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segunda-feira, 1 de junho de 2020

A fisioterapia em evidência no enfrentamento da Covid-19



Em meio a tantas discussões sobre métodos de tratamento para a atual crise de saúde que vivemos, em que não se conhece exatamente a “doença” e as formas que o agente agressor ataca a fisiologia do organismo, devemos nos dar conta de que os profissionais da “linha de frente” são os atores principais nesse combate e, por isso, vêm sendo chamados heróis. A eles a sociedade vem se mostrando agradecida, reconhecendo dia após dia seu valor.

Dentre médicos e enfermeiros que enfrentam as situações de emergência em saúde dentro dos hospitais, outros profissionais — que antes eram pouco reconhecidos nessas instituições — vêm ganhando destaque. É o caso, por exemplo, dos fisioterapeutas que têm habilitação em fisioterapia respiratória e cuidados intensivos, em tratamentos de patologias que acometem os pulmões e em situações de internamentos em UTIs. Eles são verdadeiros “pilotos” na direção de suportes ventilatórios que mantêm a vida, como os ventiladores mecânicos, indispensáveis máquinas a serem utilizadas neste momento de combate aos sintomas e afecções que a Covid-19 instala no organismo de pacientes por todo o mundo — especialmente em populações de risco e com condições crônicas de saúde.

A pneumonia intersticial viral, marca registrada da Covid-19, resulta em insuficiência respiratória hipoxêmica grave, o que significa dizer que os pacientes encontram grandes dificuldades para oxigenar o corpo e seus vários sistemas, necessitando de ajuda temporária desses equipamentos até que o próprio organismo consiga debelar o invasor viral.

Embora a Covid-19 tenha trazido vários desafios “novos” ao sistema geral de saúde, o fisioterapeuta intensivista, especialidade estabelecida em todo o mundo, já possuía habilidades e competências para atuar frente a casos de vida e morte em unidades de terapia intensiva e também frente às afecções que cursam e evoluem nos pacientes graves. Outras atuações profissionais do atendimento multiprofissional nesses internamentos são no sentido de minimizar as consequências da hospitalização e do tempo de internação, facilitando a recuperação desses pacientes.

O suporte ventilatório na Covid-19 inclui várias abordagens e inicia com a assistência à intubação orotraqueal, onde um tubo é instalado pelas vias aéreas para chegar aos pulmões e permitir que os ventiladores mecânicos controlem a respiração a partir de então. O suporte e gerenciamento dessas máquinas é feito exclusivamente pelos fisioterapeutas nas UTIs, assim como a remoção das secreções, alterações de decúbito para melhorar trocas gasosas e desmame da ventilação quando o paciente tem seu quadro resolvido.

Em alguns hospitais do Brasil, fisioterapeutas respiratórios e intensivistas têm recebido destaque nacional com criações de protocolos, métodos e instrumentos para melhorar ainda mais as soluções em meio ao cenário de tratamento da doença.

Dentre protocolos de manejo e de ventilação mecânica compartilhados, surgem métodos inovadores de utilização das VNIs (ventilação não invasiva), objetivando diminuir a proporção de intubação dos pacientes e obter êxito durante o internamento.

É gratificante identificarmos que nossos profissionais, fisioterapeutas brasileiros, também exercem papéis de destaque no combate ao coronavírus. Além disso, todas as propostas de inovação vêm sendo valorizadas pelas categorias profissionais e instituições de classe e, por meio de estudos científicos que comprovem a efetividade e segurança, podem ou poderão fazer parte de novos protocolos de combate.

Nesse sentido, destaca-se aqui o valor profissional do fisioterapeuta no contexto de saúde atual e reforça-se a necessidade de atualização profissional constante, assim como necessidade da pesquisa científica dentro desse cenário a fim de continuarmos em constante desenvolvimento e evolução, o investimento em pesquisa e infraestrutura são prevalentemente cruciais para o salvamento de muitas vidas!

Continuemos com força, determinação, pesquisa, engajamento e conhecimento combatendo esse inimigo invisível!





Fernanda M. Cercal Eduardo - coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter.



Thayse Zerger Gonçalves Dias - tutora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter.


O que você precisa saber sobre o congelamento de óvulos?

 Katemangostar

Especialista em reprodução humana responde 5 dúvidas sobre o procedimento


Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) o número de mulheres inférteis em todo o mundo cresce a cada ano. A organização aponta que são cerca de 80 milhões de casos, sendo 8 milhões apenas no Brasil.

Em último levantamento da REDLARA (Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida), o Brasil lidera o ranking latino-americano dos países que mais realizam tratamento de fertilização in vitro e transferência de embriões.

Apesar de não existir uma idade limite para passar pelo procedimento, as mulheres precisam estar cientes de que a partir dos 40 anos as chances de sucesso diminuem. Segundo o doutor Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita, o envelhecimento reduz a quantidade de óvulos produzidos. “Por isso a recomendação da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana é que o congelamento seja feito até os 35 anos. A partir dessa idade existe uma diminuição considerável da qualidade de óvulos que pode comprometer o resultado final”, alerta.

O especialista responde as principais dúvidas sobre o procedimento:

  1. Quando o congelamento de óvulos é indicado?
Muitas mulheres acabam recorrendo ao procedimento por não ter previsão de quando terá o desejo de engravidar, mas desejam conservar a fertilidade. Com a chegada do coronavírus, muitas mulheres tiveram que adiar os planos de gestação e viram no tratamento uma alternativa para ser retomada num futuro.
Além disso, o congelamento de óvulos também é indicado para mulheres que passarão por tratamento oncológico e mulheres com histórico de menopausa precoce na família.

