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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Como minimizar os impactos do aumento constante da inflação





Professor de Economia da IBE-FGV dá dicas para os consumidores e sugere qualificação
Em agosto, a inflação mediana prevista pelo consumidor brasileiro para os próximos 12 meses ficou em 10,0% e atingiu, pelo sexto mês consecutivo, o recorde da série iniciada em setembro de 2005 entrando pela primeira vez na casa dos dois dígitos.
Para o bolso dos consumidores, os impactos vão da alta nos preços dos supermercados às promoções dos produtos de tecnologia. Para o mercado, sobram demissões. “Isso significa que onde houver consumo como no setor de alimentação representado por supermercados e restaurantes, o indicador será repassado normalmente ocasionando aumento de preços. Já onde não houver demanda como no setor automotivo, a chamada linha branca e na indústria de bens de capital, infelizmente, o recurso será regular os valores com redução de custos e demissões”, aponta o professor de Economia da IBE-FGV, Múcio Zacharias, diretor do Economies Consultoria Empresarial.
O especialista avisa que se a cesta básica, outros alimentos e produtos de limpeza estão mais caros, a dica é pesquisar antes de comprar e levar a famosa listinha ao supermercado. “Adquirir apenas o essencial é uma alternativa. Nada de exageros para não incentivar ainda mais a elevação de preços. Comer fora também está cada vez mais custoso, então deve ser feito com prudência”, ressalta Zacharias.
Segundo o especialista, o momento é bom para investir em produtos de tecnologia e eletrônicos. “O setor amarga uma redução drástica de preços, que não sobem nem com a alta do dólar devido ao fraco desempenho das vendas. É possível aproveitar as promoções para fazer um investimento naquele produto dos sonhos como um televisor gigante, um notebook de última geração, câmeras fotográficas ou similares”.
É necessário, ainda, bom senso para as aplicações. É que enquanto os juros são exorbitantes, a rentabilidade fica bem abaixo do desejado. “Não é hora de esconder dinheiro, nem apostar em aplicações cujos resultados não são animadores. Usar o dinheiro com bom senso e apostar na recuperação da economia é o ideal. Já existe perspectivas de melhora para o final do ano”.
Mas, o professor da IBE-FGV explica que enquanto a expectativa da inflação se mantiver em alta e as tendências se confirmarem, os empresários manterão os facões afiados na tentativa de sobreviver à onda negativa cortando tudo e mais um pouco. “Infelizmente, essa é a forma de se manter no mercado, com o cenário do jeito que está”, diz.
Múcio Zacharias também destaca que a ideia de usar o dinheiro das indenizações para abrir o negócio próprio pode ser muito arriscada. O conhecido empreendedorismo do brasileiro pode leva-lo a agir desta maneira, mas, de acordo com o especialista, esse é o momento impróprio. “O problema da crise é de demanda, justamente o que é preciso para fazer um negócio dar certo”, explica ele.

A dica, neste caso, é turbinar o currículo com cursos de especialização, caprichar no networking e buscar uma recolocação. “A concorrência está acirrada devido às demissões. Mas, muitas empresas estão em busca de bons profissionais em meio àqueles que perderam seus empregos. Vale a pena investir na educação executiva, insistir nas vagas existentes e participar dos processos seletivos. Acredito que o que precisamos para vencer é acreditar e persistir”, conclui.

Mais de 16,5 mil alunos estão à espera de uma Máquina Braille no Brasil




Crianças e jovens com deficiência visual carecem de importante equipamento para alfabetização e inclusão escolar

