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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Maturidade: confira dicas incríveis para não envelhecer o guarda-roupa!

O decote V é uma ótima jogada de estilo para o visual da maturidade
Divulgação/Loja Neuza Leão

Especialista defende que moda para mulheres maduras está mais democrática e ninguém precisa perder estilo por causa da idade

 

Seja no trabalho, no dia a dia ou nos momentos de lazer, vestir-se é uma questão de personalidade e a democratização da moda aponta cada vez mais opções, independentemente da idade. Ao entrarem na fase mais madura da vida, acima dos 50 anos, a maioria das mulheres começa a mudar gradativamente os looks do guarda-roupa. No entanto, a mensagem aqui é: ninguém precisa perder o estilo por conta da idade! 

De acordo com a consultora de moda e sócia do Espaço Integrado de Moda do Shopping Estação Goiânia, Nélia Finotti, de 54 anos, as escolhas femininas mudam com o passar dos anos. Segundo ela, os ciclos mudam e as peças que antes inspiravam, podem não fazer mais sentido no uso. 

Nélia ressalta que a grande chave do processo é se aceitar e se amar em todas as fases. “As mulheres maduras podem criar visuais cheios de estilo e que valorizem aquele momento da vida. O principal é gostar de você mesma, aceitar sua fase madura, se amar, assumir sua personalidade, uma super injeção de autoestima, que o estilo vem! A minha dica é: não envelhecer o guarda-roupa”, afirma Nélia.

 

Mudança nas peças

A consultora aponta que entre as principais mudanças nas preferências com o passar do tempo, estão os comprimentos, decotes e transparências. Para ela, nessa fase, as mulheres preferem economizar nos excessos. “Nesse período os comprimentos alternam muito, não indicamos nada muito curto e nem muito longo ou fechado demais. Peças com decotes transpassados, decote V, vestidos com estampas médias, sem muito babado ou muita transparência. Os excessos é que não vão bem”, afirma. 

“Nessa idade a pele perde mais viçosidade e é comum termos o corpo um pouquinho mais flácido. A dica de ouro é sempre ter um pontinho de luz ou brilho na orelha, trazendo sempre o brilho para o rosto, que é a parte mais expressiva do corpo”, ressalta Nélia Finotti.

Já em relação às cores, Nélia destaca que tudo é permitido, de acordo com as preferências de cada pessoa. “As cores são para todos, em todas as idades, ciclos e momentos. O ideal é analisar qual a mensagem a pessoa quer comunicar. É sempre importante lembrar que a moda é para todas nós e em todas as idades!”, pontua ela. 

 

Acessorize-se 

A profissional de moda também aposta na diversificação de acessórios para compor as produções e, assim, conferir mais personalidade aos looks, sem “encaretar” as propostas, mesmo nas pessoas com mais idade. As opções com pedras e metais ganham mais destaques e os brincos e colares diminuem de tamanho.

 “Os acessórios são essenciais para dar aquele up no visual e deixar mais moderno. São aqueles elementos que transformam os looks e a beleza das mulheres. Eles podem mudar uma simples produção em um visual atual e com muito estilo”, afirma Nélia. 

Já em relação aos calçados, a consultora ressalta que nessa fase, eles tendem a ser mais leves e prezam o conforto, dando mais espaço para tênis, modelos anatômicos e saltos mais baixos e grossos. 


Divulgação/Loja Neuza Leão



 

A mistura de tecidos confere muito charme a produção
Divulgação/Loja Neuza Leão



O uso da terceira peça também é uma ótima pedida para valorizar os looks
Divulgação/Loja Neuza Leão


Terapia verde?



Saiba quais são os benefícios de cultivar plantas em casa  

Número de adeptos ao cultivo de plantas em casa é cada vez maior e mais do que um hobby, pode também auxiliar na saúde mental

 

Estresse, ansiedade, depressão, quem nunca enfrentou algum desses problemas, provavelmente conhece alguém que sofre ou já sofreu com um desses sintomas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil é o país com a maior prevalência de ansiedade no mundo (9,3% da população), o segundo maior em número de pessoas com depressão (5,8%), somente atrás dos Estados Unidos (5,9%) e à frente da prevalência mundial, que é de 4,4%.

O ritmo de vida, principalmente nos ambientes urbanos, com rotinas incessantes de trabalho, estudo e todos os outros compromissos, contribui bastante para este cenário, que foi potencializado com a pandemia da Covid-19.

A psicoterapeuta Juliana Cambaúva, especializada em psicoterapia corporal, ressalta a importância da saúde integrativa, ou seja, a necessidade de estar atento ao funcionamento do nosso corpo como um todo e ao mesmo tempo integrado ao meio ambiente que habitamos.

O ritmo de vida, principalmente nos grandes centros urbanos, está muito conectado com esses altos índices. Muito em função do pouco tempo que temos para ficarmos ociosos, manter uma disciplina de sono, de alimentação, das nossas necessidades básicas. É importante tirar momentos para analisar as nossas necessidades e o acompanhamento psicoterápico contribui muito para isso”, explica a especialista.

