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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Pesquisa mostra que cirurgias urológicas caíram pelo menos 50% na pandemia

Na semana da Saúde do Homem, Sociedade Brasileira de Urologia lança campanha on-line de texto, áudio e vídeo para alertar sobre a importância de retomar tratamentos 

 

Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia com seus associados mostra o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde urológica brasileira. Cerca de 90% dos participantes informaram ter tido redução igual ou maior que 50% nas cirurgias eletivas e 54,8% relataram diminuição de pelo menos 50% no número de cirurgias de emergência. 

Esse panorama acendeu o sinal de alerta na entidade de que boa parte dos pacientes com doenças urológicas (como cânceres, hiperplasia de próstata, incontinência urinária entre outros) possam ter postergado o tratamento pelo receio de contraírem a SARS-CoV-2. “No Dia Nacional do Homem, importante realçar o papel do urologista como o profissional mais capacitado para identificar e tratar os agravos da saúde masculina", afirma o presidente da SBU-SP, Dr. Geraldo Eduardo de Faria. 

A entidade lança uma grande campanha de saúde, chamada “Trato Feito”, na semana do Dia do Homem, celebrado quarta, dia 15 de julho. O objetivo da ação é mostrar à população de que, há doenças urológicas que não podem esperar e que quanto antes forem diagnosticadas melhor será o resultado de seu tratamento. Entre elas estão o câncer de próstata, de pênis, de testículo, a hiperplasia benigna da próstata, a incontinência urinaria e a bexiga hiperativa. A campanha on-line conta com vídeos e podcasts com especialistas debatendo diversos temas, um hotsite com vasto material de apoio dentro do Portal da Urologia (www.portaldaurologia.org.br) e conteúdo para as mídias sociais da entidade (@portaldaurologia). 

O cardiologista Claudio Gil, especialista em medicina do esporte, fala sobre a importância do exercício na saúde; o ator Júlio Rocha aborda os desafios e obrigações da paternidade na atualidade; o economista Ricardo Amorim discorre a saúde financeira no período de pandemia; o coach Jaime Jimenes debate sobre como dosar a saúde e a carreira; e um grupo de humoristas falam de forma descontraída sobre os preconceitos com o exame do toque retal. 

Já a UroTV  contará a cada dia desta semana, com vídeos dos departamentos da SBU, que visam alertar para os cuidados com a saúde masculina: o diretor do Departamento de Andrologia, Dr. Fernando Faccio fala sobre disfunção erétil e virilidade; o membro do Departamento de Uro-oncologia Dr. Marcus Sadi aborda o câncer de bexiga; o membro do Departamento de Uro-oncologia Dr. Ubirajara Ferreira conversa sobre o câncer de próstata e testículo; Dr. Wilson Busato fala sobre câncer de pênis; o membro do Departamento de IST's Dr. Júlio Carvalho alerta sobre o risco das infecções sexualmente transmissíveis; o coordenador do Departamento de Hiperplasia Benigna da Próstata, Dr. Ricardo Vita, discorre sobre a HPB; e o diretor do Departamento de Disfunções Miccionais, Dr. Cristiano Gomes, explica sobre a incontinência urinária. 

“Os efeitos da pandemia sobre a saúde do homem ultrapassaram, de longe, os limites da agressividade desta doença por atingir outras áreas de vital importância física, psicológica e social. Particularizando a Urologia, pesquisa da SBU que avaliou o atendimento da especialidade, mostrou alarmantes resultados relativos à diminuição assistencial. Mais da metade dos pacientes que necessitavam tratamento cirúrgico e, o que é mais grave, de emergências, deixaram de ser operados! Os consultórios trabalham parcialmente, é notório que os pacientes têm temor justificável do contágio pessoal e do potencial de transmissão da doença. A expectativa de retorno à normalidade ainda é questionável. A SBU cumpre com todas as forças seu papel de alertar a comunidade sobre o problema e orientar todos sobre as melhores opções nesta fase. Estamos seguros de que vamos vencer!”, ressalta o presidente da SBU, professor Antonio Carlos de Lima Pompeo. 

