Pesquisar no Blog

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Dia da leitura: o que acontece no seu cérebro quando você lê um livro ?

Qual foi a última vez que você leu um livro até o fim? Para muita gente, a resposta é espantosa e os motivos são inúmeros. O principal deles, até mesmo para os amantes da leitura – a falta de tempo. Para além da capacidade intelectual e de traços próprios da inteligência, é possível identificar um bom leitor pela capacidade que o seu cérebro desenvolveu para um conjunto complexo de mecanismos ajustados à leitura.

A qualidade da leitura é um índice que reflete diretamente na qualidade dos nossos pensamentos e é a melhor ferramenta que temos para nossa evolução como espécie.

 

O que acontece no cérebro quando lemos algo? 

Um estudo recente sobre rastreamento ocular mapeou que um leitor fluente é capaz de ler cerca de 200 palavras por minuto. Tudo o que sabemos antes de ler nos prepara para reconhecer mais depressa cada contexto apresentado na leitura.

 

“É possível entender esse processo melhor quando pensamos no exemplo do corretor ortográfico que sugere uma palavra antes dela ser escrita no celular. Nosso cérebro faz a mesma coisa - são as predições proativas, que aceleram a nossa compreensão sobre um assunto e, para conseguir fazer as predições, o cérebro busca dados na memória de trabalho (memória de curtíssimo prazo em que processamos as tarefas que estamos realizando no momento), na memória de longo prazo e nos conhecimentos estocados sobre os assuntos. Quanto maior o conhecimento e melhor o funcionamento das memórias, melhor nossa compreensão dos conteúdos lidos”, explicou Livia Ciacci, Neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro. 

 

Leio o dia inteiro... na internet. Isso é bom ou ruim?

Palavras muito comuns em contextos curtos - como legendas, placas e sinalizações são processadas diretamente a partir do sistema visual, sem passar por uma recodificação fonológica, é automático.

 

Já um livro é composto de uma narrativa muito mais complexa, carregado de contextos e inferências além da pura informação literal.

 

“No livro, o processo de compreensão é mais lento, pois estamos integrando informações, fazendo inferências, deduções e associações, então, ocorrerão pausas devido a maiores cargas de processamento. No livro o processo sensorial leva a uma leitura profunda e focada, que formará imagens e criará um universo mental de tudo que está sendo relatado no texto”, detalhou a especialista.

 

Ganhos a longo prazo

Quanto mais lemos, maior o nosso repertório pessoal. Quanto maior o repertório, mais recursos intelectuais são aplicados ao que se lê. “Quem lê pouco acaba com menor repertório e terá menos bases para fazer inferências e associações - são as maiores vítimas das fake news e informações duvidosas. Outro ganho para o cérebro que também é essencial para a vida em sociedade é a capacidade de empatia. A leitura profunda de livros e histórias formam imagens e criam o desenrolar de situações na mente, que transporta a pessoa para a perspectiva do autor ou do personagem - essa mesma habilidade treinada pela leitura é que trará a capacidade de empatia nas relações e nos pensamentos”, detalhou Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais do SUPERA – Ginástica para o cérebro.


 

Leitura digital X leitura analógica

 

A leitura é uma habilidade construída. Nós não nascemos leitores, mas nascemos capazes de identificar formatos e atribuir significados. Entretanto, cada leitura trabalha mais certos processos cognitivos em detrimento de outros.

 

Segundo Livia, quando lemos nas telas digitais, fazemos movimentos em zigue-zague com os olhos, como em um caça-palavras. Captamos o contexto, pulamos para as conclusões, e voltamos no corpo do texto só se for necessário.

 

“Uma pesquisadora Norueguesa (Anne Mangen) já provou que a compreensão da leitura em telas é diferente da leitura em papel. No estudo, com estudantes que leram materiais impressos e digitais, ela concluiu que os estudantes que leram na tela ignoraram grande parte do enredo e concluiu que na tela, o leitor fica ausente a dimensão espacial e concreta do livro, que indica onde estão as coisas. Ler através das telas funciona perfeitamente bem quando precisamos trabalhar com dados rápidos, informações objetivas, curtas e dinâmicas, mas, se quisermos entender algo em profundidade? A leitura em papel é o melhor caminho”, concluiu.


Quer melhorar o hábito de leitura? Confira algumas dicas:

 

·        Opte por estilos de linguagem leves e assuntos que sejam do seu interesse;

 

·        Comece por leituras que vão exigir um esforço muito grande do cérebro;

 

·        Tenha a expectativa da leitura escolhendo um livro que você goste muito do assunto, ou que pelo menos tenha curiosidade;

 

·        Deixe o livro sempre em fácil acesso (na bolsa, do lado da cama) e evitar os dispositivos digitais quando for ler - eles sempre vão distraí-lo;

 

·        Institua pequenos prazos para avançar na leitura, por exemplo 5 páginas por dia;

 

·        Aproveite os canais que exploram resenhas e dicas de leitura

 

 

Outubro Rosa e os benefícios do EFT para tratamento do câncer de mama

Saiba como o EFT, técnica conhecida como acupuntura sem agulhas, pode auxiliar e proporcionar bem-estar às mulheres acometidas pela doença


Outubro chegou mais uma vez e trouxe com ele a campanha Outubro Rosa sobre a importância da conscientização  da prevenção do câncer de mama. Além dos exames periódicos para detectar a presença da doença, do acompanhamento médico, da quimioterapia e radioterapia quando ela foi  detectada, também é importante para a paciente contar com tratamentos complementares que possam proporcionar bem-estar e contribuir para o equilíbrio emocional e físico do organismo.

