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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Não há nada que comprove efeito terapêutico no fidget spinner, afirma neuropediatra



Brinquedo febre do momento não tem fins terapêuticos e pode distrair ainda mais as crianças com dificuldades de concentração, fazer os autistas perseverar no movimento ou até se machucar


Muitos pais têm dúvidas sobre a mais nova moda no mundo dos brinquedos: o fidget spinner. Feito de plástico, com três ou mais pontas, gira entre os dedos e lembra o movimento de um peão. Porém, o que preocupa os especialistas em desenvolvimento infantil não é o brinquedo, e sim as afirmações sobre seus fins terapêuticos, assim como os riscos de lesões que o brinquedo oferece.

Segundo Dra. Karina Weinmann, neurologista infantil, cofundadora da NeuroKinder, afirmar que o brinquedo é terapêutico para crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é muito perigoso, uma vez que não há nenhum estudo científico que comprove essa afirmação, podendo gerar expectativas infundadas nos pais.

“Qualquer objeto que desperte o interesse e a motivação da criança irá promover o treinamento do foco atencional, pois a novidade, a satisfação e a superação com as manobras criadas alimentará o sistema de recompensa, liberando neurotransmissores, principalmente a dopamina, psicoestimulante que ativa essas sensações de bem-estar de prazer e alegria. Isso ajuda a aliviar as tensões, atingindo um nível de relaxamento e reduzindo, temporariamente, a ansiedade”, explica a médica.

“Também pode ajudar a reduzir o estresse e ansiedade. Mas, apesar destes aparentes benefícios, precisamos compreender que a criança com diagnóstico de TDAH pode recorrer a ele em situações muitas vezes inadequadas, como na sala de aula ou em momentos que pode servir como distração e atrapalhar a modulação, tanto da atenção quanto do humor. Como todo brinquedo, deve ser definido tempo e horário para utilizá-lo para que não passe da medida e inverta o efeito proposto pela criadora há 20 anos”, diz Dra. Karina.

O tratamento do TDAH é complexo e visa ajudar a criança a desenvolver seu autocontrole, com limites e regras definidas, por pais e professores. O excesso de estímulo externo é prejudicial para quem tem TDAH. “Isso quer dizer que uma criança que leva um brinquedo desses para a sala de aula não vai prestar atenção na matéria, pelo contrário, só vai se distrair ainda mais. Quem tem a hiperatividade, vai ficar ainda mais agitado. O spinner não é bom em nenhum dos casos”, diz a médica.

“A decisão de comprar ou não o brinquedo é individual, mas é preciso ter em mente que se trata apenas de um brinquedo, nada mais”, conclui Dra. Karina.


 

Os ricos e a apropriação de renda via previdência social



Temos sido como que uma decorrência simples de nós mesmos. Não creio na linearidade da História, mas às vezes me fica a impressão que somos, nos privilégios de certas castas de hoje, um simples desdobramento das desigualdades do passado.

Com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, em fuga de Napoleão Bonaparte, vieram as regalias da nobreza. Aos nobres se reservou o que havia de melhor. O melhor era trabalhar no aparato estatal real, quer dizer, em algum emprego público.

Entre 15 e 25 mil, é o número estimado de cortesões que atravessaram o Atlântico. Apurado tal número, deduzindo-se mulheres, crianças e alguns serviçais, supõe-se que se criaram, para acomodá-los, algo entre 5 e 10 mil empregos públicos.

Empregos para acomodar essa gente que se confundia com a máquina administrativa do Estado português sediado, por circunstâncias forçosas, em terra brasileira. Fugido às pressas, Portugal teve tempo de trazer na bagagem os modos portugueses de ser.

A nossa Coisa Pública nos caiu de pacote, lançada sobre o que tínhamos de uma incipiente Sociedade. Não construímos nos desdobramentos das necessidades a nossa burocracia estatal; a Corte, majestática, deitou-se sobre o Brasil.

No andar dos acontecimentos, então, o lugar nobre do emprego público foi inaugurado pelos áulicos; depois, foi recinto dos filhos dos coronéis da política; a seguir, feito prêmio para os indicados partidários; após, mantidos por “direitos adquiridos”.

Estão aí, ainda hoje, a nobreza do emprego no Estado, o corporativismo que compartilha vantagens que o trabalho na iniciativa privada não possui, a partilha partidarizada da sua gerência, os penduricalhos de “vantagens adquiridas”.

Tudo isso desembocou na previdência. Temos dois regimes, regra geral: o que protege os funcionários públicos, o que abrange os celetistas. Até onde a internet pode me informar, essa separação entre trabalhadores é uma exclusividade nacional.

Trago dados apresentados e discutidos no programa Canal Livre publicado em 10abr17, apresentado por Ricardo Boechat, com Fernando Mitre e Eduardo Oinegue, recebendo José Márcio Camargo e José Roberto Savoia. 

Gastamos 13% do PIB com previdência com pessoas acima dos 60 anos, assim como a Alemanha. Temos 11% da população acima de 60 anos; a Alemanha, 23%. Países com população de mais de 60 anos equivalente à nossa gastam em média 4% do PIB.