 

Cuidados essenciais

Assim como as mulheres, os homens devem fazer check-ups anuais. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre eles, seguidas pelos cânceres, sendo o de próstata o mais incidente. “A disfunção erétil é um marcador para a doença coronariana. O calibre da artéria peniana é 1/3 do tamanho da artéria cardíaca, então é obstruída primeiro e todos os urologistas estão orientados para que se o homem procura ajuda para tratar disfunção erétil, deve fazer um check-up cardíaco. Por isso sempre ressaltamos a importância de não se automedicar nessa situação”, explica o secretário-geral da SBU, o urologista Dr. Alfredo Canalini.


Principais problemas

CÂNCER DE PRÓSTATA –
 estimam-se 65.840 casos novos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2020-2022 (Inca). Não apresenta sintomas em estágio inicial, quando suas chances de cura beiram 90%. Sua detecção ocorre por meio de anamnese, exame de toque retal e dosagem do PSA no sangue. Quem estava para realizar exames complementares, como a biópsia, após suspeita levantada pelos exames anteriores, não deve postergá-la.


ISTs - As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por dezenas de vírus e bactérias durante o contato sexual, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. O Ministério da Saúde aponta que o uso do preservativo vem caindo com o passar do tempo, principalmente entre o público jovem. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os dias ocorrem um milhão de novas infecções sexualmente transmissíveis.


CÂNCER DE TESTÍCULO – O tumor de testículo é o câncer mais comum em homens entre os 20 e 40 anos. O fator de risco mais comum é a criptorquia (crianças que nascem sem que o testículo tenha “descido” para dentro da bolsa escrotal). Mais de 95% dos tumores testiculares são curáveis, porém é importante todo homem e todos os pais e mães de crianças do sexo masculino prestarem atenção a um eventual aumento do volume da bolsa escrotal, mesmo que sejam indolores.


CÂNCER DE PÊNIS – Acomete em geral indivíduos com mais de 50 anos de idade e tem como causas: as altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis, principalmente do vírus HPV, a má higiene e a presença de fimose. Pode-se prevenir o câncer de pênis com medidas eficazes: higiene genital, prevenção de ISTs e o tratamento cirúrgico de portadores de fimose.


HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA - Essa alteração apresenta relação direta com o envelhecimento, presença de hormônios sexuais e genética. Cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão HPB. Aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes. Embora tenha alta prevalência, nem todos os portadores de HPB apresentam sintomas clínicos. Entre os sintomas estão: diminuição da frequência urinária, diminuição da força e do calibre do jato urinário, vontade de urinar diversas vezes à noite, entre outros.


INCONTINÊNCIA URINÁRIA – No Brasil, 15% dos homens, acima de 40 anos, apresentam incontinência urinária. A perda involuntária de urina gera ansiedade, depressão, redução na produtividade no trabalho e afastamento do convívio social e da intimidade com o parceiro. O tratamento para a incontinência urinária inclui mudanças comportamentais e de estilo de vida até tratamentos cirúrgicos.


BEXIGA HIPERATIVA - Bexiga Hiperativa é a necessidade urgente de urinar. Essa urgência é de difícil controle e pode estar associada à incontinência urinária (perda involuntária de urina). Quem sofre desse problema costuma acordar à noite para urinar (e o sono é prejudicado). Além disso, é comum necessitar ir ao banheiro para urinar mais de 7 vezes em 24 horas.


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Novembro Azul: cuidados e prevenção do câncer de próstata

Comportamento e estilo de vida estão entre os principais fatores de desenvolvimento do tumor no homem moderno 


re os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, com 65,8 mil novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O médico Gustavo Guimarães, oncologista cirúrgico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “Não espere chegar a ter sintomas do câncer de próstata, pois isso significa que sua doença já está avançada. É preciso agir antes e se prevenir”, diz. 

Os sintomas da doença abrangem a dificuldade para urinar, hesitação e urgência para urinar e, em casos mais extremos, sangue na urina. Mas a maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata é feita numa fase assintomática, devido ao advento do PSA, exame de sangue que mensura a quantidade do antígeno prostático específico e permite um diagnóstico mais precoce. De acordo com o médico, de 20 a 24% dos tumores de próstata não alteram o valor do PSA, o que demanda ainda o exame de toque retal. 