Juliana acredita também, que além da psicoterapia existem alternativas que podem contribuir para o bem-estar mental, como o cuidado com as plantas. Estudiosa do tema, ela inclusive conta que não só tem aderido à prática dentro da sua clínica, com os seus pacientes, mas também levou para a sua vida pessoal, passando a ter um convívio mais intenso com o verde e sendo uma “guardiã das plantas”, como gosta de chamar.

A pandemia nos obrigou a ficar dentro de casa. Essa casa, que na maioria das vezes, era um ambiente dormitório, de passagem. Ao ficarmos confinados nesse espaço, aumentou o desejo de querer melhorá-lo e a necessidade de trazer a natureza para dentro dele. O verde acalma, dá uma sensação de frescor, de amplitude. Estar em contato com a natureza, ter planta dentro de casa, ajuda a gente a lembrar e a se reconectar novamente a algo que intuitivamente a gente já sabe, que é o ciclo da vida, já que a planta se renova o tempo todo”, conclui a profissional.

Juliana lembra outros benefícios que o cultivo domiciliar de plantas pode oferecer: existem comprovações cientificas de que as plantas podem melhorar a qualidade do ar dentro de casa, beneficiando a saúde como um todo, além de deixar os ambientes mais bonitos e harmônicos.

“É importante também ressaltar que um dos grandes benefícios é essa possibilidade meditativa, de contemplação, que propicia a gente desacelerar, que elas têm. Ter uma horta em casa, cuidar de uma planta é uma oportunidade de reaprendermos a ter um ritmo mais lento, mais receptivo, o que acaba sendo terapêutico porque compensa o ritmo mais acelerado do mundo externo”.

 

Home & Garden

Para alguns visto como um novo hobby, para outros uma adesão ao “urban jungle”, uma decoração que consiste em incluir elementos ligados a natureza no interior das residências, o fato é que o número de adeptos a ter e cuidar de plantas em casa vem crescendo cada vez mais entre a população urbana. O Brasil está entre os 15 maiores produtores de plantas e flores do mundo e o setor mantém um crescimento de 8% a 10% ao ano, desde 2012, segundo dados do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura). Mas, nos últimos anos este número saltou e a tendência é de crescimento para os próximos anos.

A Forth Jardim, empresa brasileira especializada em soluções para os cuidados com as plantas, sentiu esse crescimento de perto. De 2019 para 2020, a empresa aumentou 50,7% o faturamento e no último ano, o crescimento foi de 24%, em relação ao ano anterior.

“Houve uma popularização inicial de plantas e flores como decoração, que foi se transformando com o tempo e vimos nascer um novo termo: “biofilia”, que sintetiza a expressão máxima da nossa necessidade de conexão com a natureza e do amor às coisas vivas. Como consequência, sentimos que as pessoas estão mais interessadas em aprender como cuidar da forma certa e a usar o produto mais adequado, para ver a planta bem e se desenvolvendo. Percebemos também na interação com nossos clientes que este novo hábito tem se traduzido em mais bem-estar, o que os tem motivado a manter e expandir essa prática”, avalia Isadora Reis, gerente de Inteligência de Mercado da Forth Jardim.


Dica: Como cuidar das flores durante o verão

A florista Juana Martinez ensina a cultivar flores no período de altas temperaturas; Veja quais são as mais indicadas

 

Você sabia que as altas temperaturas do verão podem prejudicar as flores? Durante esse período é importante se atentar a quantidade de água que devemos utilizar ao regar, já que com o clima quente e seco é comum que as plantas tenham a necessidade de absorver mais água. 

Outro ponto de atenção é a exposição solar: a maioria das plantas gostam de receber luz, mas algumas podem apresentar queimaduras nas folhas se expostas constantemente ao sol. É importante verificar se a espécie escolhida pode receber calor o dia todo. 

A adubação também é um dos principais fatores de cuidado, justamente, porque nesse período plantas buscam por mais nutrientes. Pensando nisso, a florista Juana Martinez, parceira da Flores Online, primeiro e-commerce de flores e presentes especiais do país, indica quais são as mais recomendadas para cultivo no verão e os cuidados diários.
 

Girassol

As regas da planta devem acontecer só uma vez por semana, mesmo em forte calor. E a terra deve ter boa drenagem e levar muito adubo, o que ajuda a manter os ciclos de floração anuais. Ele pode ser usado em praticamente todos os ambientes, desde que receba no mínimo oito horas de luz solar direta.
 

Estrelitzia

A ave-do-paraíso é o nome que batiza popularmente essa planta de verão muito exótica. Essa referência é por conta de um formato muito singular: quando a flor desabrocha, ela delineia um pássaro em tons laranjas e roxos. A estrelítzia exige sol pleno durante todo o dia, além de uma boa adubação semanal durante a primavera e o verão. Quanto às regas, a estrelítzia precisa de água uma vez ao dia, em quantidade proporcional ao seu porte, para dar conta do recado.
 

Margaridas

As margaridas são plantas de verão que transmitem uma atmosfera bem clássica onde estão. Elas são bem delicadas, para uso em vasos pequenos ou mesmo em grandes jardins repletos de vários tipos delas. Essas são plantas bem fáceis de cultivar, exigindo exposição ao sol todos os dias pelo maior tempo possível. Elas também precisam de bastante água e uma terra mais fina, que tenha alta absorção.
 

