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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Check-up anual ajuda no diagnóstico precoce de doenças graves, alerta especialista

freepik
Claudia E. F. Bis Furlan, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, orienta a importância do acompanhamento médico regular  

 

Embora seja essencial para identificar doenças precocemente, o hábito do "check-up anual" ainda não está enraizado na cultura brasileira. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a julho de 2021, cerca de 70,6 milhões de brasileiros não se submetem ao "check-up" anualmente, uma prática que envolve uma série de testes e exames para avaliar a saúde e detectar possíveis problemas de forma antecipada. 

Claudia E. F. Bis Furlan, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto, ressalta que a prática de consultas médicas regulares é fundamental para detectar doenças em estágios iniciais, o que aumenta as possibilidades de tratamentos menos complexos. 

Independentemente de idade, sexo ou condições físicas, é necessário reservar um tempo para atualizar os exames. “O 'check-up' é essencial para qualquer pessoa. Muito mais do que viver, as pessoas querem viver bem e com saúde. Os exames de rotina que prescrevemos são exatamente para entender e avaliar cada paciente, seus fatores de risco, histórico familiar e como podemos seguir cada acompanhamento clínico”, explica Claudia.

Portanto, fazer uma avaliação médica detalhada é uma das etapas que contribuem para atestar que a saúde esteja em dia e o momento oportuno para tomar providências em caso de descoberta de enfermidades. A prevenção de doenças e a descoberta delas em estados precoces, garantem melhor qualidade de vida.

Especialistas orientam que o ideal é ir às consultas uma vez por ano, mas essa média pode variar a depender das condições clínicas de cada paciente. Caso a pessoa apresente alguma patologia como hipertensão, diabetes, taxas elevadas do colesterol, entre outros, esse período pode ser mais curto.
 

Furlan alerta para o benefício da realização regular de exames na prevenção de várias doenças, o que resulta em uma abordagem mais precisa por parte dos médicos. “Em muitas situações, identificar rapidamente uma anomalia pode significar uma cura eficaz ou um tratamento mais ágil.”

No caso das mulheres, o acompanhamento ginecológico não pode ser negligenciado. Isso porque podem ser acometidas por infecções identificadas em avaliações específicas. 

“A medicina sempre tem as suas especificidades. No caso das mulheres, o especialista, além dos tipos mais gerais de exames, precisa também fazer um monitoramento do aparelho reprodutivo. Só desta forma conseguimos constatar com brevidade os casos de miomas, tumores, alterações intestinais e câncer de mama, por exemplo”, orienta a professora. 

Os homens também devem realizar procedimentos peculiares. “Principalmente a partir dos 40 anos, os homens, que culturalmente vão ao consultório com menos frequência, precisam realizar dois testes: o toque retal, feito pelo urologista e a dosagem de PSA, um exame de sangue que pode apontar alguma alteração na próstata”, conclui Claudia. 

Abaixo, a coordenadora cita os tipos mais comuns de exames prescritos durante uma consulta de rotina:


Exames laboratoriais com amostras de sangue, fezes e urina;

Avaliação psicológica;

Monitoramento de vacinas

Exames cardiológicos;

Exames respiratórios;

Exames oftalmológicos;

Exames de imagem para áreas diversas;

Exames de mama e colo de útero;

Exames urológicos.

 


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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

HPB ou câncer de próstata?

 Urologista explica como saber a diferença entre as duas doenças

 

Com temas relacionados à saúde masculina ganhando destaque, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e o câncer de próstata emergem como temas cruciais. No cenário urológico, diferenciar entre essas condições torna-se vital, e é aqui que o Antígeno Prostático Específico (PSA) desempenha um papel crucial no diagnóstico. 

Para explicar melhor, o urologista Dr. Roberto José Colombo, a Hiperplasia Prostática Benigna, ou HPB, é uma condição urológica comum que afeta a próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. “Por isso é fundamental entender a importância dos seus sintomas e buscar orientação médica especializada para um diagnóstico preciso”, afirma. 

O médico reforça que para distinguir HPB e câncer de próstata é necessário estar atento aos sintomas, realizar exames de sangue, toque retal e biópsia como ferramentas essenciais. O aumento do PSA pode indicar ambas as condições, mas níveis mais elevados estão frequentemente associados ao câncer. 

“Exploramos os principais métodos diagnósticos, como o exame de toque retal, a dosagem do PSA e exames de imagem. A combinação dessas abordagens é muitas vezes necessária para um diagnóstico preciso da HPB”, explica o especialista. 

Alguns fatores como idade, histórico familiar, hormônios masculinos, etnia, estilo de vida e doenças crônicas podem influenciar o desenvolvimento da HPB, por isso, compreender esses fatores é importante para a prevenção e o manejo da condição.

