devido à doença. Ainda assim, vários pacientes morreram nos últimos anos por tratamento inadequado ou falta de acesso ao diagnóstico e tratamento. Portanto, falar sobre a doença e discutir as várias formas de tratamento, permite sua identificação e abordagem adequadas”, explica a Dra. Anete Grumach, uma das palestrantes durante o XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia.
No Espírito Santo existe o Programa de Atenção aos Pacientes Portadores de Angioedema Hereditário. O projeto funciona por meio de uma parceria entre o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, onde os pacientes são atendidos, e a Secretaria de Saúde do Estado, a Sesa ES, que disponibiliza os medicamentos necessários para o tratamento de manutenção e crises.
Atualmente existem 98 pacientes diagnosticados com a doença no Estado. Desses, 75 são acompanhados pelo Programa, que é coordenado pela Dra. Faradiba Sarquis Serpa, que estará presente no XLII Congresso.
O evento também traz médicos de referência nacional no assunto, como o Dr. Konrad Bork, da Johannes Gutenberg University, Mainz, Alemanha, que descreveu um dos tipos da doença.
Saiba mais sobre o angioedema hereditário
Embora tenho sido descrita em 1876, ainda hoje o angioedema hereditário é pouco conhecido na comunidade médica e na população, a ponto de ser confundido com outras condições. O portador de AEH tem uma mutação em um gene responsável pela produção de uma proteína chamada inibidor de C1-esterase, que controla o sistema complemento (um conjunto de proteínas que trabalha na defesa do corpo).
A doença se caracteriza por episódios recorrentes de inchaço que pode ocorrer no tecido subcutâneo das mãos, dos pés, da face, dos órgãos genitais, bem como nas mucosas do trato gastrintestinal, da laringe e de outros órgãos internos, como por exemplo, o intestino. No local do inchaço não há dor, nem coceira, nem irritação da pele, apenas edema. As crises de inchaço podem acontecer de forma espontânea, decorrentes de trauma (como uma batida no local), por infecção, estresse, alterações hormonais ou cirurgias.
O inchaço que atinge a face, os genitais, as mãos e os pés é geralmente doloroso, desfigurante e debilitante para os pacientes. Já os inchaços abdominais causam dor intensa, náusea, vômito e diarreia, muitas vezes envolvendo acúmulo de líquido no interior do abdômen e perda excessiva de fluídos do plasma.
As crises de edema laríngeo podem levar ao fechamento das vias áreas superiores e podem ser potencialmente fatais, levando à morte por asfixia. Este quadro é conhecido como “edema de glote”, com taxa de mortalidade estimada de 40%, nos casos não tratados.
Não existe cura para o angioedema hereditário, mas há medicamentos capazes de prevenir as crises e que estão disponíveis no SUS. Para as crises graves de AEH, existem medicamentos específicos, mas os mesmos ainda não foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
No Espírito Santo, um desses medicamentos é disponibilizado pela Sesa ES em quatro hospitais estaduais. Espera-se, para os próximos anos, que esses medicamentos sejam incorporados ao SUS, pois os mesmos podem salvar as vidas dos portadores de angioedema hereditário.

XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia
De 3 a 6 de outubro
A partir das 8h30
Centro de Convenções de Vitória
Rua Constante Sodré, 157 – Santa Lúcia – Vitória/ES
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Twitter: @asbai_alergia - Facebook: Asbai Alergia - www.asbai.org.br

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