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domingo, 30 de outubro de 2016

10 fatos sobre a biópsia que todo paciente precisa saber



Especialista fala sobre exame presente na vida de todos pacientes, mas que ainda gera dúvida e receio


A biópsia é um procedimento extremamente comum na prática médica que ainda é pouco entendido pela maioria da população. Por conta disso, uma grande parcela dos pacientes nutre certo temor a respeito do exame, imaginando que ele seja dolorido, traga riscos à saúde ou que sua solicitação esteja sempre associada à suspeita de alguma doença grave. Segundo a médica patologista e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Gerusa Biagione, a falta de informação figura como principal causa para esse medo infundado.

“O procedimento é feito para a coleta de fragmentos de um determinado órgão ou tecido para análise posterior por um médico patologista. Quando solicitada, a biópsia é parte importante do processo de investigação de uma doença, o que possibilita o diagnóstico e fornece informações que contribuem para a escolha da conduta terapêutica adequada”, explica Gerusa.

Para melhorar a informação sobre o que é o exame e como ele é realizado, ela enumera os 10 principais fatos sobre o procedimento que todo paciente deveria saber:

1º) A solicitação de uma biópsia não significa suspeita de câncer. Grande parte dos pacientes fica assustada quando o médico pede esse tipo de exame, imaginando que isso só ocorra quando existe uma suspeita de câncer. Entretanto, muitas outras patologias menos graves também podem ser diagnosticadas via biópsias, como dermatite e outras doenças de pele. Via de regra, esse procedimento é indicado sempre que há necessidade de algum tipo de esclarecimento.

2º) A biópsia não precisa de um anestesia geral para ser realizada. Esse tipo de sedação só é usado quando a coleta de material precisa ser feita em uma cirurgia. Na maioria dos casos, contudo, essa retirada é mais simples, sendo feita por meio de procedimentos ambulatoriais, dentro do consultório médico.

3º) Ela não é um procedimento dolorido. O nível de dor é relativo, depende do órgão e do local a ser biopsiado. Em alguns casos pode ser necessária anestesia local, enquanto em outros mais simples não há dor alguma.

4º) A biópsia de medula óssea não é perigosa. Esse é um procedimento simples que é encarado com terror por muitos pacientes. A obtenção de material da medula óssea apenas requer alguns cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar, como assepsia. Ainda assim, a retirada não representa riscos à saúde do paciente.

5º) A biópsia sozinha não é o suficiente para diagnosticar o tipo de câncer e fornecer seu prognóstico. O exame histológico de uma amostra de tecido é parte importante da investigação clínica de uma doença. Ainda assim, a investigação completa inclui o exame clínico, além de exames de sangue, imagem e até outras biópsias, sempre que houver necessidade para o esclarecimento do diagnóstico.

6º) O tamanho e o local de onde a amostra foi retirada são importantes. Os patologistas estudam seis anos de medicina e pelo menos três de residência e especialização para conseguir avaliar tipos diferentes de tecidos com base nas imagens do microscópio. Para tanto, a amostra deve ser grande o suficiente para ser analisada. Outro ponto é o local de onde ela é retirada, que deve ser exatamente aquele em que as alterações celulares e do tecido fornecerão as informações que possibilitarão um diagnóstico preciso.

7º) O tempo para chegar a um diagnóstico pode variar. O tempo até a emissão do laudo é influenciado por fatores como o tipo de amostra a ser analisada e até a disponibilidade de serviços de patologia no hospital ou clínica. Como esse material precisa chegar até o microscópio do patologista para ser analisado, o período pode ser muito diferente de uma região, estado ou serviço para outros.

8º) O patologista deve garantir que a amostra utilizada é correta para o melhor diagnóstico possível. Como os fragmentos de órgãos e tecidos são seu instrumento de trabalho, esse profissional os avalia com atenção e cuida de sua preservação. Mais do que utilizar a biópsia para diagnosticar o câncer, o patologista pode usar a mesma amostra para identificar outros fatores que podem influenciar no tratamento e recuperação do paciente, como alterações genéticas relacionadas ao desenvolvimento de tumores.

