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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Atenção com a segurança residencial em meio as férias de inverno



Pouca atenção é sinônimo de perigo para residências que ficarão alguns dias sozinhas


Julho, inverno e férias escolares. É nesta época do ano que muitas famílias aproveitam para passar um bom período de férias juntas, viajando, conhecendo novos lugares ou descansando em lugares mais reservados. Mas e a residência que ficará completamente só? Mesmo quem mora em apartamento necessita ter diversos cuidados quando se trata de deixar a casa sozinha – afinal ninguém que uma surpresa desagradável quando acabar de voltar das divertidas férias. 

Para pessoas que moram em condomínios (sejam de casas ou apartamentos), a dica é evitar, ao máximo, divulgar o itinerário de sua viagem para os outros. Agir com discrição pode impedir que pessoas mal-intencionadas saibam que o lar está vazio. Se for passar muito tempo fora, é importante deixar avisado o zelador e o porteiro, e também deixar uma autorização com alguém no caso de alguma pessoa ou empregado precisar entrar no seu apartamento durante sua ausência. Recomenda-se também que entregas de jornais, revistas ou encomendas sejam suspensas até o seu retorno.

A portaria conhece a rotina do condomínio e é muito difícil os profissionais desta área não perceberem a ausência de algum morador. Por isso, é recomendável que os porteiros sejam contratados através de uma empresa terceirizada confiável, que ofereça um treinamento especializado de atendimento, discrição e segurança preventiva. A empresa, profissional e especializada, realiza contratações após verificar o histórico profissional e pessoal do porteiro, e também ao investigar possíveis antecedentes criminais, sua conduta e por indicação. Quando contratados diretamente pelo condomínio, geralmente a contratação não dispõe de todos esses recursos, aumentando o risco de maus profissionais adentrarem em um ambiente onde a segurança deveria ser prezada e mantida.

Como em toda e qualquer residência, a atenção deve ser intensificada também quanto ao fechamento correto de portas, grades e janelas, e objetos valiosos precisam ser colocados em um lugar seguro e longe de serem vistos facilmente, caso ocorra alguma invasão. Para prevenir a entrada indesejada de mal-intencionados, pode-se instalar um sistema de segurança 24h, com alarmes e circuito interno de câmeras. E ainda, não é indicado deixar a luz acesa durante o tempo em que estiver fora, porque na verdade pode ser uma evidência de que não há ninguém em casa, além de poder ser um gasto desnecessário de energia. É importante, também, pedir a um vizinho ou uma pessoa de confiança para visitar sua casa sempre que for possível - Isto indica que o lar não está vazio e engana os ladrões. 

Os cuidados com a segurança durante as férias não devem ser apenas quanto a ações criminosas; é crucial também se certificar de que registros de água e gás, por exemplo, foram bem fechados, para assim evitar eventuais desperdícios e acidentes. Estes procedimentos de segurança garantem tranquilidade à família que irá curtir a viagem, sem ninguém precisar se preocupar se irá encontrar surpresas desagradáveis ao voltar. 





Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização. www.gsterceirizacao.com.br





Os eletrônicos estão fazendo mal às crianças?



Quem vive com crianças em casa sabe que os dispositivos digitais, seja a televisão, vídeo game, computador ou celular, fazem parte constante da rotina deles. A influência da tecnologia, inclusive em bebês com menos de um ano, tem modificado as formas de aprendizado e os tipos de brincadeiras.

Um exemplo simples é que mesmo antes da alfabetização, muitas crianças manuseiam smartphones e tablets com bastante desenvoltura, escolhendo o conteúdo que desejam assistir ou brincar. Mas essas práticas digitais atuais podem gerar algum "risco" para a infância? Como saber o limite de uso?

Segundo Rita Calegari, psicóloga na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o recurso digital é valioso e complementa a educação, mas não é a educação em si. "Pais devem usar estes dispositivos complementando-os com outros, em que a totalidade de habilidades da criança seja estimulada", afirma.

Quando o tempo destinado à tecnologia é muito grande, é preciso ficar atento, já que os aparelhos não proporcionam o desenvolvimento de determinadas práticase pode comprometer o uso do próprio corpo, olfato, interação social e percepção do ambiente. "A criança necessita explorar diversas ferramentas para um bom aprendizado, que envolve não apenas a tarefa em questão, mas habilidades complementares", complementa Rita.

Já do ponto de vista físico, Leandro Gregorut, ortopedista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alerta que "o uso indiscriminado dos eletrônicos faz com que as crianças deixem de desenvolver habilidades neuromotoras, tais como equilíbrio, força, propriocepção (percepção espacial do seu próprio corpo), noção de tempo, espaço, velocidade e agilidade física, interação social e habilidade sócio-cognitivas para resolverem conflitos e situações adversas".


