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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Saúde da mulher: câncer do colo do útero é um dos cinco mais comuns no Brasil




Prevenção e diagnóstico precoce são decisivos para enfrentar a doença
Comemorado em todo o mundo em 28 de maio, o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher marca a busca pela conscientização a respeito das doenças que afetam essa parcela da população. Aproveitando a data, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) traz esclarecimentos sobre o câncer do colo do útero, um dos cinco mais comuns no Brasil.
De acordo com o último levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram estimados 15.590 novos casos da doença em 2014, com um risco estimado de 15,33 casos para cada 100 mil mulheres. Estimativas globais, por sua vez, colocam esse tipo de câncer como o quarto mais comum entre as mulheres em todo o mundo.
Segundo a médica patologista Luciana Salomé, diretora da SBP, é preciso que o Governo e a sociedade tenham consciência da importância dessa doença no Brasil. “Estamos falando de uma doença muito comum, mas de evolução lenta, com um período de progressão de cerca de 20 anos. Nesse cenário, temos todas as ferramentas necessárias para um potencial de cura elevado em nosso país: métodos eficientes de diagnóstico precoce e estratégias de prevenção”, afirma a médica.
Rastreamento
Popularmente conhecido como Papanicolaou, o exame de rastreamento do câncer do colo uterino é fácil de ser executado. Como conta a especialista, trata-se de uma “ferramenta de extremamente importância na prevenção e de fácil coleta, já que não requer recursos técnicos sofisticados para sua realização”. Ainda segundo Luciana “as lesões intraepiteliais que podem levar ao desenvolvimento do câncer são predominantes nas mulheres em fase reprodutiva, com fatores de risco característicos de uma doença sexualmente transmissível”.  
O Ministério da Saúde recomenda que o exame de Papanicolaou seja oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames anuais normais consecutivos. Caso o resultado apresente alterações, pode ser necessária a repetição em menor tempo ou então a realização de outros testes para a confirmação diagnóstica.
Importância da vacinação
A partir dos anos 1980, várias pesquisas demonstraram que os dois tipos de câncer mais comuns no colo do útero (carcinoma escamoso invasor e adenocarcinoma cervical) são causados, em grande parte dos casos, por tipos específicos de HPV (human papillomavirus). Esse micro-organismo é sexualmente transmissível e infecta tanto homens quanto mulheres. Entretanto, só apresenta efeitos realmente nocivos no corpo feminino, atuando no trato anogenital.
Assim, a instituição de programas de vacinação populacional contra o HPV é um instrumento essencial para o combate desse tipo de câncer. “As duas vacinas disponíveis no mercado têm ação profilática, sendo indicada sua administração em meninas pré-adolescentes, entre nove e 12 anos, antes que iniciem sua atividade sexual”, conta a médica da Sociedade Brasileira de Patologia.
A expectativa é de que programas desse tipo possam reduzir a mortalidade causada pelo câncer do colo do útero após cerca de uma década, por isso a importância de uma rotina de exames de rastreamento. “É vital que a população continue fazendo o exame de Papanicolaou mesmo com a vacinação. Essa é a única forma de realizar um diagnóstico precoce, quando a doença ainda está começando. Só assim conseguiremos reduzir efetivamente a mortalidade por esse tipo de câncer”, ressalta.
Nas mãos de um especialista
Luciana ainda destaca que a qualidade do diagnóstico depende diretamente da formação e experiência do examinador, sendo fundamental que o profissional tenha um bom treinamento técnico e atue com rigoroso controle de qualidade. “Desde novembro de 2014, uma decisão judicial entendeu que o laudo citopatológico positivo (aquele em que há alterações ou atipias celulares) é um diagnóstico médico e, como tal, deve ser realizado por um patologista”, esclarece a médica.
Segundo a diretora da SBP, o patologista não é conhecido por grande parte da população, mas é uma peça-chave para o diagnóstico eficiente dessa e outras doenças: “As pessoas costumam pensar que esse tipo de laudo sai impresso e pronto de uma máquina, o que não é verdade. É um processo que envolve a atuação de um profissional altamente qualificado, que consulta as amostras coletadas minuciosamente para emitir o laudo que guiará todo o tratamento ao qual o paciente será submetido”.