Para finalizar, o médico explica que embora ambas as condições afetem a próstata, a HPB envolve um crescimento não canceroso, não aumentando o risco de câncer de próstata. “Manter a frequência nas consultas médicas e entrar em contato sempre que surgir alguns dos sintomas é crucial para o diagnóstico precoce e tratamento adequado”.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Preconceitos ainda são barreira para a realização do exame de toque retal em homens

Procedimento é crucial para um prognóstico melhor e uma maior qualidade de vida

 

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum para os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma, e é o que mais mata essa população. A estimativa é de que ocorram 71.730 novos casos deste tipo de câncer por ano para o triênio 2023-2025 no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Exames, como o toque retal, são fundamentais para a prevenção e o tratamento precoce da doença, no entanto o procedimento desperta medo em um a cada sete homens, segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

Muitos homens ainda se sentem resistentes, constrangidos, com vergonha, medo ou falta de informação em relação ao procedimento. “Apesar disso, o toque retal é um exame simples, indolor, rápido e eficiente para detecção de problemas na região da próstata, sendo essencial para diagnosticar o câncer de próstata e outras condições”, explica o urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Adriano Pinto. 

O exame de toque retal ainda é cercado por mitos e preconceitos:

·  O exame faz com que o homem perca a masculinidade.

É mito. Muitos homens acreditam que o exame irá prejudicar sua masculinidade e que se tornarão “menos másculos”, mais fracos e, inclusive, que perderão a libido. Todos argumentos sem fundamento científico.

·  É doloroso.

Mito. Alguns homens receiam sentir dor durante o exame, o que contribui para a recusa em fazê-lo. É importante ressaltar que o exame de toque retal é um procedimento simples, indolor, rápido e eficiente para detecção de problemas na próstata, sendo essencial para diagnosticar o câncer de próstata e outras condições.

·  É preciso ficar em posição ginecológica para o exame de toque.

Não é verdade. O exame de toque pode ser realizado com o paciente deitado de lado em uma maca, em pé, quando o profissional solicita que o paciente faça uma leve flexão do abdômen ou deitado normalmente com uma ou as duas pernas fletidas. O mais importante é que não haja resistência ao toque porque isto sim causa desconforto. Você estará se opondo a ele.

·  Pode ser substituído pelo PSA.

Também é inverídico. O exame PSA e o exame de toque retal são complementares e utilizados conforme a indicação do urologista. O toque traz ao médico a consistência da próstata e, portanto, mostra onde existem nódulos (caroços). Nenhum exame de sangue consegue substituir o tato!

·  Somente idosos precisam fazer.

Mito. O exame de toque retal é indicado a todos os homens acima de 50 anos e para aqueles com histórico familiar da doença a partir dos 40 anos. A SBU recomenda também que homens negros e obesos façam o exame do toque retal a partir dos 45 anos.

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

·  Dificuldade de urinar;

·  Demora em começar e terminar de urinar;

·  Sangue na urina;

·  Diminuição do jato de urina;

·  Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata como a hiperplasia da próstata, que é o aumento benigno da mesma, e afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos. Outra doença dessa região é a prostatite, uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.

A SBU alerta que no país um em cada 10 homens terá câncer de próstata e que quando são identificados sintomas, 95% dos casos já estão em estágio avançado. O especialista do São Camilo destaca ainda a importância dos homens adotarem uma rotina de observar o estado e as reações do próprio corpo para cuidar da saúde em tempo, além de visitar regularmente o médico. 

“A realização do exame de toque é crucial para um prognóstico melhor e uma maior qualidade de vida, uma vez que a detecção precoce do câncer de próstata apresenta um prognóstico muito melhor de cura e qualidade de vida”, afirma o urologista.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Novembro Azul: Mudanças no sistema urinário acendem alerta para o câncer de próstata, diz urologista da Hapvida NotreDame Intermédica

Com atuação no Rio Grande do Sul, especialista destaca principais sintomas e medidas de prevenção

 

No mês mundialmente dedicado ao combate ao câncer de próstata, a campanha Novembro Azul reforça a importância de saber identificar os sintomas, as formas de prevenção e as causas da neoplasia. Buscar informação é fundamental para melhorar a qualidade da saúde do homem. 

Para o urologista da Hapvida NotreDame Intermédica atuante no Rio Grande do Sul, Luis Fernando Castro, a data desempenha um papel crucial ao conscientizar os homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. 

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais incidente na população masculina em todas as regiões do Brasil. A estimativa é de mais de 70 mil novos casos por ano até 2025, sendo a segunda causa de óbito por câncer na população masculina. No Rio Grande do Sul, aproximadamente 3,5 mil homens devem ser diagnosticados com a doença até o fim do ano, sendo o Ministério da Saúde. 

