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segunda-feira, 4 de agosto de 2014


Aprenda 7 passos para evitar o refluxo

No Dia Nacional da Saúde, 05/8, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva alerta a população sobre a doença gastroesofágica

Caracterizado pelo retorno de líquidos gástricos, bebidas e comidas do estômago para o esôfago, o refluxo gastroesofágico causa sensações como estômago cheio, náusea, queimação e dor torácica. No Dia Nacional da Saúde, celebrado dia 5 de Agosto, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) chama a atenção para maneiras de melhorar a alimentação e escapar do refluxo.

Segundo o endoscopista, Gustavo Andrade de Paulo, diretor da SOBED, no momento da alimentação, a comida passa da boca para o estômago através do esôfago. Entre eles, existe uma espécie de “válvula” que os separa, evitando que o alimento volte para o esôfago. “Quando o esfíncter esofágico não fecha corretamente, o problema acontece, podendo levar alimentos e líquidos e sucos gástricos a voltarem para o esôfago, gerando o refluxo”.

Pessoas de todas as idades podem ter refluxo. Por meio do exame de endoscopia, é possível detectar a esofagite, consequência do refluxo. Fazer uma pHmetria e esofagomanometria, pode ser necessário em apresentações atípicas da doença.

Comum nos casos de refluxo, o alerta fica por conta do risco da automedicação. “O uso de remédios por conta própria, como os antiácidos, não garante a eficiência, além de acarretar em outros efeitos colaterais ao paciente. Portanto, é aconselhável o acompanhamento de um médico”, completa o especialista. 

Confira abaixo sete maneiras para evitar do refluxo, segundo o endoscopista da SOBED:

1     - Procure comer mais vezes ao dia – O ideal é se alimentar de quatro a cinco vezes por dia, a cada três horas, e em pequenas porções. Comer demais pode piorar o refluxo. 

2  - Não durma após as refeições – É comum o refluxo em pessoas que costumam dormir logo após almoço ou jantar.  O fato ocorre devido à ausência de gravidade, que facilita o encaminhamento do conteúdo gástrico para o esôfago quando a pessoa está deitada. 

3     - Diminua a quantidade de café, chocolate e cigarro – As substâncias presentes no cigarro e em bebidas como o café, relaxam o esfíncter esofágico inferior, possibilitando a volta dos alimentos. 

4  - Evite bebidas gasosas – Os gases ficam concentrados no tubo digestivo, ocasionando a distensão do estômago, o que facilita o refluxo. Portanto, refrigerantes e águas com gás devem ser evitados. 

5     - Evite alguns condimentos – Temperos como a pimenta, podem aumentar a secreção de ácido pelo estômago, aumentando a chance de refluxo. Para a substituição, podem ser utilizadas ervas aromáticas.   

6   - Reduza a quantidade de frituras – Alguns alimentos contêm um alto teor de gordura, o que sobrecarrega o estômago e também relaxa o esfíncter, podendo resultar no caminho contrário do alimento. 

7     - Fuja das roupas apertadas – Peças justas na região do abdômen, como calças ou cintas e cincos, aumentam a pressão nesta região do corpo, facilitando o refluxo do ácido para o esôfago.

Aumento do Colesterol nas crianças preocupa médicos

Pediatras alertam sobre o perigo causado principalmente pela Obesidade Infantil que atinge cerca de 40 a 50% das crianças e adolescentes

O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, em 8 de agosto, acende um sinal de alerta para pais e médicos. Se no passado a preocupação tinha como alvo apenas os adultos, hoje também afeta os pequenos. Para isso, a atenção deve estar voltada para alimentação correta e prática de exercícios físicos evitando desde cedo que os índices sejam elevados trazendo consequências futuras.
O aumento de colesterol determina um acúmulo de gordura nas artérias, com maior risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). O alto índice tem também forte influência familiar, diferentemente do aumento de triglicerídeos que a basicamente ocorre devido a maior ingestão de gorduras e de açúcares.

- Para diminuir os níveis de colesterol é necessária uma dieta pobre em gordura e rica em vitaminas (frutas e verduras). - explicou a gastroenterologista, membro do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Elza Daniel de Mello

Atualmente um dos vilões é o estilo de vida das crianças e adolescentes. Eletrônicos como vídeo-games, tablets e celulares tomam a atenção das crianças e adolescentes os impedindo de praticarem atividades ao ar livre, deixando-os mais aptos para o sedentarismo e consequentemente sujeitos ao aumento de peso.

- Não há dúvida que mais do que 2 horas de "tela" está relacionado com obesidade. Para reverter é preciso não permitir computador no quarto, por exemplo. Para isso os pais precisam servir de exemplo - completou Elza.

O excesso peso pode causar problemas de crescimento, além de limitações físicas e também pode influenciar em maiores chances de casos de Depressão, dando espaço para dificuldades de aprendizado ou de relacionamento interpessoal.