  1. Como o congelamento é feito?
Primeiramente a mulher passa por exames que avaliam sua condição de saúde e se há alguma doença que possa interferir no tratamento. Após isso, a técnica consiste em estimular o ovário feminino por meio de medicamentos para ele produzir óvulos extras e serem extraídos com o manuseio de uma agulha específica guiada por ultrassonografia com a paciente sedada. Os óvulos retirados são tratados para serem congelados por tempo indeterminado

  1. Existe uma quantidade ideal de óvulos que devam ser congelados?
O número ideal de reserva suficiente geralmente é de 10 a 15 óvulos. Mesmo assim, para conseguir chegar ao sucesso do tratamento cada caso é avaliado pontualmente.

  1. Como é feita a fertilização?
Os óvulos são fecundados com o espermatozoide do parceiro ou em casos de produção independente ou homoafetivo feminino é feito com espermatozoides do banco de sêmen. O procedimento, feito em laboratório, transfere os embriões para o útero. Em casos de embriões excedentes, há a possibilidade de congelamento.

  1. Quais são as chances do sucesso na gravidez com os óvulos congelados?
Tudo depende da idade da mulher e da qualidade dos óvulos que foram congelados. Quanto mais cedo, até os 35 anos, maior a taxa de sucesso.

“Para a melhor segurança da paciente é fundamental procurar um especialista de confiança e uma clínica que siga todos os padrões da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana”, finaliza Prado.



Uso de cigarros pode causar doença que leva à amputação de membros



Tromboangeíte obliterante atinge principalmente homens entre 20 e 45 anos


O uso de tabaco é uma prática extremamente prejudicial à saúde vascular. Utilizado como válvula de escape à rotina densa, esse hábito pode levar até mesmo à amputação de membros. A tromboangeíte obliterante é uma doença causada pela diminuição gradual de luz no interior das artérias, que leva à obstrução total e impede a passagem sanguínea. Ela afeta principalmente as pernas, do joelho para baixo, e as mãos.

O cigarro causa a inflamação dos vasos, especialmente os mais finos, e leva à formação de trombos e, consequentemente, a trombose. “O tabagismo é praticamente o único fator intimamente relacionado. Importante também é a quantidade de cigarros por dia e o tempo de uso – é o que chamamos de carga tabágica – quanto maior, pior a doença”, explica o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Rodrigo Bruno Biagioni.

Diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto podem agravar o problema. O quadro é mais frequente entre homens jovens, de idade entre 20 e 45 anos. Segundo o especialista, a doença acomete uma mulher a cada três homens. Não se sabe ao certo o motivo, mas especula-se que seja justamente pelo fato de que o gênero masculino tem maior incidência de uso da droga. “Um fato que ratifica essa tese é que, recentemente, a doença está aumentando entre as mulheres”, pontua Dr. Biagioni.

Na fase inicial, o principal sintoma apresentado é a dor nas panturrilhas. Durante uma caminhada, ela torna-se muito intensa e impossibilita a continuidade dos exercícios, e leva ao ato de mancar, conhecido como claudicação intermitente.  Alguns pacientes relatam que as mãos e pés costumam ficar em tons arroxeados e constantemente frios. Durante o contato com a água gelada é comum que os membros periféricos fiquem doloridos e pálidos. Com a evolução da doença, que costuma ser bastante rápida, o paciente pode apresentar lesões necróticas nos pés e nas mãos, que podem, ou não, evoluir para amputações.

O principal e mais eficaz tratamento para a enfermidade é parar de vez com o uso de tabaco. “A doença acomete as pequenas artérias das pernas e braços. Isso faz com que o resultado da cirurgia, para melhorar a circulação, não seja muito efetivo, na maioria das vezes. Usamos também, medicamentos vasodilatadores em alguns casos”, esclarece o cirurgião vascular. O médico vascular é capaz de auxiliar o paciente durante o período de abstinência do cigarro e, de acordo com cada situação, pode receitar medicamentos e até mesmo o adesivo. O acompanhamento psicológico é muito importante nesse período de busca pela independência da substância. 

Depois que o paciente deixa o cigarro, a doença para de piorar e os sintomas podem diminuir. Dr. Biagioni afirma que em 94% das situações em que os pacientes conseguem largar o vício, as amputações podem ser evitadas. “Mas não se pode perder tempo! Uma vez que as lesões comecem a aparecer, geralmente algum tipo de sequela ou até amputação podem ocorrer”, alerta.

Infertilidade: a falta de um diagnóstico afeta o tratamento?



Até 30% dos casais inférteis não sabem exatamente o que está impedindo a gravidez

Junho é mês de conscientização da infertilidade, mal que atinge cerca de 80 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Dessas, existe um grupo que não consegue saber exatamente qual a causa da infertilidade. E a principal preocupação é se a falta de um diagnóstico afeta a possibilidade de tratamento. 
“Após um ano de tentativas de gravidez frustradas e, depois da realização de diversos exames como ultrassonografias, exames de sangue, espermograma e avaliação das trompas, se os médicos não encontram a raiz do problema, chamamos de infertilidade sem causa aparente”, explica a especialista em Reprodução Assistida, Cláudia Navarro. 