Para estimular a qualidade de vida dos gaúchos, Castro compartilha dicas importantes. “Sempre informo aos meus pacientes que a prevenção é mais eficaz do que a intervenção tardia”, afirma. As medidas que podem ser adotadas para prevenir o câncer de próstata incluem a manutenção de uma rotina de atividade física, alimentação saudável, cessação do tabagismo, além da realização de exames periódicos. “A prevenção, portanto, é uma questão de escolhas conscientes”, ressalta. 

Além da busca por hábitos mais saudáveis, a realização anual de exames a partir dos 50 anos é imprescindível, tendo em vista que, na maior parte dos casos, o câncer de próstata é assintomático em fases iniciais. “Isso significa que, mesmo na ausência de sintomas evidentes, a realização de exames preventivos, como o PSA e o toque retal, é fundamental para detectar precocemente possíveis alterações”, elucida. Caso haja histórico familiar da doença, é recomendada a realização do exame anual a partir dos 45 anos.

 

Dúvidas comuns no consultório

Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, Luis Fernando recebe diversas dúvidas sobre o câncer de próstata no consultório. As mais comuns estão relacionadas aos sintomas urinários. O urologista explica que, em geral, pequenas variações podem ocorrer com o envelhecimento, mas qualquer mudança significativa, como dificuldade persistente para urinar ou alterações no padrão urinário, deve ser discutida com um profissional de saúde. “É importante estar atento à necessidade frequente de urinar, fluxo urinário fraco e presença de sangue na urina ou no sêmen”. 

Outro tema frequente trazido por pacientes é a apreensão acerca do exame de toque. “Reforço sempre que a brevidade do procedimento é inversamente proporcional à sua importância na detecção precoce”, afirma o urologista. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e melhora a qualidade de vida. “Portanto, a atenção à prevenção e à detecção precoce é vital”, ressalta. 

Para os pacientes diagnosticados, Luis destaca a importância da mentalidade positiva e da aderência às orientações médicas: “A jornada pode ser desafiadora, mas é possível enfrentá-la com determinação”, finaliza.

 

Hapvida NotreDame Intermédica


sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Novembro Azul: 3 tendências no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata

 Segundo Dr. Filipe Madeira, médico urologista parceiro da Docway, a ressonância magnética multiparamétrica e os testes genéticos são o futuro da detecção de tumores malignos de maneira precoce 


Por muitos anos, o exame de toque retal foi considerado um método padrão e amplamente indicado para a detecção de câncer de próstata. No entanto, descobertas recentes apresentadas no Congresso Anual da Associação Europeia de Urologia em Milão lançam dúvidas sobre a precisão desse procedimento como uma ferramenta confiável de triagem, especialmente para identificar casos em estágios iniciais da doença.

O estudo, conduzido pelo Centro Alemão de Pesquisa do Câncer em Heidelberg, aponta para mudanças sutis no tecido prostático, que podem ser muito pequenas para serem detectadas com um dedo. Diante dessas descobertas, as abordagens tradicionais estão sendo questionadas, e novas tendências no diagnóstico do câncer de próstata em fase inicial estão emergindo.

"Os avanços na compreensão do câncer de próstata estão redefinindo a forma como abordamos o diagnóstico. A descoberta de que o toque retal pode não ser tão preciso quanto pensávamos levanta questões importantes sobre a eficácia das práticas tradicionais. Estamos agora adotando uma abordagem mais holística, incorporando técnicas de imagem avançadas e análises genéticas para proporcionar diagnósticos mais precisos e personalizados. Essa evolução é fundamental para garantir opções de tratamento mais eficazes e minimamente invasivas, promovendo uma abordagem verdadeiramente centrada no paciente", aponta Dr. Filipe Madeira, médico urologista parceiro da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital. 

Confira abaixo 3 tendências no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata:


1. Técnicas avançadas de imagem

A ressonância magnética multiparamétrica emerge como uma ferramenta capaz de proporcionara uma visualização detalhada e precisa do tecido prostático. “Essa abordagem inovadora supera as limitações do toque retal, permitindo uma identificação mais acurada de lesões suspeitas”, destaca o médico urologista. A precisão dessas técnicas não apenas aprimora a detecção precoce, como também fornece informações cruciais para a elaboração de planos de tratamento personalizados.


