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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Recife recebe neste final de semana Carreta tecnológica para conscientizar a população sobre o Aedes Aegypti




Com enfoque em promover o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, carreta do Ministério da Saúde aposta em tecnologia e interatividade


No próximo final de semana, dos dias 2 (sexta) a 4 (domingo) de fevereiro, o Parque Treze de Maio em Recife receberá uma novidade tecnológica com viés educativo: o Caminhão do Mosquito do Ministério da Saúde. O projeto procura orientar a população nordestina sobre o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya através de softwares gratuitos que prometem despertar a conscientização da população. A capital será a última parada da Carreta do Mosquito no circuito Nordeste, que já passou por Salvador e Aracaju.
De acordo com o Ministério da Saúde, 2/3 dos criadouros do mosquito estão em domicílios. Com números como estes, a região Nordeste foi classificada no último ano de pesquisa publicada com quase 20% dos seus municípios em estado de risco. Mais 43% estão em alerta, e apenas 36% em situação satisfatória.

A solução para isso é a informação, segundo os desenvolvedores responsáveis pelo projeto inédito, que vai embarcar moradores das cidades incluídas no roteiro para entregar informação e saúde dentro da carreta de um caminhão. "É preciso incluir tecnologia na educação, para transformar a informação mais rápida e direta", defende Alvaro Maciel, diretor de relacionamento da Formiga Design, agência responsável pelo projeto.

A primeira etapa do Circuito é a Casa Cenográfica, onde mensagens educativas e baseadas em histórias e relatos verdadeiros aparecem sobre uma tela de LED. Em seguida, para saber sobre os sintomas e o tratamento das doenças transmitidas pelo Aedes, serão disponibilizadas informações em três telas touch screen. Já o terceiro ambiente é uma tela com foto touch, onde a pessoa registra sua participação no Circuito e pode enviar a imagem por e-mail.

Mais adiante, um tapete interativo vai possibilitar que o morador da região se depare com focos de mosquito na área da casa fictícia projetada no painel. É possível ver os locais de potencial criadouro do inseto, além de espaços e objetos já usados pelo mosquito em sua reprodução, e saber como eliminar esses perigos. Depois disso, as pessoas terão a experiência de, por meio de uma projeção interativa, eliminar com as mãos ou uma raquete alguns mosquitos voando bem à sua frente.

A tecnologia para todas as soluções foi concebida do zero em Brasília pelas mãos de desenvolvedores da Formiga Design. O projeto nasceu há mais de dois anos, mas, há cerca de 30 dias, esteve nas mãos de mais de 50 profissionais para deixar tudo pronto antes de seguir para as três capitais brasileiras. A Carreta passou por Salvador, entre os dias 19 e 21 de janeiro. Seguiu para Aracaju onde ficou instalada entre 26 e 28 de janeiro, e finaliza seu tour em Recife entre os dias 2 e 4 de fevereiro, retornando à Brasília, completando mais de 4.300km rodados Brasil afora.





Serviço – Caminhão do Mosquito
Parque Treze de Maio - R. Mamede Simões, 111 - Boa Vista, Recife
Sexta (2) – de 14h as 18h; Sábado (3) e Domingo (4) de 9h as 15h.
Serviço gratuito




Vacinas e dor: há como amenizar os efeitos?



 Estudo liga medo de agulhas das crianças ao comportamento dos pais


Mais da metade das crianças tem medo de agulhas. Os pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, encontraram uma forte conexão entre esse medo antecipado e o comportamento dos pais durante as vacinas infantis.

Os cientistas investigaram fatores que contribuem para a ansiedade que as crianças experimentam antecipadamente à dor das vacinas. O estudo descobriu que o comportamento passado e presente dos pais é o maior motivo para esse sofrimento.

Eles observaram como as crianças se comportavam antes das vacinas com agulhas e depois delas, quando eram pequenas e pré-escolares. Também observaram como os pais interagiam com os filhos e o tipo de coisas que eles diziam às crianças, durante a infância e na idade pré-escolar.

“Para algumas crianças, o medo de agulhas e vacinações, antes de receber a injeção, é tão grave que elas experimentam mais dificuldades relacionadas à dor, logo após a vacinação, e também aprendem a evitar futuros procedimentos e compromissos médicos”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os pesquisadores analisaram dados de 202 pais na região da Grande Toronto e 130 crianças entre quatro e cinco anos - essas crianças estavam entre as 760 que foram acompanhadas durante a primeira, a segunda, a quarta e a sexta imunização até os 12 meses.