Sinais de que o uso de eletrônicos está excessivo

Algumas características mostram quando o tempo dedicado aos dispositivos digitais não está saudável. "A baixa interação social e isolamento, a criança não aceitar novas propostas de aprendizado e recusar a  participação em atividades sociais são algumas das características que comprometem o desenvolvimento da inteligência emocional infantil. Além disso, o consumo excessivo de eletrônicos faz com que a criança esteja sempre em busca de mais tecnologia, tal como um vício, há sempre uma novidade a ser consumida", pontua a psicóloga Rita.

As sequelas podem não ser apenas comportamentais, mas também físicas, como explica o ortopedista. "A postura da criança fica alterada, com ombros para frente, coluna curvada, presença de fraqueza para realizar pequenas atividades do dia a dia e até  falta de fôlego. Em longo prazo, há um aumento da chance de desenvolver obesidade infantil e dores nos joelhos, coluna e quadris por encurtamento e fraqueza muscular".


O equilíbrio é a palavra-chave

Após notar que a criança apresenta traços de uso excessivo de eletrônicos, é possível encontrar um equilíbrio sem precisar proibir totalmente seu uso, revendo alguns hábitos, por exemplo. Os pais ou cuidadores precisam estabelecer regras e monitorar para que elas sejam aplicadas e cumpridas.  É necessário propor atividades alternativas que sejam interessantes para a criança e envolvam os pais, valorizando a relação afetiva. “E acima de tudo, checar se o "mau exemplo" não vem dos próprios pais, que podem estar viciados na tecnologia a ponto de não perceber o uso abusivo da mesma", sugere a psicóloga.

Gregorut também lembra de como é importante incentivar a prática diária de atividades físicas e monitorar a postura para evitar lesões futuras. "O ideal é que a criança esteja sentada com a coluna lombar e a dorsal apoiada, tendo um suporte para os cotovelos. A posição sentada no chão com as pernas cruzadas, sem apoio nenhum para as costas ou deitada, não são recomendadas".

E a dúvida mais importante: há um limite ideal para o uso dos dispositivos digitais?  "Não há uma regra para isso, mas acredito que deva ser como todo exercício ou prática de atividade física saudável, portanto não deve passar de duas horas consecutivas, sem descanso ou pausa para alongar e andar" conclui o ortopedista.





Os perigos do pseudo déficit de atenção nas crianças da geração Alpha



Nascidos sob o advento da internet e do boom tecnológico sofrem com a falta de estímulos nas atividades escolares, o que faz com que crianças sejam diagnosticadas erroneamente e medicadas sem necessidade.


Depois das gerações X, Y e Z, agora chegou a vez da geração Alpha, composta por pessoas nascidas depois de 2010, sob o advento da internet e do boom tecnológico, e que está sofrendo de um pseudo Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

Com videogames, computadores, smartphones, tablets e smart TVs as crianças dessa geração são bombardeadas passivamente todos os dias  com fortes estímulos como: movimentos, cores, sons e luzes. São muitos recursos e apelos que ativam a atenção da criança, que se habitua facilmente a interagir com o mundo virtual. 

Mas quando trazidas para o mundo real, onde precisam atuar com tarefas corriqueiras, como assistir aula na escola, essas crianças apresentam dificuldades em manter a atenção, em função da falta de estímulos atraentes que dificultam a ativação dos circuitos atencionais e emocionais.

O resultado é claro: a criança não se interessa pela aula e atrapalha colegas, professores e a escola, como um todo.

Segundo Simone Marangoni, presidente do iSIM Instituto de Neuropsicologia Simone Marangoni, o roteiro é assim: os pais são chamados na escola com a reclamação que a criança não presta atenção na aula, algumas vezes essa criança apresenta déficit de aprendizagem, outras não, só atrapalha a rotina da escola. A escola, então, solicita aos pais que busquem ajuda médica. Assim, os pais buscam auxílio em pediatras, neurologistas ou psiquiatras. Nunca procuram um psicólogo, pois os professores e pais acham que o problema é orgânico. Se considerarmos que o TDAH é um transtorno biológico-neurológico, o tratamento também é biológico e justifica o uso de medicamentos, como Ritalina.