A rotina de consulta com o urologista é recomendada a partir dos 45 a 50 anos para o rastreamento e detecção precoce do câncer de próstata, unindo os exames de PSA e do toque retal. “Dependendo de combinações, podemos indicar outros exames para avaliar melhor a próstata, como a ressonância ou exames de imagem como o ultrassom. Se a suspeita for grande, será solicitada ainda uma biopsia da próstata”, explica o médico.

 

Fatores de risco e tratamento

O desenvolvimento do câncer de próstata tem um fator predisponente para a agregação familiar: ter um parente de primeiro grau acometido pela doença e, em especial, em idade precoce, com menos de 50 anos, aumenta o risco de ter tumores de próstata. A maior parte dos tumores de próstata, entretanto, são adquiridos por meio do comportamento do cidadão no mundo moderno: inatividade física, obesidade e alimentação incorreta. 

Após os exames e confirmado o diagnóstico, há várias formas de tratamento do câncer de próstata. A vigilância ativa é o acompanhamento de perto dos pacientes que têm um tumor pequeno, de baixo risco e uma expectativa de vida mais curta. Atualmente adotada nos principais centros de referência oncológica, a vigilância ativa segue critérios científicos rigorosos com PSA e toque retal de rotina e, dependendo da evolução da doença, é necessária nova biópsia para avaliar a progressão do tumor e iniciar o tratamento ativo. 

Já para os casos nos quais o câncer deve ser tratado de fato, que engloba a maioria dos pacientes acometidos pela doença, há a cirurgia radical da próstata ou a radioterapia. “As duas modalidades são relativamente comparáveis, com nuances de indicação que devem ser debatidas individualmente por cada paciente com o seu médico”, explica Dr. Gustavo. 

De acordo com o oncologista, a cirurgia pode ser feita de maneira aberta, por videolaparoscopia ou ainda pela maneira assistida por robô, a mais moderna e oferecida na BP, que traz como vantagem uma melhor e mais rápida recuperação no pós-operatório. “As cirurgias robóticas garantem tempo menor de hospitalização do paciente, reduzem os riscos de infecção, a dor e o sangramento durante a cirurgia, e os cortes feitos são menores e garantem maior precisão em locais de difícil acesso”, explica.

Já a radioterapia evoluiu muito rápido e atualmente tecnologias conseguem focar no local correto da próstata com a doença, o que faz com que os efeitos colaterais da terapia sejam muito baixos com excelentes resultados.

 


Beneficência Portuguesa de São Paulo 


terça-feira, 14 de julho de 2020

Pesquisa mostra que cirurgias urológicas caíram pelo menos 50% na pandemia


Na semana da Saúde do Homem, Sociedade Brasileira de Urologia lança campanha on-line de texto, áudio e vídeo para alertar sobre a importância de retomar tratamentos


Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia com seus associados mostra o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde urológica brasileira. Cerca de 90% dos participantes informaram ter tido redução igual ou maior que 50% nas cirurgias eletivas e 54,8% relataram diminuição de pelo menos 50% no número de cirurgias de emergência.

Esse panorama acendeu o sinal de alerta na entidade de que boa parte dos pacientes com doenças urológicas (como cânceres, hiperplasia de próstata, incontinência urinária entre outros) possam ter postergado o tratamento pelo receio de contraírem a SARS-CoV-2. “No Dia Nacional do Homem, importante realçar o papel do urologista como o profissional mais capacitado para identificar e tratar os agravos da saúde masculina", afirma o presidente da SBU-SP, Dr. Geraldo Eduardo de Faria.

A entidade lança uma grande campanha de saúde, chamada “Trato Feito”, na semana do Dia do Homem, celebrado quarta, dia 15 de julho. O objetivo da ação é mostrar à população de que, há doenças urológicas que não podem esperar e que quanto antes forem diagnosticadas melhor será o resultado de seu tratamento. Entre elas estão o câncer de próstata, de pênis, de testículo, a hiperplasia benigna da próstata, a incontinência urinaria e a bexiga hiperativa. A campanha on-line conta com vídeos e podcasts com especialistas debatendo diversos temas, um hotsite com vasto material de apoio dentro do Portal da Urologia (www.portaldaurologia.org.br) e conteúdo para as mídias sociais da entidade (@portaldaurologia).