Fonte: Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

Celebrando o Dia do Padre

 
Agosto é, para a Igreja no Brasil, o Mês Vocacional. Em 1981 iniciou-se essa celebração, com o objetivo de se refletir, a cada domingo, uma vocação específica dentro da Igreja. O primeiro domingo deste mês é dedicado à vocação do padre. E no próximo dia 4 de agosto, quando se faz memória litúrgica de São Cura D'Ars, celebra-se o Dia do Padre.
Este ano, essa comemoração tem um sentido especial, pois a Igreja está celebrando o Ano Sacerdotal, proclamado pelo Papa Bento XVI, em memória dos 150 anos da morte do Santo Cura D'Ars, apresentado pelo papa como modelo para todos os sacerdotes.
É muito oportuno celebrar o Dia do Padre, pois acredito que nós católicos algumas vezes ainda não compreendemos bem a grandeza, a positividade e a preciosidade desta presença nas comunidades. Deixemos claro, de antemão, que não se trata aqui de fazer elogios ingênuos, valorizações forçadas ou ufanismo sectário. Sem dúvida, o padre se apresenta a nós dentro da fragilidade de todo ser humano. Nisso ele não é nem melhor nem pior que os outros.
Mas já nisso, talvez, se possa ressaltar no padre um quê de sensibilidade, de elaboração do caráter, de intelectualidade, de humanização, afinal, não tão comuns por aí. É o fruto de um longo período formativo de oito anos.
Nós, Igreja Católica, somos um povo, o povo de Deus. Não somos um bando; todo povo que se preze tem uma "alma" (o Deus de Jesus Cristo, no Espírito Santo) da qual surge sua organização. O vigor desta combinação de alma e organização permitiu à Igreja percorrer mais de 2.000 anos de história, passando por épocas, vicissitudes, civilizações e culturas as mais diferentes e desafiadoras. A ponta mais visível desta alma e organização em nossas comunidades é o padre.
Há os padres que pertencem a ordens e congregações religiosas, nas quais eles encontram segurança, afeição e solidariedade; a comunidade paroquial complementa esta experiência fundamental para todo ser humano.
E há os padres "diocesanos". Eles precisam encontrar, na diocese, segurança, afeição e solidariedade.
Quando se diz "diocese" se entende o bispo que deve ter verdadeira afeição pelos seus padres, deve lhes transmitir segurança e deve ter para com eles um profundo senso de justiça em todas as vicissitudes da vida eclesial e paroquial.
Quando se diz "diocese" entende-se também "comunidade paroquial". Nossas comunidades precisam acolher, amar e respeitar os nossos padres, inclusive diante dos limites e fragilidades que eles possam ter. E quem não tem limites e fragilidades que lance a primeira pedra! Há pessoas e grupinhos que, com mil pretextos, antipatizaram com este ou com aquele padre, infernizam-lhe a vida e dividem a comunidade, com grave prejuízo para o Reino de Deus.
Nossas comunidades e lideranças precisam ter comunhão com o seu padre, oferecer-lhe colaboração e participação na vida da comunidade local, ainda mais quando estas lideranças exercem funções importantes no âmbito eclesial e diocesano. Esta comunhão é exercício bem concreto de fraternidade e amor ao próximo, conforme significa a Eucaristia da qual participamos.
Nossas comunidades precisam ser solidárias com o seu padre. Há quem se dispõe a fazer doações em material e dinheiro para as obras paroquiais e para os necessitados, mas não se dispõe a colaborar para o sustento de seu padre. Conheço padres em nossa diocese que passaram (e passam?!) aperto para a sua subsistência! Os padres dependem de nossa ajuda; como todo operário, eles merecem salário (o salário do padre se chama "côngrua") justo e digno, conforme estabelecido pela diocese.
Pelo padre mantemos a unidade eclesial, crescemos na fé e no conhecimento da Palavra de Deus. Ele é indispensável para celebrarmos a Eucaristia e os demais sacramentos, sinais visíveis de nossa salvação em Jesus Cristo. O padre é um dom para as nossas comunidades!

 
Dom Fernando Mason

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Poder da Oração

Muitos concentram seus esforços na busca frenética de algo lá fora, sem sequer imaginar que não existe nada do lado de fora e toda realização precisa ser acontecer primeiro dentro de nós.

Os "tempos modernos" nos levaram para longe de nós mesmos e parece até, que nos esquecemos do tempo em que fazíamos nossas preces e nossas orações, talvez ainda, por ver pouco do que “pedimos” se concretizar tenhamos perdido nossa fé, nossa crença no invisível. A verdade é que existe certo misticismo em considerar algo uma Oração, quando bem na verdade, tudo o que falamos, fazemos e pensamos “É uma Oração”. Se acreditamos ou não no Poder de uma oração, pouco importa uma vez que ela segue seu fluxo no Infinito Espaço x Tempo.

Existe sim algo mágico em Orar, e a magia se revela na permanência da consciência no Lugar do Desejo. Uma vez determinado o rumo de nosso interesse o Universo se ocupa de nos atrair para o que queremos. Feliz daquele que sabe realmente o que deseja.

Orar é contemplar algo como Já Realizado. Declarar com fé que o que desejamos Já Existe!

Orar é Agradecer...

Se nos é dado algo é natural que sejamos gratos. Acostumamo-nos a perceber, porém, apenas o que nos carece, e pouco agradecemos ao que já nos foi dado. Essa cegueira do agora muitas vezes nos impede de manter aberto o canal que nos permite receber aquilo que é necessário.  Oração é trazer para o momento de hoje tudo aquilo que temos, no passado, presente e futuro.

Quando nos sentamos em silêncio e visualizamos nossa intenção como já concretizada passamos a movimentar a Energia Criativa do Universo, contribuindo com sua Concretização. Mas não busque com avidez seus sonhos, esqueça-os em seu coração com a certeza de que o Melhor está Florescendo.

Não fique parado esperando a colheita, pois é chegado então o momento da Ação.

Nosso trabalho constitui-se de uma poderosa oraAção e a dedicamos a toda a humanidade, de modo que se nos empenhamos com Amor aos nossos afazeres esta é por si, uma Oração capaz de beneficiar a nós e aos outros também. Quando trabalhamos com Alegria e Gratidão fazemos girar o mundo ao nosso redor, transformamo-nos em recursos que atendem aos desejos e anseios de todas as pessoas e naturalmente, também, todas passam a fazer parte de nosso Universo.

