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sábado, 1 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
LEI
ANTICORRUPÇÃO ENTRA EM VIGOR HOJE
Consultor do Grupo
Sage, Antonio Teixeira, explica que multas para empresas que agirem em
desacordo com as regras podem variar de R$ 6 mil a R$ 60 milhões
A
partir desta quarta-feira, dia 29 de janeiro de 2014, passa a vigorar a Lei
Anticorrupção, a qual responsabiliza e prevê a punição de empresas envolvidas
em atos de corrupção. As pessoas jurídicas flagradas serão alvos de processos
civis e administrativos e poderão receber multas entre 0,1% e 20% sobre o
faturamento anual bruto.
De
acordo com o consultor tributário da IOB Folhamatic EBS, uma empresa do Grupo
Sage, Antonio Teixeira, quando não for possível determinar o faturamento
empresarial, o juiz definirá um valor que pode variar de R$ 6 mil até R$ 60
milhões. “Além disso, a empresa corrupta terá que reparar todo o dano causado,
terá seu nome publicado em veículos de comunicação de grande circulação no
País, e estará proibida de receber qualquer tipo de recurso, como subsídios,
subvenções, doações ou empréstimos de instituições financeiras públicas ou
controladas pelo período de um a cinco anos”. Como se não bastasse, há ainda a possibilidade
de suspensão, interdição parcial das atividades e até o fechamento da empresa,
comenta o especialista do Grupo Sage.
A
legislação é válida a todas as sociedades empresárias e às
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de
organização ou modelo societário adotado; fundações; associações de
entidades ou pessoas; e sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou
representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito,
ainda que temporariamente. “A responsabilidade da pessoa jurídica não exclui a
responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de
qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito”,
ressalta Teixeira.
São considerados atos de corrupção: prometer, oferecer ou dar,
direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira
pessoa a ele relacionada; financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo
subvencionar, comprovadamente, a prática dos atos ilícitos; utilizar-se de interposta
pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a
identidade dos beneficiários dos atos praticados.
No que diz respeito às licitações e contratos são atitudes
corruptas frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro
expediente, o caráter competitivo de procedimento licitatório público; impedir,
perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório
público; afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento
de vantagem de qualquer tipo; fraudar licitação pública ou contrato dela
decorrente; criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para
participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo; obter
vantagem ou benefício indevido de modificações ou prorrogações de contratos
celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato
convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais;
manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados
com a administração pública; e dificultar atividade de investigação ou
fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua
atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de
fiscalização do sistema financeiro nacional.
Para saber mais sobre a Lei Anticorrupção,
acesse o link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846...htm.
DIA NACIONAL DA MAMOGRAFIA
CBR atenta para a qualidade nos exames
e a má distribuição dos mamógrafos no Brasil
A mamografia é o
principal exame para detectar precocemente o câncer de mama.
A expectativa é
que a doença atinja cerca de 57 mil novos casos no Brasil em 2014
Instituída por iniciativa do
Colégio Brasileiro de Mamografia e Diagnóstico por Imagem (CBR), em conjunto
com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o Dia Nacional da
Mamografia será comemorado na quarta-feira, 5 de fevereiro. Este é o principal
exame para detectar o câncer de mama precocemente, o que aumenta as chances de
cura.
No Brasil, a
expectativa é que, em 2014, surjam mais de 57 mil novos casos de câncer de
mama, segundo as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo
que em 2011, foram 13.225 mortes, 120 homens e 13.225 mulheres.
“Os índices de mortalidade ainda
são altos, resultados muitas vezes da dificuldade de acesso e má
distribuição dos 4.500 mamógrafos existentes no Brasil, assim como
a qualidade – muitas vezes duvidosa – dos exames”, afirma a dra. Linei
Urban, coordenadora da Comissão de Mamografia do CBR/SBM/FEBRASGO.
Segundo informações do CBR, o
câncer de mama é um mal cada vez mais curável e isso se deve muito ao
rastreamento mamográfico. “No horizonte do câncer de mama, contudo, está a
redução da mortalidade, que já está presente nos países com rastreamento bem
feito há muitos anos”, comenta a especialista.
Programas de Qualidade
A Comissão Nacional de Mamografia
do CBR/SBM/FEBRASGO conta com um Programa de Qualidade que assegura que os
mamógrafos, as imagens e a qualificação dos médicos radiologistas estejam
adequados.