9º) Sua biópsia é guardada em segurança para ajudar em tratamentos futuros. Os laboratórios são obrigados por lei a guardar as amostras por um determinado período de tempo. Esse material é valioso porque fornece informações importantes sobre um tumor primário, ajudando a identificar, por exemplo, se outras manifestações cancerígenas são reincidências dessa primeira lesão ou se são um novo câncer. O paciente ainda pode dar autorização para que essas amostras sejam incluídas em bancos de tumores ou para outras pesquisas científicas.

10º) Todo diagnóstico tem por trás de si um processo quase artesanal. Para emitir seu laudo, o patologista precisa analisar as amostras minuciosamente no microscópio. Longe de ser um diagnóstico automatizado impresso rapidamente por uma máquina, ele leva tempo e envolve etapas como exame da amostra a olho nu (macroscopia), processos químicos para preservação e coloração dos tecidos e de corte para que as lâminas fiquem prontas para serem analisadas. Depois disso o especialista utiliza anos de experiência e estudo para comparar as imagens obtidas para emitir seu parecer. Só assim ele consegue indicar qual é a doença em questão, seu estágio e a melhor conduta terapêutica que o restante da equipe médica deve utilizar.


Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais.


sábado, 29 de outubro de 2016

Dicas para montar sua própria horta


Ferramentas Kennedy

Outubro Rosa: aprendendo a me amar e relacionar bem com meu corpo

Nós, mulheres, carregamos em nossa essência, como uma marca registrada, uma propensão ao cuidar. Parece que já nascemos impregnadas por um gene que nos impele ao cuidado com o outro e com as coisas de maneira geral.

Nunca atendi uma mulher em meu consultório na qual não detectasse esse instinto natural de tentar resolver e cuidar de tudo e de todos. Porém, é exatamente com base neste lindo dom que muitas vezes acabamos estragando as coisas e nos tornando um peso para nós mesmas e para os outros.
E sabe o porquê? Porque cuidamos dos outros e esquecemos de cuidar de nós mesmas!

Nos tornamos tão afoitas em zelar de tudo, que esquecemos de algo crucial para o sucesso nesta tarefa: devemos cuidar primeiramente de nós mesmas. Primeiro “encher”, para depois “derramar”. Porque se você somente derramar, vai chegar o momento -e não tardará - em que você vai ficar vazia.
Vazia de quê?

Vazia de amor, porque amou tanto os outros e esqueceu-se de amar a si mesma! Vazia de felicidade, porque derramou tanto seu desejo de felicidade, tentando fazer os outros felizes, que não sobrou alegria para você. Vazia de motivação, porque gastou toda sua energia com o mundo lá fora e esqueceu que seu mundo interno também carecia de estímulos para se colocar em ação.
E, quando menos se espera, o que temos? Temos uma mulher desgastada, sem vida, sem forças, cansada de tudo… vazia.

E sabe o que vai acontecer com aquelas pessoas a sua volta, para as quais você tanto se doou? Você se tornará um peso para elas, pois estará estressada, cansada, mal-humorada e chata.
Guarde bem isso em sua memória querida amiga: Encher para derramar! “A boca fala do que o coração está cheio”! E se você estiver vazia, será vazio que você disseminará!

Cuide-se! Ame-se! Busque o que te faz feliz! Encha-se e… derrame-se abundantemente a todos a sua volta. Isso é ser feliz e fazer feliz. Porque somente os felizes fazem feliz.
Os tristes contaminam tudo com sua tristeza, jamais se esqueça disso! Quer fazer seu marido, seus filhos, sua família feliz? Então comece agora, fazendo você mesma feliz!