2. Testes genéticos e marcadores moleculares

No cenário da medicina personalizada, essas ferramentas oferecem uma compreensão mais profunda das características genéticas da doença, permitindo uma abordagem mais precisa e personalizada no planejamento do tratamento. “Ao identificar subtipos específicos, é possível ajustar estratégias terapêuticas ao paciente com base nas suas características genéticas individuais, promovendo uma gestão mais eficaz da doença”, explica.


3. Abordagens cirúrgicas e terapêuticas menos invasivas

Oferecendo procedimentos menos invasivos e recuperação mais rápida, a cirurgia robótica proporciona precisão cirúrgica com dano mínimo aos tecidos circundantes. Terapias de feixe de prótons também ganham destaque, maximizando a eficácia do tratamento. Avanços em braquiterapia, inserindo fontes radioativas diretamente na próstata, complementam essas tendências, promovendo abordagens terapêuticas mais eficazes e centradas no bem-estar do paciente. 

Entretanto, o médico urologista ressalta que, apesar dos avanços nas técnicas de diagnóstico, é crucial reconhecer que nem todos os pacientes têm acesso imediato a essas inovações. “A mensagem central para os homens durante este mês é a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Não deixem de realizar consultas periódicas com o urologista, especialmente se tiverem fatores de risco. A detecção precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. Lembrem-se de que cuidar da saúde é um ato de responsabilidade consigo mesmos e com aqueles que amam”, complementa Dr. Filipe Madeira.

  

Docway


sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Cerca de 2/3 dos brasileiros com mais de 40 anos não realizam o toque retal

Urologista de Santos ajuda a desmistificar o exame


O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, uma iniciativa que visa conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer da próstata.

 

Dados alarmantes revelam que os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. O Novembro Azul alerta adicionalmente sobre as principais ameaças à saúde masculina, que vão além do câncer da próstata.

 

Doenças cardiovasculares, incluindo AVC (Acidente Vascular Cerebral) e Infarto Agudo do Miocárdio, são as principais causas de morte entre homens. Medidas preventivas como alimentação saudável e exercícios podem reduzir os riscos. Câncer, como o de pulmão, da próstata e do intestino, também representa uma ameaça à saúde masculina e a sua prevenção é essencial na redução da mortalidade.

 

No Brasil, cerca de 2/3 dos homens com mais de 40 anos não realizam o toque retal, um exame fundamental para a detecção precoce de doenças na próstata. Aproximadamente metade dos homens nunca realizou o PSA, o exame de sangue que mudou a história natural do câncer da próstata.

 

Mas por que os homens evitam o exame de próstata? Os principais motivos são o desleixo nos cuidados com a saúde, preconceito pela via de acesso do exame, receio de sentir dor ou desconforto e falta de acesso ao especialista.

 

O médico urologista Heleno Diegues Paes ajuda a desmistificar o toque retal, indicando que é um exame simples, rápido e indolor, que pode salvar vidas ao identificar precocemente problemas na próstata. “Por isso a importância do exame de rastreamento do câncer de próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e no exame físico da próstata (palpação) por um profissional experiente (urologista)”.

 

O câncer de próstata é a forma mais comum de câncer não-cutâneo em homens e a segunda principal causa de morte por câncer. A cada 8 minutos, um novo caso é diagnosticado no Brasil, e a cada 40 minutos, um homem morre devido a essa doença.

 

As principais causas são o envelhecimento, fatores hereditários, etnia, fatores hormonais, infecções, dieta, obesidade e exposição inadequada ao sol, que também pode aumentar o risco.

 

Na fase inicial, a doença geralmente não apresenta sintomas. Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem dificuldade e necessidade frequente de urinar, especialmente à noite. “Outros sintomas que podemos citar são dores ósseas, emagrecimento, diminuição do jato urinário, sangramento no esperma”, diz Heleno.

 

Embora a prevenção primária, ou seja, vacinas ou remédios para evitar a doença, não seja possível, adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e atividade física, pode reduzir o risco. A prevenção secundária, que é a detecção precoce, envolve avaliações regulares com um urologista, incluindo os exames de toque retal e PSA.

 

Se os resultados do toque retal ou do PSA estiverem alterados, o urologista pode solicitar exames adicionais, como PSA confirmatório, ressonância magnética e biópsia de próstata.

 

Em relação ao tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos estágios iniciais, a doença pode ser tratada com a cirurgia (prostatectomia radical), com radioterapia/braquiterapia e com a vigilância ativa. Nos estágios mais avançados, são usadas a terapia de deprivação androgênica e a quimioterapia.“E como inovações temos a cirurgia assistida por robô, as técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, os aparelhos de radioterapia tridimensional, além do surgimento de novos remédios”, diz o urologista.

 

Como é uma preocupação de muitos homens, o médico destaca que todos os tratamentos afetam a sexualidade de alguma forma, a exceção da vigilância ativa.

