Novembro Azul
alerta sobre a prevenção ao câncer de próstata e busca minar a resistência dos
homens em consultas de rotina
Novembro Azul é a oportunidade de alerta para a
prevenção ao câncer de próstata, que registra cerca de 65 mil
novos casos ao ano no País, de acordo com a Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU). A mortalidade da doença é de 10% em cinco anos,
mas quanto mais cedo a doença é diagnosticada, aumentam as chances de cura. Se
não bastassem esses dados, a data também joga luz à importância do cuidado com
a saúde masculina e da ida ao urologista.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer
(INCA), o câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens,
respondendo por 29% dos diagnósticos dos cânceres no país. O
diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura do paciente,
mas algo que boa parte da população já imaginava foi comprovado em um recente
levantamento realizado pela SBU com dados do Sistema de Informação Ambulatorial
Ministério da Saúde: as mulheres cuidam mais da saúde do que os homens. Os
números apontam que, em 2022, foram registradas mais de 1,2 milhão
de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde
(SUS), seis vezes mais do que os 200 mil atendimentos de homens pelo urologista.
O médico urologista atende homens e mulheres, mas é
especialmente na saúde masculina que seu papel se torna essencial, cumprindo
uma função semelhante ao ginecologista, prevenindo e tratando doenças do
sistema reprodutor, além do trato urinário, como cânceres de rim, pênis,
infecções urinárias, doenças sexualmente transmissíveis, fimose, disfunção
erétil, ejaculação precoce e litíase, a popular pedra nos rins. Ao contrário do
cálculo renal, por exemplo, que causa muita dor, o câncer de próstata é uma
enfermidade quase sempre silenciosa e que se desenvolve lentamente, tornando
seu diagnóstico precoce mais difícil sem as consultas de rotina.
“Como podemos notar, a presença do urologista no
cuidado da saúde masculina é necessária durante toda a vida, mas ganha mais
importância a partir dos 40 anos, por conta da incidência do câncer de
próstata, que aumenta com a idade. No entanto, a resistência a essa rotina de
cuidados ainda é grande, principalmente pelos mitos envolvendo o exame clínico
de toque retal, algo rápido e indolor que pode salvar vidas e é o primeiro
passo no diagnóstico do câncer de próstata”, comenta o urologista Alexandre
Crippa, médico da Urobrasil, empresa do Grupo H+Brasil. Também médico-chefe da
Clínica de Urologia do Hospital do Servidor Público Municipal e coordenador da
cadeira de Urologia da Universidade Uninove, Crippa atuou no setor de
Uro-oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e possui
diversos artigos e livros publicados.
O câncer da próstata é um tumor maligno na próstata,
glândula do sistema genital masculino, localizada sobre o reto e embaixo da
bexiga urinária. Há diversos estádios e o seu tratamento e evolução irão
depender das características especificas do tumor. “Esse tipo de câncer é mais
frequente em homens afrodescendentes, e menos frequente em homens de
ascendência asiática. Ainda não são bem conhecidos os motivos dessas
diferenças. Ingerir mais gordura animal pode aumentar o risco de câncer da
próstata, mas isso ainda está sendo pesquisado. De qualquer modo, hábitos
saudáveis de alimentação e exercício físico sempre são uma forma de prevenção
de doenças”, fala o médico. “Além da cirurgia, radioterapia tratamento
conservador, existem outras alternativas de tratamento para o câncer da
próstata localizado. A descoberta de novas medicações está cada vez avançada,
assim como os procedimentos cirúrgicos. O mais importante é o diagnóstico
precoce”, completa.
A consulta ao urologista é importante, inclusive,
para o diagnóstico da hiperplasia prostática benigna (HPB) uma condição
caracterizada pelo aumento da próstata, o tumor benigno mais comum no homem.
Com o avançar da idade é normal que a próstata aumente de tamanho, porém nem
todos os indivíduos terão sintomas urinários. De acordo com o Portal da
Urologia, cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão HPB. Aos 90 anos, 80%
dos pacientes serão afetados por essa condição. O acompanhamento médico é
importante para evitar complicações como retenção urinária (a incapacidade de
urinar), cálculos na bexiga, infecção urinária e insuficiência renal. “Existe
fator genético associado. Além disso, a síndrome metabólica que envolve obesidade,
alterações de colesterol e resistência à insulina (diabetes) também favorecem o
desenvolvimento da condição”, explica o médico.
Além das consultas preventivas, o urologista
Alexandre Crippa aponta, ainda, cinco sinais e ocasiões que indicam a necessidade
de procurar o médico com celeridade.
- Dores: nessa especialidade, dor
lombar podem ser sinal de problemas nos rins e dor nos testículos podem
ser indícios de inflamações ou tumor.
- Evidências
de problemas no sistema reprodutor masculino: alguns sintomas que
indicam a necessidade de procurar o urologista são impotência, ejaculação
precoce, desconforto durante a relação, sangue no esperma ou ausência de
orgasmo.
- Doenças
sexualmente transmissíveis: sintomas como coceira, vermelhidão, dor,
bolhas, feridas, ardência ao urinar, corrimento e verrugas penianas podem
ser sinal das chamadas DSTs.
- Sintomas
no trato urinário: desconforto ao urinar, gotejamento no termino da micção, presença
de sangue na urina, aumento ou diminuição na frequência urinária podem
indicar a presença de infecção, inflamação, crescimento da próstata ou
algo mais grave.
- Avançar
da idade.
Homens acima de 50 anos precisam procurar o profissional para realizar o
exame de próstata e o PSA (Antigénio Específico da Próstata, medido via
simples análise sanguínea). Isso vale mesmo para aqueles que não têm
histórico de câncer de próstata na família. O toque não dura mais do que
10 segundos e é fundamental para identificar qualquer anomalia na
próstata.
Grupo H+Brasil
@grupohbrasil