Tratamento 
Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM, até 30% dos casais inférteis não têm um diagnóstico inicial preciso. Nesses casos, o tratamento é empírico, ou seja, baseado em experiência. “Apesar da literatura médica ser vasta nesta área, muitos estudos não consideram as inúmeras variáveis, por isso é preciso individualizar”, comenta a médica. 
Para Cláudia Navarro, é muito importante que as pesquisas médicas ocorram para aumentarem as chances de sucesso para os pacientes. “Para muitas mulheres a gravidez é um sonho. Quando ela recebe a notícia de que sua infertilidade não tem uma causa determinada, aquele momento não pode ser o fim da linha. É muito importante ficar atento aos estudos na área para ter o maior número de alternativas a fim de ajudar aquela paciente”, comenta a especialista. 


Estudo 
A ASRM conduziu uma pesquisa bibliográfica que incluiu revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais comparativos publicados entre 1968 e 2019. Em um artigo publicado sobre o estudo, a ASRM mostra que a conduta para cada casal deve ser individualizada, considerando-se basicamente a idade da mulher e o tempo de infertilidade.
Casais jovens poderão até se beneficiar de ciclos com estimulação ovariana e orientação de coito ou até mesmo da Inseminação Intra Uterina (IIU), enquanto que em mulheres com idade mais avançada, a Fertilização in vitro (FIV) possa ser a primeira opção. “Em casos específicos de FIV, existe até a indicação de se realizar a biópsia pré-implantacional (PGT-A) para que se selecionem embriões cromossomicamente normais para serem transferidos para o útero”, diz Cláudia Navarro. 

Cautela 
Cláudia lembra que a descoberta da infertilidade é um momento muito delicado. E é necessário observar as diversas variáveis, como a idade da mulher, análise da qualidade do sêmen do companheiro, a reserva ovariana, entre outros fatores.
Quando não há uma causa e um caminho determinado a seguir, a sensação de incerteza pode causar momentos de estresse e ansiedade no casal. Além disso, as alternativas como IIU e FIV podem também não ser bem sucedidas. “É importante ter calma e paciência diante desses resultados e contar sempre com auxílio médico e, se for necessário, emocional ”, finaliza





Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida e diretora clínica da Life Search. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, Cláudia titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela instituição federal. Atualmente, atua na área de reprodução humana, trabalhando principalmente os seguintes temas: infertilidade, reprodução assistida, endocrinologia ginecológica, doação e congelamento de gametas.



Dia Nacional do Teste do Pezinho (6 de junho): exame obrigatório para todos os recém-nascidos brasileiros



O teste é gratuito e deve ser realizado entre o 3º. e o 7º. dia de vida do bebê


Para reforçar a importância do exame, o dia 6 de junho marca a passagem do Dia Nacional do Teste do Pezinho. Gratuito e obrigatório para todos os recém-nascidos brasileiros, o exame é extremamente importante na identificação de determinadas doenças genéticas logo nos primeiros dias de vida do bebê. Por meio dele, as chances da criança receber o diagnóstico precoce destas patologias aumentam e, consequentemente, a busca pelo tratamento adequado se inicia mais rapidamente. 

Essa rápida e eficiente identificação realizada pelo Teste do Pezinho reduz as chances do bebê desenvolver problemas mais graves de saúde causados pela doença indicada pelo exame, permitindo que o recém-nascido tenha mais saúde e qualidade de vida. 

O Teste do Pezinho faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde e todos os estados brasileiros estão credenciados para a sua realização. O Programa trabalha pelo diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento adequado de seis doenças: Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência da Biotinidase, Anemia Falciforme, Hipotireoidismo Congênito e Fenilcetonúria. 

No Brasil, infelizmente, muitas famílias desconhecem a importância deste exame para a vida das crianças ou têm receio sobre a sua realização. Mas não é preciso ter medo! O Teste do Pezinho é um exame simples, rápido e que pode fazer a diferença na vida do bebê. 

O teste é feito por meio da coleta de algumas gotinhas de sangue do calcanhar do recém-nascido. Essa amostra é encaminhada para o laboratório de triagem neonatal para que a análise genética seja realizada. O ideal é que esse procedimento seja feito entre o 3º. e 7º dia de vida do bebê, pois a coleta tardia pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, a busca pelo tratamento adequado. 


Teste do Pezinho e a Fibrose Cística 

A Fibrose Cística, também conhecida como Mucoviscidose ou Doença do Beijo Salgado, é uma das patologias triadas pelo Teste do Pezinho e, no Brasil, dentre as raras, é a mais comum. Ela causa sintomas como tosse crônica, diarreia, pneumonia de repetição, pólipos nasais, suor mais salgado que o normal e dificuldade para ganhar peso e estatura. Apesar de não ter cura, a Fibrose Cística tem tratamento. Na maioria dos casos, ele é realizado por meio do uso de medicamentos, prática de atividades físicas, fisioterapia respiratória, dieta hipercalórica e inalações. 

O Teste do Pezinho é dividido em quatro fases e cada uma delas atua na identificação de determinadas patologias. Para a Fibrose Cística, a identificação é feita a partir da fase III. Apesar de ser extremamente importante para a triagem da doença, o Teste do Pezinho não realiza o seu diagnóstico. Para confirmar ou descartar o diagnóstico para a Fibrose Cística, o Teste do Suor deve ser realizado. 