No entendimento do
CBR, é fundamental que os pacientes questionem se o local onde realizam a
mamografia está de acordo com os padrões qualitativos. “Caso contrário, pode
até ser prejudicial, pois passa uma falsa impressão de segurança”, alerta a
Dra. Linei Urban.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
PREVENÇÃO
Em São Paulo, devem ser vacinadas um milhão de
meninas contra HPV
Para o estado, serão
enviadas 2,1 milhões de doses. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as
adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.
A partir de 10 de
março, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a vacina contra o
Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero.
Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Em São Paulo, 1 milhão de
adolescentes deverão ser imunizadas, apenas em 2014. A estratégia de vacinação
nas unidades da rede pública do país e nas escolas, além da campanha de
mobilização ao público-alvo, foram apresentadas, nesta quarta-feira (22), pelo
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A vacina estará
disponível nos 36 mil postos da rede pública durante todo o ano, como parte da
rotina de imunização. O Ministério da Saúde, no entanto, está incentivando às
secretarias estaduais e municipais de saúde que promovam, em parceria com as
secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas. Para
orientar esta mobilização, já foi distribuído informe técnico aos estados e
municípios e, em fevereiro, inicia a capacitação a distância aos profissionais
de saúde e professores. Também está previsto reforço nas escolas sobre a
importância da vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição
do Guia Prático sobre HPV.Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda seis meses depois e a terceira cinco anos após a primeira dose. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos. A meta do Ministério da Saúde é atingir 80% do público-alvo, composto por 5,2 milhões de meninas. A vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero.
Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. Em São Paulo, serão enviadas 2,1 milhões de doses ao longo de 2014. Será utilizada a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero - terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres.
CAMPANHA - O Ministério da Saúde
preparou uma campanha informativa para orientar a população sobre a importância
da prevenção contra o câncer do colo de útero. Com tema “Cada menina é de um
jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convocam as meninas para se
vacinar. Na campanha, as mulheres também são alertadas de que a prevenção do
câncer de colo do útero deve ser permanente. As informações serão veiculadas
por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas,
outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais.
SEGURANÇA - A vacina contra HPV tem
eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida
sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada
como estratégia de saúde pública em 51 países. A sua segurança é reforçada pelo
Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de
Saúde (OMS).
O HPV é um vírus
transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de
relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do
parto. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões
de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos
16 e 18. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos
25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina
não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas
relações sexuais.
Carlos Américo
Agência Saúde – Ascom/MS
Iamspe alerta para doenças
ginecológicas no verão
Uso
de roupas leves e cadeiras de praia podem prevenir infecções, afirma
especialista
No
verão, período em que a proliferação de bactérias é maior, doenças que comprometem
a saúde íntima da mulher são mais comuns. Por conta disso, o Instituto de
Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) faz um alerta para as
infecções e doenças ginecológicas que ocorrem em períodos de alta temperatura.O uso de roupas de banho úmidas, o calor em excesso e o suor são fatores que geram bactérias, fungos e protozoários. Dentre as doenças ginecológicas que surgem no verão, destacam- se as vulvovaginites, principalmente a candidíase, além das vulvovaginites virais, em especial as por herpes.
Cada uma delas tem um tratamento específico e medidas gerais de apoio, como, por exemplo, alcalinizar a região genital, no caso de candidíase.
Segundo Reginaldo Guedes, diretor do Serviço de Ginecologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), escolher o tipo correto de vestuário é fundamental para evitar possíveis infecções.
“As roupas devem ser folgadas, de preferência de algodão. Também é aconselhável não usar peças de tecidos sintéticos. Outro cuidado importante é a hidratação oral, com ingestão de pelo menos 2 litros de água por dia, além do uso de preservativos nas relações sexuais”, ressalta.
O médico destaca que o consumo de antibióticos e corticóides (tipos de medicamentos) deve ser cauteloso, por conta de efeitos secundários que podem afetar a flora normal da vagina e selecionar bactérias resistentes e fungos, favorecendo infecções.
