Pesquisar no Blog

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mitos e verdades da trombose



 Caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo, doença pode ser evitada a partir de hábitos saudáveis simples e acompanhamento médico


A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), por meio do Comitê de Trombose e Hemostasia, tira as principais dúvidas sobre o coágulo sanguíneo responsável por causar obstrução e inflamação na parede do vaso, conhecida pelos médicos como trombose venosa profunda.

1.É possível prevenir a trombose? VERDADE. Além do acompanhamento médico, qualquer pessoa pode tomar medidas de prevenção. Muitas delas podem ser incorporadas no cotidiano. Algumas das dicas são: exercitar-se ou fazer pequenas caminhadas regularmente; controlar o peso; evitar o cigarro; movimentar as pernas durante longos períodos sentada; usar meias elásticas no caso de insuficiência venosa, sempre com orientação médica.

2. Apenas mulheres têm a trombose. MITO. A incidência de trombose é igual nos dois sexos quando não estratificado por faixa etária. Quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência é um pouco maior nas mulheres exatamente pela maior exposição a fatores de risco, como os anticoncepcionais e gestações. 

3. Anticoncepcional é uma das principais causas. MITO. Existe uma correlação do uso dos anticoncepcionais com o tromboembolismo venoso. O aumento do risco relativo de trombose associado a estes é de duas a sete vezes maior quando comparamos mulheres da mesma idade que usam verso aquelas que não fazem uso. O vilão da história é o estrógeno, que interfere no equilíbrio da coagulação favorecendo a formação de trombose.

4. Dor é um dos sintomas. VERDADE. Os membros inferiores são os locais mais comuns de trombose e os principais sintomas são o edema (inchaço), a vermelhidão, a dor e o calor local, além de dor nas pernas.

5. Exame de imagem é essencial para o diagnóstico. VERDADE. É imprescindível a realização de um método de imagem sempre quando há suspeita clínica para confirmar e localizar o coágulo.

6. Gestantes podem desenvolver trombose. VERDADE. O corpo da mulher passa por uma série de mudanças durante a gravidez. O organismo se prepara para a situação do parto, aumentando as substâncias pró coagulantes no sangue. O resultado é um risco seis vezes maior de trombose durante a gestação. No período de pós-parto, durante aproximadamente 40 dias, esse risco chega a ser 15 vezes maior.

7. Existem fatores de risco. VERDADE. Entre os fatores relacionados à trombose arterial e venosa estão antecedentes familiares de eventos trombóticos, tabagismo, aterosclerose, hipertensão arterial; e no caso da venosa, antecedentes familiares de eventos trombóticos, idade, cirurgias gerais, trauma, câncer, uso de contraceptivos orais, terapia de reposição hormonal, entre outros.





Dia Mundial da Obesidade: data conscientiza sobre a importância da manutenção de peso adequado



 Sobrepeso e obesidade também podem predispor as doenças do coração

O excesso de peso é hoje um dos fatores de risco reconhecidos como importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, porque pode provocar aumento da pressão arterial e dos níveis de glicose no sangue. O tema é tão importante que anualmente é celebrado o Dia Mundial da Obesidade em 11 de outubro. Uma pessoa é classificada com excesso de peso quando seu Índice de Massa Corpórea (IMC) é superior a 25 e com obesidade, quando esse valor é maior que 30. Para calcular o IMC, basta dividir o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros).

Estudo¹ divulgado no início desse ano aponta que a incidência de alguns tipos de doenças do coração e infartos são maiores em pessoas com sobrepeso. A relação entre a obesidade e doenças cardiovasculares foi examinada em mais de 5000 pessoas, entre homens e mulheres, e a análise concluiu que o excesso de peso é um fator de risco independente, principalmente nas mulheres.

Para o cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, outros hábitos ruins podem aumentar o risco para doenças. “Sedentarismo, tabagismo e uma alimentação desbalanceada, por exemplo, aumentam consideravelmente o risco de o indivíduo ter um problema no coração no futuro. Além disso, a obesidade abdominal, ou seja, a circunferência da cintura, é um fator de risco ainda maior do que o excesso de peso corporal”, completa.
Uma maneira simples de alterar um quadro de sobrepeso ou obesidade e melhorar a saúde do coração é mudar alguns hábitos diários. Por isso, Dr. Marcelo dá três dicas simples para quem quer ver essa mudança acontecer. Anote e coloque em prática agora mesmo!