Considerado como exame padrão ouro para o diagnóstico da Fibrose Cística, o Teste do Suor é simples, indolor, não invasivo e fundamental para o diagnóstico precoce e seguro da doença. Ele é feito por meio do estímulo do suor da pessoa examinada e uma análise de condutividade. No site do Instituto Unidos pela Vida você pode encontrar os locais que realizam o Teste do Suor em diversos estados do Brasil. Clique aqui e confira os hospitais e laboratórios onde o teste pode ser realizado. 


Unidos pela Vida 

O Unidos pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, é uma organização da sociedade civil que trabalha para fortalecer e desenvolver o ecossistema da Fibrose Cística no Brasil. Para isso, desenvolve nacionalmente projetos com foco em comunicação, suporte, educação, pesquisa, desenvolvimento organizacional, incentivo à atividade física, advocacy e políticas públicas. 

O Instituto foi criado em 2011, após sua fundadora e diretora geral, Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, receber o diagnóstico tardio para a doença, aos 23 anos. Desde então, a Psicóloga trabalha na execução de ações e projetos que auxiliam pessoas com Fibrose Cística, familiares, associações de assistência, estudantes e profissionais da saúde. 

“Mesmo que tardio, o diagnóstico possibilitou que eu pudesse, finalmente, buscar o tratamento adequado para a doença que causou tantas internações e procedimentos médicos durante toda a minha vida. Quando nasci, não havia a possibilidade de realização do Teste do Pezinho. Por isso, agora que o exame está disponível, é obrigatório e gratuito para todos os recém-nascidos brasileiros, buscamos levar informações sobre a sua importância e conscientizar as famílias sobre como este exame pode mudar positivamente a vida de seus filhos”, ressaltou Verônica. 

Em 2019, pelo segundo ano consecutivo, o Unidos pela Vida foi eleito como a melhor ONG de pequeno porte do Brasil, dentre as 100 melhores do país. Além disso, em 2019, ganhou o Prêmio Grandprix como melhor prática do Terceiro Setor do Paraná pelo Instituto GRPCOM, da RPC, afiliada da Rede Globo. Você pode conhecer mais sobre o trabalho realizado pelo Instituto no site www.unidospelavida.org.br


Acidente Vascular Cerebral (AVC) já é a segunda maior causa de morte no mundo


Aparato tecnológico e treinamento multidisciplinar são recursos utilizado no enfrentamento da lesão neurológica, que já é a segunda maior causa de mortes no mundo


O Hospital Icaraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, desenvolveu um protocolo de atuação para tratar de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), visando um atendimento efetivo e otimizado no enfrentamento à doença neurológica.

Segundo Guilherme Torezani, gerente médico do protocolo de AVC do Hospital Icaraí, a unidade hospitalar procurou alinhar a estrutura tecnológica que possui - com recursos de ressonância, tomografia e hemodinâmica - ao treinamento intensivo de suas equipes, desenvolvendo assim o protocolo de AVC no hospital. 

"O treinamento das equipes visa gerenciar tanto o tratamento na fase aguda quanto no período de reabilitação no hospital. A finalidade é  oferecer o melhor para o paciente, de forma que ele não seja apenas tratado adequadamente, mas que as complicações que possam ocorrer sejam gerenciadas pontualmente. Entendemos o impacto que nós, profissionais de saúde, podemos ter na vida do paciente que tem o sintoma neurológico e que muitas vezes não encontra um local de referência para ser tratado", diz.

Ele explica que o treinamento é multidisciplinar, englobando não somente profissionais de saúde direta, como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos, mas também componentes das equipes operacionais e administrativas, como recepcionistas e seguranças. 

"No hospital, todos vão aprender a conhecer os sinais de um AVC e comunicar as equipes diretas para que se os pacientes em sala de espera - ou mesmo os que estão internados por qualquer outro motivo -  tiverem algum aspecto diferente que aponte a manifestação da doença, isso possa ser sinalizado rapidamente para que se consiga fazer a intervenção de forma mais adequada", relata.

Guilherme conta que o protocolo de AVC já vem sendo adotado mundialmente há algum tempo, se mostrando eficaz nos tratamentos da lesão neurológica, o que fez com que o Hospital Icaraí buscasse aplicá-lo como modelo em suas instalações e atividades médicas. 


Importância dos cuidados

Guilherme explica que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) já é a segunda maior causa de morte no mundo. Trata-se de uma lesão no cérebro. Várias artérias  nutrem o nosso cérebro e, em dado momento, ocorre uma obstrução nessas artérias, comprometendo o fluxo de sangue - que deixa de ser entregue para uma região cerebral. Essa região, conforme sofre a perda de sangue, deixa de funcionar. Portanto, surgem os sintomas agudos, a exemplo da boca que fica torta, o braço pesado e as dificuldades na fala.

O neurologista esclarece que uma vez identificado o AVC,  existem muitos procedimentos a serem feitos na medicina moderna. Porém, segundo o especialista, demanda-se tempo de intervenção. "Os médicos têm poucas horas para poder fazer um medicamento e aplicar procedimentos que revertam essa obstrução da artéria, o que faz com que o sangue volte a circular naquela região que havia perdido o fluxo sanguíneo". 


Tempo é vida

O profissional elucida que a cada um minuto, passada a obstrução da artéria, cerca de dois milhões de neurónios vão morrer na região acometida. Portanto, essa é a importância de saber identificar a situação em tempo hábil, visto que perdendo-se tempo, perde-se também  neurônios.