Gerânio

O gerânio precisa de exposição direta ao sol o tempo todo, para que assim dê lindas flores na época de floração. Para ajudar nessa etapa tão esperada, é preciso fortificar a planta com adubo para florescimento, especialmente na chegada do verão.
 

Flores Online

 

Como montar a sua horta em pequenos espaços?


Engenheiro agrônomo da Forth Jardim dá dicas de como cultivar a sua própria horta em casa

 

Foi-se o tempo em que ter uma horta era um privilégio exclusivo das pessoas que moram em áreas rurais. Além das plantas e flores que já faziam parte de muitos lares urbanos e que têm conquistado cada vez mais espaços nas decorações e ambientes internos, as hortas também estão se tornando populares e mostrando que mesmo em pequenos espaços e em recipientes variados é possível cultivar seus próprios temperos e hortaliças em casa.

Em primeiro lugar, além de escolher o que deseja cultivar e qual será o local definido para isso, é preciso definir também se quer iniciar a sua horta a partir de sementes, ou se já vai começar o processo com a muda pronta.

“A parte legal de começar com o plantio da semente é ver ela germinar, acompanhar a mudinha nascendo e crescendo, para depois com ela já grandinha, plantá-la no local definitivo e continuar com os cuidados necessários para que ela se desenvolva bem”, explica o engenheiro agrônomo da Forth Jardim, Marcos Feliciano.

Confira as dicas do agrônomo para montar a sua horta em 4 passos:


  • PASSO 1 – Semente x Muda

Escolha de que forma irá iniciar a sua horta, se será com sementes ou mudas já prontas.


  • PASSO 2 – Processo da bandeja (plantio de sementes)

. Em uma bandeja com vários compartimentos, preencha os espaços com substrato. A Forth Jardim acaba de lançar um substrato especial para hortaliças com matéria-prima de origem vegetal e ideal para pequenos espaços;

. Após estarem todos preenchidos, faça pequenos buracos para colocar as sementes (com 1 a 1,5cm). É recomendável colocar de 2 a 3 sementes em cada uma das células (buracos), pois nem sempre todas elas germinam;

. Depois de acrescentar as sementes, espalhe vagarosamente (polvilhando) um pouco mais de substrato sobre a bandeja. Para completar, ajeite com as mãos o substrato que foi acrescentado até que os buracos fiquem bem cobertos;

. Assim que terminar o plantio, faça uma boa rega. A semente precisa de bastante água para germinar, por isso é importante regar diariamente e dependendo do caso, até duas vezes por dia;

. Essa bandeja já pode ficar diretamente no sol, ou se possível em uma meia sombra, onde não fique exposta ao sol o dia inteiro.


  • PASSO 3 – Local definitivo (plantio da muda)

. Depois da sua semente ter germinado e a muda se formado, ou caso você tenha optado por iniciar a sua horta a partir do plantio de mudas compradas, escolha o vaso, recipiente ou o local onde você pretende criar a sua horta;

. Caso ele não esteja furado é necessário fazer furos embaixo para que a água possa escoar;

. Acrescente uma primeira camada de pedra (é indicado a pedra de argila), para fazer a drenagem. Para melhorar ainda mais a drenagem e não permitir que o substrato saia pelo fundo do vaso, utilize também uma manta por cima das pedras;

. Após formar as duas camadas iniciais acrescente o substrato por cima, o suficiente para dar altura no vaso (lembrando que quando você for regar, a tendência é que esse substrato desça um pouco);

. Faça um buraco, dessa vez não tão raso, que seja o suficiente para colocar a muda. Acomode a muda no local e vá ajeitando o substrato com as mãos para que a muda fique firme no local.


  • PASSO 4 – Cuidados após o plantio

Mesmo que você tenha pouco espaço é importante escolher o local ideal para deixar a sua horta. É importante que ela receba pelo menos 4h de sol diariamente.

No caso das hortaliças, a água também é um fator muito importante sendo necessário regá-las diariamente e, em alguns casos, dependendo do tamanho do vaso, até duas vezes por dia.

Sete dias após ter plantado a muda, você pode começar com adubação, que vai ajudá-la a crescer e se desenvolver melhor. E não esqueça também de sempre regar após a adubação. Para obter um melhor resultado é importante utilizar o adubo mais indicado para cada tipo de hortaliça.  

Depois desses passos é só esperar que a sua horta cresça e colher os resultados.


Por que usar substrato?

Optar por utilizar o substrato como base para sua horta, ao invés de terra é vantajoso porque te garante um plantio mais “limpo”. Ao contrário da terra, o substrato é livre de sementes de mato, o que significa que você não precisará se preocupar em ter que controlar os “matinhos” nascendo junto com a sua horta. Vale ainda ressaltar que o substrato é bem soltinho e já vem totalmente pronto para uso, sem precisar fazer nenhum tipo de mistura. 