Dentro do meu trabalho percebo o quanto EFT - Emotional Freedom Techniques tem ajudado mulheres com câncer de mama pois, por ser uma técnica que trabalha sintomas físicos e emocionais através da liberação emocional, ela abrange tudo que a pessoa precisa quando está em tratamento ou quando se vê com as sequelas do mesmo.

Hoje existem mais de 20 milhões de pessoas no mundo que usam essa técnica e milhares de comprovações científicas nas plataformas mundiais mais respeitadas, dentre elas a PubMed (pubmed.gov).

Além disso, muitas pesquisas também mostram que as pacientes que se mantiveram fisicamente ativas e buscaram formas alternativas e integrativas associadas ao tratamento tiveram melhora considerável em comparação com as que somente se submeteram aos tratamentos protocolares.

Com base no EFT quero mostrar algumas formas ajudar as mulheres em suas questões emocionais e físicas nesta fase tão delicada.

Gostaria de começar com um vídeo https://www.youtube.com/watch?v=Y2xAG1ZlvJ8&t=15s mostrando os pontos da técnica, como aplicá-la e indicar o uso do EFT para auxiliar nas questões físicas mais comuns durante o tratamento como náuseas, fadiga, dores musculares, tontura e fraqueza.

O emocional em desequilíbrio, com cicatrizes e mutilações, abala a autoestima pois, por mais amparada que a mulher esteja, ela se sente só, perdendo muitas vezes a esperança da cura ou do final do seu sofrimento.

Trabalhar o emocional com EFT encurta muito o caminho que não parece ter fim. Traz alívio para cada emoção negativa, eliminando-a e dissipando a dor emocional que muitas vezes parece maior que a física.

Já, no vídeo https://www.youtube.com/watch?v=DKZM6HjD0yc&t=28s mostro como usar o EFT para reduzir as emoções negativas de um modo geral

Quanto às cicatrizes eu diria que você pode olhá-las e ver sofrimento, mas escolha olhá-las e lembrar da cura. Elas mostram seu sucesso perante algo que tentou lhe destruir e que hoje a vitória é sua!

 

MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, Margareth Signorelli é fundadra do ILE - Instituto de  Liberação Emocional tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli

O consumo excessivo de açúcar e a má escovação podem levar ao aparecimento de cáries. E isso pode trazer sérios problemas para a saúde bucal das crianças, revela o dentista Dr. Luciano Martins.

 

Não é novidade para ninguém que criança adora chocolates, doces, refrigerantes, entre outros alimentos ricos em açúcar. O problema é o consumo desenfreado deles, aliado à uma má escovação, se torna o ambiente propício para a proliferação de cáries, e muitos pais nem sabem disso. 

Exemplo disso é que números do Ministério da Saúde mostram que 53,4% das crianças brasileiras de até cinco anos têm ou já tiveram cárie. Na opinião do dentista Dr. Luciano Martins, este consumo excessivo de açúcar é um dos grandes responsáveis por este contexto. “Afinal, este elemento serve como uma espécie de ‘alimento’ para as bactérias cariogênicas, e com a falta de uma escovação adequada, o ambiente se torna o mais propício possível para isso”. Além disso, o dentista observa: “O açúcar não tem valor nutricional, mas o exagero dele pode trazer outros problemas, por exemplo inflamação gengival e proliferação de outras bactérias”.  

Um grande erro que as famílias cometem, lembra Dr. Luciano, é que muitas famílias pensam que pelo fato da troca de dentes ocorrer por volta dos seis anos de idade, não há problemas em oferecer estes alimentos à criança. “Isso é um grande erro, E as pessoas não sabem que essa conduta pode inclusive prejudicar o processo de dentição. Pois a perda precoce dos dentes de leite pode causar uma desordem no surgimento dos permanentes, causando problemas oclusais, apinhamento, dentre outros problemas. Soma-se a isso que a lesão causada pela cárie pode se prolongar até o germe do dente permanente, afetando ele também”. 

Para evitar esta série de transtornos, Dr. Luciano recomenda medidas simples que qualquer família pode seguir: “Basta ter uma higienização de qualidade, com uso de creme dental com flúor e do fio dental. Lembre-se de que a escovação deve ser feita desde que surgir o primeiro dente do bebê, e explique a ela que os cuidados devem ser tomados ao longo de toda sua vida”, completa.