A máquina de escrever em Braille é considerada a principal ferramenta para alfabetização de pessoas com deficiência visual. Mesmo tão importante, mais de 16,5 mil alunos nessas condições, matriculados em escolas públicas e instituições de diversas regiões do Brasil, estão sem acesso ao equipamento por falta de recurso. 
Para aprender a ler, escrever e ter domínio do método Braille, a pessoa com deficiência visual precisa desembolsar um valor alto, cerca de R$ 4.500,00, por um produto importado. No entanto, existe no mercado nacional de tecnologia assistiva uma opção mais acessível fabricada pela Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, por meio de uma parceria com escolas SENAI, que pode ser encontrada por uma diferença de 40%. 
A solução para os estudantes que não têm condições financeiras para comprar a Máquina Braille é se cadastrar em um banco de dados da instituição, onde aguardam numa fila de espera para adquirir o equipamento gratuitamente, distribuído por meio de projetos sociais, campanhas e parcerias. Para ter uma ideia, desde 2004, quando o equipamento começou a ser produzido no Brasil pela associação, mais de 7.000 crianças e jovens com deficiência visual já foram beneficiados. 
“A Laramara é uma associação sem fins lucrativos, fundada há mais de duas décadas, que conhece as dificuldades dessa importante parcela da população. Como muitas dessas pessoas são de baixa renda, a parceria com os órgãos públicos e o patrocínio das empresas e pessoas físicas é primordial para viabilizar as doações do recurso e permitir o acesso à educação”, explica Cristiano Gomes, gestor de projetos e parcerias da Laramara

Sobre a Laramara:
A Laramara é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual e um centro de referência na América Latina no desenvolvimento e na pesquisa na área da deficiência visual. Fundada em 1991, realiza atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativa com ações complementares e atividades específicas essenciais à aprendizagem e ao desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades são realizadas em grupos e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para apoio à inclusão social, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros, manuais e DVDs. A Laramara também trouxe para o Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala longa, indispensáveis para a educação e a autonomia da pessoa cega. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto socioeducativo em 1996 realizando atendimento a essa população.

Câncer colorretal: começa hoje campanha de prevenção contra o 3º tipo de câncer mais comum em homens




Começa hoje a campanha Setembro Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de Coloproctogia (SBCP) para alertar a população sobre a necessidade de prevenção contra o câncer colorretal - terceiro tipo de câncer mais comum em homens no Brasil, superado apenas pelo de próstata e de pulmão, traqueia e brônquios. “Anualmente são identificados mais de 15 mil novos casos de câncer de cólon e reto em homens”, diz Jorge Luiz Nahas, oncologista do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim.
Dr. Jorge Luiz Nahas explica quais são as causas, sintomas e formas de prevenção da doença que acomete, com mais frequência, pessoas a partir dos 50 anos:
1. Sintomas mais comuns: fezes escurecidas (coloração similar a da borra de café) ou com sangue, dor abdominal, anemia, mudança do hábito intestinal alternando diarreia e constipação intestinal;
2. População mais propensa a desenvolver a doença: “existem dois grupos mais propensos ao câncer colorretal. O primeiro, considerado moderado, é formado por homens acima de 50 anos sem histórico familiar da doença. O segundo, considerado de alto risco, é composto por pessoas de qualquer idade que apresentem os sintomas típicos da doença ou histórico familiar de câncer de intestino ou de doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou doença de crohn)”, explica o oncologista.
 3.  Principais causas do câncer colorretal:
- Hereditariedade;

- Obesidade e sedentarismo;

- Dieta com pouca quantidade de fibras e com excesso de gordura saturada, carnes vermelhas, carnes industrializadas e cereais refinados aumentam o risco de câncer colorretal;
- Tabagismo. “Fumantes de longa data são 18% mais propensos a desenvolver câncer colorretal se comparados com os não fumantes”, explica o oncologista;
- Consumo de álcool. Segundo Nahas, a ingestão diária de bebidas alcoólicas superior a 30g é um dos fatores de risco da doença;
4. Formas de prevenção: para diminuir as chances de desenvolver a doença recomenda-se:
- Evitar o tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Incluir hábitos saudáveis na rotina, como prática de atividade física e dieta balanceada rica em frutas e verduras, legumes, peixes e grãos integrais;
- Realizar os exames de rotina (pesquisa do sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia flexível ou colonoscopia) a partir dos 50 anos. Recomenda-se realizar os exames de triagem até os 75 anos de idade.
5. Diagnóstico: pode ser feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, teste de DNA fecal (novo método, onde marcadores do DNA humano são liberados pela neoplasia na luz intestinal), colonoscopia e entre outros métodos.
6. Tratamento: o especialista recomenda, sempre que possível, o tratamento cirúrgico, pois permite as maiores taxas de cura. A quimioterapia e radioterapia são indicados em casos avançados da doença.

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