Acompanhe o passo a passo no vídeo: 

https://www.youtube.com/watch?v=Bn_sQ5JUz_c

 

 Substrato Forth Hortaliças


Doenças Raras contam com mais de 8 mil enfermidades catalogadas no mundo

SBGM reforça a importância de expandir e espalhar os conhecimentos a respeito do tema


As doenças raras levam este nome por afetarem até 65 pessoas numa amostragem de 100 mil indivíduos, mas é importante lembrar que existem mais de 8 mil enfermidades desta natureza já catalogadas no mundo. 28 de fevereiro é o Dia Mundial de Doenças Raras.

“Por conta dessa pluralidade, as doenças raras não apresentam uma cartilha simplificada de sintomas a serem observados e de quais tratamentos a serem seguidos. Neste cenário tão cheio de dúvidas e informações, a genética médica atua como farol para iluminar os diagnósticos e apontar os caminhos para que cada paciente tenha o melhor atendimento possível e mais qualidade de vida”, explica a presidente da SBGM, Têmis Maria Félix.

Doenças Raras, em sua grande maioria, são crônicas, não possuem cura e em alguns casos os sintomas são progressivos e degenerativos. Por isso, toda a área médica deve conhecer sobre o assunto e entender o seu papel de atuação na manutenção da saúde dos pacientes. Cerca de 80% dessas condições são de origem genética, o que só reforça o papel do diagnóstico adequado, bem como do aconselhamento e avaliação por um profissional especializado.

 

Marcelo Matusiak

Colaboração: Caroline Brogni

Dia mundial das doenças raras: FEDRANN reforça a importância do acesso a terapias adequadas aos pacientes

 Segundo a Federação das Associações de Doenças Raras Norte, Nordeste e Centro Oeste, maioria dos 13 milhões de brasileiros raros enfrenta incertezas sobre tratamento 

 

O último dia de fevereiro é marcado como o Dia Mundial das doenças raras. A data, que surgiu a partir de uma iniciativa europeia em 2008, não foi escolhida à toa. Originalmente, 29 foi o dia eleito, por ser raro e acontecer apenas em anos bissextos. Nos demais anos, a data é lembrada no dia 28.

O objetivo é ampliar a conscientização da sociedade sobre a existência dos mais de 7 mil tipos de doenças raras, que acometem até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são 13 milhões de raros. 

Segundo Mônica Aderaldo, presidente da Federação das Associações de Doenças Raras do Norte, Nordeste e Centro-oeste (FEDRANN), pessoas com alguma dessas condições enfrentam um verdadeiro desafio contra o tempo, que começa nos obstáculos encontrados na jornada em busca do diagnóstico precoce e preciso. “Para a maioria, a conclusão sobre a doença chega muito tarde ou mesmo de forma equivocada”, explica. 

Além das dificuldades físicas, biológicas e até mentais inerentes às doenças raras, os pacientes constantemente ainda têm que lidar com a falta de acesso ao arsenal terapêutico adequado para tratamento.

É o caso de Sarifa Santos, de 61 anos, diagnosticada em 2018 com amiloidose hereditária associada à transtirretina (hATTR), uma doença genética, rara e de rápida evolução. Se não tratada adequadamente em cada estágio (I, II e III), causa o acúmulo de proteínas nos tecidos dos órgãos, mudando a estrutura e o funcionamento deles, podendo levar a pessoa ao óbito em até 10 anos, após o início dos sintomas1

A jornada da moradora de Manaus (AM) em busca de diagnóstico durou cerca de dois anos e custou consultas a diversos especialistas, até ser encaminhada a um neurologista que chegou à conclusão correta com base em exames genéticos. Não bastante, a paciente esperou por mais um ano para ter acesso ao medicamento que trataria sua condição, que ainda estava em estágio I. “Nesse intervalo sinto que a doença progrediu bastante. Meu irmão também começou a apresentar sintomas e foi diagnosticado quase junto comigo, mas de uma forma muito mais rápida, afinal eu já estava no processo, e ele está melhor do que eu”, afirma. 

A doença de Sarifa evoluiu rapidamente para o estágio II. Mas a paciente continuou se tratando com a única medicação disponível no Brasil, indicada apenas para o estágio mais inicial da hATTR. Tal fator contribuiu para que ela chegasse ao estágio III, o mais avançado de todos, que leva a paralisia das pernas. Já existem outros medicamentos, tecnologicamente mais avançados, inclusive, para tratar a doença. Mas ainda não foram disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

A prova de que o tratamento adequado é fundamental para garantir a qualidade de vida dos pacientes de doenças raras pode ser observada na história de Iuri Caliman, de 25 anos, que tem distrofia muscular de Duchenne (DMD). A doença genética é rara, degenerativa e tem como principal sintoma a fraqueza muscular progressiva2

“Aos 6 anos fui diagnosticado e tratado para a doença errada e isso me causou alguns danos musculares, principalmente no joelho. Porém, ao me consultar com outro especialista, tive a confirmação da DMD e pude iniciar o tratamento correto. Sigo sabendo que é uma doença progressiva que precisa de acompanhamento contínuo”, explica Caliman, que trabalha como programador e vive em Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás. 