"Tem uma máxima que diz que tempo é cérebro. Deve-se correr com esse paciente para um hospital que seja capacitado para atender e realizar a intervenção guiada corretamente, dentro de um protocolo, com respaldo na literatura médica", explica, acrescentando que muitas vezes um paciente tem um sintoma em casa e, como não está acompanhado por alguém, ou mesmo quando se identifica o sintoma, demora-se muito tempo para tomar uma atitude, achando que a situação vai passar normalmente, e nisso se perde muito tempo.

 Guilherme esclarece que o tempo de intervenção para se fazer um medicamento na veia, que reverta o quadro, é de até quatro horas e meia, porém é necessário que a equipe responsável tenha capacidade técnica para intervir adequadamente. 

"Comparamos muito com uma equipe de pit stop na Fórmula 1. Nos anos 80, demoravam muito tempo para trocar a roda e fazer a manutenção do carro. E, analisando um vídeo atual, vemos como o serviço está otimizado. No hospital, com uma equipe treinada, em que cada um sabe o que tem que ser feito no fluxo, com tudo já sedimentado, a intervenção se dá em tempo muito mais hábil", afirma. 


A tecnologia potencializando o tratamento

O Hospital Icaraí vem fazendo uso da ressonância na fase aguda, que é uma adição tecnológica muito importante. 

"Vamos ter a disponibilização da terapia de trombectomia mecânica, que permite que se consiga intervir além das quatro horas e meia e ainda assim tratar o paciente, colocando-o na sala de hemodinâmica e fazendo a intervenção direta por meio da retirada do trombo de dentro da artéria, desobstruindo o fluxo de sangue", explica Guilherme.

"Trata-se de mais um recurso que temos de alta tecnologia. E, claro, contamos com uma rede de terapia intensiva extensa, com quatro CTI's, e uma unidade coronariana que conseguem tratar o paciente com todo suporte de monitoramento e de neurocirurgia 24 horas por dia, mitigando possíveis complicações. Todo o protocolo é pautado em evidências científicas", completa. 


Iniciativa Angels

O Hospital Icaraí também está sendo inserido em um grupo de vários países que compõem a Iniciativa Angels, uma coordenação internacional de vários centros médicos que se capacitam em atender pacientes com AVC, formando uma corrente para quanto mais centros de AVC's existirem, mais rápido seja o atendimento do paciente, resultando em um melhor desfecho. "Tem pacientes que chegam com déficits neurológicos muito graves e, conforme sofrem intervenções, podem receber alta com pouco ou nenhum deficit", pontua Guilherme.

Obesidade infantil: crianças podem fazer exercícios físicos?


A doença que era motivo de preocupação apenas em adultos, agora já se tornou uma epidemia entre crianças e adolescente


O número de crianças e adolescentes obesos aumenta no mundo todo e o Brasil infelizmente não fica de fora dessa lista. Estima-se que 13% dos meninos e 10% das meninas com idade entre 5 a 19 anos sofrem com obesidade ou sobrepeso. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso.

A obesidade infantil é considerada uma das principais doenças em crianças até 12 anos no mundo, sendo caracterizada pelo excesso de gordura corporal. A OMS e o Imperial College alertam em estudo que possivelmente podemos ter mais crianças obesas no mundo do que abaixo do peso em 2022. Para 2025, a estimativa é que chegaremos a 75 milhões de crianças obesas no planeta. Além disso, estudos apontam que pessoas que tiveram obesidade enquanto crianças tem o dobro de chances de desenvolver fatores limitante para realizar tarefas simples aos 50 anos.

Um dos principais fatores que podem estar relacionados a esse aumento é a má alimentação. Boa parte dos alimentos das crianças consiste em itens processados e industrializados, o que aumenta consideravelmente o consumo energético, além de não possuir uma quantidade adequada de nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.

Em paralelo a hábitos alimentares inadequados, houve uma mudança drástica no âmbito da tecnologia que afetou diretamente a rotina de exercícios das crianças. Brincadeiras que antigamente envolviam um gasto energético considerável, hoje são substituídas por celulares, vídeo games, e outras ferramentas que não demandam grande utilização do aparelho locomotor, resultando assim, em uma quantidade de calorias ingeridas muito superiores a quantidade que é gasta pela criança por meio do exercício, possibilitando um acumulo gradativo de gordura corporal.

Em decorrência da obesidade infantil, podemos associar doenças como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol, gordura no fígado, doenças respiratórias e osteoarticulares, além da depressão e isolamento social. Estudos indicam que uma criança obesa tem 75% mais chance de ser um adolescente obeso, assim como um adolescente obeso tem 89% mais chance de se tornar um adulto obeso.  Sendo assim, além de todas as doenças associadas à obesidade infantil, problemas como infarto e AVC têm maiores chances de acontecer em adolescentes e adultos com esse histórico.

Como forma de prevenção e até mesmo tratamento é muito importante além da reeducação alimentar, a inclusão de exercícios físicos para auxiliar na perda gradativa de peso. O tratamento visa proporcionar um equilíbrio entre o consumo de calorias e o gasto proveniente das atividades realizadas diariamente. É muito importante que o planejamento de exercícios seja realizado com atividades que condizem com a idade da criança, possibilitando uma prática prazerosa e ao mesmo tempo eficiente para a perda de peso.

A inclusão de esportes como futebol, corrida, natação, lutas, vôlei, são muito interessantes, porque além de proporcionar uma rotina mais saudável e ativa, são considerados mais completos porque possibilitam também uma interação com outras crianças, além de desenvolver aspectos relacionados a cooperação, trabalho em equipe e até competitividade, importantes para a formação da criança.