Diagnóstico de ELA no Brasil demora, em média, quase um ano




Doença afeta aproximadamente cinco em cada 100 mil pessoas em todo o mundo, segundo o Ministério da Saúde. Associação ajuda pacientes e familiares a lidarem com prognóstico.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença neurodegenerativa, considerada incurável e fatal, que, progressivamente, causa a morte dos neurônios motores responsáveis pelos movimentos do corpo, ocasionando a paralisia progressiva. O diagnóstico é demorado. Do primeiro sintoma à confirmação, levam-se, normalmente, 11 meses. “Isso porque a falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista e, até chegar a um neurologista especialista, já passou por mais 2 ou 3 médicos neste período”, alerta o Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira, neurologista e um dos fundadores da Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA).
Além disso, não há nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou marcador de precisão para detectar a doença. Por isso, é importante que, aos primeiros sintomas, como fraqueza, rigidez de movimento, tremores da musculatura, o paciente procure também por um neurologista especialista. “Quando os primeiros sinais aparecem, normalmente 50% dos neurônios motores já foram perdidos. Uma análise clínica correta desde o início é fundamental para que estratégias terapêuticas e de orientação sejam introduzidas.
Segundo o Ministério da Saúde, cinco em cada 100 mil pessoas em todo o mundo são afetadas pela doença. No Brasil, a estimativa é que 15 mil pessoas tenham esclerose lateral amiotrófica.
Tão difícil quanto receber o diagnóstico de ELA é compreender e aceitar o prognóstico da doença. “A média de sobrevida após o início dos sintomas é de 3 a 5 anos. Por outro lado, há pessoas que vivem mais do que dez anos com a doença. No Brasil, os pacientes, ainda não são assistidos adequadamente. Devido às limitações físicas inerentes à doença, secundárias ao comprometimento da musculatura estriada, incluindo-se a dos membros, da deglutição e da respiração, os pacientes necessitam de cuidados diários e constantes. “A missão da ABrELA é acolher pessoas com ELA/DNM, seus familiares e cuidadores, por meio de orientação, informação, capacitação e assistência social, promovendo a melhoria da qualidade de vida, a garantia e defesa dos direitos do paciente”, afirma Dr Abrahão Juviniano Quadros, Presidente da ABrELA. – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica.
Algumas pessoas afetadas pela ELA mantém uma vida ativa e produtiva no princípio da doença. No entanto, ao longo dos anos, param de andar, perdem a fala e os movimentos, têm dificuldade para comer e respirar e, em estágios mais avançados, podem chegar à paralisia completa. Na maioria dos casos, necessitam ainda de traqueostomia e gastrostomia.
Devido ao difícil diagnóstico e com tratamento quase que exclusivamente sintomático, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) tem desafiado cada vez mais pesquisadores do mundo inteiro, no sentido de desenvolverem pesquisas que possam trazer avanços significativos, tanto para diagnóstico, quanto para tratamento. Entre os destaques, estão descobertas genéticas que podem ajudar a identificar os mecanismos do desenvolvimento da doença, propiciando a evolução de testes para tratamentos, incluindo-se célula-tronco e terapia gênica.