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997. Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.


quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Novembro azul: 1 em cada 7 homens pode desenvolver câncer de próstata

A neoplasia de próstata é o tumor sólido (não cutâneo) mais diagnosticado no país. Estes números alertam para importância da prevenção e diagnóstico precoce do tumor.

 

No mês de novembro, a campanha de alerta para a saúde do homem e a prevenção ao câncer de próstata ganham visibilidade com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), que espera mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2023.

Segundo o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas, Dr. Murilo Andrade (CRM: 116423 / RQE: 33267), um em cada sete homens pode desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns fatores de risco mais comuns são relacionados ao envelhecimento, fatores hereditários, principalmente homens com parentes do lado paterno que tiveram câncer de próstata, obesidade, entre outros. Ele alerta que, nas fases iniciais, o câncer não apresenta nenhum sintoma, como dificuldade para urinar ou sangramento na urina e, por isso, a importância do rastreamento clínico.

“Quanto mais precocemente for detectado o tumor, maiores são as chances de cura. Então é importante fazer a avaliação periódica com o urologista, fazendo-se o exame de toque retal e o de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é o exame sanguíneo que dosa essa proteína no sangue. Fazendo esses dois exames de rastreamento, que são complementares, a taxa de detecção dos tumores é alta, melhorando a precisão e qualidade do tratamento”, explica.

Havendo suspeita de câncer de próstata, seja pelo PSA elevado ou por uma alteração no exame de toque retal, o urologista pode fazer uma confirmação com um novo exame de PSA ou exames de imagem, através da ressonância magnética. Caso haja uma forte suspeita, o paciente deverá realizar uma biópsia de próstata. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de próstata pela biópsia, é feito um estadiamento, ou seja, uma avaliação do estágio clínico do tumor.

Os estágios clínicos podem ser tumores de baixo risco, risco moderado e alto risco. Com base nessa avaliação, serão propostas algumas modalidades de tratamento. Para casos de baixo ou muito baixo risco, onde o tumor pode levar anos para se tornar biologicamente agressivo, o paciente, caso concorde, pode passar pela vigilância ativa que é o acompanhamento periódico sem necessitar de um tratamento definitivo naquele momento. Nesse caso, é importante que o paciente se comprometa a realizar todas as etapas da vigilância ativa, que envolve exames periódicos, inclusive com novas biópsias da próstata.

Como tratamento definitivo do câncer de próstata temos a cirurgia, denominada prostatectomia radical, ou remoção da próstata, que oferece as maiores taxas de cura desta neoplasia.

No Hospital São Lucas, com o uso da plataforma robótica Da Vinci realizamos a cirurgia pela via robótica, trazendo menor tempo de internação, maior precisão cirúrgica, menor dor no pós-operatório, menores taxas de transfusão sanguínea e grandes avanços na recuperação funcional em termos da continência precoce após a cirurgia e a recuperação da função erétil. Outras modalidades de tratamento incluem a radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.

O especialista ressalta que o câncer de próstata é o tumor sólido mais comum que atinge os homens e deve ser diagnosticado precocemente para que não haja complicações como metástases e acometimento de estruturas locais. Para diminuir as probabilidades de câncer de próstata, ele recomenda um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada e atividades físicas regulares.

É também fundamental a compreensão dos homens da importância do acompanhamento urológico a partir dos 40 anos, válido para diminuir complicações do diagnóstico tardio, melhorar taxas de sucesso dos tratamentos e, assim, ampliar a expectativa e qualidade de vida, conclui o especialista.

 

 Grupo São Lucas


segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Novembro Azul: realização de exames preventivos ainda são essenciais e tecnologia já é fator decisivo para prevenir e tratar do câncer de próstata


Campanha de conscientização já vai além do câncer e passa a tratar de cuidados em geral da saúde masculina

O mês de novembro é marcada pela conscientização em relação à prevenção do câncer de próstata, uma data que vem ganhando cada vez mais destaque em todo o mundo, especialmente por se tratar de um tumor totalmente silencioso e que exige cuidados preventivos para a cura completa do paciente. Esse também é o tipo de câncer que mais acomete e mata homens em todo o mundo. O urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar, explica que a data se relaciona em especial com o câncer mas também tem a ver com todos os cuidados em relação à saúde masculina.

“O novembro azul, mais do que despertar a procura pelo tratamento e pela prevenção do câncer de próstata, passou a gerar uma preocupação com a saúde masculina de um modo mais abrangente. Esse é o grande significado. É mais do que simplesmente a procura pelo tratamento e pela prevenção do câncer de próstata”, destaca.