O cardiologista Claudio Gil, especialista em medicina do esporte, fala sobre a importância do exercício na saúde; o ator Júlio Rocha aborda os desafios e obrigações da paternidade na atualidade; o economista Ricardo Amorim discorre a saúde financeira no período de pandemia; o coach Jaime Jimenes debate sobre como dosar a saúde e a carreira; e um grupo de humoristas falam de forma descontraída sobre os preconceitos com o exame do toque retal.

Já a UroTV  contará a cada dia desta semana, com vídeos dos departamentos da SBU, que visam alertar para os cuidados com a saúde masculina: o diretor do Departamento de Andrologia, Dr. Fernando Faccio fala sobre disfunção erétil e virilidade; o membro do Departamento de Uro-oncologia Dr. Marcus Sadi aborda o câncer de bexiga; o membro do Departamento de Uro-oncologia Dr. Ubirajara Ferreira conversa sobre o câncer de próstata e testículo; Dr. Wilson Busato fala sobre câncer de pênis; o membro do Departamento de IST's Dr. Júlio Carvalho alerta sobre o risco das infecções sexualmente transmissíveis; o coordenador do Departamento de Hiperplasia Benigna da Próstata, Dr. Ricardo Vita, discorre sobre a HPB; e o diretor do Departamento de Disfunções Miccionais, Dr. Cristiano Gomes, explica sobre a incontinência urinária.

“Os efeitos da pandemia sobre a saúde do homem ultrapassaram, de longe, os limites da agressividade desta doença por atingir outras áreas de vital importância física, psicológica e social. Particularizando a Urologia, pesquisa da SBU que avaliou o atendimento da especialidade, mostrou alarmantes resultados relativos à diminuição assistencial. Mais da metade dos pacientes que necessitavam tratamento cirúrgico e, o que é mais grave, de emergências, deixaram de ser operados! Os consultórios trabalham parcialmente, é notório que os pacientes têm temor justificável do contágio pessoal e do potencial de transmissão da doença. A expectativa de retorno à normalidade ainda é questionável. A SBU cumpre com todas as forças seu papel de alertar a comunidade sobre o problema e orientar todos sobre as melhores opções nesta fase. Estamos seguros de que vamos vencer!”, ressalta o presidente da SBU, professor Antonio Carlos de Lima Pompeo.


Cuidados essenciais

Assim como as mulheres, os homens devem fazer check-ups anuais. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre eles, seguidas pelos cânceres, sendo o de próstata o mais incidente. “A disfunção erétil é um marcador para a doença coronariana. O calibre da artéria peniana é 1/3 do tamanho da artéria cardíaca, então é obstruída primeiro e todos os urologistas estão orientados para que se o homem procura ajuda para tratar disfunção erétil, deve fazer um check-up cardíaco. Por isso sempre ressaltamos a importância de não se automedicar nessa situação”, explica o secretário-geral da SBU, o urologista Dr. Alfredo Canalini.


Principais problemas

CÂNCER DE PRÓSTATA – estimam-se 65.840 casos novos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2020-2022 (Inca). Não apresenta sintomas em estágio inicial, quando suas chances de cura beiram 90%. Sua detecção ocorre por meio de anamnese, exame de toque retal e dosagem do PSA no sangue. Quem estava para realizar exames complementares, como a biópsia, após suspeita levantada pelos exames anteriores, não deve postergá-la.


ISTs - As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por dezenas de vírus e bactérias durante o contato sexual, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. O Ministério da Saúde aponta que o uso do preservativo vem caindo com o passar do tempo, principalmente entre o público jovem. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os dias ocorrem um milhão de novas infecções sexualmente transmissíveis.