Relacione-se bem com você! E comece cuidando de seu corpo. Olhe-se no espelho, admire-se, toque-se. Sinta um profundo respeito e amor por você mesma! Faça checkup e autoexame frequentemente. Cuide de sua alimentação, beba água, faça uma atividade física que lhe agrade.
Enfim, cuide de você e de seu corpo como o bem mais precioso que lhe foi concedido. Você precisará dele para cumprir com maestria sua nobre função de amar e cuidar sempre!
Grande abraço e até breve!



Viviane Guimarães - Psicóloga e Coach, especialista em Relacionamento. Idealizadora da Escola de Relacionamentos Viviane Guimarães (vivianeguimaraes.com.br)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Recomendações sobre mídia digital para crianças foram atualizadas





Novas diretrizes da Academia Americana de Pediatria dizem que os pais não só precisam prestar atenção na quantidade de tempo que as crianças dispendem fazendo uso dos suportes digitais, mas também como, quando e onde os usam


Não é tão ruim entregar ao seu filho o iPad de vez em quando... Nem é tão condenável usar o celular para jogar juntos ou fazer uma chamada via Skype para a vovó... Tudo isso está ok para ajudar a acalmar o bebê ou tentar manter a paz em casa? Não muito...

Novas diretrizes anunciadas pela Academia Americana de Pediatria (AAP), no dia 21 de outubro, dizem que os pais não só precisam prestar atenção na quantidade de tempo que as crianças usam os suportes digitais, mas também como, quando e onde fazem uso desses meios.

“Para crianças de 2 a 5 anos, as mídias digitais devem ser limitadas a uma hora por dia, diz a declaração, e isso deve envolver programação de alta qualidade ou algo que os pais e as crianças possam ver ou fazer em conjunto. Com a exceção de videoconferências, os meios digitais também devem ser evitados por crianças com menos de 18 meses de idade”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

As novas diretrizes da entidade americana destacam que as mídias digitais tornaram-se parte inevitável da infância para muitos bebês, crianças e pré-escolares, mas as pesquisas sobre como isso afeta o desenvolvimento infantil ainda são limitadas. A AAP também publicou uma declaração separada no mesmo dia para as crianças mais velhas: de 6 anos até a adolescência.

Segunda a entidade americana, para crianças com mais de três anos, a pesquisa é sólida. Programas de alta qualidade, como o americano Sesame Street, podem ensinar às crianças novas ideias. “No entanto, com menos de três anos, os cérebros ainda imaturos das crianças têm dificuldade para transferir o que vêm em uma tela para o conhecimento da vida real. Nós ainda não sabemos se a interatividade ajuda ou atrapalha nesse processo”, observa o médico.

“O que sabemos é que a primeira infância (especialmente entre 2 e 3 anos) é um período de rápido desenvolvimento cerebral, quando as crianças precisam de tempo para brincar, dormir, aprender a lidar com as emoções e construir relacionamentos. As pesquisas sugerem que o uso excessivo de mídia digitais pode ser um empecilho no caminho destas importantes atividades. As diretrizes da entidade americana destacam formas como as famílias e os pediatras podem ajudar a gerenciar essa relação de maneira equilibrada e saudável”, relata o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Por limites no tempo de tela

O uso dos meios digitais, por muito tempo, já foi relacionado à má qualidade do sono e ao desenvolvimento infantil e saúde física deficientes. O seu uso de forma intensa na pré-escola está associado a pequenos, mas significativos, aumentos no índice de massa corporal.

As diretrizes recomendam a proibição das mídias digitais uma hora antes de dormir, quando os aparelhos devem ser desligados  e mantidos fora dos quartos das crianças. As refeições devem ser feitas em ambientes livres de telas.

“Embora existam situações específicas onde o uso da mídia digital seja uma ferramenta calmante e útil, como em aviões ou durante procedimentos médicos, os pais devem evitar esses meios de comunicação como a única maneira de acalmar as crianças, segundo observam os autores das diretrizes. O uso de dispositivos como estratégia calmante comum pode limitar a capacidade das crianças de regularem suas próprias emoções”, alerta Chencinski.

