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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Frequência de doenças respiratórias continua alta, mesmo depois de parar de fumar




Especialista do Hospital CEMA explica os males causados pelo cigarro no aparelho respiratório e mostra que a nocividade do fumo é ainda maior do que as pessoas pensam
Ele mata mais de 5 milhões de pessoas todo ano. Está relacionado a mais de 50 doenças e é uma das principais causas de morte evitável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O cigarro já figura como vilão há algum tempo, no entanto, ainda é utilizado por um terço da população mundial adulta. Além dos conhecidos problemas no pulmão, as substâncias tóxicas presentes no cigarro - são mais de 4,7 mil - podem afetar gravemente todo aparelho respiratório. E por muito tempo. "Mesmo após 10 anos da parada do ato de fumar a frequência de doenças inflamatórias pulmonares, nasais e faríngeas permanece alta, se compararmos com a população mundial não fumante", destaca o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama.
O hábito de fumar queima toda a via aérea do fumante, desde a boca até o pulmão. Todas as substâncias nocivas, aliadas as altas temperaturas da fumaça vão entrar diretamente nas vias respiratórias e provocar inúmeras doenças na região. "As substâncias presentes no cigarro causam lesões no aparelho respiratório de forma aguda, como a faringite, rinite e bronquite, e de forma crônica, como a sinusite, bronquite crônica e câncer", explica o médico.
No caso dos fumantes passivos, os males provocados pelo cigarro são em menor proporção e intensidade, mas atingem principalmente o pulmão, segundo Matsuyama. Ele conta ainda que em sua experiência clínica pode observar inúmeros casos de jovens tabagistas vítimas de doenças respiratórias ocasionadas pelo fumo. Ao contrário do que muitos pensam, os problemas decorrentes do tabagismo não aparecem somente com o passar dos anos. A primeira tragada já é suficiente para alterar toda saúde do aparelho respiratório.

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais alerta para o aumento de casos da doença no Brasil




Gastroenterologista do Hospital Quinta D’Or recomenda cuidados diários e vacinação como prevenção
Pouco comentada nos dias de hoje, as hepatites virais ganham destaque no dia 28 de julho, data em que se comemora o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais no Brasil. Trata-se de um importante alerta para quem ainda desconhece as doenças, que podem ser classificadas como hepatites A, B, C, D (ou Delta) e o E. Mesmo tendo diferença quanto ao tipo viral e estrutura molecular, todas elas têm o mesmo alvo primário: o fígado.
A gastroenterologista do Hospital Quinta D’Or, Ana Pittella, explica que o impacto causado pelas hepatites merece atenção, já que só no Brasil cerca de dois milhões de casos de hepatite C foram registrados nos últimos anos. Mas, como identificá-las?
Segundo a especialista, as doenças possuem características distintas entre elas. As hepatites A e E, por exemplo, são transmitidas pela via orofecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal. “Podem causar infeções agudas benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico”, explica a especialista. Abaixo, a especialista descreve com detalhes a diferença entre elas:
Hepatite A - transmissão orofecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal com pessoas infectadas. Maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população.
Hepatite B - via primária de transmissão é a parenteral, ou seja, que se faz por outra via que não a digestiva, por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal).
Hepatite C - a forma mais comum de transmissão é a parenteral, por exposição percutânea direta ao sangue, hemoderivados ou instrumental cirúrgico contaminado. Receptores de sangue e derivados, usuários de drogas injetáveis, pacientes de hemodiálise e profissionais de saúde (vítimas de acidentes perfurocortantes) apresentam alto risco de infecção pelo HCV.
Hepatite D - o agente Delta é um vírus deficiente que precisa, para sua replicação e expressão, da função auxiliar do vírus da hepatite B. A forma de transmissão é similar à da hepatite B. Nos países apresentando baixa prevalência para a hepatite B, a infecção pelo vírus Delta ocorre principalmente entre os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.
Hepatite E - a forma mais frequente de transmissão é por ingestão de água contaminada; menor probabilidade de transmissão por contato pessoal. O vírus da hepatite E (HEV) assim como o da hepatite A, causa uma infecção benigna que não evolui para a forma crônica. Os casos mais graves são observados entre as gestantes: 20% das que contraem o HEV evoluem para a forma fulminante, fatal em 80% dos casos.
Sintomas e tratamento
Ana Pittella afirma que o meio mais eficaz e conveniente de se prevenir as hepatites A e B ainda é a vacinação. “Não existe vacina contra a hepatite C, portanto sua prevenção está baseada em alerta e orientação”, reforça. Outras formas de prevenção são: saneamento básico, boas práticas de higiene pessoal, uso de preservativos, agulhas e seringas descartáveis, entre outras.
As hepatites virais, incialmente silenciosas, demoram alguns anos para desenvolver complicações. Entretanto, a gastroenterologista destaca alguns dos principais sintomas que surgem durante a fase inicial da doença: náuseas, vômitos, mal-estar, dor de cabeça e perda do apetite.
Os tratamentos mais indicados variam de acordo com a doença. Para as hepatites A e B, é recomendável repouso relativo, aumento de ingestão de líquidos e alimentos saudáveis. Não há medicamentos específicos. Já para a hepatite crônica B, há várias opções de tratamentos, incluindo drogas orais.
Enquanto que para a hepatite C, é preciso levantar uma série de fatores para dar início ao tratamento mais adequado, por exemplo: qual é a quantidade de vírus no organismo do paciente, se há a existência ou não de cirrose, se há alguma outra doença associada, entre outros. “A boa notícia é que já estão disponíveis recentes avanços no número e no tipo de medicamentos para combater a hepatite C”, finaliza Ana Pittella.

Campanha contra a Hepatite C é realizada nos postos Poupatempo


A partir de segunda-feira, dia 27, os postos Poupatempo , Santo Amaro e Itaquera realizam uma campanha de orientação e prevenção contra a Hepatite C. A ação acontece até sexta-feira, 31, sempre das 8h às 17h.

Profissionais da área da saúde estarão à disposição para esclarecer dúvidas da população sobre os principais sintomas da doença, suas causas, formas de prevenção e tratamento. Além do atendimento, será possível ainda fazer o exame preventivo de detecção do vírus. Caso a doença seja diagnosticada, após a realização do exame, o cidadão será encaminhado para tratamento em uma unidade de saúde especializada.

Endereços:
Poupatempo Sé: Praça do Carmo, s/nº - Próximo à estação Sé do metrô;
Poupatempo Santo Amaro: Rua Amador Bueno, 258 - Próximo ao Largo 13 de Maio e ao Terminal Rodoviário;
Poupatempo Itaquera: Av. do Contorno, 60 – Ao lado da Estação Corinthians-Itaquera do metrô.

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