Somos todos Um, ligados uns aos outros pelo Ato de Orar, Vibrar...Viver!

Muito Obrigado aos que oram em silêncio e a você que leu este artigo, minha Oração.

Fernando Loch - Arquiteto com MBA em Gerenciamento de Projetos, realiza palestras/aulas nos Ciclos de Estudos da Prosperidade promovidos pela Seicho-No-Ie do Brasil, por todo o país. O tema do artigo será abordado durante o Seminário da Luz, que acontece no dia 31 de agosto (domingo) das 13h30 às 19h05, no Hotel Cambirela, (Av. Max Schramm, 2199 – Estreito – Florianópolis/SC). O evento é organizado pelo Seicho-No-Ie, Regional Florianópolis e será ministrado por Marie Murakami, preletora da Sede Internacional da Seicho-No-Ie.  O Seminário que é direcionado ao público em geral, acontece todos os anos e cerca de 40 mil pessoas já assistiram, através das Regionais da Seicho-No-Ie em todo o Brasil. O investimento é de R$ 30,00 e as inscrições podem ser realizadas diretamente no evento ou antecipadamente através do link do link https://www.sympla.com.br/seminario-da-luz__22270 .  Mais informações: Regional Florianópolis no (48) 3248-5977 ou snirgfpolis@uol.com.br

Leite materno é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e visual 

  • Leite materno é fonte de DHA, o ômega 3 mais abundante no cérebro e na retina
  • A dieta da mãe interfere nos níveis de DHA no leite
  • Durante a gravidez, o DHA ajuda a prevenir o parto prematuro e o baixo peso ao nascer

 

A amamentação é um vínculo muito importante entre mãe e filho, que protege a criança contra várias infecções e previne a mortalidade infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o leite materno é um alimento completo e deve ser exclusivo durante os primeiros seis meses de vida.

Os benefícios associados ao aleitamento materno exclusivo são numerosos, além de conter anticorpos, fatores imunomoduladores e anti-inflamatórios que não podem ser reproduzidos. O que muitas mães não sabem é que o leite humano também é fonte de DHA (ácido docosahexaenoico), um lipídio da série Ômega-3 que promove o desenvolvimento cognitivo e visual na infância, e que perdurará por toda a vida. O DHA contido no leite materno é frequentemente apontado como responsável ​​pela relação causal entre aleitamento materno e QI (quociente de inteligência) mais alto.1 No entanto, os níveis de DHA presentes no leite materno dependem dos alimentos consumidos na dieta da mãe.

O DHA é encontrado em diferentes tecidos no corpo e representa cerca de 97% do Ômega-3 localizado no cérebro e 93% no olho, além de ser um componente chave do coração. Estudos demonstram que é importante fortalecer a suplementação de DHA a partir do último trimestre de gravidez, quando ocorre um crescimento importante do bebê, até os cinco primeiros anos de vida.

Por mais de uma década cientistas de todo o mundo têm demonstrado os benefícios desse lipídio durante a gestação e amamentação. “Para o bebê ter acesso à quantidade ideal do nutriente é necessário que a mãe faça a ingestão de alimentos ricos em DHA na gravidez e lactação,” explica o Dr. Mário Cícero Falcão, pediatra e nutrólogo, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Durante a gravidez o DHA tem efeitos positivos relacionados à prematuridade e baixo peso ao nascer, como evidenciado no estudo "DHA supplementation and pregnancy outcomes” (Os resultados da suplementação de DHA e gravidez) liderado pela Dra. Susan Carlson, na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos.

Esse estudo contou com a participação de 350 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos, um recebendo um suplemento com 600 mg de DHA de algas por dia contra um grupo de controle que recebeu placebo, durante as 14 semanas finais da gestação. Os resultados mais representativos foram que as mulheres que receberam a suplementação de DHA, ao contrário das outras, apresentaram uma gestação mais longa, e os bebês nasceram maiores, tanto em altura quanto em peso. Também foi observada uma menor incidência de baixo peso (<1.500 g) e parto prematuro (<34 semanas) em comparação com o grupo que não recebeu o suplemento.2

Assim, o estudo de Carlson conclui que a suplementação de DHA durante a segunda metade da gravidez, proporciona uma gestação mais longa. “Isso significa uma redução do risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Este ponto é especialmente importante porque a prematuridade é a principal causa de mortalidade neonatal e morbidade neurológica de curto e longo prazos, e representa um problema de saúde importante, com custos econômicos e sociais significativos para famílias e governos,” salienta o médico.

Na última década, muitos estudos têm destacado a importância do Ômega-3 DHA no desenvolvimento durante os primeiros estágios da vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é recomendado o consumo diário de 200 a 300 mg de Ômega-3 do tipo DHA por dia durante a gravidez e lactação.

A ingestão de duas porções de peixe marinho de águas profundas por semana, equivalente a 99 gramas segundo a AHA (American Heart Association), fornece um suprimento adequado de DHA. O nutriente é encontrado naturalmente em peixes gordurosos de águas salgadas e frias, como salmão, bacalhau, atum, arenque, sardinha, cavala e algas, a partir das quais estes peixes se alimentam.  Para quem não tem acesso às fontes naturais de DHA, estão disponíveis suplementos com as quantidades ideais do nutriente.