NOVOS GENES IDENTIFICADOS - Existem duas formas básicas de ELA. A familiar, responsável por cerca de 10% dos casos, nos quais a enfermidade é hereditária, e a esporádica, sem motivo conhecido para a ocorrência, que responde pelos demais 90%. Hoje se sabe que, pelo menos, 30 genes são responsáveis pela doença familiar. O mais recente identificado, C9orf72, tem uma importante característica. Estima-se que alterações em C9orf72 representem 20 % a 45 % das ELAs familiares e 5 % das ELAs esporádicas, constituindo a principal causa genética já identificada associada a ambas condições, conta Prof. Dr Miguel Mitne-Neto, Diretor Científico da ABrELA e do Instituto Paulo Gontijo (IPG), Assessor Científico Grupo Fleury e Pesquisador Associado Centro de Estudos Genoma Humano da USP, um dos palestrantes do XIV Simpósio Brasileiro de ELA / DNM.. Para o Dr. Hiroshi Mitsumoto, neurologista atuando na Columbia University, Nova York, Estados Unidos da América, considerado um dos maiores especialistas mundiais na enfermidade, a descoberta do C9orf72 pode ser um divisor de águas no estudo das origens e de um possível tratamento da ELA.

TRATAMENTO COM CÉLULAS-TRONCO.
Ensaios clínicos realizados em Israel e nos Estados Unidos, células-tronco têm-se mostrado seguras em testes em humanos. A próxima etapa é a de caracterização de eficácia. Acredita-se que a célula-tronco seja um fator de neuro proteção que pode evitar a progressão da doença”, comenta Profa. Melinda Beccari, Pós Graduanda do programa de mestrado do Centro de Estudos do Genoma Humano, Pesquisadora na linha de Esclerose Lateral Amiotrófica em parceria com o Grupo Fleury e apoio do Instituto Paulo Gontijo (IPG). Hoje, o único medicamento aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA) para tratar ELA é o Riluzol que, em média, aumenta a expectativa de vida do paciente em quatro meses. Nas últimas duas décadas, as pesquisas com ensaios clínicos em modelos animais, quando transportados para humanos, não mostraram os resultados de eficácia esperados, sugerindo-se que esta não seja a melhor forma de desenvolvimento de tratamentos. A ideia atual de utilizar célula-tronco para reconstituir uma amostra in vitro do neurônio motor, talvez, seja a forma mais segura e rápida para melhor entendermos as múltiplas faces, os mecanismos etiopatogênicos, a prevenção e o tratamento da ELA.

Hospital viValle realiza atualização gratuita em Câncer de Próstata para médicos




O Hospital viValle promove no sábado, dia 4 de julho, Simpósio sobre o Câncer de Próstata. O evento gratuito reunirá urologistas e oncologistas no Hotel Novotel para uma atualização sobre diferentes aspectos do tratamento clínico da doença.
O Câncer de Próstata, no Brasil, é o segundo tipo mais comum da doença em homens e em números absolutos é o sexto mais comum no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente a cada oito minutos, um novo caso é detectado.
Considerada uma doença da terceira idade, já que três quartos dos casos são detectados em homens a partir dos 65 anos, no Brasil, o aumento da expectativa de vida pode ter impactado no aumento dos diagnósticos. Contudo, a detecção precoce e o tratamento adequado consolidam um prognóstico positivo com sobrevida aproximada em 80%.
Compartilhando informação – O Simpósio vai abordar dois temas que se complementam. Para falar sobre “Sequenciamento do Tratamento Hormonal no Câncer de Próstata Localmente Avançado em Paciente de Alto Risco”, o palestrante convidado é o Dr. Rafael Mamprin Stopiglia, especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia (TISBU), mestre e assistente de Urologia Oncológica da UNICAMP e membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).
O segundo tema trata do “Tratamento do Câncer de Próstata Metastático e Casos Clínicos”, que será abordado pelo Dr. Dr. Wagner Eduardo Matheus, Especialista em Uro-oncologia, transplante Renal e Cirurgia Urológica e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Urologia.

“Simpósio – Câncer de Próstata”
Data: 4 de julho, sábado
Horário: 8h30
Local: Hotel Novotel. Avenida Dr. Nelson D’Ávila, 2200.
Vagas limitadas – Necessária confirmação de presença.
Informações e inscrições: iep@vivalle.com.br ou 12. 3924-4991

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