No entanto, outras atividades simples como bicicleta, amarelinha, dança, esconde-esconde, pular corda, pega-pega, também já promovem bons resultados. O mais importante é trabalhar a ludicidade enquanto a atividade é realizada, proporcionando uma adesão mais consistente e bem-estar para a criança. 

Portanto, dentre as principais recomendações podemos citar:
  • Diminuição do consumo de alimentos calóricos, processados e industrializados;
  • Aumento do consumo de vegetais;
  • Diminuição da utilização de aparelhos eletrônicos e videogames;
  • Aumento da prática diária de exercícios;
  • Exercícios como caminhada, corrida, bicicleta, ou qualquer outro tipo de esporte inclusive musculação, não estão associados a qualquer tipo de lesão e pode ser introduzido durante 20 a 30 minutos, no mínimo três vezes por semana, com total segurança e de preferência com orientação profissional capacitada, tendo ligação direta com redução de riscos cardiovasculares, melhora no perfil lipídico, redução da gordura corporal e diminuição de sintomas de doenças respiratórias.


Lucas Cardoso - Educador Físico, Especialista em Prevenção de Lesões e Doenças Musculoesqueléticas e Felipe Mascarelo, Educador Físico, Especialista em Musculação e Condicionamento FísicoSócios Fundadores da LF Performance, consultoria especializada em treinamentos online e semipresenciais.

FEMAMA teme epidemia de câncer em estágio avançado no período pós pandêmico


Caminhos 'livres de corona' são necessários para incentivar os pacientes a continuar o tratamento oncológico, defende especialista


Já faz mais de dois meses desde que o governo anunciou o início da quarentena no Brasil, a pandemia por si só já é um enorme desafio para o SUS. Além disso trouxe consigo consequências graves para outras áreas de atendimento à população, seja pela alta sobrecarga dos hospitais ou pela instabilidade no Ministério da Saúde impactando diretamente na gestão dos diferentes níveis do sistema estadual e municipal. Ainda que os Estados estejam adotando medidas de contenção, elas são dispersas e, em muitos casos, não estão dando conta da demanda por serviços de saúde e, até de uma simples informação. A comunicação está desencontrada e isso é observado no número de pacientes em redes sociais e ONGs buscando ajuda e direcionamento. 

“Em um momento tão delicado como o que estamos vivendo, mais do que nunca é preciso focar no que é essencial: a vida das pessoas. É inaceitável que pessoas com suspeita de câncer fiquem em casa. Precisamos com urgência de uma diretriz ministerial, estadual e municipal dirigidas a pacientes com suspeitas de câncer ou em busca de atendimento. As orientações precisam ser claras, com direcionamento,  para que possamos evitar o colapso nos próximos meses”, afirma a Dra. Maira Caleffi, Presidente voluntária da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e Chefe do serviço de mastologia do Hospital Moinhos de Vento.

Os pacientes se sentem desamparadas pelo sistema de saúde e com a falta de informação, não conseguem ter uma ideia sobre o futuro de seu tratamento. "Desconfiei de um novo tumor e fui ao médico, ele solicitou uma endoscopia para o dia 23 de março, mas como no dia 22 a quarentena foi anunciada, todos os exames foram cancelados e agora preciso aguardar o fim do isolamento” diz Rosemary Souto Cruz.

A situação atual agravou, ainda mais, os atrasos no diagnóstico de câncer no Brasil. De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), já em 2019 as pessoas demoravam até 200 dias para ter uma confirmação ou negativa se tinham câncer. Para os casos positivos o resultado era catastrófico, resultando em maior volume de pacientes com a doença em estágio avançado.

“A ciência já provou que em câncer de mama, a arma mais poderosa para diminuir o risco de morte é o diagnóstico precoce. E agora, com a crise provocada pelo coronavírus, a escassez de atendimento gerará um número de casos de câncer em estágios ainda mais avançados no período pós pandemia. A população está resignada em casa com medo do vírus e não estão fazendo exames de rotina. Vamos ver um aumento significativo de casos de tumores palpáveis e tratamentos mais agressivos, com maior custo e número de mortes. Por isso é urgente que se abram caminhos ‘livres de corona’ para que as pessoas encontrem ajuda e informações”, diz a Dra. Maira Caleffi.






FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama



2 de junho: Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares


O Brasil registra uma das taxas mais altas do mundo, de 4,7% de casos, quase o dobro da média mundial


O dia 2 de junho é reconhecido internacionalmente como o Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares. Oficializada pela Academy for Eating Disorders, e tem como finalidade promover ações mundiais para conscientizar a população sobre os problemas relacionados aos distúrbios alimentares.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 2,6% da população mundial sofre de Transtorno Compulsivo Alimentar (TCA). O Brasil tem uma das taxas mais altas do mundo, de 4,7%, quase o dobro da média mundial, sendo mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos.

Já um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que 77% das jovens apresentam propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão por comer. Cerca de 50% das pessoas que apresentam o transtorno são obesas, sendo que 15% são obesas mórbidas.

Para a psicóloga especializada em TCA, Valeska Bassan que é professora e coordenadora do Ambulatório de Transtornos Alimentares da USP (AMBULIM), a doença se caracteriza pela ingestão, em um curto período de tempo, de uma quantidade exagerada (e desnecessária) de alimentos, seguida de um enorme arrependimento.