Segundo dados do Ministério da Pesca, o consumo anual de peixe no Brasil é de 9 quilos por habitante, bem abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 12 quilos por habitante. A OMS, bem como outras entidades internacionais, recomenda a ingestão diária de DHA principalmente por crianças. “Até os cinco anos de idade o cérebro atinge 85% do seu tamanho final. É nessa fase que a alimentação, os estímulos e o carinho construirão as bases para um desempenho neurológico saudável que se refletirá por toda a vida,” reforça o Dr. Falcão.

O aleitamento materno também apresenta benefícios em longo prazo na diminuição dos riscos de doenças crônicas decorrentes da alimentação inadequada, como obesidade e hipertensão. Mas algumas mulheres não conseguem amamentar, nesses casos o médico ou o nutricionista são os únicos profissionais que poderão prescrever a fórmula infantil. “Esse alimento, embora não possa substituir o leite materno em suas propriedades imunológicas, possui os nutrientes corretos para a nutrição do bebê. Mais fórmulas deveriam conter DHA em quantidades recomendadas por entidades reconhecidas internacionalmente. Já leite de vaca é contraindicado para o consumo de crianças em fase de amamentação e não possui as características nutricionais adequadas para o desenvolvimento infantil,” comenta o médico.

 

DSM – Bright Science. Brighter Living.™ - www.dsm.com



Hospital São Paulo convoca doadoras de leite
na Semana Mundial de Aleitamento Materno

Banco de leite da instituição está com estoque em situação crítica
e precisa de doações
               Entre os dias 1º e 7 de agosto acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Em 2014, o evento terá o tema "Amamentação: uma vitória para toda vida", com o lema "Promover, proteger e apoiar a amamentação é a meta essencial para salvar vidas". O Centro de Incentivo e Apoio ao Aleitamento Materno (CIAAM) / Banco de Leite Humano do Hospital São Paulo, vinculado à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é um dos apoiadores da data e está realizando uma convocação especial. O CIAAM está com estoque em situação crítica e precisa de doadoras, para continuar o atendimento às mães e recém-nascidos.

               A queda no número de doações é preocupante. Em 2012, 303 mães doaram 516 litros de leite materno, destinados para 419 crianças. Ano passado foram apenas 200 litros de leite materno doados por 250 mulheres, atendendo 306 bebês durante o ano. Em 2014, desde janeiro foram coletados somente 85 litros de leite, provenientes de 76 doadoras, sendo que apenas 88 recém-nascidos puderam receber o leite humano para o seu restabelecimento. “As doações vêm caindo a cada ano e é preciso que as mulheres se conscientizem da necessidade de doarem o excedente de leite, em vez de jogarem fora. Nossa equipe oferece todo o suporte às mães, inclusive retirando os frascos de leite em seu domicílio. A sobrevivência de muitas crianças depende dessas doações”, explica Ana Cristina Vilhena Abrão, coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital São Paulo.

                O CIAAM oferece um atendimento diferenciado à população. Além da captação, tratamento e doação de leite materno, o serviço oferece suporte de atendimento multiprofissional para mães e bebês até um ano após o nascimento.

                Uma equipe composta de psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, por exemplo, oferece atendimento especializado para os mais diversos problemas relacionados à amamentação. Dentre eles estão o caso de crianças com problemas de sucção do leite, que recebem atendimento especializado de fonoaudiólogos; psicológicos que auxiliam mães em depressão que não conseguem amamentar e nutricionistas que acompanham as mulheres, auxiliando-as na introdução da alimentação complementar para o bebê.

                O local atende não apenas as pacientes do hospital – qualquer mulher que esteja enfrentando problemas relacionados à amamentação pode buscar atendimento no Banco de Leite Humano. Para entrar em contato com o Banco de Leite do Hospital São Paulo é só ligar para (11) 5539-0155 ou (11) 5576-4829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O endereço é Rua Loefgreen, nº 2010 - Vila Clementino.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Carga tributária de material escolar chega a 47% para alguns itens

A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), solicita o apoio do governo e do Ministério da Educação para a redução da carga tributária sobre materiais escolares


Na volta às aulas, uma das queixas dos pais de alunos é o preço do material comprado numa época em que o orçamento familiar está reduzido, ou seja, logo após as férias de julho. “Em um país onde os governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, torna-se no mínimo contraditório, se não um absurdo, convivermos com a elevada carga tributária que incide sobre cadernos, borrachas, agendas, lápis, estojos, canetas e, até mesmo, tinta guache e folhas para fichário. Educação realmente é prioridade?”, indaga Rubens Passos, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares – ABFIAE.

A entidade solicita o apoio do governo e do Ministério da Educação para a aprovação de um projeto amplo de redução da carga tributária para materiais escolares. De acordo com Passos, uma possível renúncia fiscal é ínfima perante o orçamento da União.

Uma das soluções para a redução imediata da elevadíssima carga tributária sobre material escolar existente no país, diz o presidente da ABFIAE, é a aprovação do Projeto de Lei nº. 6705/2009, de autoria do Senado, que já tramita há mais de quatro anos e que, atualmente, encontra-se em discussão na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal.


Carga Tributária sobre Material Escolar




Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)


quarta-feira, 30 de julho de 2014


DIA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO

Amamentação estimula o desenvolvimento da fala, mastigação e respiração do bebê

Aleitamento materno fortalece a musculatura facial, evitando problemas ortodônticos, mordida aberta e fala tardia

Para lembrar o Dia Mundial da Amamentação, comemorado nesta sexta-feira, 1º de agosto, a fonoaudióloga Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André, Renata Lacerda, Renata Lacerda, fala sobre os principais benefícios dessa prática: “Além de ser essencial para a alimentação do bebê, a amamentação influencia no desenvolvimento dos músculos faciais responsáveis pela fala, mastigação e respiração do bebê, pois exercita a respiração nasal e diminui a incidência futura de doenças respiratórias”

Entre os músculos trabalhados durante o aleitamento materno, especialmente até os seis primeiros meses de vida do recém-nascido, destacam-se os que fazem parte da boca, língua, lábios, bochecha e céu da boca, além da estrutura óssea crânio facial. "O fortalecimento dessa musculatura é uma resposta aos movimentos de sucção e deglutição realizados pelo bebê durante amamentação”, explica a fonoaudióloga. 