No setor público há paridade de vencimentos entre o servidor na ativa e o aposentado. A média de aposentadoria nesse setor é R$ 9 mil; no setor privado é R$ 1.6 mil. Exatamente o setor produtivo é o castigado pelo nosso sistema.

Entre os Poderes da República, o gasto médio no Legislativo é R$ 28 mil; no Judiciário é R$ 25 mil. No Ministério Público é acima de R$ 30 mil. A média do Executivo é mais reduzida, inclusive pela discrepância de salários dentro do próprio Poder.

O setor público gasta 115 bilhões com 1 milhão de aposentados, o setor privado gasta 500 bilhões com 33 milhões. A quantidade de aposentados com a média de R$ 1,6 mil é de 33 milhões. Um milhão de pessoas alcança média de R$ 28 mil.

O déficit acumulado do setor público de 2001 a 2015 é de R$ 1,3 trilhão; o do setor privado foi de R$ 450 bilhões. Comparando, o bolsa família nesse período gastou R$ 250 milhões, atendendo a 30 milhões de pessoas.

Aposentadoria do setor público é o maior programa de transferência de renda de pobre pra rico. Esse setor formou um estoque de direitos em aposentadorias e pensões, provocando um buraco de 250 bilhões ano na previdência.

A previdência tem R$ 450 bilhões de crédito. R$ 300 bilhões tornaram-se incobráveis. Esse crédito é um estoque, mesmo que se o realizasse, seria uma entrada única. O problema da previdência é de fluxo. Ainda que se cobrisse o furo, ele se repetiria. 

Pobre aposenta-se por idade aos 65 anos. 60% dos aposentados por idade é de baixa renda. Classe média e alta é que se aposenta por contribuição. À maioria dos aposentados toca a aposentadoria mínima, que é o salário mínimo. 

Nosso sistema previdenciário, pois, se é um problema para o Brasil, é uma solução para as castas que se agarram às entranhas do Estado e dele ou por meio dele sugam tudo o que podem, inclusive a renda de final de vida dos desfavorecidos da Nação. 




Léo Rosa de Andrade - Doutor em Direito pela UFSC. Psicólogo e Jornalista. Professor da Unisul.




O inverno está chegando? Especialista dá dicas de como manter seu pet protegido do frio



O inverno está chegando e as temperaturas baixas atingem não somente as pessoas, mas também os animais de estimação. A veterinária e especialista da Hercosul Alimentos, Dra. Laís Alarça, dá algumas dicas de como manter os pets aquecidos e garantir a saúde dos nossos melhores amigos.



“Patas, narizes e orelhas merecem atenção e não devem estar gelados, pois dizem muito sobre a saúde dos animais. Os pets que dormem fora de casa também merecem atenção e não basta apenas uma casinha no pátio, é necessário cuidar para que eles tenham cobertores e roupas secas para ajudar a aquecer nos dias mais frios”, disse.

Além disso, os animais idosos são os que mais sofrem com as baixas temperaturas. O porte e a quantidade de gordura corporal também interferem nesse processo. “A pelagem dos animais ajudam a proteger dos ventos gelados, ou seja, tosas durante o inverno não são indicadas”, acrescenta.

Dra. Laís também alerta para o perigo que os gatos correm no inverno, pois se escondem em qualquer local para procurar abrigo e fugir do frio, inclusive os motores dos carros. “Os acidentes desse tipo são sérios e quase sempre são fatais. É aconselhável sempre dar algumas batidas no capô e laterais do carro para que eles saiam antes da pessoa ligar o automóvel”, aconselha.

Outro cuidado importante é com aquecedores, pois o calor pode levar os animais para perto do aparelho e as queimaduras são constantes. “Evitar colocar esses equipamentos no chão e nunca deixar os pets sozinhos com aquecedores ligados garantem a segurança”, completa.

Sobre os passeios com os pets, a especialista revela que podem acontecer normalmente, porém, com roupas que os mantenham protegidos. Outra dica seria diminuir o tempo das caminhadas, mas não é necessário deixar de fazê-las.“”, conta.

Outro equipamento a ser controlado é o ar condicionado, pois pode ressecar as vias respiratórias dos animais. “Não é necessário parar de usar, mas evitar passar a noite toda ligado”, diz. Os banhos também devem ser dados tomando o cuidado com a temperatura da água utilizada e sempre secando bem o animal.

As doenças mais comuns nesse período são causadas por vírus e bactérias, como a tosse nos cães e a rinotraqueite nos gatos. “Espirros constantes, secreção no nariz e também nos olhos, apatia e falta de apetite são alguns sintomas de que algo não vai bem. Ao primeiro sinal de que o animal está doente é necessário consultar um veterinário”, revela.

Atenção para o sistema respiratório dos pets com focinho curto, como Pug e Bulldog. Outras raças como Chihuahua, Boston Terrier, Yorkishire, Dachshund e Poodle sofrem mais com o frio. “Os cães menores e com pelos rasos costumam sentir mais do que os animais de grande porte e com pelagem longa. O tutor deve ter bom senso para avaliar se o pet está bem aquecido e qualquer dúvida deve ser sanada com um especialista”, conclui. 






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