 


Dr. Luciano Martins -Especialista em implantodontia, também fez pós-graduações em odontologia estética e prótese. Trabalha na área de implantes dentários em um empreendimento que hoje é referência no estado de Mato Grosso. Também é profissional referência em lentes de contato dental. Responsável por esta clínica de sucesso, Dr. Luciano e sua equipe já atendeu mais de 9 mil pacientes em 20 anos de trabalho no mercado odontológico. “Nossa missão é oferecer odontologia de excelência em todas as especialidades, para todas as idades. Com amor, eficiência e conforto, aliadas à tecnologia de ponta. Proporcionando saúde, autoestima e qualidade de vida”, diz.

 


Foto: Divulgação

MF Press Global


Estudo do InCor aponta alta mortalidade em pacientes com alterações cardíacas causadas pela covid-19

A pesquisa CoronaHeart traz pela primeira vez o recorte brasileiro dos
impactos da doença no sistema cardíaco: taxa de mortalidade em pacientes que
apresentaram problemas no coração é de 42%


O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP) realizou o primeiro estudo no Brasil para avaliar os impactos da covid-19 no coração. Publicado no IJC Heart & Vasculature, a pesquisa apontou que a taxa de mortalidade hospitalar entre pacientes com covid-19 que desenvolveram problemas cardíacos em decorrência dessa doença é de 42%, com equilíbrio entre os sexos masculino e feminino. Indicou ainda que 71% desses pacientes necessitaram de terapia intensiva e 54,2% apresentaram lesões no músculo cardíaco, indicada pelos níveis elevados de troponina, proteína reconhecida como marcador de injúrias no órgão.

Além da troponina elevada, o estudo identificou também como fatores de risco de agravamento e morte a insuficiência cardíaca prévia, presente em 12,6% dos participantes da pesquisa, alterações no ecocardiograma (6%), síndromes coronárias agudas (5,7%) e arritmias (4,5%).

Entre os principais fatores associados à mortalidade, estão a idade avançada, a necessidade de ventilação mecânica, altos índices de inflamação (proteína C reativa), alteração no músculo cardíaco (troponina) e alteração no sistema de coagulação do sangue.

Com esses dados em mãos, a equipe do InCor desenvolveu um score de risco, o CoronaHeart Risk Score, para auxiliar médicos na avaliação precoce e na orientação dos cuidados e dos potenciais tratamentos em pacientes infectados com covid-19.

Conduzido pelo presidente do Conselho Diretor do InCor, Dr. Roberto Kalil Filho, tendo à frente a pesquisadora Patrícia Guimarães, o estudo intitulado CoronaHeart teve a participação de 2.546 pessoas com idade média de 64 anos, sendo 60,3% do sexo masculino.

Foram 21 unidades hospitalares envolvidas nesse estudo que acompanhou pacientes internados em todo o País, de junho a outubro de 2020. Por meio de análise retrospectiva de seus prontuários médicos, os pesquisadores avaliaram as principais alterações cardiovasculares e fatores que podem aumentar o risco de óbito nos pacientes.

"Primeiro na América do Sul, esse estudo passa agora a compor o conjunto mundial de informações sobre intercorrências cardíacas em pacientes com covid-19, ao lado de pesquisas da Itália, Estados Unidos e Inglaterra. Como cada população tem sua especificidade, é importante que tenhamos esse estudo como um recorte brasileiro", reforça Kalil.

Um dos fatores observados também no Brasil foi o risco aumentado de óbito em pacientes com algum tipo de câncer, devido à fragilidade do sistema imune. Esse dado é similar aos resultados de pesquisas na China, porém ele não registrado em estudos do continente europeu.

A CoronaHeart apontou também que, diferentemente dos registros internacionais, no Brasil foi notada uma equalização entre o número de mortes de homens e de mulheres. Nos demais países, verificou-se a prevalência do sexo masculino no registro de óbitos.

 

Cuidados Paliativos a serviço da vida

Nos últimos dias, o conceito de Cuidados Paliativos foi divulgado de forma errada. Com o objetivo de desfazer esse equívoco e dada a relevância do tema, que envolve a população como um todo, é urgente esclarecer alguns pontos. 

Cuidado Paliativo não é um tratamento que deve ser considerado apenas quando o paciente se encontra moribundo e exaurido pelo uso de medidas invasivas prolongadas em um leito de terapia intensiva; tampouco deve ser indicado com o intuito de economizar gastos, ou de abreviar a vida dos pacientes; além disso, jamais deve ser um tratamento imposto pela equipe médica, sem consentimento do paciente e/ou de seus familiares. 

Todos esses argumentos são exatamente o oposto do que os Cuidados Paliativos se propõem. 

Nesse momento, milhares de pacientes estão sendo atendidos por paliativistas em todo Brasil e no mundo. Pacientes aliviam sintomas e angústias em razão de suas doenças graves, parentes veem as dores de seus familiares aliviadas e são atendidos por psicólogos, pessoas recebem alta com menos sofrimento após uma internação, colegas apoiam outros colegas em conversas que nem sempre são fáceis, ou seja, seres humanos realizam seus desejos, enfrentam suas dificuldades e têm sua dignidade e qualidade de vida preservadas. 