As pessoas com o transtorno não conseguem parar de comer mesmo tendo a sensação de saciedade e desconforto abdominal, e é normal que ela prefira fazer isso sozinha, uma vez que sente uma enorme culpa e vergonha desses episódios de compulsão.

A especialista ressalta que o TCA é diferente da anorexia ou bulimia nervosa. “No primeiro caso a pessoa para de comer, e no segundo a culpa pela compulsão resulta em vômito induzido ou uso de diuréticos ou laxantes. Todos tem tratamento, mas bastante diversos. Em todos os casos é essencial buscar ajuda médica, e para o TCA fazemos uso de medicamentos aliados à terapia cognitiva-comportamental”, explica.  

Ela complementa que é um mito achar que a doença está limitada a pessoas obesas, podendo ocorrer em pessoas com peso normal, destaca que existem sintomas que merecem atenção. “Comer escondido, sentir-se culpado após as refeições, sensação de inadequação junto à sociedade e tentativas fracassadas de dieta são sinais que devem ser levados em conta sempre”, diz a especialista.

Existem muitos “gatilhos” para o desenvolvimento do transtorno de compulsão alimentar, e sem dúvida, fazer dietas que restringem grande parte dos alimentos é perigoso. Em geral, pessoas que seguem dietas muito rígidas, acabam não conseguindo manter o ritmo por muito tempo, uma vez que acabam tendo compulsões no meio do processo, podendo acarretar ganho de peso e muita frustração durante o período.

O momento de incertezas e reclusão em que vivemos é bastante delicado, especialmente para quem já apresenta episódios de ansiedade e depressão. “Durante esse período de isolamento social e home office é comum a mudança de hábitos alimentares devido a disponibilidade de comida. Uma forma de evitar esses gatilhos é organizar uma rotina de trabalho com pausas para a alimentação, respeitando os horário das refeições”, finaliza.



Saiba por que seus dentes estão mais sensíveis nos últimos dias



A sensibilidade nos dentes é um dos principais problemas de saúde bucal no Brasil, afetando 3 em cada 10 brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar TNS em parceria com a GSK. As mulheres são as mais acometidas, representando 60% dos casos. Em épocas mais frias, é comum que aumentem as queixas de dor de dente. Isso acontece porque a boca tem temperatura equivalente à do corpo humano, entre 36ºC e 37ºC, enquanto a temperatura externa costuma ficar entre 10ºC e 15ºC durante o frio.

“Dentes com dentina exposta, cáries ou outro tipo de trauma oral apresentam terminações nervosas mais sensíveis a estímulos e suscetíveis à dor. Com isso, a inversão térmica gerada pela diferença drástica entre temperatura interna e externa é suficiente para afetar a dentição”, explica a Dra. Kamila Godoy, dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia, da World Federation of Orthodontists e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da USP.

Segundo ela, outro aspecto que favorece a dor de dente é a sinusite, manifestada com mais intensidade nos períodos de frio. “Essa inflamação afeta os seios paranasais que, entre outros, abrangem o seio maxilar, onde se inserem as raízes dos dentes molares e pré-molares. Assim, essas raízes são afetadas sempre que a sinusite se manifesta, provocando um incômodo parecido com a tradicional dor de dente. Neste caso, é necessário descongestionar os seios afetados para promover o alívio da dor”, esclarece Kamila Godoy.


Como aliviar

Em casa, como tratamento caseiro para evitar ou diminuir a sensibilidade dentária, siga as dicas:

- Utilize uma escova de dentes mais macia, para amenizar o atrito durante a escovagem e não lesar o esmalte. Complemente a higiene com o uso do fio dental, que ainda é o melhor método para retirar os resíduos alimentares.

- Evite as pastas branqueadoras e antitártaro, que aumentam a abrasividade. Prefira as específicas para dentes sensíveis, cuja composição auxilia o fortalecimento do esmalte dentário, evitando a exposição das terminações nervosas e o incômodo.

- Aposte nos enxaguantes bucais fluoretados (com flúor), que auxiliam na remineralização do esmalte dentário, diminuindo seu desgaste.

- Evite alimentos doces e ácidos, como frutas cítricas. Também as bebidas muito quentes ou muito geladas, além das gaseificadas, como refrigerantes.

- Cuidado com as dietas muito rigorosas e sem acompanhamento médico. A falta ou o excesso de determinados nutrientes pode tornar ácido o pH da boca.

No entanto, Kamila Godoy alerta: “O ideal é fazer um acompanhamento odontológico preventivo para identificação precoce de problemas bucais. Só o dentista pode indicar procedimentos e produtos corretos para tratar qualquer disfunção”.



O diagnóstico não pode parar


Projeto Eu Digo X lança nova campanha junto aos atores Cadu Scheffer e Jessica Medeiros e alerta sobre a importância do diagnostico da Síndrome do X Frágil em época da Covid -19


A Covid-19 é uma realidade mundial. Mas nem por isso, outras comorbidades devem ser negligenciadas, ou caídas no esquecimento. O Brasil ainda possui déficit no diagnóstico de diversas doenças e síndromes genéticas que comprometem a população, e que se diagnosticado precocemente, podem dar qualidade de vida ao paciente e aos familiares.