Na França, apenas 0,5% das crianças são diagnosticadas com TDAH, enquanto 9% são assim diagnosticadas nos Estados Unidos. “Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?” Isto se dá pela visão dos psiquiatras infantis franceses, que consideram o TDAH uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais e preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; “não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança ... Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança”


Dados da consultoria IMS Health do Brasil mostram que as vendas de um medicamento de tarja preta dispararam: 2,75 bilhões de caixas de cloreto de metilfenidato foram comercializadas no país entre julho de 2012 e julho de 2013. Em dez anos (de 2002 a 2013), houve um impressionante aumento de 775% no consumo de Ritalina (um dos nomes comerciais mais conhecidos do composto, que pode aparecer nas farmácias também como Concerta e Venvanse), segundo tese de doutorado da psicóloga Denise Barros desenvolvida na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Os números foram obtidos com base nos relatórios sobre produção, importação e estoque de metilfenidato da Junta Internacional de Controle de Narcóticos, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). A tendência de crescimento já havia sido apontada em 2012, em um boletim da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que admitiu a ocorrência de “possíveis distorções” na utilização dessa medicação.

“Este é problema cultural no Brasil que piora com atuação da indústria farmacêutica. As crianças passam por uma série de exames, como ressonância magnética e eletroencefalograma para buscar a causa orgânica, uma alteração no cérebro.  Normalmente, 80% dos casos não têm causa orgânica e sim funcional”, esclarece Simone.

Simone explica que as funções mentais são artificiais ao cérebro. “Não existe atenção! A maior parte das crianças que, hoje, apresentam o que é o chamado de TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, não tem os recursos atencionais desenvolvidos plenamente e que necessitam ser aprendidos e treinados. Hoje, os professores continuam atuando, supondo que o nível de atenção da criança seja igual ao da minha geração, o que não é realidade”.

O perigo está no diagnóstico de um Pseudo-TDAH com tratamento medicamentoso, que pode causar efeitos colaterais negativos, afetando diretamente o funcionamento cerebral.

A Ritalina, cloreto de metilfenidato, é um estimulante do grupo dos anfetamínicos,  que altera todo o perfil biodinâmico das crianças, e causa o mesmo efeito devastador que o uso prolongado de cocaína: muitas crianças se tornam robôs, ficam letárgicas, deprimidas e introvertidas, podem ter seu crescimento retardado ao romper os ciclos dos hormônios de crescimento liberados pela glândula pituitária, causando graves distúrbios no cérebro da criança. “A Ritalina reprime as atividades criativas, espontâneas e independentes na criança fazendo com que ela se torne mais dócil e obediente”. 
O problema não está na criança, nem na escola, nem nos pais e sim no entendimento biológico e natural das funções mentais. “Enquanto acharmos que todas as nossas funções mentais são naturais, assim como nascem nossos cabelos, iremos buscar uma solução orgânica”, esclarece Simone.

Para Marangoni, o ideal é analisar como a atenção da criança está funcionando, para saber se, de fato, sofre de TDAH, e o primeiro passo para isso é a avaliação neuropsicológica que faz o mapeamento das funções mentais de atenção, concentração, memória, processamento das informações,  planejamento e verificação do comportamento próprio da criança, além de analisar como os aspectos afetivos e emocionais interferem nos processos intelectuais.

A avaliação neuropsicológica também serve como instrumento para diagnóstico e ajuda na identificação de autismo, transtorno global de desenvolvimento, transtorno opositor, demência, declínio cognitivo, depressão e outras perdas cognitivas. Como instrumento para plano terapêutico é peça chave para a identificação do fator principal que desencadeia as dificuldades nas ações cotidianas.

Os relatórios de avaliação neuropsicológica apontam quais são as funções cognitivas que apresentam déficits, descreve os processos emocionais (ansiedade, angústia, irritabilidade, auto-estima, auto-imagem, entre outros) e qual é o nível de compatibilidade com a classificação dos transtornos (CID, DSM).

“Com o resultado da avaliação neuropsicológica, passamos para a fase da estimulação cerebral, que maximiza o desempenho das funções mentais da criança.  Nesta fase, criamos e executamos estratégias para o máximo desenvolvimento das funções de atenção, memória, processamento das informações (visuais, auditivas, táteis e motoras), pensamento, afeto, emoção, fala e planejamento da ação, o que resulta na transformação da dinâmica cerebral. A criança melhora suas relações interpessoais e otimiza suas ações do dia-a-dia, a partir do novo desempenho do cérebro”, complementa Marangoni.
A dinâmica de trabalho inclui exercícios, jogos e orientação a gestores, pais e cuidadores que transformam o funcionamento do cérebro, auxiliando a terapêutica medicamentosa, caso seja necessária.

“Hoje, reconhecemos a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar, no entanto isso não acontece espontaneamente, uma vez que depende da qualidade das atividades e relações sociais do dia a dia.  Também podemos entrar em outra questão: tudo está muito pronto, queremos resolver os problemas rapidamente e a medicação é o caminho que elimina momentaneamente o sintoma, mas não soluciona o problema pois não transforma a função mental. A proposta é a avaliação para compreensão das funções, seguida de estimulação para transformá-las  e, por fim,  a reavaliação para confirmar o resultado esperado”, finaliza Marangoni.





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