 A má formação dos órgãos da fala pode resultar em uma musculatura facial mais flácida, mordida aberta, problemas ortodônticos e fala tardia. Esses sintomas são percebidos entre dois e três anos de idade e são reversíveis com tratamento fonoaudiológico.

Caso haja algum problema durante a amamentação, é necessário o uso de mamadeiras e copinhos. No entanto, esses objetos não são benéficos para a formação dos músculos faciais do bebê.  “A mamadeira e o copinho facilitam os movimentos de sucção e deglutição realizados pelo bebê e, consequentemente, a musculatura não é trabalhada na mesma intensidade”, diz Renata Lacerda.

 Leite materno

O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê. Ele é rico em nutrientes variados, como proteínas, vitaminas, gorduras e água. O leite materno também contém anticorpos e glóbulos brancos, substâncias que garantem a imunização do organismo. Durante a amamentação, geralmente, o bebê faz 3 a 5 sucções por minuto o que corresponde a 1 a 3 ml de leite materno ingeridos por minutos.

DECLARAÇÃO

Gaza: “Eles também são nossos filhos”

 

Uma declaração assinada por 56 ganhadores do Right Livelihood Award, conhecido como Prêmio Nobel Alternativo, de 35 países, condena a matança de civis, muitos deles, crianças. Três desses ganhadores do Prêmio vivem e trabalham na zona de conflito. 

 

Como ganhadores do Right Livelihood Award, popularmente conhecido como ‘Prêmio Nobel Alternativo’, nós condenamos energicamente a matança de centenas de crianças e civis inocentes, executada em Gaza pelo exército israelense, além do indiscriminado lançamento de mísseis por parte do Hamas sobre civis de Israel, ao mesmo tempo em que lamentamos o contínuo sofrimento dos habitantes de Gaza. 

 

Gaza enfrenta o desabastecimento de água e eletricidade, de hospitais, médicos e médicas, ao mesmo tempo que bombas e balas matam e ferem a sociedade civil, assim como aos trabalhadores da saúde, em uma espiral de violência e desesperança. Aproximadamente 24% de todos que perderam suas vidas em gaza, como resultado dos bombardeios de Israel e seus militares, são crianças.  

 

Contudo, a responsabilidade por essas mortes não é somente um produto conjunto e múltiplo dos soldados de Israel, dos lutadores do Hamas e de seus governos. Outros governos também são responsáveis, tanto direto como indiretamente, através da transferência de armas, assessoria militar e de seu silêncio.   

 

Estes países e as Nações Unidas parecem não ter aprendido com o passado. Tanto que quanto mais cresce a violência em Gaza, mais as negociações de paz se movem a um ritmo incrivelmente lento, dificultadas por interesses particulares de países que não sofrem derramamento de sangue por este conflito. O diálogo e as negociações não podem ser  substituídas pelo uso da força militar. A vingança só produz vingança, e o derramamento de sangue só produz mais derramamento de sangue.

 

Não podemos esquecer as recentes imagens de cadernos de escola destroçados nas ruas de Gaza e as vidas destroçadas das crianças que os usavam. Seus corpos sem vida esparramados em volta de seus caderno, que nunca voltarão a ser usados novamente, descrevem a trágica pintura de uma crueldade sem limite. Ninguém tem o direito de acabar com essas vidas e, tampouco, ameaçar a vida daquelas crianças que seguem sobrevivendo. Eles também são nossos filhos.

 

Neste contexto, nós apoiamos com força o extraordinário trabalho, a determinação e a perseverança – em meio a explosão das bombas – do nosso colega Raji Sourani (RLA 2013, Palestina) e seus colegas do Centro Palestino de Direitos Humanos em Gaza, que estão denunciando a matança de civis inocentes e a continuidade de uma guerra suja não declarada, que vai contra os princípios da legislação humanitária internacional. Nós também queremos expressar  nossa profunda admiração pelo trabalho de organizações de paz de Israel, como Gush Shalom (RLA 2001) e o incrível trabalho de toda a equipe médica que atua atualmente em Gaza, com representantes de nossos amigos do Médicos para os Direitos Humanos (RLA 2010), que seguem  carregando os princípios de humanidade acima de tudo, apesar de expostos às desumanas máquinas de guerra.

 

Como ganhadores do Right Livelihood Award, nós instamos as Nações Unidas, a União Europeia e as organizações regionais como a Liga Árabe e a Organização dos Estados Americanos (OEA), além de países de todo o mundo, a unir suas vozes, condenando estas inaceitáveis violações de direitos humanos, e requerendo um imediato cessar fogo, a suspenção do bloqueio a Gaza, bem como novas negociações de paz. E, da mesma forma, que parem com todas as ações que perpetuam esse conflito, que dificultam uma resolução pacífica e que parem de prover com armas as partes em conflito. Se nós não atuarmos com urgência, mais crianças e pessoas inocentes vão ser assassinadas nos próximos dias, nas próximas horas, nos próximos minutos, nos próximos segundos.