Esse é o verdadeiro valor e objetivo dos Cuidados Paliativos. No próximo dia 9 de outubro será comemorado o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, uma iniciativa global que visa a sensibilizar as pessoas para a importância dessa abordagem. Esse ano, o lema da comemoração será “Não deixe ninguém para trás”. 

A ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) reafirma, diante de todos os brasileiros, esse lema: Não deixaremos ninguém para trás! 

Lutaremos, amparados em evidências científicas, para que todos os brasileiros que necessitem recebam os Cuidados Paliativos adequados. Salvar a dignidade de uma vida também é salvar uma vida. E é isso que fazemos.

 


Douglas Henrique Crispim - médico geriatra, paliativista e presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.


Obesidade pode contribuir para o aparecimento do câncer de mama

Reposição hormonal e anticoncepcional devem ser usados com orientação do especialista

#outubrorosa

 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2021, estimam-se 66.280 casos novos de câncer de mama, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos. O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência mais macia, globosos e bem definidos. Por isso é fundamental que a mulher realize todos os exames de rotina e fique atenta a qualquer sinal: 95% dos casos diagnosticados no início têm possibilidade de cura. 

O câncer de mama, além da oncologia, também está ligado à endocrinologia, isso porque muitas comorbidades como diabetes e obesidade podem contribuir para o aparecimento da doença. A obesidade pode ser considerada uma das causas do câncer de mama porque um dos principais hormônios produzidos pelo tecido adiposo é o estrógeno, que está intimamente ligado a alguns tipos de câncer de mama. Durante a vida fértil, o hormônio tem sua produção pelos ovários. Já na menopausa, há uma queda nos níveis do estrógeno, que param de ser produzidos nos órgãos sexuais femininos. 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que quando a mulher está acima do peso na menopausa, o tecido adiposo se encarrega de produzir o estrógeno, que, em excesso, pode provocar a multiplicação celular do tecido mamário, causando o câncer. “Por esse motivo, estima-se que as mulheres obesas têm mais chances de desenvolver o câncer de mama, principalmente no período logo após a menopausa, quando comparadas com as que se encontram com o peso ideal”, esclarece a especialista. 

Vale lembrar que o câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, como idade, fatores endócrinos, comportamentais, ambientais, fatores genéticos e hereditários. 

Reposição Hormonal - De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a terapia de reposição hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, aumenta o risco do câncer de mama e deve ser realizada sempre com a supervisão de um médico. Ainda segundo o Instituto, o aumento de risco de desenvolver a doença diminui progressivamente após a suspensão do tratamento. 

“Atualmente, a TRH é contraindicada nas mulheres que já tiveram câncer de mama. Os riscos do uso de hormônios bioidênticos (substâncias hormonais que possuem a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano) permanecem incertos. Nas mulheres sem fatores de risco associados, a terapia hormonal pode ser feita com tranquilidade, se a mulher mantiver o seguimento médico de perto, realizando os exames de rotina necessários”, explica Dra. Lorena. 

Anticoncepcional - Recentemente, um estudo publicado no New England Jornal of Medicine, uma das mais conhecidas publicações científicas do mundo, revelou que o risco de câncer de mama é maior para as usuárias de anticoncepcionais em relação àquelas que nunca recorreram ao medicamento. Os pesquisadores revelaram que o uso do anticoncepcional produziu um caso extra de câncer de mama para cada 7.690 mulheres por ano, considerando que cerca de 140 milhões usam o anticoncepcional em todo o mundo. 

“No entanto, não há necessidade de as mulheres interromperem o uso do anticoncepcional que já utilizam. O ideal é que cada paciente avalie ou discuta com seu médico sobre os riscos e os benefícios da pílula, que além de ter alta eficácia contra a gravidez, também pode regular o ciclo menstrual, diminuir cólicas e TPM e melhorar a pele”, comenta a médica. 

Diagnóstico Precoce - O rastreamento por meio da mamografia diminui a mortalidade em cerca de 20% nas pacientes entre 50 e 69 anos, de acordo com dados do INCA. Quanto maior for o percentual de mulheres na faixa de 50 a 69 anos que realizam a mamografia de rastreamento a cada dois anos, maior será a chance de detectar a doença na fase inicial, diminuindo a taxa de mortalidade. 

A qualidade da mamografia é indispensável para a detecção precoce do câncer de mama. Hoje em dia, a qualidade dos aparelhos (mamógrafos) garante imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de radiação. O rastreamento contribui para reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também traz riscos.  

Prevenção - Conhecer os fatores de risco é a chave para a prevenção do câncer mamário, que pode ser feita de duas maneiras: a prevenção primária, isto é, reduzir ou evitar o risco não se expondo a determinados agentes, e a prevenção secundária, através de exames dirigidos, como é o caso da mamografia e do Papanicolau nas mulheres. 