Confira algumas dicas de como prevenir doenças ginecológicas no verão:
- Dê preferência a cadeiras de praia em vez de cangas e toalhas;
- Não fique mais de três horas com roupas de banho úmidas ou molhadas;
- Não compartilhe sabonetes, peças íntimas ou toalhas;
- Use roupas mais leves e evite calça jeans justa;
- Use sabonete neutro ou sabonete higiênico íntimo indicado pelo seu ginecologista;
- Não use absorventes de uso diário;
- As condições do mar precisam ser avaliadas antes de entrar na água;
- Lave roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol.
Hematofobia: conheça os sintomas de
quem possui este distúrbio
De acordo com a Colsan, sintomas
como desmaio ao ver sangue podem estar associados à predisposição genética ou
traumas vivenciados
Patologia
psicológica caracterizada pelo medo exagerado ou irracional de ver sangue, a
hematofobia varia de indivíduo para indivíduo. De acordo com o hematologista e
hemoterapeuta Fábio Lino, gerente médico da Associação Beneficente de Coleta de
Sangue (Colsan), algumas pessoas desmaiam ao ver sangue, outras ficam trêmulas,
fracas, enjoadas, tontas, a pressão cai, têm dor de cabeça, calafrios, falta de
ar, boca seca e transpiração excessiva. Muitos ainda desenvolvem medo a todo
tipo de objeto cortante e pontiagudo, como facas e agulhas, pois estão
associados com sangramento.
De acordo com o gerente, a
hematofobia está associada à predisposição genética e/ou traumas vivenciados,
no qual o indivíduo teve uma experiência negativa com sangue, sofreu alguma
lesão forte ou teve doenças que causaram grande perda de sangue.
“Na
Colsan, alguns doadores de sangue apresentam sinais e sintomas sugestivos dessa
alteração, isto é, ao se depararem com a visão do próprio sangue, quer no teste
simples de anemia na pré-triagem ou no momento da doação de sangue propriamente
dita, apresentam sinais de ansiedade extrema que podem culminar em uma
síncope”, explica Lino. O gerente regional da Colsan ressalta que casos mais
extremos deste distúrbio devem ser tratados com médico psiquiatra e/ou
psicólogo.
Colsan - Associação Beneficente de Coleta de
Sangue é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que atua na área de
hemoterapia, promovendo a captação de doadores, coleta, análise e processamento
do sangue e a distribuição dos hemocomponentes a todos os hospitais da
prefeitura do município de São Paulo, e hospitais das regiões do ABC, Jundiaí e Sorocaba.
Locais para doação de sangue
Hospital Estadual Mário Covas
Rua Dr. Henrique Calderazzo,321
Santo André - SP - Tel: 2829-5162 / 2829-5144
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Estacionamento no local
Centro Hospitalar Santo André
Av. João Ramalho,326
Santo André - SP - Tel: 4433-3718
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Hemocentro Regional São Bernardo do Campo - Colsan
Rua Pedro Jacobucci, 440 - Jardim das Américas
São Bernardo do Campo - SP -Tel: 4332-3900
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Estacionamento: Rua: Olavo Bilac, 240 - Estádio Primeiro de Maio
Núcleo Regional de Hemoterapia Dr. Aguinaldo Quaresma
Rua Peri, 361 - Oswaldo Cruz
São Caetano do Sul - SP - Tel: 4227-1083
Segunda a Sexta das 8h às 12h (exceto feriado)
Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio - Tatuapé
Av. Celso Garcia,4815 - Tatuapé
São Paulo - SP - Tel: 2942-8094 / 3394-7081
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Hospital Municipal Alípio Correa Neto – Ermelino Matarazzo
Al.Rodrigo de Brum, 1989
São Paulo - SP – Tel: 2545-4652
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Hospital do Servidor Público Municipal – Aclimação
R. Castro Alves , 60 – 4º andar
São Paulo – SP – Tel: 3277-5303
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro P. da Rocha - Campo Limpo
Estrada Itapecerica 1661
São Paulo - SP - Tel: 5812-1379
Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)
Colsan Jundiaí
Rua XV de Novembro 1848
Jundiaí - SP -Tel: (11) 4521-4025
Segunda a sábado das 7h30 às 12h30 (exceto feriado)
Estacionamento: Av. dos Ferroviários, 2100
Colsan Sorocaba
Rua Comendador Pereira Inácio, 564
Sorocaba – SP – Tel: (15) 3224-2930 / 3332-9461
Segunda a sábado das 7h30 às 12h30 (exceto feriado)
Estacionamento no local
Câncer de mama: procedimento evita 70% de biópsias
cirúrgicas
O segundo tipo mais frequente de câncer no mundo, o
câncer de mama, é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos
novos a cada ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Brasil, uma
estimativa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde aponta que o país
deverá ter 576.580 novos casos de câncer em 2014.