 

Assinam: 

 

• Dr. Ibrahim Abouleish, Fundador de SEKEM, Egipto (RLA 2003)

• Swami Agnivesh, India (RLA 2004)

• Dr. Martin Almada, Paraguay (RLA 2002)

• Uri Avnery, Fundador de Gush Shalom, Israel (RLA 2001)

• Dipal Barua, Ex director de Grameen Shakti, actualmente en Bright Green Energy Foundation, Bangladesh (RLA 2007)

• Nnimmo Bassey, Health of Mother Earth Foundation, Nigeria (RLA 2010)

Walden Bello, Filipinas (RLA 2003)

• Andras Biro, Hungría (RLA 2005)

Leonardo Boff, Brasil (RLA 2001)

Carmel Budiardjo, TAPOL, Reino Unido (RLA 1995)

Dr. Zafrullah Chowdhury, Gonoshasthaya Kendra, Bangladesh (RLA 1992)

• Citizens’ Coalition for Economic Justice, Corea del Sur (RLA 2003)

• Dr. Tony Clarke, Director Ejecutivo de Polaris Institute, Canadá (RLA 2005)

• Comissão Pastoral da Terra (CPT), Brasil (RLA 1991)

• Prof. Dr. Anwar Fazal, Director del Right Livelihood College, Malasia (RLA 1982)

• Prof. Dr. Johan Galtung, Noruega (RLA 1987)

• Dr. Juan E. Garcés, España (RLA 1999)

Ina May Gaskin, Estados Unidos (RLA 2011)

• Dr. Inge Genefke, Dinamarca (RLA 1988)

• Gush Shalom, Israel (RLA 2001)

Asha Hagi, Somalia (RLA 2008)

• Dr. Monika Hauser, Fundadora de Medica Mondiale, Alemania (RLA 2008)

• Dr. Hans Herren, Fundador de Biovision Foundation, Suiza (RLA 2013)

• Dr. SM Mohamed Idris, Sahabat Alam Malaysia (RLA 1988), Consumers Association of Penang and the Third World Network, Malasia

• Obispo Erwin Kräutler, Brasil (RLA 2010)

• Dr. Katarina Kruhonja, Center for Peace, Nonviolence and Human Rights-Osijek, Croacia (RLA 1998)

Ida Kuklina, The Committee of Soldiers' Mothers of Russia, Rusia (RLA 1996)

Felicia Langer, Israel/Alemania (RLA 1990)

• Birsel Lemke, Turquía (RLA 2000)

• Helen Mack Chang, Fundación Myrna Mack, Guatemala (RLA 1992)

• Dr. Ruchama Marton, Fundador y Presidente de Physicians for Human Rights, Israel (RLA 2010)

• Prof Dr. h.c. (mult.) Manfred Max-Neef, Director del Instituto de Economía de la Universidad Austral de Chile, Chile (RLA 1983)

• Prof. Dr. Raúl A. Montenegro, Presidente de la Fundación para la defensa del ambiente, Argentina (RLA 2004)

• Frances Moore Lappé, Cofundadora de Small Planet Institute, Estados Unidos (RLA 1987)

• Jacqueline Moudeina, Chad (RLA 2011)

Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Brasil (RLA 1991)

René Ngongo Mateso, República Democrática del Congo (RLA 2009)

• Helena Norberg-Hodge, Fundadora y Directora de International Society for Ecology & Culture, United Kingdom (RLA 1986)

• Juan Pablo Orrego, Presidente de Ecosistemas, Chile (RLA 1998)

• Medha Patkar, Narmada Bachao Andolan, India (RLA 1991)

• P K Ravindran, Kerala Sastra Sahitya Parishad, India (RLA 1996)

• Fernando Rendón, Cofundador y Director del Festival Internacional de Poesía de Medellín, Colombia (RLA 2006)

• Dra. Sima Samar, Directora de la Afghanistan Independent Human Rights Commission, Afganistán (RLA 2012)

• Dra. Vandana Shiva, Naydanya, India (RLA 1993)

• Prof. Michael Succow, Fundador de Michael Succow Foundation for Nature Conservation, Alemania, (RLA 1997)

• Suciwati, viuda de Munir, KontraS, Indonesia (RLA 2000)

• Dr. Hanumappa Sudarshan, Karuna Trust & VGKK, India (RLA 1994)

• The Kvinna Till Kvinna Foundation, Suecia (RLA 2002)

• Shrikrishna Upadhyay, Director Ejecutivo, Support Activities for Poor Producers of Nepal, Nepal (RLA 2010)

• Prof. Dr. Theo van Boven, Holanda (RLA 1985)

• Martín von Hildebrand, Fundador y Director de Fundación GAIA Amazonas, Colombia (RLA 1999)

• Dr. Paul F. Walker, Director de Environmental Security and Sustainability, Green Cross International, Estados Unidos (RLA 2013)

• Alyn Ware, Coordinador Global de Parliamentarians for Nuclear Nonproliferation and Disarmament, Nueva Zelanda/Suiza (RLA 2009)

• Chico Whitaker Ferreira, Brasil (RLA 2006)

• Alla Yaroshinskaya, Rusia (RLA 1992)

• Angie Zelter, Trident Ploughshares, Reino Unido (RLA 2001)


 
Nayla Azzinnari

Gabinete de Imprensa pela mídia latinoamericana

Fundação Right Livelihood Award

Consumidor deve ter cautela nas compras para o Dia dos Pais, orienta Serasa

 

O atual cenário econômico diminui o poder de compra; moderação e bom senso ajudam a não comprometer ainda mais a renda mensal

 

O Dia dos Pais está próximo e quem ainda não comprou o presente e pretende compra-lo pode aproveitar para planejar melhor os gastos. Segundo os economistas da Serasa Experian, o consumidor deve economizar nos gastos já que o atual cenário econômico, com inflação e juros elevados, diminui o poder de compra. No ímpeto de tentar agradar aos pais, muitos filhos e filhas acabam cometendo extravagâncias e comprando um item que não cabe no bolso, estourando o orçamento. Mas, com algumas metas em mente, o consumidor pode fazer uma escolha mais consciente e segura, sem deixar de contentar aos pais.