É o caso da Síndrome do X Frágil, uma condição genética, pouco conhecida, e diagnosticada comumente como autismo. Como a SXF apresenta muitos sintomas e sinais diferenciados, acaba dificultando a definição do quadro clínico de pessoas acometidas por ela. Por essa razão, muitos são diagnosticados com Autismo, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade), Síndrome de Asperger entre outros. A SXF é uma condição hereditária que causa deficiência intelectual de graus variáveis e pode ter sinais comportamentais importantes, muitas vezes dentro do espectro do transtorno autista.

“Hoje sabemos que em 60% dos pacientes com X Frágil também são autistas. Nesses casos, normalmente são pessoas com quadro clínico mais acentuado”, explica Sabrina Mugiatti, idealizadora do Projeto Eu Digo X, do Instituto Lico Kaesemodel. . Infelizmente, mesmo sendo de incidência tão comum, a SXF tem diagnóstico difícil e, muitas vezes, é desconhecida até mesmo por profissionais das áreas de saúde e de educação. “Um dos principais motivos para a demora de um diagnóstico clínico mais preciso são as semelhanças com os sintomas e sinais da condição do espectro do autismo”, explica Luz María Romero, gestora do Projeto Eu Digo X. 


Em busca diagnósticos

A partir dessa semana, o Projeto Eu Digo X, lança sua campanha de captação de recursos. para realizar mais de 600 exames diagnósticos para a Síndrome do X Frágil.  A campanha é estrelada pelo casal Cadu Scheffer e Jéssica Medeiros, do grupo Tesão Piá.

“Somos apoiadores do Projeto desde o seu início. E nessa época atípica que vivenciamos, não podemos esquecer que além dos cuidados com a Covid-19, temos outras situações de saúde que não podem ser esquecidas”, salienta o ator Cadu Scheffer. “E nesse período ainda, as crianças sem o diagnóstico correto podem ficar mais expostas, dificultando o tratamento”, alerta.

Em um atendimento hospitalar emergencial, sem a presença de um familiar ou tutor, o paciente X Frágil e alguns casos de autismo podem resistir a ajuda, evitar o contato físico e principalmente não responder as perguntas realizadas. “Em casos que pacientes X Frágeis ou Autistas sejam diagnosticados com COVID -19, orienta-se que ao falar com eles, principalmente se for um paciente com Síndrome do X Frágil que o atendente ou médico evite olhar diretamente nos olhos, e se precisar tocá-los, faça-os com certa pressão, pois se sentem incomodados com toques leves”, ressalta Luz María. Segundo a gestora o ideal nesses casos é a permissão do acompanhante de confiança do paciente.

Outro item de extrema importância, segundo Luz María, é a medicação aplicada. “Muitos pacientes X Frágeis ou autistas possuem uma medicação forte para atenuar sintomas. Ao ingerir uma nova medicação, pode ter interações medicamentosas”, salienta. “Normalmente nossos pacientes não sabem os nomes dos medicamentos, apenas sabem da necessidade de ingeri-los. O ideal é a presença dos pais ou tutores, para informar a listagem, evitando incompatibilidade medicamentosa. Mas esses cuidados e ações junto aos atendimentos, podem ser tomadas somente com o diagnóstico correto dos pacientes.

Hoje o Projeto Eu Digo X possui 600 cadastros de famílias com múltiplos indivíduos (900), sendo 80% das pessoas com diagnóstico confirmado para a Síndrome do X Frágil. No entanto, após a realização da Campanha Nacional de Conscientização da Síndrome do X Frágil, que foi estrelada pelo atleta e ídolo Mundial Neymar Jr, a busca de informação a respeito da síndrome triplicou, e hoje o projeto está com uma fila de mais de 600 exames a serem realizados para confirmação de diagnóstico.




Doenças autoimunes: entenda quem é considerado parte do grupo de risco para a Covid-19



A gravidade e o perigo de complicações da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, aumentam de acordo com fatores de saúde, determinantes para definir e incluir as pessoas no grupo de risco. Nesta seleção, estão alguns pacientes que sofrem de doenças autoimunes de caráter dermatológico, sendo as mais comuns, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, pênfigos, penfigóide e pacientes em tratamento quimioterápico de melanoma.

Mas por que apenas alguns pacientes e não todos que convivem com as doenças são parte do grupo de risco? Segundo a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isis Veronez Minami, terão maior chance de agravamento, caso contaminados, os pacientes que tomam medicamentos imunossupressores.

“Pacientes dessas doenças que se tratam apenas com medicações tópicas não se enquadram no grupo de risco. Essa classificação é direcionada a quem faz uso de medicações sistêmicas imunossupressoras, por conta do efeito da medicação na imunidade”, explica.

Apesar disso, a médica informa que o tratamento não deve ser suspenso ou sofrer alteração, independentemente da medicação usada. “A interrupção de forma abrupta pode causar danos à saúde e ser potencialmente perigosa. Por isso, em princípio, o tratamento de pacientes que estão com a doença controlada deve ser mantido para evitar qualquer problema por conta da exclusão do medicamento. E é importante que, em caso de dúvidas, o especialista seja consultado”.

Isis destaca que, assim como toda a população, o foco de quem convive com as doenças autoimunes e toma imunossupressores deve ser a prevenção à contaminação pelo novo coronavírus. Para que esse objetivo seja alcançado, a médica lembra que é preciso seguir todas as recomendações informadas pelos órgãos oficiais de saúde que se referem à higiene e principalmente o distanciamento social.

“Os pacientes que estão no grupo de risco devem manter a higiene adequada, usar máscaras e, principalmente, reforçar o distanciamento social para evitar a contaminação e possíveis complicações”, ressalta.





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