CÂNCER DE TESTÍCULO – O tumor de testículo é o câncer mais comum em homens entre os 20 e 40 anos. O fator de risco mais comum é a criptorquia (crianças que nascem sem que o testículo tenha “descido” para dentro da bolsa escrotal). Mais de 95% dos tumores testiculares são curáveis, porém é importante todo homem e todos os pais e mães de crianças do sexo masculino prestarem atenção a um eventual aumento do volume da bolsa escrotal, mesmo que sejam indolores.


CÂNCER DE PÊNIS – Acomete em geral indivíduos com mais de 50 anos de idade e tem como causas: as altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis, principalmente do vírus HPV, a má higiene e a presença de fimose. Pode-se prevenir o câncer de pênis com medidas eficazes: higiene genital, prevenção de ISTs e o tratamento cirúrgico de portadores de fimose.


HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA - Essa alteração apresenta relação direta com o envelhecimento, presença de hormônios sexuais e genética. Cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão HPB. Aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes. Embora tenha alta prevalência, nem todos os portadores de HPB apresentam sintomas clínicos. Entre os sintomas estão: diminuição da frequência urinária, diminuição da força e do calibre do jato urinário, vontade de urinar diversas vezes à noite, entre outros.


INCONTINÊNCIA URINÁRIA – No Brasil, 15% dos homens, acima de 40 anos, apresentam incontinência urinária. A perda involuntária de urina gera ansiedade, depressão, redução na produtividade no trabalho e afastamento do convívio social e da intimidade com o parceiro. O tratamento para a incontinência urinária inclui mudanças comportamentais e de estilo de vida até tratamentos cirúrgicos.


BEXIGA HIPERATIVA - Bexiga Hiperativa é a necessidade urgente de urinar. Essa urgência é de difícil controle e pode estar associada à incontinência urinária (perda involuntária de urina). Quem sofre desse problema costuma acordar à noite para urinar (e o sono é prejudicado). Além disso, é comum necessitar ir ao banheiro para urinar mais de 7 vezes em 24 horas.


segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Novembro Azul: novos medicamentos aumentam a sobrevivência de pacientes com câncer de próstata metastático


 Mês promove a conscientização para a prevenção de diversas doenças masculinas, saiba como se cuidar

O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. Entretanto, o Novembro Azul deste ano, campanha mundial de combate a essa e outras doenças, conta com novidades. Dois estudos, ENZAMET e TITAN, divulgados em 2019, indicam que o uso dos medicamentos Enzalutamida e Apalutamida, associados ao análogo do GnRH, podem melhorar a sobrevida do paciente.

O combate mais comum do câncer de próstata metastático virgem de tratamento, que é denominado de hormônio sensível, é a castração da testosterona, que pode ser obtida através de cirurgia para retirada dos testículos ou com drogas que agem no eixo hipotálamo-hipofisário, mais conhecidos como os análogos ou os antagonistas do GnRH.

As novidades em termos de tratamento começaram há cerca de 3 anos. O estudo CHAARTED, no fim de 2015, associou quimioterapia do docetaxel ao tratamento padrão com análogo e também revelou ganho de sobrevida em pacientes com câncer de próstata metastático de grande volume.

O ano passado, um outro estudo, o LATITUDE, mostrou que o emprego de abiraterona, uma droga oral que reduz o nível de androgênios provenientes da supra renal, quando associada ao análogo, também promovia uma melhora da sobrevida desses pacientes.

A preocupação fica por conta do do alto custo desses tratamentos, como afirma o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado. “O impacto no custo do tratamento para o paciente ou para a saúde pública é preocupante, uma vez que as novas drogas podem aumentar o curso mensal em R$ 10 mil e durar por muitos anos enquanto houver boa resposta clínica”, explica. 

Para reforçar a campanha do Novembro Azul no combate a doenças masculinas, em especial o câncer de próstata, Dr. Marcos responde aos principais mitos e verdades sobre o tema:


1) Câncer de próstata não tem cura?

Mito. A maioria dos pacientes com este tipo de tumor pode ser curado ou ter uma sobrevida bastante longa. De acordo com o especialista, existem três fatores importantes que definem o prognóstico do paciente:

- O estágio da doença, ou seja, se ela está localizada no órgão ou se já se espalhou pelo corpo.