Temos que ser realistas sobre a onipresença do uso da mídia digital. Por esta razão, é ainda mais importante que os pais ajudem os filhos a compreender as formas saudáveis ​​de usá-las, desde as primeiras idades.

“Usar o skype para falar com os avós, assistir vídeos de ciência juntos, colocar uma música e dançar juntos, buscar novas receitas ou ideias de brincadeiras, tirar fotos e fazer vídeos para mostrar uns aos outros... Estas são apenas algumas maneiras de as mídias serem usadas como uma ferramenta para apoiar a conexão da família. É crucial que os adultos interajam com as crianças durante o uso, para ajudá-las a aplicar o que estão vendo na tela no mundo real. A pesquisa mostra que para os mais jovens - com idades entre 18-36 meses - isso é essencial, destacam os pediatras americanos”, conta o pediatra.

Os autores das novas diretrizes reconhecem que os aplicativos bem bolados, como Sesame Street, podem ajudar a melhorar a alfabetização e os resultados sociais para crianças de 3 a 5 anos. Mas muitos aplicativos que os pais encontram facilmente rotulados na categoria "educacional" não são baseados em evidências educacionais e não contribuem em nada para o desenvolvimento infantil.

Fazendo a lição de casa

Os pediatras americanos também recomendam que os pais devem limitar o próprio tempo de tela também. O uso intenso e pesado dos dispositivos móveis pelos pais está associado a menos interação verbal e não-verbal entre pais e filhos e pode ser causa de mais conflitos entre pais e filhos.

Os pediatras também são incentivados a ajudar os pais a serem "mentores de mídia", ou seja, modelos e guias sobre como escolher um bom conteúdo digital. Os médicos têm a oportunidade de educar as famílias sobre o desenvolvimento do cérebro nos primeiros anos e a importância da interação familiar para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades emocionais e sociais.

“Os pediatras têm a oportunidade de iniciar conversas com os pais sobre o uso das mídias sociais pela da família. Nós podemos ajudar os pais a desenvolver planos de uso de mídia para suas casas, estabelecer limites e incentivá-los a usar os dispositivos com os seus filhos de uma maneira que promova a aprendizagem e a interação”, defende Moises Chencinski.

Pontos centrais das novas diretrizes

Aqui está uma listagem das novas orientações da AAP para os pais de crianças de 0-5 anos:

·         Evite o uso das mídias digitais (exceto conversas com vídeo) para crianças com idade inferior a 24 meses;

·         Se a mídia digital é introduzida às crianças entre 18 e 24 meses, escolha uma programação de alta qualidade e utilize os meios de comunicação com seu filho. Evite que a criança faça o uso dessas mídias sozinha;

·         Não se sinta pressionado a introduzir a tecnologia mais cedo. Interfaces são tão intuitivas que as crianças vão entendê-las rapidamente quando começarem a usá-las;

·         Para crianças de 2 a 5 anos, limitar o uso da tela para uma hora por dia com programação de alta qualidade. Use sempre os dispositivos com o seu filho e o ajude-o a entender o que ele está vendo;

·         Evite programas e aplicativos em ritmo acelerado com muito conteúdo, distração ou violência;

·         Desligue TVs e outros dispositivos quando não estiverem em uso;
·         Evite o uso de meios de comunicação digitais como a única maneira de acalmar seu filho. Isso pode levar a problemas com fixação de limites e capacidade de regular as emoções;

·         Use aplicativos de teste, antes que o seu filho os use e sempre jogue junto com ele;

·         Mantenha quartos e locais de refeições livres de telas. Os pais podem definir a opção de "não perturbe" em seus telefones celulares, durante o tempo em que permanecem nesses locais;

·         Defina regras sobre o tempo de tela: até uma hora antes de dormir;


·         Precisa de mais orientações? Pergunte ao seu pediatra.




Moises Chencinski



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