O tratamento adequado é fundamental para desacelerar ou frear a progressão de doenças raras, amenizar sintomas e garantir qualidade de vida aos pacientes, segundo Mônica. Ela explica que os brasileiros raros têm o direito a ter acesso aos novos medicamentos, com mais rapidez. “É preciso que haja mais parceria entre a sociedade, as associações de pacientes, os congressistas e os órgãos públicos nos trâmites de aprovação, precificação e incorporação. Garantindo mais celeridade neste processo, iremos garantir qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Só assim é possível minimizar os impactos das doenças raras para os pacientes que sofrem com essas condições”, afirma. Para ela, quem tem uma doença rara não pode perder tempo. “Todas são, geralmente, muito agressivas, progressivas e debilitantes. Meses podem trazer danos irreversíveis. Merecemos vida plena”.


 

[1] PINTO, Marcus Vinicius et al. Brazilian Consensus for Diagnosis, Management And Treatment Of Transthyretin Familial Amyloid Polyneuropathy. Arquivos de Neuro-psiquiatria, [s.l.], v. 76, n. 9, p.609-621, set. 2018. FapUNIFESP (SciELO). DOI. Disponível em: link. Acesso em: 21 ago. 2019.

[2] Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L, et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and pharmacological and psychosocial management. Lancet Neurol. 2010 Jan 1;9(1):77--93.

 

Cuidados com saúde ocular devem começar cedo e podem evitar queda no desempenho escolar

Cuidados com a saúde da visão começam na infância. Foto: Divulgação ZEISS

Acompanhamento de oftalmologista e diagnóstico precoce ajudam a detectar, prevenir e corrigir erros de refração e outros desvios de visão desde o nascimento da criança

 

Com a volta às aulas, a saúde dos olhos é tema que recobra atenção de pais ou responsáveis pelos pequenos. Problemas oculares podem impactar negativamente o desempenho de crianças e adolescentes nos estudos sem que sejam logo de início percebidos como causa da queda no rendimento escolar. Por isso o acompanhamento médico especializado desde os primeiros meses de vida é fundamental, pois possibilita o diagnóstico precoce de anomalias tratáveis ou passíveis de controle por meio de lentes corretivas. 

O caso recém-revelado da bebê Lua, filha do apresentador Tiago Leifert diagnosticada com retinoblastoma --um câncer ocular raro, mas predominantemente desenvolvido em crianças de até 5 anos de idade-- reforça a importância da manutenção de uma rotina de consultas antes mesmo da idade escolar, a fim de prevenir o agravamento de disfunções visuais.

Especialistas recomendam uma primeira inspeção oftalmológica a bebês de até 6 meses e vigilância constante sobre sinais de alterações na visão de crianças. A orientação é que pacientes de até dois anos de idade mantenham na agenda retornos semestrais ao médico. A partir desta fase, a frequência indicada passa a ser anual. Além da possibilidade de detectar doenças complexas, os exames periódicos identificam variações como miopia, hipermetropia ou astigmatismo, também comuns a partir dos 4 anos de idade.
 

Chamados de erros de refração, esses últimos casos podem variar de grau ao longo da infância, mesmo quando diagnosticados a tempo, conforme o crescimento e a mudança natural da curvatura dos olhos. A convite da ZEISS, a oftalmologista Alessia Braz, diretora clínica da Univi (centro oftalmológico especializado no diagnóstico e tratamento de doenças oculares) fala sobre o tema e dá dicas de cuidados que ajudam a preservar a saúde ocular de pacientes em fase escolar.
 

ATENÇÃO AOS BEBÊS

Os cristalinos de recém-nascidos são muito maleáveis e se adaptam a diferentes distâncias sem dificuldade, mas quando um olho não funciona tão bem, os responsáveis pela criança nem sempre notam que essa limitação é compensada pelo outro olho. É preciso estar alerta: ao sinal de estrabismo (visão cruzada, sem foco simultâneo dos olhos em um alvo), de espasmos ou coloração acinzentada na pupila do bebê, ou se houver histórico de doenças oculares na família, a consulta ao oftalmologista é imprescindível. Bebês que não tentam estabelecer contato visual com quem fala com eles também precisam ter a vista investigada --entenda aqui como se desenvolve a visão desde o nascimento. É essencial levar crianças ao oftalmologista antes de ingressarem na escola.



INCIDÊNCIA EM IDADE ESCOLAR

Até a adolescência, miopia, hipermetropia e astigmatismo são os erros refrativos mais comuns. Eles comprometem a formação do foco das imagens e são detectados em cerca de 20% das crianças com idades entre 5 e 9 anos. O Ministério da Saúde aponta que 30% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de ametropia (erro de refração ocular que dificulta a nitidez da imagem na retina). O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) levanta dados de que 3% a 10% desse grupo precisam usar óculos.

 

DIAGNÓSTICO PRECOCE

Para resultados no tratamento de erros refrativos, o diagnóstico precoce possibilita tanto o desenvolvimento normal da visão quanto o das habilidades que dependem dela, incluindo as psicomotoras e de sociabilidade, além do rendimento escolar. Também previne consequências como dor de cabeça, náuseas e mudanças comportamentais. É muito comum que haja a necessidade de troca das lentes oculares em períodos mais curtos, na fase infantil, em razão da evolução mais acelerada dos olhos das crianças.