Em relação ao câncer de próstata, o médico explica que o preconizado pela Sociedade Brasileira de Urologia é que o check-up de próstata deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos. Caso haja algum histórico de câncer na família (pais, irmãos, avós), o ideal é iniciar o acompanhamento com cinco anos de antecedência, aos 45 anos. “Os principais fatores de risco estão ligados a alterações genéticas que podem predispor o surgimento do câncer então é um fator muito importante a ser considerado. A gente também sabe que a população tem um risco aumento de desenvolvimento do câncer de próstata, tanto que pedimos a esse público para começar a fazer a avaliação cinco anos antes”, reforça.

O principal objetivo dos exames preventivos é verificar a possibilidade do câncer precocemente, já que não há qualquer sintoma perceptível. A importância da identificação precoce do câncer é justamente evitar que o câncer esteja metastático, ou seja, já tenha se espalhado para outros órgãos. É só em uma fase mais avançada que haverá qualquer tipo de sinal ou sintoma.

“Mas o que a gente percebe é que a maioria dos homens hoje, a partir dos 40, já iniciam essa prevenção, a fim de iniciar o autocuidado. O check-up deve ser feito anualmente e aí a gente acaba abrangendo as várias áreas, não só a questão da próstata, mas a gente acaba fazendo exames gerais para ver como é que está a saúde masculina. Também é importante cuidar da saúde em geral e manter hábitos saudáveis em relação à hidratação, alimentação e atividades físicas”, detalha o especialista.

Sandro afirma que o preconceito existente com relação à realização do toque retal no check-up de próstata já foi muito presente mas que hoje essa é uma preocupação menor por parte dos homens, apesar de ainda haver muito humor relacionado ao tema. Ele afirma que isso também vem diminuindo por um fator preponderante: a tecnologia. “Cada vez mais nós fazemos menos exames de toque, porque com o avanço da medicina e novos métodos de identificação e de detecção do câncer de próstata, o toque retal vem caindo por terra. E o que a gente percebe é que dentro, em breve, já não precisaremos mais fazer exame de toque. É uma coisa que vem aos poucos modificando e vai progressivamente perdendo a sua importância”, ressalta.

Para o tratamento do câncer de próstata o principal meio é a cirurgia que hoje pode ser feita de maneira minimamente invasiva e com rápida recuperação para o paciente. O Hospital Edmundo Vasconcelos possui o equipamento Da Vinci Xi, para cirurgias robóticas que farão a retirada do câncer de próstata.  Outras alternativas são a radioterapia, em que ocorre a queima e destruição do tecido prostático, o tratamento do bloqueio hormonal, em que há o bloqueio na emissão de testosterona, principal hormônio responsável por espalhar o câncer. “As medicações e os hormônios têm uma finalidade de tratamento. Você já não vai mais conseguir curar esse paciente, enquanto com radioterapia e cirurgia você consegue curar o paciente e tratar definitivamente a doença”, aponta. Outro método de tratamento é o da vigilância ativa, em que o médico pode acompanhar a doença ainda em um estágio muito inicial em células que têm baixa capacidade ou risco de metástase. “Você pode acompanhar esse paciente e caso o comportamento da célula mude ou passe a ter uma característica mais agressiva, você também pode mudar o tratamento”, finaliza.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Cerca de 2/3 dos brasileiros com mais de 40 anos não realizam o toque retal

Urologista de Santos ajuda a desmistificar o exame

 

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, uma iniciativa que visa conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer da próstata.

 

Dados alarmantes revelam que os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. O Novembro Azul alerta adicionalmente sobre as principais ameaças à saúde masculina, que vão além do câncer da próstata.

 

Doenças cardiovasculares, incluindo AVC (Acidente Vascular Cerebral) e Infarto Agudo do Miocárdio, são as principais causas de morte entre homens. Medidas preventivas como alimentação saudável e exercícios podem reduzir os riscos. Câncer, como o de pulmão, da próstata e do intestino, também representa uma ameaça à saúde masculina e a sua prevenção é essencial na redução da mortalidade.

 

No Brasil, cerca de 2/3 dos homens com mais de 40 anos não realizam o toque retal, um exame fundamental para a detecção precoce de doenças na próstata. Aproximadamente metade dos homens nunca realizou o PSA, o exame de sangue que mudou a história natural do câncer da próstata.

 

Mas por que os homens evitam o exame de próstata? Os principais motivos são o desleixo nos cuidados com a saúde, preconceito pela via de acesso do exame, receio de sentir dor ou desconforto e falta de acesso ao especialista.

 

O médico urologista Heleno Diegues Paes ajuda a desmistificar o toque retal, indicando que é um exame simples, rápido e indolor, que pode salvar vidas ao identificar precocemente problemas na próstata. “Por isso a importância do exame de rastreamento do câncer de próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e no exame físico da próstata (palpação) por um profissional experiente (urologista)”.