Na população mundial, a sobrevida média após cinco
anos é de 61%. Por esse motivo é que a detecção precoce ainda é um fator que
proporciona maiores chances de o tratamento ser bem-sucedido, fazendo com que
as campanhas de prevenção do câncer de mama enfatizem tanto a importância de as
mulheres acima dos 40 anos serem submetidas anualmente ao exame de mamografia.
O aumento de oferta de exames de triagem e o avanço
tecnológico da mamografia e da ultrassonografia provocaram a elevação do
diagnóstico precoce de lesões mamárias, permitindo, assim, que lesões muito
pequenas e que não podiam ser percebidas no autoexame das mamas fossem
visualizadas. Como as lesões visualizadas, quando suspeitas, precisam ser
investigadas porque podem ser benignas ou malignas, houve o aumento da
indicação de biópsia mamária. Com o objetivo de evitar uma cirurgia muitas
vezes desnecessária, já que nem toda mulher que se submete à biópsia possui um
tumor maligno, é que vêm sendo cada vez mais utilizadas as biópsias
percutâneas, como a mamotomia. “É um recurso diagnóstico em que a retirada de
material da área suspeita, a biópsia, é realizada a vácuo por uma sonda
especial, um pouco maior do que uma agulha, o que favorece a coleta de
fragmentos de ótimo tamanho e reduz a chance de resultado subestimado”, explica
a Dra. Fernanda Philadelpho, radiologista mamária do Alta Excelência
Diagnóstica. Orientada pela estereotaxia ou pela ultrassonografia, a mamotomia
é eficiente em biópsias de nódulos de até 10 milímetros, em microcalcificações
ou em distorções arquiteturais focais que se formaram na mama.
Outro procedimento muito utilizado e com custo até
50% menor é a core biópsia, que consiste na retirada de pequenos fragmentos da
área suspeita, sobretudo de nódulos maiores que 10 milímetros, seja por
estereotaxia ou ultrassonografia. A core biópsia é um procedimento realizado
com agulha grossa, acoplada a um dispositivo, também chamada de pistola, que
movimenta a agulha dentro da lesão. O procedimento pode ser repetido quantas
vezes forem necessárias, até que se obtenham quantidades suficientes de tecido
para análise.
A radiologista Dra. Fernanda complementa que, em
relação à biópsia cirúrgica, o procedimento percutâneo, seja a mamotomia, seja
a core biópsia, possui várias vantagens, como ser menos invasivo, não
comprometer a estética mamária e evitar a formação de cicatrizes. A médica
explica que, antes desses procedimentos, a lesão era sempre retirada por
cirurgia. “A paciente permanecia internada por dois ou três dias, era
geralmente submetida à anestesia geral e ainda ficava com uma importante
cicatriz. Esse era o recurso mais utilizado de que os médicos dispunham para
retirar e analisar o material e verificar se o tumor era benigno ou maligno”,
afirma Fernanda. Como em 70% a 80% das biópsias realizadas o resultado era
benigno, as cirurgias, apesar de preventivas, eram desnecessárias. Já a
mamotomia e a core biópsia são procedimentos realizados ambulatorialmente, sem
necessidade de internação. A anestesia é local e deixa uma cicatriz mínima,
depois imperceptível.
Com esses procedimentos, o número de cirurgias
diminuiu drasticamente: somente duas em cada dez mulheres precisam se submeter
à cirurgia após a biópsia. Se o resultado da biópsia for benigno, a paciente
não precisará de intervenção cirúrgica. Se for diagnosticado um tumor maligno,
a precisão do diagnóstico e a identificação do tipo de tumor pela mamotomia
darão ao médico a oportunidade de adotar condutas que podem incluir cirurgia ou
outras formas de tratamento, com dados mais objetivos em mãos. Nesses casos,
mesmo que toda a lesão tenha sido retirada no exame, haverá a necessidade de se
retirar uma quantidade maior de tecido, por meio de cirurgia.
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