 

REFLEXOS NA VIDA ESCOLAR

Tanto no caso de crianças com miopia (dificuldade para enxergar de longe) quanto no de estudantes com hipermetropia (foco prejudicado de objetos próximos), as funções de escrita e leitura são impactadas, exigindo aperto dos olhos ou provocando a dispersão de atenção, respectivamente, durante as atividades. Da mesma forma, quando o grau de um olho difere de outro, em ambos os casos, a noção de profundidade é alterada e interfere na coordenação motora do aluno (o que vai refletir em seu desempenho em brincadeiras, por exemplo). No caso do astigmatismo, que é quando há alteração na curvatura da córnea ou do cristalino, a vista se torna embaçada e distorcida. Problemas de aprendizado relacionados à visão podem estar associados ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos e a dificuldades para enxergar.

 

LENTES PRÓPRIAS

Após exames específicos e prescrição para o uso de óculos, é preciso recorrer a uma ótica de confiança para adquirir a lente adequada. Feitas especialmente pensando nas necessidades visuais de crianças acima dos 7 anos de idade, a linha ZEISS Kids, da companhia alemã ZEISS, tem lentes mais maleáveis e de rápida adaptação. O benefício é que elas já são entregues com o tratamento DuraVision ®BlueProtect, que auxilia o bloqueio da luz azul de dispositivos digitais, como tablets e smartphones, e com propriedades que protegem dos raios UV até 400nm*. Sua tecnologia Freeform garante precisão com menor desfoque periférico, permitindo uma visão mais nítida e ampla.



DICAS ZEISS PARA SAÚDE OCULAR INFANTIL

  • Estimule as crianças a, desde cedo, descrever roupas ou pessoas e buscar objetos de mesma cor, como forma de avaliar de forma lúdica e caseira sua visão;
  • Óculos infantis devem ser leves, flexíveis e fortes para resistirem a atividades esportivas, escolares e recreativas;
  • A armação não deve estar muito apertada nem muito solta, tampouco exercer pressão sobre os lobos das orelhas. Na parte superior, não deve se estender além das sobrancelhas; na inferior, não deve tocar os ossos da bochecha. Nas laterais, não deve ultrapassar os cantos dos olhos;
  • O centro dos óculos deve ser ajustado ao centro das pupilas;
  • A criança deve ser incentivada a adotar uma armação em que se sinta bem, valorizando o formato e a cor de sua preferência;
  • Atividades ao ar livre são benéficas aos olhos das crianças, ainda mais com lentes que protegem contra os raios UV;
  • Se a criança tropeça ou bate em móveis com frequência, isola-se de outras crianças, aproxima muito objetos para enxergá-los melhor ou tem problemas de visão agravados quando há poeira ou falta de luz, isso pode estar associado a problemas de visão; um exame oftalmológico é recomendado;
  • Lentes antirreflexo garantem uma visão clara o dia todo e são mais fáceis de limpar.

 

A árdua jornada ao universo das doenças raras


Enquanto a maioria dos indivíduos desfrutam a experiência de viver em um mundo baseado na inovação, na conectividade e na agilidade, pacientes com doenças raras parecem fazer parte de outro planeta. Nesse território “paralelo”, além dos desafios diários inerentes à condição que enfrentam - muitas vezes até para executarem tarefas consideradas simples, como andar e comer -, os habitantes precisam lidar com dificuldade para diagnóstico e, principalmente, com a incerteza sobre a existência de uma terapia capaz de, ao menos, frear a evolução da doença, a dificuldade para ter acesso ao medicamento e a demora para iniciar o tratamento. Tão grande quanto esses obstáculos é o tamanho dessa população. São 13 milhões de pessoas somente no Brasil.

Ainda que o universo dos raros tenha evoluído muito nos últimos anos, com um número maior de profissionais de saúde devidamente capacitados, que conhecem e tratam essas enfermidades, com associações de pacientes dando suporte e parlamentares sensíveis à causa, buscando por mais políticas inclusivas, é inegável que as doenças raras continuam ainda precisando de mais acesso aos tratamentos. Basta olharmos para o baixo número de protocolos e de produtos incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS), de 3 a 5% das doenças genéticas raras possuem tratamentos que barram o avanço da doença de base, mesmo assim nem todos os tratamentos são incorporados.

Isso acontece porque, mesmo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seja reconhecidamente um dos melhores órgãos regulatórios do mundo para aprovação de tratamentos, ainda existem entraves burocráticos para fazer com o os tratamentos cheguem aos pacientes. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) atuam de maneira desconexa, com base em resoluções que deveriam ser revistas para a precificação de terapias e para a incorporação de medicamentos no SUS, respectivamente. Tal atraso muitas vezes desestimula a entrada de novas tecnologias beneficiando os pacientes.

Algumas vezes os procedimentos levam anos, quando deveria ser resolutivos meses. O impasse dificulta a incorporação no SUS para enfermidades raras. Deixando assim os pacientes desassistidos.