 

O câncer de próstata é a forma mais comum de câncer não-cutâneo em homens e a segunda principal causa de morte por câncer. A cada 8 minutos, um novo caso é diagnosticado no Brasil, e a cada 40 minutos, um homem morre devido a essa doença.

 

As principais causas são o envelhecimento, fatores hereditários, etnia, fatores hormonais, infecções, dieta, obesidade e exposição inadequada ao sol, que também pode aumentar o risco.

 

Na fase inicial, a doença geralmente não apresenta sintomas. Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem dificuldade e necessidade frequente de urinar, especialmente à noite. “Outros sintomas que podemos citar são dores ósseas, emagrecimento, diminuição do jato urinário, sangramento no esperma”, diz Heleno.

 

Embora a prevenção primária, ou seja, vacinas ou remédios para evitar a doença, não seja possível, adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e atividade física, pode reduzir o risco. A prevenção secundária, que é a detecção precoce, envolve avaliações regulares com um urologista, incluindo os exames de toque retal e PSA.

 

Se os resultados do toque retal ou do PSA estiverem alterados, o urologista pode solicitar exames adicionais, como PSA confirmatório, ressonância magnética e biópsia de próstata.

 

Em relação ao tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos estágios iniciais, a doença pode ser tratada com a cirurgia (prostatectomia radical), com radioterapia/braquiterapia e com a vigilância ativa. Nos estágios mais avançados, são usadas a terapia de deprivação androgênica e a quimioterapia.“E como inovações temos a cirurgia assistida por robô, as técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, os aparelhos de radioterapia tridimensional, além do surgimento de novos remédios”, diz o urologista.

 

Como é uma preocupação de muitos homens, o médico destaca que todos os tratamentos afetam a sexualidade de alguma forma, a exceção da vigilância ativa.

  

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997. Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição. Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.


quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Cuidados com a saúde x masculinidade: essa relação faz mesmo sentido?


Especialista do CEJAM explica a importância de os homens adotarem hábitos de cuidado e alerta sobre o câncer de próstata, segundo mais comum entre o público


Não é segredo que muitos homens ainda buscam manter uma imagem de força e invulnerabilidade. Essa questão, tão presente no dia a dia masculino, pode impactar negativamente diversas áreas da vida, sendo a saúde uma das que mais sente esses reflexos.


De acordo com dados do Ministério da Saúde, os homens brasileiros vivem, em média, 7 anos a menos do que as mulheres. "Isso ocorre porque, em nossa sociedade, os homens são ensinados a ser autossuficientes, resistentes e a não demonstrar fraqueza. Tudo isso gera relutância em buscar ajuda médica ou admitir problemas de saúde", afirma o Dr. Rodolfo Bandeira, urologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

Além disso, como agravante, esse público conta ainda com maior exposição a comportamentos de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e falta de atividade física, fatores que potencializam o risco de enfermidades no decorrer da vida.

Levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% dos homens que procuram um consultório médico o fazem influenciados por suas parceiras ou filhos. E é nesse cenário que doenças crônicas, como o câncer, passam a ser uma ameaça cada vez mais real, uma vez que a falta de acompanhamento médico regular pode dificultar o diagnóstico e tratamento precoces.

Dentre os diferentes tipos, o câncer de próstata é o segundo mais comum nos homens brasileiros e reforça a necessidade de superação dos tabus que envolvem a saúde masculina.

"O câncer de próstata é considerado um dos mais frequente em homens, principalmente após os 50 anos, correspondendo a aproximadamente 29% de todos os cânceres diagnosticados. No total, estima-se que 1 em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida", explica o especialista.

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga que envolve a uretra, o canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Para diagnóstico do tumor, além do exame de PSA, que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata no sangue, é necessário a realização do famoso "exame de toque", que muitos homens temem.

"Existe a crença que, de alguma forma, o exame de toque pode ferir a masculinidade, mas o fato é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Esse sentimento muitas vezes é até inconsciente, mas precisa ser trabalhado. Este é um exame como qualquer outro e deve fazer parte da rotina de cuidados do homem", ressalta o médico.

Dr. Rodolfo destaca ainda que a próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo masculino, o que muitas vezes confunde os homens e colabora para a falta de interesse em buscar apoio especializado nesse sentido.

Sintomas como dificuldade para urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e a necessidade de urinar mais frequentemente podem indicar alterações no organismo. Geralmente, esse tipo de câncer cresce e se desenvolve de forma lenta e, em alguns casos, pode nem sequer apresentar sinais. Portanto, é de extrema importância que os homens estejam cientes e procurem ajuda médica ao menor sinal de preocupação.