Caminhar por, no mínimo, 30 minutos já pode fazer diferença!
A prática de exercícios físicos não só contribui para manter o peso corporal e fortalecer a musculatura, como também ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue, outro fator que pode causar doenças do coração. 


Dieta? Não! Alimentação equilibrada (e sem passar fome!)
Uma alimentação variada garante uma oferta adequada de nutrientes e gorduras boas que são fundamentais para contribuir para a saúde cardiovascular. E, como também vale considerar o controle de peso, é importante que o valor calórico total seja adequado. 
  • Gorduras boas: presentes no salmão e atum, nos óleos vegetais e produtos feitos à base deles, como cremes vegetais. A inclusão de gorduras boas na alimentação ajuda a manter níveis adequados de colesterol.
  • Fibras: opte por alimentos ricos em fibras, como as versões integrais dos pães, biscoitos e massas; além de incluir aveia no dia a dia. Elas ajudam a deixar mais lenta a absorção dos açúcares e gorduras consumidos.
  •  
Rotina é tudo, acredita?
É necessário e muito importante manter os exames de rotina em dia, realizando-os ao menos uma vez ao ano. Medir a pressão arterial, níveis de colesterol e glicose é fundamental para que seu médico avalie como está sua saúde. Além disso, o acompanhamento com uma nutricionista também ajuda a manter uma alimentação equilibrada e específica para sua rotina e preferências.


Referência:
Obesity as an independent risk factor for cardiovascular disease: a 26-year follow-up of participants in the Framingham Heart Study. H B Hubert, M Feinleib, P M McNamara and W P Castelli


11 de outubro – Dia Mundial do Combate à Obesidade



 Fertivitro alerta sobre os riscos da doença para a infertilidade

  • Obesidade e o excesso de peso atingem 30% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva

  • Nos homens, o excesso de peso pode afetar a formação e a qualidade dos espermatozoides

  • Estar acima do peso gera problemas hormonais que afetam o processo reprodutivo, explica o ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro

Considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, a obesidade também é um dos fatores de risco para a fertilidade conjugal. O excesso de gordura pode afetar a ovulação e a qualidade dos espermatozoides, impedindo uma gestação de forma natural.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam um aumento de 75% nos casos de obesidade nos últimos 10 anos. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos. Estudam revelam que a maioria da população do mundo vive em países onde o sobrepeso e a obesidade matam mais pessoas do que o baixo peso. Mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares podem estar relacionados ao crescimento dos números. 

No Brasil, a obesidade vem crescendo cada vez mais, segundo a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. 

Obesidade feminina e a infertilidade
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a obesidade e o excesso de peso (IMC maior ou igual a 25) atingem 30% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva (de 16 a 45 anos). No Reino Unido, a obesidade afeta um quinto da população feminina, sendo que 18,3% dessas mulheres estão em idade reprodutiva. “Estar acima do peso gera problemas hormonais anormais que afetam o processo reprodutivo. Existe uma relação entre a obesidade e a ação da insulina (resistência periférica à insulina), liberada pelo pâncreas, que pode levar a uma condição de infertilidade, conhecida como Síndrome do Ovário Policístico (SOP)”, explica o médico ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.

De acordo com o especialista, a obesidade acomete de 5% a 7% das mulheres e está associada a ciclos menstruais irregulares, problemas na ovulação e anovulação (falha da ovulação) e níveis elevados de hormônios masculinos, diminuindo, dessa forma, as chances de gestação.

O excesso de gordura corporal influencia, ainda, a produção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), essencial para regular a ovulação nas mulheres. Especificamente, o GnRH provoca a liberação dos hormônios Folículo Estimulante (FSH) e Luteinizante (LH), ambos responsáveis pela produção dos óvulos.


Obesidade masculina e a infertilidade
A doença gera, também, efeitos negativos nos homens, o que traz impactos no desenvolvimento embrionário e nas taxas de gravidez. Há muitas evidências de que a obesidade masculina implica, igualmente, na redução da fertilidade e na qualidade embrionária.