Considerando que a tecnologia continua evoluindo, inclusive com o desenvolvimento de terapias gênicas, fica clara a importância de rever a rota e de mudar os procedimentos, ou mesmo revê-los, para não perder de vista o universo das doenças raras, bem como suas janelas de oportunidade únicas para tratamento. Há diversas evidências que mostram os benefícios dos medicamentos inovadores para os pacientes e para o País, como o aumento da expectativa de vida dos meninos com distrofia muscular de Duchenne, que antes morriam perto dos 20 anos e, agora, com o tratamento correto, conseguem ultrapassar essa marca e serem mais proativos social e economicamente.

Temos um grande desafio, mas possível de ser solucionado com o apoio das associações de pacientes, dos profissionais de saúde, do governo e, porque não, da indústria. Trabalhando em conjunto, todos ganham.

 

 

Mônica Aderaldo - presidente da Federação das Associações de Doenças Raras do Norte, Nordeste e Centro Oeste (FEDRANN)


De infecção à perda auditiva, Hospital Paulista alerta para riscos dos fones de ouvido em academias

Shutterstock
Além do volume alto, aparelhos podem acumular mais de 10 mil fungos e bactérias, causadores de eczemas, infecções fúngicas e otites, afirma especialista

 

Que a prática de exercícios físicos é essencial para a manutenção de uma vida saudável, todos já sabem. Aliada a uma boa música, ela pode se tornar mais prazerosa. Por esse motivo, muitos adeptos da academia utilizam fones de ouvido nas academias. No entanto, alguns cuidados devem ser levados em consideração durante os treinos, evitando, assim, eventuais problemas de audição e infecções de ouvido.

A otorrinolaringologista Bruna Assis, do Hospital Paulista, faz um alerta para os riscos envolvendo o uso de fones em ambientes, que, assim como as academias, já possuem barulhos maiores.
 

“Quando utilizados em volumes muito altos, os aparelhos podem gerar danos irreversíveis à audição. Além disso, o uso em excesso pode acarretar outras patologias de orelha externa, como otites, eczemas e infecções fúngicas”, explica a especialista.

O limite de ruído suportado pelo ser humano equivale a 140 decibéis (dB). Dra. Bruna destaca, no entanto, que os sons acima de 85 dB, usados por mais de 8 horas diárias, já podem causar desconfortos e danos à audição, uma vez que, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), 55 dB é o valor máximo considerado para uma exposição saudável. 

“Os fones de ouvido possuem limite de intensidade de 105 a 110 decibéis. Portanto, ao mantê-los no volume máximo, as chances de lesão são grandes, mesmo que utilizados em períodos menores. Além disso, não podemos desconsiderar o fato de as academias já serem ambientes bastante ruidosos, aumenta ainda mais os riscos.” 

Alguns celulares contam com recurso para medir os decibéis no aparelho. Para acessá-lo, basta entrar na Central de Controle e localizar o ícone “Audição”. Caso a sua música esteja em um volume adequado, ou seja, não oferecendo riscos à audição, o ícone vai estar com um sinal de OK, na cor verde. No entanto, caso esteja considerado demasiadamente alto, acima de 85 dB, o ícone vai estar com um sinal de atenção, na cor amarela. O ícone “Audição” também disponibiliza uma barra de medição de níveis de decibéis, aumentando e diminuindo conforme a música toca em seus fones de ouvido. Segundo a OMS, o som dos celulares varia entre 75 dB e 136 dB. 

Para calcular o limite de som permitido, é simples: considera-se um volume de 85 decibéis suportável por até oito horas consecutivas. Para cada cinco decibéis além disso, o limite cai pela metade. Ou seja, para um barulho de 90 decibéis, o limite seguro é de 4 horas de exposição contínua.

Identificar problemas auditivos causados pelo uso excessivo dos fones não é algo difícil. Conforme a especialista, os sinais mais comuns incluem diminuição da audição, dores, prurido e descamação local.

 

Inflamações e infecções 

Outro problema ligado ao uso constante dos fones de ouvido são os riscos de inflamações e infecções do ouvido externo. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Biomedicina da Devry Metrocamp, em Campinas (SP), constatou mais de 10 mil fungos e bactérias nos aparelhos. 

A lubrificação e umidade liberadas pelo suor e cera do ouvido facilitam o acúmulo de micro-organismos e sujeiras. Na academia, esses riscos tendem a aumentar. 

Entre as patologias de orelha externa mais comuns estão as inflamações da pele, como eczemas, infecções fúngicas e otites, que, além das desconfortáveis dores, também podem levar à surdez, caso não tratadas precocemente. 

"Os quadros de otite podem evoluir para problemas mais graves, desde a ruptura da membrana timpânica até a perda auditiva, tamanha a agressividade da bactéria causadora da infecção”, explica. 

De acordo com a médica, é importante procurar um otorrinolaringologista imediatamente após o aparecimento de qualquer sintoma, seja ele de dor constante ou de percepção de perda auditiva. “O diagnóstico e tratamento precoces podem evitar possíveis complicações ou sequelas”, finaliza.

 

Higienização 

Os fones com almofada devem ser limpos com regularidade para a retirada de resíduos de descamação de pele e cerume. Já os outros fones devem ser limpos toda vez que forem ser inseridos no ouvido. 