Os principais fatores de risco para câncer, conforme explica Dra. Lorena, são exposição solar repetida e sem proteção, dieta inadequada (excesso de gorduras, carnes, embutidos, alimentos ultraprocessados), consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas em excesso, sedentarismo, e algumas infecções (HPV e hepatite, por exemplo).

“Ter um estilo de vida saudável ajuda, e muito, a prevenir o câncer de mama e outros tipos de câncer. Como eu sempre comento e repito para minhas pacientes: uma alimentação rica em vegetais como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leguminosas, tirando os alimentos industrializados do cardápio, ajuda a diminuir consideravelmente os riscos de ter a doença”, conta a especialista.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Dez sinais para professores e pais de que a criança pode ter algum problema de visão

Miopia e outros erros de refração são as principais causas de mau desempenho escolar


Pedir para sentar-se nas primeiras fileiras para enxergar melhor, cerrar os olhos para ver de longe, queixar-se frequentemente de dor de cabeça, coçar os olhos constantemente e desinteresse nas atividades escolares. Esses são comportamentos na infância que sinalizam que a criança tem algum problema ocular. E professores e pais devem ficar atentos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de correção ou tratamento. De acordo com levantamento* do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os erros de refração (miopia, astigmatismo e hipermetropia, que podem ser hereditários) não retificados são a principal causa de deficiência visual na garotada. No mês em que se celebra o Dia da Criança (12/10), o Dia do Professor (15/10) e o Dia Mundial da Visão (14/10), seguem dicas importantes para pais, com o auxílio dos professores, ficarem atentos.

Para a região que inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Venezuela, o documento do CBO estima em 23 milhões o número de crianças em idade escolar com “erros refracionais, que interferem em seu desempenho diário” (devido à dificuldade de aprendizado e de inserção social, e baixa autoestima). No Brasil, são 12,8 milhões entre 5 a 15 anos de idade com deficiência visual por erros de refração não corrigidos, conforme o levantamento “Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância: Detecção e Intervenção Precoce para a Prevenção de Deficiências Visuais”, do Ministério da Saúde.

Além disso, outras disfunções, como catarata e glaucoma congênitos, comprometem a visão de forma grave. De acordo com o CBO, com base na estimativa da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, é possível considerar que no Brasil tenhamos 26 mil crianças cegas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou controladas precocemente.

A melhor estratégia, portanto, é prevenir, diagnosticar e tratar a queixa ocular logo no seu início. Assim, os cuidados devem começar na gravidez, esclarece a oftalmologista do HCLOE, empresa do Grupo Opty, Patrícia Diniz, especialista em Retina Clínica, Oftalmopediatria e Estrabismo. No pré-natal, o especialista diagnostica e acompanha condições nas gestantes que colocam em risco a visão do feto, como rubéola, toxoplasmose, sífilis e herpes.

Ao nascer ou logo na primeira semana do pós-parto, de preferência, os recém-nascidos precisam ser submetidos ao teste do olhinho. Ele é essencial para investigar males que exigem cuidado urgente, tais como catarata congênita (de maior incidência em bebês cujas mães tiveram infecção) e glaucoma congênito (um sinal é a fotofobia), além do retinoblastoma (tumor na retina). Em prematuros nascidos com até 32 semanas e/ou com peso de até 1500 gramas, deve-se realizar mapeamento de retina, pelo risco de retinopatia relacionada à prematuridade, uma doença que pode levar à cegueira – o que é possível evitar, se diagnosticada precocemente. O primeiro exame é feito entre 4 a 6 semanas de vida.

“Se estiver tudo bem com a visão, um exame completo deverá ser feito no primeiro ano de vida e daí em diante anualmente. Na pré-escola (dos 4 aos 6 anos) e na segunda infância (dos 6 anos até a puberdade), as crianças devem ser examinadas, porque nessa fase são comuns os casos de miopia (dificuldade de ver de longe), astigmatismo (a imagem é distorcida) e hipermetropia (objetos próximos ficam embaçados)”, reforça a médica.

Outra disfunção que pode afetar a capacidade de visual na infância é o estrabismo, o desalinhamento dos olhos, condição que atinge cerca de 5% da população infantil e tem diferentes formas: convergente (olho desviado para dentro), divergente (olho desviado para fora) ou vertical (olho desviado para cima ou para baixo).

“Vale lembrar que, até por volta dos seis meses, é normal desvio dos olhos intermitente e desvio para dentro (ou convergente). Contudo, se permanecer depois dessa idade ou apresentar desvio divergente (olho para fora) ou desvio constante, o oftalmopediatra deve ser consultado. Com a falha, os olhos não focam a imagem no mesmo sentido, ao mesmo tempo, o que pode levar à diminuição da capacidade de enxergar e perda da percepção de profundidade. Daí a importância de iniciar a correção precocemente, com o tratamento adequado em cada caso, que inclui o uso de óculos especiais, tampão, exercícios para os olhos ou cirurgia”, enfatiza a oftalmologista, acrescentando que qualquer alteração expressiva na cor dos olhos após o primeiro ano de idade deve ser motivo de visita ao oftalmopediatra.