 

Para os especialistas da Serasa, é natural que todos queiram fazer um agrado aos pais, mas os consumidores que têm dívidas em atraso não devem se descuidar gastando mais do que podem para as comemorações. A melhor opção é criar saídas alternativas para curtir a Dia dos Pais sem entrar no vermelho.

 

Veja as dez dicas dos especialistas da Serasa para manter o controle financeiro nesse Dia dos Pais:

 

1)     Antes de ir às compras, veja o quanto você pode gastar. Faça um levantamento das dívidas que possui e considere os gastos do futuro.

2)     Caso esteja inadimplente, busque a renegociação com seus credores antes de fazer novas compras.

3)     A renegociação deve ser feita diretamente com o credor, sem precisar contratar intermediários.

4)     Planeje, pesquise e pechinche os preços.

5)     Se você tem irmãos, faça uma vaquinha: não é vergonha nenhuma dividir os custos. Com todos contribuindo, não fica caro para ninguém.

6)     Não queira agradar comprando vários presentes.

7)     Use a criatividade para fazer você mesmo um presente para o seu pai. Recicle os materiais que você tem em casa.

8)     Controle as despesas realizadas com cartão de crédito. Além disso, o pagamento integral da fatura é a melhor maneira de usar esse meio de consumo. Evite utilizar o rotativo do cartão.

9)     Não avance no limite do cheque especial porque as taxas de juros são elevadas. Não esqueça que o limite não é renda extra.

10)   Ao utilizar o cheque pré-datado ou o cartão de crédito, anote os números dos cheques ou valores das parcelas e as datas previstas para os pagamentos. Os valores das parcelas devem fazer parte do orçamento do consumidor.

 

Para conferir mais orientações e dicas sobre educação financeira, acesse o site www.serasaconsumidor.com.br

 

 
 

 

sábado, 26 de julho de 2014


Nova afronta das operadoras de planos de saúde não pode ser tolerada

O mercado de planos de saúde arranjou nova forma de onerar os cidadãos e o acompanhamento sobre esta ação tem sido moroso demais. Qualquer brasileiro que quiser contratar um auxílio saúde terá que se informar muito e procurar em demasia para não ficar refém de uma artimanha cada vez mais comum no país: a única opção pelos planos de saúde coletivos.

Os serviços individuais entraram em extinção. Estão cada vez mais raros e minguados, exterminados pelas próprias operadoras que buscam maior lucro. Sobra, então, a opção pelos planos coletivos, que não possuem regras tão definidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No mês passado, o programa Fantástico, da TV Globo, divulgou este problema.

O plano individual é direcionado à contratação por uma pessoa ou para sua família e possui regras rígidas determinadas pela ANS, como reajuste controlado do valor da mensalidade e cancelamento do serviço somente quando o cliente deixar de pagar as tarifas mensais. Para o plano coletivo, é necessário ser funcionário de uma empresa que negocie o serviço a seus empregados ou ser membro de representação de categorias profissionais ou de classes econômicas ou de associações.  Mas o que se pode comprovar é que os corretores de planos estão altamente treinados para vincular quem nunca teve relação com empresas, sindicatos e associações a qualquer representação.

O plano de saúde coletivo também não tem os mesmos regulamentos do que o individual. O reajuste da mensalidade fica a critério da operadora e o desligamento do contratante pode ser feito a qualquer momento, ficando o cidadão à mercê, em grande parte, quando mais precisa. 

Relatos de clientes dos planos de saúde coletivos demonstram que algumas empresas cobraram reajustes abusivos nos últimos anos. Em muitos casos, superior a 25%, o quê, para qualquer cidadão, é difícil de manter. Para as operados, um acréscimo “necessário”.

Uma pessoa interessada em contratar um plano de saúde dificilmente terá a preocupação de perguntar se o serviço é individual ou coletivo. E, os que já tomaram conhecimento dessa artimanha, procuram agulha no palheiro tentando encontrar um serviço com regras definidas.

Esta situação tem sido cada vez mais comum. De acordo com os dados apresentados, a comercialização de planos de saúde coletivos saltaram de 69% para 80% nos últimos 14 anos. Já os planos de saúde individuais caíram de 30% para 19%.

Na Câmara dos Deputados, já solicitei audiência com as operadoras dos planos, com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que representa as empresas, e a ANS para discutirmos o problema. 

Já é de conhecimento de todos que as operadoras de planos de saúde criam empecilhos na aceitação de idosos, agora, impõe barreiras com o único objetivo de lucro e desmedido desrespeito ao cidadão. O Congresso Nacional não pode permitir esta afronta. E a Agência Nacional de Saúde precisa ampliar sua fiscalização e ser mais enérgica em suas penalizações.

 

Vanderlei Macris - deputado federal pelo PSDB-SP e 1º vice-líder do partido na Câmara dos Deputados.