No homem de peso considerado normal, ou seja, dentro do índice de massa corpórea (IMC entre 18,5 e 24,9), existe um estímulo natural dos testículos por hormônios vindos da hipófise (chamados de LH e FSH), que induzem a produção da testosterona (hormônio masculino), bem como estimulam o amadurecimento das células que irão se transformar em espermatozoides. Para haver fecundidade masculina, é preciso que o número de espermatozoides a cada ejaculação atinja valores ideais como: concentração maior ou igual a 15 milhões/mL e 40 milhões no ejaculado total; motilidade progressiva maior ou igual a 32% e morfologia pelo método de Kruger maior ou igual a 4%.

Dr. Luiz Eduardo Albuquerque explica que, quando o homem chega a um peso muito acima do normal, elevam-se os níveis da enzima aromatase e, consequentemente, uma maior quantidade de testosterona é transformada em estradiol (hormônio feminino). E, assim, o excesso de estradiol irá bloquear a hipófise, diminuindo os estímulos para o testículo produzir testosterona e espermatozoides. “Esse excesso de estradiol pode induzir o aumento de mamas no homem, reduzir a libido, causar disfunção erétil e a infertilidade”, ressalta.

Pesquisas também comprovam que homens acima do peso possuem um índice maior de fragmentação do DNA do espermatozoide, o que poderá gerar problemas na fertilização. “A integridade do DNA espermático é importante para o sucesso da fertilização e para o desenvolvimento embrionário normal”, explica Dr. Luiz.


Saiba mais sobre a infertilidade
De acordo com o último Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 8 milhões de casais apresentam algum tipo de infertilidade no Brasil. Cerca de 80% dos casais com vida sexual ativa, sem uso de anticoncepcionais, têm 20% de chances de engravidar a cada mês, no período de um ano, aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os números revelam, ainda, que a infertilidade conjugal atinge de 15% a 20% dos casais em idade reprodutiva.

Já no mundo, 186 milhões de mulheres casadas em idade reprodutiva, um quarto dos casais, apresentam problemas de infertilidade, segundo estudos da WHO (World Health Organization).

De acordo com o especialista da Fertivitro, desses 20% de casais que apresentam algum tipo de dificuldade para gerar filhos, cerca de 10% deles precisarão recorrer aos tratamentos de reprodução humana.

Para identificar quais são os problemas que causam infertilidade a um casal, é necessário realizar um diagnóstico por meio de consulta e exames. “Na mulher, devem ser feitas avaliações da ovulação, das trompas, do útero e verificar a presença de doenças que possam causar o problema, como a endometriose. Nos homens, recomenda-se a realização do espermograma. Em ambos, são feitos exames de sangue para análise do especialista”, explica o médico.


Causas da infertilidade
Estudos apontam que as causas da infertilidade são 30% femininas e 30% masculinas. Em 25% dos casos, o problema atinge ambos os sexos, e em 15% dos casais, a causa é desconhecida, casos esses chamados de Infertilidade ou Esterilidade Sem Causa Aparente (ISCA ou ESCA).

Na mulher, os motivos mais comuns estão relacionados ao útero, aos ovários e às trompas, ou à idade. Já no homem, a causa mais comum é a varicocele. Fatores nutricionais, estresse e doenças crônicas podem afetar ambos os sexos.


Tratamentos
Se após um ano de tentativas para ter um filho de forma natural não ocorrer a gestação, o indicado é buscar ajuda nos tratamentos de reprodução assistida. “Antes de iniciar qualquer procedimento médico, o paciente fará uma série de exames para que o diagnóstico seja identificado e depois adotar o tratamento adequado”, esclarece Dr. Luiz Eduardo Albuquerque.

Existem três tipos de tratamentos para a infertilidade: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.

Segundo dados da REDLARA (Rede Latino-americana de Reprodução Assistida), atualmente, são realizados no Brasil 447 ciclos de tratamento para infertilidade ao mês. Cerca de 30% dos tratamentos de Fertilização in vitro (FIV) e Injeção intracitoplasmática (FIV/ICSI) geram gestações.


 


Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana. 
Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
 

Canais da Fertivitro:



Posts mais acessados