Nas aulas ou em casa, fique de olho se a criança:

  1. Pisca ou esfrega os olhos com frequência – O motivo talvez seja erro de refração (miopia, astigmatismo ou hipermetropia), reação à alergia (por diferentes fatores) ou a algum corpo estranho no olho, ou tique por ansiedade, estresse. O ideal é consultar oftalmopediatra.
  2. Fica desatenta às atividades escolares – Crianças com problema de vista costumam perder interesse por atividades em sala de aula, evitar ler, desenhar, jogar ou fazer outros projetos que precisam de foco de perto. Elas podem ser sutis sobre isso e não falar sobre o que estão sentido.
  3. Tem manchas no branco do olho – Vermelha brilhante sugere hemorragia na conjuntiva (membrana que reveste a parte posterior da pálpebra a parte branca do olho). Provavelmente um vaso se rompeu, normalmente, sem danos maiores. Mancha cinza indica alteração benigna, mas deve ser examinada por oftalmologista. Às vezes, é decorrente de anemia. Mancha marrom geralmente é nevo ou sarda. É mais comum em pessoas com cabelos ou olhos escuros, porque produzem mais melanina. Um nevo por si só não aponta anormalidade, porém a criança deve ser acompanhada por oftalmologista.
  4. Tem olhos desalinhados – um olho pode estar fixando para frente, enquanto o outro, para dentro, para fora, cima ou baixo. Assim os olhos não fixam exatamente na mesma direção ao mesmo tempo. Se não for resolvido, há risco de perda de visão no olho com desvio.
  5. Olhos dilatados ou pupilas grandes – É comum que as pupilas das crianças pareçam maiores do que as dos adultos, principalmente nos olhos claros expostos à luz natural ou artificial. Certos medicamentos afetam o tamanho da pupila. Por exemplo, os fármacos receitados para transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (o TDAH). Se uma pupila parece consistentemente maior do que a outra ou há dúvida, consulte oftalmopediatra.
  6. Desconforto ou coceira – A coceira e/ou desconforto costuma ser condição temporária associada a alergias. Pode ser acompanhada de lacrimejamento e/ou sensação de queimação e/ou pálpebras inchadas. Se a queixa for acompanhada de vermelhidão e secreção pegajosa, desconfie de conjuntivite. Evite que a criança crie o hábito de coçar os olhos, porque isso é prejudicial à córnea e pode produzir ceratocone, alteração grave na visão.
  7. Dorme com os olhos abertos – Quando as crianças entram em sono profundo, é comum que seus olhos se abram um pouco e até se movam. Isso geralmente não deve ser motivo de preocupação. Se costumam dormir com os olhos abertos em local com ar condicionado ou ventilador, os olhos podem ficar secos, vermelhos ao acordar. O oftalmologista receita, se necessário, pomada ou colírio para manter os olhos suficientemente úmidos e evitar danos à córnea.
  8. Apresenta crosta ou gosma nos olhos – A secreção do olho pode secar nas pálpebras e nos cílios e formar crostas. A inflamação das bordas das pálpebras (blefarite) e nas glândulas sebáceas das pálpebras podem ser o motivo. O entupimento do canal lacrimal também forma crostas. Nesses casos, é preciso consultar oftalmopediatra.
  9. Inclina a cabeça ou cobre um olho – Isso acontece porque a criança sente necessidade de ajustar o ângulo para uma melhor visão. A consulta a oftalmopediatra vai esclarecer se o comportamento é decorrente de desalinhamento dos olhos, olho preguiçoso (ambliopia) outra disfunção. Inclinar a cabeça também pode ser hábito por erro de refração. Algumas crianças com astigmatismo viram o rosto para o lado para ver com mais clareza.
  10. Passa muito tempo diante de telas – Observe se a criança passa horas diante de telas e pouco tempo em ambientes ao ar livre sem exposição à luz solar (nos horários recomendados por pediatras e dermatologistas). Esse hábito prejudica a saúde, inclusive ocular, como, por exemplo, eleva o risco de desenvolver ou agravar miopia. Isso já foi constatado em diferentes estudos internacionais. O mais recente, publicado na revista científica The Lancet, aponta que, com o necessário confinamento na pandemia da Covid-19, crianças e jovens de 5 a 18 anos apresentaram um aumento médio na miopia de 40% entre 2019 e 2020. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem publicação sobre o tema para o público leigo: o “Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde”.

 

*As Condições de Saúde Ocular no Brasil 2019” do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Fontes: Patrícia Diniz, oftalmopediatra do Grupo Opty, e Academia Americana de Oftalmologia.


Obesidade: um problema de saúde crônico que merece atenção

Segundo dados do ministério da saúde, a doença teve um crescimento de 72% nos últimos 13 anos. Cuidados com a alimentação e uma rotina de vida saudável são grandes aliadas para a sua prevenção


A obesidade é uma patologia caracterizada pelo aumento da massa corporal gorda. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS ), mostram que em 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais no Brasil estavam obesas, o equivalente a 41 milhões de cidadãos. Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.