- O escore de Gleason, uma nota dada ao tumor pelo médico que examina microscopicamente a amostra da biópsia.

- Valor do PSA, que são moléculas produzidas pelas células da glândula prostática. O médico deve medir a concentração dessa partícula no sangue, para detectar câncer de próstata e até mesmo outras doenças.

Quando a doença está localizada no órgão e tem outros fatores de bom prognóstico, a chance de cura se aproxima de 90%, enquanto que uma doença que já se apresenta nos ossos, por ocasião do diagnóstico, tem menos de 5% de cura.


2) O câncer de próstata inicial não apresenta sintomas?

Verdade. O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma no início, o que torna a doença muito perigosa. O paciente deve sempre realizar a avaliação preventiva com exame de sangue PSA e exame de toque retal. Apenas em um estágio mais avançado pode causar sintomas de compressão da uretra, sangramento na urina e dor nos ossos.


3) O câncer de próstata não atinge homens mais jovens?

Mito. O tumor pode atingir homens de todas as idades, embora, os que têm idade acima de 50 anos, são os mais propensos. No entanto, homens acima de 40 anos já podem iniciar a prevenção com a medição do PSA no sangue.

“Em homens mais jovens saudáveis ou com boa expectativa de vida tendemos a oferecer terapia com intenção de cura, como a cirurgia e a radioterapia. Por outro lado, idosos acima de 70 anos com múltiplas comorbidades nós tendemos a tratamentos que prolongam a vida, melhoram a qualidade de vida, mas podem não curar a doença”, explica o Dr. Marcos Tobias.


4) Exame de sangue não identifica se há tumor na próstata?

Verdade. O único exame capaz de identificar o tumor é a biópsia da próstata, por isso, a importância de conscientizar os homens da importância de realizar os exames.  Dr. Marcos Tobias conta que é necessário fazer a ressonância magnética, tomografia e cintilografia dos ossos, para entender a extensão da doença, caso o tumor seja identificado.

“A partir destes dados, associados ao treinamento dos profissionais envolvidos, da tecnologia disponível, da avaliação do estado global de saúde e da preferência do cirurgião, o paciente é informado sobre as opções e ajuda na tomada de decisão final sobre o tratamento elegido”, detalha.


5) Não tenho histórico familiar, não preciso fazer os exames.

Mito. Todo homem pode sofrer com o câncer de próstata. Evidentemente, homens que têm histórico na família precisam ficar sempre em alerta, mas todos, sem nenhuma exceção, devem fazer o exame uma vez por ano, principalmente a partir dos 45 anos para homens com histórico familiar ou negros, pois eles tendem a desenvolver o câncer precocemente.

Para os demais, o exame é recomendado a partir dos 50 anos. Em casos especiais, o urologista pode solicitar que o paciente retorne em menos tempo para fazer o acompanhamento.


6) Se diagnosticado terei de retirar a próstata por completo?

Mito. Antes de qualquer conduta médica, saiba que existem basicamente 5 modalidades de tratamento, sendo elas:

1-Cirurgia radical: No Brasil, esse é o principal tratamento utilizado. De todos é o que oferece melhor resultado em longo prazo;

2- Radioterapia: Pode ser externa ou com imitante cirúrgico de sementes radioativas;

3- Observação: Indicada para pacientes com tumor de baixa agressividade ou em pacientes muito idosos com comorbidades;

4- Ablação com fontes de energia (HIFU ou crioterapia): São opções com intenção de reduzir a invasividade dos outros tratamentos. A desvantagem é que são opções relativamente novas e não temos ainda os resultados em longo prazo com essas modalidades.

5- Tratamento medicamentoso: pode ser realizado com drogas que causam bloqueio hormonal ou com quimioterápicos. O uso das diferentes drogas e o tempo de administração dependem de cada caso.


7) O câncer de próstata é tabu entre os homens?

Verdade. Este assunto ainda é um tabu para os homens, que normalmente se ocupam com o trabalho e não vão ao médico para prevenção. Outro fator negativo é o receio do exame de toque retal, o que com o passar dos anos e com uma boa explicação normalmente não tem sido um obstáculo à prevenção. Todo o esforço deve ser concentrado em trazer o homem para o consultório.