"A mudança de paradigmas é o alicerce para a construção de uma cultura preventiva na população masculina. Os homens devem ser incentivados a realizar exames regulares, adotar um estilo de vida saudável e buscar ajuda médica sempre que necessário. É crucial que trabalhemos para que eles compreendam desde cedo que não há problema em admitir vulnerabilidades. A educação, a conscientização e o apoio social desempenham um papel fundamental na busca por essa transformação, não apenas na saúde", reitera o urologista.

Somada às visitas regulares aos consultórios, hábitos como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros podem desempenhar um papel fundamental na promoção da saúde masculina. Essas medidas preventivas não apenas reduzem o risco de doenças, mas também contribuem para uma melhor qualidade de vida de forma geral.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


terça-feira, 31 de outubro de 2023

Cirurgia robótica é importante aliada na luta contra o câncer de próstata

Técnica dá mais precisão na abordagem cirúrgica, reduzindo complicações e tempo de recuperação 

 

Estamos entrando no Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, doença extremamente prevalente na população masculina. Estudos apontam que a enfermidade acomete cerca de 15% dos homens na fase adulta a partir dos 45 anos de idade.

 

“Isso quer dizer que um em cada seis homens vai ter câncer de próstata. Então é importante a consciência de que é preciso fazer o rastreamento para iniciar o tratamento de forma precoce, já que a maioria dos casos não apresenta sintomas”, alerta Ricardo Miyaoka, urologista do Hospital São Luiz Campinas.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

 

Entre os avanços relacionados ao tratamento da doença, o especialista destaca a cirurgia robótica. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo onde o cirurgião comanda braços robóticos que, por meio de pequenas incisões, insere instrumentos e uma câmera no corpo do paciente.

 

“Essa tecnologia permite uma visão ampliada e movimentos precisos, minimizando o dano aos tecidos circundantes, o que é importante já que em casos de câncer, é necessário retirar a próstata e fazer uma reconstrução da bexiga, em uma região de difícil acesso”, explica Dr. Ricardo.

 

O especialista explica que essa precisão resulta em menor perda de sangue, incisões menores e uma recuperação mais rápida, com menos efeitos colaterais, que podem envolver, em casos mais graves, incontinência urinária e disfunção erétil (impotência).


“Os pacientes relatam ainda menos dor pós-operatória e uma recuperação mais ágil, permitindo que retornem às atividades normais em menos tempo”, enfatiza o urologista do São Luiz Campinas.

 

Inaugurado no mês de maio, o São Luiz Campinas, da Rede D’Or, é o maior hospital privado do interior paulista e conta com o Robô Da Vinci X, que realiza cirurgias robóticas de diferentes complexidades, nas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Cardiologia, Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica e Geral.

 

Com 23 centros automatizados, a rede D’Or forma o mais avançado parque de cirurgia robótica da América Latina.

 

O que é o câncer de próstata?

Este tipo de câncer se forma na glândula da próstata, um órgão que faz parte do sistema reprodutor masculino. Trata-se de uma das principais causas de morte no mundo, porém, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura são altas.

 

*Os sintomas do câncer de próstata podem ser discretos, o que torna essencial a realização de exames de rastreamento, como PSA e toque retal.* Os sinais incluem dificuldade em urinar, aumento da frequência urinária, sangue na urina, dor nos ossos e desconforto pélvico.

 

Esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições, como hiperplasia prostática benigna (um aumento não cancerígeno da próstata), o que torna o diagnóstico preciso um desafio. Atualmente, um exame que tem auxiliado no diagnóstico, em conjunto com a biópsia, é o de ressonância magnética.

 

“Além disso, a doença pode ser classificada em diferentes estágios, de acordo com a extensão do câncer. Por isso, é vital entender o tipo e o estágio da doença para determinar o tratamento mais apropriado, que pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia”, orienta Dr. Ricardo Miyaoka.

 

É importante ressaltar que o câncer de próstata não afeta apenas uma faixa etária. Embora o risco aumente com a idade, homens a partir dos 40 anos devem estar cientes da necessidade de exames de rastreamento, especialmente se tiverem histórico familiar da doença.

 

A Sociedade Brasileira de Urologia sugere que os exames de rastreamento sejam realizados a partir dos 50 anos para pacientes de baixo risco, e 45 anos para alto risco.

“Campanhas como o Novembro Azul são de extrema importância, pois nos ajudam a levar a maior arma que nós temos contra tabus e preconceitos: a informação! O diagnóstico precoce salva vidas”, finaliza o urologista do São Luiz Campinas.


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