INCÊNDIO EM PARAISÓPOLIS EVIDENCIA NECESSIDADE DE ACELERAR PLANO DE URBANIZAÇÃO

Em dezembro passado, enquanto a maioria das pessoas pensava nas festas de fim de ano, em Paraisópolis um incêndio deixava 280 famílias desabrigadas. Na época, defesa civil e prefeitura demoraram a prestar auxílio e informações, e a comunidade realizou um mutirão para ajudar esses moradores. Recentemente, outro incêndio deixou cinco famílias sem suas casas, além de ter causado uma fatalidade – Laurinda da Cruz, moradora de 67 anos, morreu dentro de seu quarto. Nesses poucos meses entre essas duas calamidades, a omissão e letargia do poder público para evitar esse tipo de tragédia ficaram em evidência.

Muito mais do que números numa planilhia, os atingidos pelos incêndios são nossos vizinhos, amigos e colegas, e essa tragédia pertence a todos que moram em Paraisópolis e, também, na cidade de São Paulo. Pois a solução para evitar esse tipo de acidente não é só clara, mas possível de ser realizada. A urbanização em comunidades como Paraisópolis, trazendo moradia, infraestrutura e melhores condições de vida, deveria ser a prioridade do governo, o que não temos visto.

Segundo o último Censo, realizado pelo IBGE em 2010, aproximadamente dois milhões de pessoas residem em favelas na região metropolitana de São Paulo – 11 % do total de moradores. O número é impressionante: existem mais moradores de comunidades na região metropolitana de São Paulo do que em Guarulhos, segunda cidade mais populosa do estado. Somente Paraisópolis possui mais moradores do que Mogi Mirim e Caraguatatuba, só para citar dois exemplos.

Porém, essa grande massa que mora em locais mais precários, e que consequentemente demandam mais investimentos e cuidados, fica à deriva e muitas vezes esquecida. No dia seguinte ao último incêndio em Paraisópolis, ocorreram outros dois incêndios em comunidades de São Paulo. Segundo os Bombeiros, entre 2008 e 2012 foram 530.

A pergunta que fica, então, seria qual a razão de o governo não investir na urbanização que traria benefícios claros e longínquos para toda a cidade? Até que nossos representantes tomem atitudes firmes sobre essa questão, esses incêndios continuarão acontecendo. Em Paraisópolis, a luta de moradores e comerciantes tem sido importante para mudar esse cenário. Essa briga, porém, deveria ser de todos, levando escolas, hospitais, moradias e um melhor lugar para se viver: o que é de direito e, simplesmente, o básico.


Gilson Rodrigues - líder comunitário, morador de Paraisópolis e realizador de diversos projetos sociais em São Paulo.

MH 17 Malaysian Airlines: entre o amor e o ódio, a morte

 

Quando os deuses do acaso resolvem ceder espaço para os desvarios do homem, a gente se dá conta de que a natureza símia ficou muito longe dessa raça evoluída que perdeu o pêlo e o rabo.

Como o amor é bom para mitigar os ardores da alma e do corpo, quem vai tirar umas férias com a namorada na Malásia, só pode estar feliz. E quem está feliz, numa boa, não está nem aí para desgraças ou para teses sobre o comportamento da raça humana, e aproveita a boa fase da vida para fazer pilhérias até com o acaso.

O holandês Core Pan estava feliz, como todo mundo que pode passar férias com a namorada na Malásia. Antes de embarcar no voo MH 17 da Malaysian Airlines, ele se lembrou do voo MH370 da mesma companhia, que simplesmente evaporou no ar, sem os avisos evanescentes da morte. E resolveu fazer um gracejo com os amigos, que não iam passar férias com as namoradas na Malásia. Fotografou a aeronave e postou no Facebook: “se desaparecer, ei-lo como era”.

Acreditando certamente que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, Core Pan naquele momento estava longe de se entregar à cogitação de que o homem nasceu macaco, se fez homem e se tornou pior do que seus ancestrais, quando pôs em funcionamento a inteligência.

Nem pensou nisso que, usando da capacidade de produzir ideias, o ex-peludo transformou os instintos de que lhe dotara a natureza em instrumentos de exacerbação do “ego”: o instinto de sobrevivência em violência, o de autosuficiência, em ganância de poder.

Que o homem se move entre o amor e o ódio, todo mundo sabe. Também a ninguém escapa a certeza inelutável de que o ódio leva à destruição do amor, mas esse não destrói aquele. Nem Jesus Cristo, um homem transformado em mito ou um mito transformado em homem, conseguiu, através do amor, vencer o ódio. A doutrina dele varou os séculos, mas foi impotente para emprestar ao amor o mesmo poder de fogo do ódio.

Enquanto a 10 mil metros de altura, no interior do Boeing 777 da Malaysian Airlines, rumo a Kuala Lumpur, se comemoravam a vida e o amor, lá embaixo, no rés do chão, se alimentava o ódio. Sacudidos pela ganância do poder, escravos da intolerância, longe de comemorar a vida, se adestravam nos instrumentos da morte.  De lá que partiu o ódio, com seu poder de destruição.

E uma tempestade luminosa, provocada por míssil, decretou o fim de 298 vidas. Em questão de minutos, nos campos de trigo e girassol do leste da Ucrânia se espalhavam cadáveres nus, corpos calcinados, pedaços de criaturas humanas.

Mesmo que as vítimas tenham sido poupadas aos sobressaltos do terror e à agonia da espera pela morte (indulgência que até civilizações tidas como modelo negam a seus justiçados) não se pode ignorar a crueldade. E tudo isso serve como mostra irretorquível de que inocentes mesmo eram nossos ancestrais, os macacos, que não gozavam da proteção de deuses e nem sabiam o que era dignidade.

 

João Eichbaum - advogado e autor do livro Esse Circo Chamado Justiça.

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