O ideal é sempre consultar o manual de instruções para checar se há alguma orientação específica sobre como limpar o produto. Mas, em geral, deve-se usar álcool com concentração de 70%, que é bactericida. O importante é não exagerar e "afogar" os fones, nem usar outro tipo de álcool.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


28 de fevereiro é o Dia Mundial de Doenças Raras

Divulgação
O Dia Mundial das Doenças Raras é celebrado no último dia do mês de fevereiro e tem o objetivo de aumentar a consciência sobre as Doenças Raras e a melhorar o acesso ao tratamento e à assistência médica dos indivíduos e suas famílias

 

Engajada na ação, a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) reforça o papel do médico geneticista na avaliação clínica, diagnóstico e tratamento de pacientes ou famílias que apresentam algum tipo de alteração genética, como as Doenças Raras. A Genética Médica apresenta algumas peculiaridades em relação a outras especialidades, como o aconselhamento genético, por exemplo, que tem como objetivo explicar a pacientes e familiares o seu diagnóstico, provável evolução (prognóstico) e riscos de recorrência relacionados a suas condições genéticas.

“O médico geneticista faz parte da vivência do paciente desde o período pré-natal, ao nascimento ou logo após a triagem neonatal, na infância e vida adulta. Quando uma condição é diagnosticada, necessita acompanhamento contínuo com objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e suas familias”, explica a presidente da SBGM, Têmis Maria Félix.

Doenças Raras exigem atenção, cuidados e hábitos específicos que, muitas vezes, não são de conhecimento geral. Portanto, o médico geneticista atua como um canal de informação confiável, que oferece auxílio e tranquilidade para quem irá conviver com o paciente.

 
Áreas de atuação do médico geneticista:
⠀⠀

Infertilidade masculina e feminina;
Abortamentos de repetição;

Alterações em testes de triagem neonatal;

Anormalidades/malformações congênitas;

Problemas neurológicos, tais como atraso ou involução no desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia, entre outros;
Deficiência intelectual;

Transtornos do espectro autista;

Doenças neurodegenerativas na idade adulta;

Câncer;


No site da SBGM, é possível encontrar mais informações, bem como a relação dos médicos especialistas em genética médica pela SBGM www.sbgm.org.br


Endometriose x trabalho: condição afeta vida profissional da mulher e é uma das principais causas de absenteísmo

Especialista alerta para importância do diagnóstico precoce e afirma que acompanhamento pode devolver qualidade de vida à paciente

 

No ano passado, a jogadora de tênis Danielle Collins anunciou uma pausa na carreira para o tratamento da endometriose. A norte-americana, na época, ocupava a 40ª posição do ranking e as dores e a agonia física causadas pela endometriose afetavam seu desempenho. Na semana passada, pela primeira vez na carreira, Danielle esteve entre as 10 primeiras posições, ocupando o 10º lugar. No seu caso, o encaminhamento foi cirúrgico, mas nem sempre a cirurgia é necessária. Por isso, a importância do diagnóstico precoce da endometriose, condição que afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo. 

As cólicas severas estão entre os principais sintomas e, por isso, a endometriose impacta tanto a qualidade de vida e a produtividade da mulher. É considerada, inclusive, uma das principais causas de absenteísmo feminino. O principal estudo mundial já realizado sobre o tema, o EndoCost, aponta que mulheres que sofrem as dores da endometriose perdem até 11 horas semanais de trabalho e que 38% das mulheres que têm a condição apresentam maior perda de produtividade em comparação com aquelas que não têm. 

Segundo o ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose, sem o tratamento adequado, a mulher pode ficar cada vez mais incapacitada de seguir com sua rotina. “Não é fácil conviver com a endometriose e nem sempre o diagnóstico é feito da forma certa. É uma condição que pode levar à incapacitação e que precisa de tratamento adequado e não necessariamente cirúrgico. Com o acompanhamento correto, é possível tornar os picos de dor bem menos intensos e, assim, a paciente não precisa abdicar de nada em sua rotina por conta dos desconfortos”.

 

Diagnóstico tardio pode agravar quadro

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. Elas podem se acumular nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo. 

Dois dos seus principais sintomas afetam de forma severa a vida da mulher: as cólicas e a dificuldade em engravidar. E o que muitas vezes faz a condição atingir níveis mais graves é a demora no diagnóstico, que costuma levar de 7 a 10 anos para ser feito, tanto porque as pacientes encaram as cólicas como parte normal do ciclo menstrual, quanto por conta de profissionais de saúde que subestimam as queixas das pacientes em relação às dores que sentem. 

“É comum que as pacientes procurem ajuda médica apenas porque estão com dificuldades de engravidar, assim como há casos, infelizmente, de mulheres que procuram diversos profissionais até conseguirem um diagnóstico correto. As mulheres precisam observar seu corpo, estar atentas aos sinais e investigar qualquer sintoma, porque o diagnóstico precoce é capaz de prevenir sequelas e permitir um tratamento que pode garantir o controle da endometriose e a qualidade de vida”, reforça Bellelis. 

Além das cólicas de forte intensidade e da dificuldade em engravidar, a endometriose pode causar dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas. Ao sentir qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, o especialista recomenda buscar um ginecologista para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes.

 

PATRICK BELLELIS – GINECOLOGISTA - Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC.


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