"Ela é uma doença que se define com excesso de gordura corporal e na prática é estimada pelo excesso de peso em relação à altura, têm vários fatores causais, que na maioria das vezes agem conjuntamente: pré-disposição genética, alimentação, medicamentos, além de motivos neuropsiquiátricos e comportamentais como o sedentarismo, por exemplo. Entre os fatores alimentares destacam-se maus hábitos com a ingestão de alimentos de alto teor calórico", explica Marcelo Eduardo Sproesser, nutrólogo do hospital HSAMP.

Outro dado importante é que segundo o ministério da saúde, a obesidade teve um crescimento de 72% nos últimos 13 anos, de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019 e sua frequência é igual entre homens e mulheres. "Vale ressaltar que a obesidade também está associada a doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, infarto miocárdico, insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais e varizes, alterações metabólicas como diabetes mellitus e dislipidemias sendo elas doença hepática gordurosa e também está relacionada ao maior risco de infecções, hérnias, distúrbios de vesícula biliar, disfunção sexual e distúrbios de ordem psiquiátrica e de interação social", esclarece Marcelo.


Prevenção e tratamento

O especialista explica que os dois métodos mais usados de avaliação de obesidade são o índice de massa corpórea (IMC) e a medida da cintura abdominal. "Para calcular o IMC, divide-se o peso do paciente em Kg pelo quadrado da altura em metros. Se estiver entre 25 e 29,9 considera-se sobrepeso e se o cálculo for igual ou maior a 30, diagnostica-se obesidade, que pode ser graduada em riscos progressivamente maiores. Acima de 35 como obesidade de grau dois e acima de 40 como obesidade grau três", ensina.

A prevenção da obesidade está baseada em um estilo de vida mais saudável e para combatê-la é fundamental fazer acompanhamento com nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista, além de começar a realizar uma reeducação alimentar ingerindo alimentos saudáveis como vegetais, carnes magras e excluir alimentos industrializados como frituras e fast food, além de praticar atividades físicas regularmente. "Também é importante consultar um especialista precocemente para um diagnóstico mais específico por meio de cálculo de índice de massa corpórea, cintura abdominal e se possível, bioimpedância corporal, avaliando então a eventual necessidade de medidas farmacológicas e iniciando acompanhamento para controle do peso e dos possíveis efeitos colaterais dessas medicações e de doenças associadas", indica.

O tratamento sem nenhum tipo de medicamento somente com reeducação alimentar e exercícios físicos produz resultados em curto prazo, mas o índice da volta de ganho de peso é muito grande, cerca de 90% dos casos. "Cabe ao médico avaliar todo o contexto clínico e juntamente com o paciente a relação risco-benefício do uso de fármacos", alerta.

"Reafirmo que o uso de dietas de moda não se mostrou efetivo e frequentemente é prejudicial. As dietas Dash e dieta do Mediterrâneo são exceções, mas sua aplicabilidade é prejudicada pelo alto custo e difícil disponibilidade na rotina de vida moderna", finaliza o especialista.

 

HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo


Aumenta consumo de medicamentos para ansiedade e depressão durante a pandemia

Dados da Funcional Health Tech apontam que no primeiro semestre de 2021 o uso destes medicamentos aumentou 14%


Um levantamento da Funcional Health Tech - empresa líder em inteligência de dados e serviços de gestão no setor de saúde - feito a partir da análise de aproximadamente 1 milhão de pessoas, distribuídas por todo o país, mostra que entre janeiro e julho deste ano o consumo de medicamentos para ansiedade e depressão cresceu 14% em comparação ao mesmo período de 2020.

O público analisado são colaboradores das empresas clientes da Funcional Health Tech no produto Benefício Farmácia, uma solução corporativa que incentiva a adesão ao tratamento medicamentoso, proporcionando assistência à saúde, o que impacta na qualidade de vida e na retenção de talentos das empresas.

De acordo com o estudo, mulheres jovens (19 a 23 anos) que residem nas capitais foi o perfil que mais cresceu no consumo de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. Ainda com base nos dados da Funcional Health Tech, foi criado um ranking desses medicamentos, e os mais utilizados são antidepressivos, que representam 71,38%, seguido de sedativos e ansiolíticos (usados no controle da ansiedade), com 41,72%, e os direcionados para tratamento de outras doenças relacionadas ao sistema nervoso, com 15,03%.

"Quando analisamos os dados gerais de consumo de medicamentos de todos os clientes da Funcional, percebemos uma importante diminuição durante a pandemia para a maior parte dos medicamentos, em contraste com o aumento no consumo de antidepressivos e ansiolíticos. O que reforça a relevância dos cuidados com saúde mental desde a chegada da Covid-19", comenta o Dr. Alexandre Vieira, CMO (Chief Medical Officer) da Funcional Health Tech.