O objetivo deste acompanhamento foi vincular a regulação da dor aos resultados de saúde mental, de acordo com os pesquisadores. O estudo para descobrir o que leva as crianças a desenvolverem o medo da agulha, intitulado "Previsão de dificuldade antecipatória relacionada à dor pré-escolar: a contribuição relativa de fatores longitudinais e concorrentes", foi publicado no jornal Pain.

Os pesquisadores estavam interessados em saber se o comportamento dos pais, durante a infância, refletia-se no medo de agulha das crianças, na pré-escola. Profissionais de saúde também foram observados, antes  de as crianças receberem as vacinas.

“Esta é uma grande preocupação de saúde pública e enfatiza a importância de entender o que leva ao medo da agulha em crianças pequenas e como podemos prevenir isso. As descobertas evidenciam a importância de intervenções para ajudar os pais a apoiarem e auxiliarem melhor seus filhos durante os procedimentos médicos doloridos, desde suas primeiras experiências com injeções, ainda bebês”, enfatiza o pediatra.


Reduzindo a dor durante a vacinação

Uma nova orientação canadense visa garantir que a dor durante a vacinação seja minimizada em crianças e adultos. A diretriz, publicada no CMAJ (Canadian Medical Association Journal), é direcionada a todos os prestadores de cuidados de saúde que administram vacinas.

“A dor das vacinas é comum e pode fazer as pessoas hesitarem em se vacinar novamente, mesmo adultos. Isso pode colocar as pessoas em risco de contrair doenças infecciosas que são em grande parte evitáveis ​​através da vacinação, afirma Chencinski.

Esta orientação ampliada e atualizada inclui recomendações para crianças e adultos. A orientação de 2010 era focada apenas em crianças. Um grupo multidisciplinar de 25 pessoas de todo o país (equipe HELPinKids & Adults) com experiência em dor, medo, vacinas, enfermagem, epidemiologia e outros campos relacionados revisou a literatura para desenvolver a diretriz.

“Muitas dessas recomendações podem ser usadas em uma variedade de configurações onde as vacinas são realizadas, seja no consultório de um médico ou num ambiente de saúde pública, como uma escola ou um local de trabalho”, defende o pediatra.


Principais recomendações:

Todas as idades:

  • A aspiração não deve ser utilizada durante injeções intramusculares em pessoas de todas as idades. (A aspiração é puxar para trás a seringa para garantir que a agulha não entre em um vaso sanguíneo);
  • Injete a vacina mais dolorosa durante consultas diferentes.


Crianças:

  • Crianças menores de 2 anos devem receber aleitamento materno ou fórmulas, durante a vacinação;
  • Abrace as crianças de 0 a 3 anos, durante as injeções, para proporcionar conforto;
  • Recomenda-se uma posição vertical para crianças e adultos com mais de 3 anos, porque proporciona uma sensação de controle e pode diminuir o medo. A retenção de crianças não é recomendada;
  • Aplique analgésicos tópicos antes da injeção em crianças menores de 12 anos;
  • Os pais de crianças com idade inferior a 10 anos devem estar presentes durante a vacinação para reduzir os níveis de angústia da criança.

Os autores também recomendam educar pais, crianças mais velhas e adultos sobre o que esperar da vacinação, o que podem sentir e o que eles podem fazer para gerenciar a dor.

“Nenhuma intervenção única nesta diretriz é capaz de prevenir toda a dor (ou seja, alcançar um nível de dor de "0"). As intervenções individuais podem ser combinadas, conforme apropriado, para melhorar o alívio da dor. Para crianças menores e em idade escolar, devido aos altos níveis de angústia em relação às vacinas, por meio de injeção, e maior potencial de danos, em longo prazo, (como, por exemplo, desenvolvimento de medo de agulhas e prevenção de cuidados de saúde), recomenda-se uma abordagem mais abrangente e consistente”, diz o médico.

No entanto, faltam evidências para grupos específicos. Houve uma diferença notável nas evidências de pesquisas para populações de adolescentes e de adultos. Os esforços devem se concentrar em tornar as campanhas de vacinação uma experiência de saúde mais positiva para as crianças.






Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

 

 

 

 

 

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