8) Os tratamentos para o câncer de próstata evoluíram muito nos últimos anos.

Verdade. Do ponto de vista da cirurgia, a plataforma Robótica é a maior inovação, permitindo redução da morbidade do tratamento com excelentes resultados na cura do câncer. Os aparelhos de radioterapia também evoluíram muito, sendo o tratamento planejado por tomografia, em que é possível aplicar maior energia no local da doença e da redução da dose em pontos críticos que causariam morbidade.

O arsenal de medicações utilizadas também melhorou muito nos últimos anos, tanto em drogas injetáveis como em medicações orais de alta eficiência.  Todos esses fatos favoreceram um significativo aumento na sobrevida com melhora na qualidade de vida dos pacientes com CaP.





Dr. Marcos Tobias Machado  Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, tendo destaque para residência médica no Hospital das Clínicas da USP, fellowship em uro-oncologia na Universidade de Miami, especialização em laparoscopia e robótica no H.Henri Mondor em Paris, desenvolvendo cirurgias minimamente invasivas mais complexas, além de atualmente ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais  da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul. Recentemente, foi palestrante do 8º Congresso do Centro de Oncologia da Universidade de Mansoura, no Egito.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Câncer de próstata pode atingir 68 mil brasileiros e cerca de 2 milhões de homens podem ter HBP em 2018; conheça a condição


 Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) atinge cerca de 14 milhões de brasileiros, considerada a doença mais comum da próstata e merece atenção; existem modernos tratamentos disponíveis no país


Até o final deste ano, o câncer de próstata - segundo tipo mais comum entre os homens - deve atingir 68 mil brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já a Hiperplasia Benigna da próstata (HBP) - doença mais comum do órgão que não tem relação com o câncer - pode atingir cerca de 2 milhões de homens anualmente no Brasil, de acordo com informações do Hospital Israelita A. Einstein. Nesse sentido, a campanha do Novembro Azul alerta a sociedade sobre a importância da prevenção e do tratamento das doenças masculinas.

De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Datafolha, muitos homens não vão ao urologista por preconceito. Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados alegaram não ir ao médico por machismo, pois 21% deles acham que o exame “não é coisa de homem”. Dentro do grupo de risco (homens acima de 60 anos), 38% não consideram relevante fazer o exame preventivo. Já entre os homens de 50 a 59 anos, 35% nunca fizeram o exame de toque retal.

“Como o câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma característico, muitos pacientes descobrem que têm a doença quando o tumor já está em estágio avançado. É importante que o homem se informe sobre os benefícios do exame para que não deixe o preconceito ou o medo prejudicar a prevenção e o diagnóstico do câncer”, explica  Fernando Leão, urologista e cirurgião robótico.



Prevenção

Os exames de toque retal e o PSA - marcador dosado no sangue que ajuda a avaliar se há alguma alteração na próstata - são as principais maneiras de se rastrear o câncer de próstata. Fernando Leão afirma que, além da prevenção, quanto mais cedo o diagnóstico da doença for feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

“A recomendação é que os homens comecem a frequentar o urologista aos 50 anos, uma vez por ano. Caso tenham histórico de parentes com câncer ou sejam negros - grupo que, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bristol, tem três vezes mais riscos de apresentar a condição -, o ideal é começar a se consultar aos 45 anos”, finaliza o especialista.



Evolução no tratamento

O tratamento cirúrgico para o Câncer de Próstata consiste na retirada total do órgão. Existem três formas para a realização da prostatectomia: cirurgia convencional aberta, ou por laparoscopia, ou com o uso de um robô (método mais avançado).

Sobre a cirurgia robótica, o médico afirma: "Foi um grande avanço para o tratamento cirúrgico do câncer de próstata, promovendo redução dos efeitos colaterais como disfunção erétil, incontinência urinária, infecção cirúrgica e transfusão sanguínea". A técnica reduz, ainda, o tempo de internação hospitalar e o tempo de uso de sonda na bexiga no pós-operatório. No entanto, o médico alerta que a chance de cura está diretamente ligada ao momento em que foi feito o diagnóstico.