De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com depressão aumentou muito na última década: quase 5% da população do planeta (cerca de 330 milhões de indivíduos) convive com a doença e as suas repercussões no cotidiano. O Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, equivalente a 5,8%, atrás dos Estados Unidos, com 5,9%. Além disso, o país ocupa o primeiro lugar quando a questão é a prevalência de casos de ansiedade.


Médico Marcos Staak Jr aponta os benefícios da reposição hormonal em idosos

Com o declínio da produção hormonal em homens (testosterona) e em mulheres (estrogênio, principalmente), há um aumento no risco cardiovascular e na piora da densidade mineral óssea, entre outros fatores, aponta Marcos Staak Jr.

Os níveis circulantes de hormônios, como a testosterona em homens e estrogênio em mulheres, caem com a idade. Esse declínio começa ao atingirmos a maturidade e prossegue à medida que envelhecemos. Níveis baixos de hormônios trazem diversos riscos à saúde e sintomas incômodos. Por isso, a terapia hormonal pode trazer diversos benefícios aos idosos, de acordo com o médico Marcos Staak Jr. 

"Com o declínio da produção hormonal em homens (testosterona) e em mulheres (estrogênio, principalmente), há um aumento no risco cardiovascular, piora da densidade mineral óssea, levando à osteoporose, piora do perfil de colesterol, piora do perfil cognitivo, aumento da gordura e redução da massa muscular - processo conhecido como sarcopenia, que aumenta o risco de quedas e fraturas ósseas. Tudo isso é melhorado com a reposição hormonal adequada, além de inúmeros benefícios relacionados à qualidade de vida", explica o especialista. 

De acordo com o médico, tanto homens quanto mulheres podem fazer reposição hormonal. O que difere é o hormônio a ser utilizado na reposição.

Mas é sempre adequado ponderar sobre os riscos antes de fazer a reposição, como o de complicações cardiovasculares.  

Staak diz que os dados sobre o risco de complicações cardiovasculares com a terapia com testosterona têm sido conflitantes, com alguns estudos epidemiológicos sugerindo nenhum aumento nos eventos cardiovasculares em homens mais velhos, enquanto outros sugerem um possível aumento nos eventos cardiovasculares em alguns homens que tomam testosterona.

"Quando a reposição é feita de maneira adequada, em quem necessita, e com o acompanhamento médico correto, há uma redução do risco de doenças cardiovasculares", explica. 

Marcos explica que homens mais velhos que apresentam sintomas (por exemplo, diminuição da libido, humor depressivo), achados físicos (por exemplo, diminuição dos pelos do corpo) ou achados laboratoriais (por exemplo, anemia, baixa densidade mineral óssea) de baixa testosterona devem ser avaliados no mesmo forma como os homens mais jovens sintomáticos.

Marcos explica que homens mais velhos que apresentam sintomas (por exemplo, diminuição da libido, humor depressivo), achados físicos (por exemplo, diminuição dos pelos do corpo) ou achados laboratoriais (por exemplo, anemia, baixa densidade mineral óssea) de baixa testosterona devem ser avaliados no mesmo forma como os homens mais jovens sintomáticos. 

"O teste inicial deve ser uma dosagem de testosterona sérica no início da manhã, em jejum. Se o resultado for baixo, o teste deve ser repetido pelo menos uma vez, de preferência duas".

Marcos alerta que o profissional que deve fazer o diagnóstico de deficiência hormonal, a prescrição de hormônios e o acompanhamento dessas pessoas é o médico.  

"Converse com o seu ou procure ajuda de profissionais médicos capacitados para não criar mais problemas, ao contrário de melhorar suas queixas", finaliza.

 

AMRIGS ilumina prédio para reforçar conscientização sobre o câncer de mama

Juliana Cardoso
Segundo o INCA, no Brasil, em 2020, cerca de oito mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, não ter amamentado e inatividade física

Cumprindo sua missão de promover a saúde junto à população, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) está engajada na campanha Outubro Rosa, criada com o objetivo de conscientizar sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. O Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, compartilhando informações sobre o tema.

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo descobriram que estavam com câncer de mama. Esse tipo de tumor é o que mais acomete a população feminina brasileira e representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas. Também é o câncer com maior número de óbitos.

A iluminação especial de rosa no prédio da AMRIGS permanecerá até o dia 15 de outubro, quando terão início as comemorações ao histórico aniversário de 70 anos da Associação Médica do Rio Grande do Sul em 27 de outubro e preparativos para o Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro. A partir de então, a estrutura será iluminada na cor verde.

Além disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia, Seção RS lança, em parceria com a AMRIGS, Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e Prefeitura de Porto Alegre, a campanha Outubro Rosa de arrecadação de perucas e alimentos não perecíveis. As doações podem ser entregues na sede da AMRIGS (Av. Ipiranga, 5311 – Porto Alegre/RS) das 9h às 18h. A ação ocorrerá durante todo o mês de outubro.



Marcelo Matusiak

 

Posts mais acessados