A doença mais comum da próstata não é o câncer. Conheça a Hiperplasia Benigna de Próstata (HPB)

A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) atinge cerca de 80% dos homens com mais de 50 anos (aproximadamente 14 milhões de brasileiros) e é responsável pela perda da qualidade de vida em homens acima dos 60 anos. Apesar de ser uma doença benigna, a HBP pode causar transtornos no padrão miccional, com sintomas como jato urinário fraco, ardência para urinar, esvaziamento vesical incompleto, sangue na urina, incontinência urinária e até mesmo retenção urinária.

Atualmente, é possível tratar a doença de forma minimamente invasiva, utilizando terapia com laser verde para diminuir o tamanho da próstata. O procedimento de Fotovaporização Seletiva da Próstata (PVP) é mais efetivo e apresenta menos sangramento e riscos ao paciente, reduzindo o tempo de recuperação e internação quando comparado à cirurgia tradicional. “Com o laser verde conseguimos operar pacientes de altíssimo risco Cardiológico e pacientes anticoagulados com a máxima segurança.



segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Prevenção do câncer de próstata é foco no Novembro Azul





No Brasil mais de 61 mil homens são diagnosticados com a doença por ano. Principal forma de prevenção é a identificação precoce do tumor

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No Brasil, anualmente, mais de 61 mil pacientes são diagnosticados com a doença. Com objetivo de alertar a população sobre a importância de prevenir e diagnosticar precocemente este tipo de câncer, começa nesta terça-feira (1) o Novembro Azul.

A ação foi desenvolvida em 2003, na Austrália, durante o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, em 17 de novembro. Este é o mês em que entidades médicas se reúnem para promover a prevenção do câncer de próstata.

“A campanha do Novembro Azul tem o papel crucial de informar a população sobre o que é o câncer de próstata e incentivar os homens a irem ao urologista para prevenir esta doença”, enfatiza o urologista Rafael Buta, do Instituto Aliança Oncologia.

A próstata é uma glândula que fica localizada próximo à bexiga, e é responsável pela produção de parte do líquido seminal. O câncer de próstata acontece quando as células dessa glândula se reproduzem de forma anormal e descontrolada, levando ao crescimento de um tumor no local.

A principal forma de prevenção é a detecção precoce da doença. “Infelizmente, hoje em dia dois em cada dez pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em fases mais avançadas da doença, em que as chances de tratamento curativo são menores”, ressalta Rafael.

A indicação médica é que a partir dos 50 anos de idade o homem consulte o urologista com maior frequência para avaliação individualizada. " É por meio da avaliação inicial que definimos a periodicidade de realização dos exames", explica o urologista.

Caso o paciente seja negro ou tenha parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata, a avaliação deve ser iniciada aos 45 anos.

Os exames iniciais para detecção do câncer de próstata são as dosagens do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame de toque da próstata. O PSA é uma proteína produzida naturalmente pela próstata e detectada em doses baixas na corrente sanguínea. Quando a próstata sofre algum dano, seja ele decorrente de inflamação, infecção, crescimento benigno ou surgimento de câncer, o PSA é detectado em valores mais altos no sangue.
Através do exame físico, o médico é capaz de palpar a glândula, determinar sua forma dimensão e verificar se existem áreas endurecidas que possam ser suspeitas de malignidade.

Caso o PSA e o exame físico estejam alterados, o urologista solicita uma biópsia da próstata. Nesse procedimento são retirados fragmentos da glândula que, posteriormente, são analisados. Somente após estes procedimentos é possível confirmar ou descartar o diagnóstico de câncer de próstata.

O tratamento da doença é determinado de acordo com o caso de cada paciente. As principais formar de tratar o câncer de próstata são: acompanhamento clínico, em casos de doença de baixo risco, com crescimento lento; operação para retirada de toda a próstata; radioterapia, como alternativa à operação em alguns pacientes; tratamento com hormônios; e quimioterapia - em casos mais avançados.


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