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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Bolhas e Feridas na Pele: Entenda o que Causa a Herpes-Zóster e como Evitar

 

Ao contrair catapora na infância, o organismo luta contra o vírus varicela-zóster e os sintomas se dissipam, porém, o patógeno permanece dentro do corpo dormente. Quando se atinge a idade adulta, pode ocorrer situações que desencadeie a manifestação do vírus, desta vez na forma do herpes-zóster. 

A médica e diretora da Clínica de Vacinas Salus Imunizações Dra. Marcela Rodrigues explica que o herpes-zóster é uma infecção viral caracterizada por um surto doloroso ou com uma incômoda ardência de erupção cutânea, ou bolhas na pele. A erupção tende a se manifestar como uma série de lesões cutâneas numa parte específica do corpo.

 

Quem corre o risco de contrair herpes-zóster?

As pessoas que tiveram catapora com maior probabilidade de desenvolver herpes-zóster incluem: 

Com um sistema imunológico enfraquecido (como pessoas com câncer, HIV, receptores de transplante de órgãos, aqueles que recebem quimioterapia ou que possuem a saúde debilitada).

Acima de 50 anos.

Quem esteve doente.

Que passaram por traumas.

Quem está sob estresse. 

O vírus da catapora não sai do corpo depois que você tem catapora. Em vez disso, o vírus permanece em uma parte da raiz do nervo espinhal chamada gânglio da raiz dorsal. Para a maioria das pessoas, o vírus fica lá quieto e não causa problemas. Os pesquisadores nem sempre sabem ao certo por que o vírus é reativado, mas isso geralmente ocorre em momentos de estresse. 

“As erupções podem se manifestar mais de uma vez. Um dos maiores mitos é que só pode acontecer uma vez. Isso não é verdade. Você pode ter mais de um episódio. Se você tiver herpes-zóster novamente, geralmente só não terá a erupção no mesmo lugar.” comenta a Dra. Marcela Rodrigues.

 

Herpes-zóster é contagiosa? 

O herpes-zóster não é uma doença muito contagiosa, mas o vírus varicela-zóster pode ser transmitido através do contato direto com as lesões da pele da pessoa infectada. Em casos mais raros, o vírus também pode ser transmitido por secreções respiratórias. Para evitar, recomenda-se não ter contato com as lesões do infectado.

Posso me vacinar contra o herpes-zóster e prevenir as complicações? 

Até meados de 2022, a única vacina disponível para prevenir o herpes-zóster no Brasil era a Zostavax® (Merck), de vírus vivos atenuados, administrada em dose única e licenciada a partir de 50 anos.

Em junho de 2022 chegou a Shingrix® (GSK), vacina inativada, administrada em duas doses, indicada para adultos com 50 anos ou mais, e pessoas com imunocomprometimento a partir de 18 anos.

A eficácia da Shingrix® é superior a 90% na prevenção do herpes-zóster.

A Shingrix® é utilizada nos Estados Unidos, tendo sido aprovada em 2017. A vacina também é aprovada na União Européia, Reino Unido, Canadá, Japão, China, Austrália, Nova Zelândia e Singapura.

 O esquema de doses para essa vacina é de duas doses com intervalo de 2-6 meses. 

A vacina é indicada mesmo para quem que já teve a doença. Nesse caso, deve-se aguardar 6 meses entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. 

Para aqueles que já tem a vacina do herpes-zóster Zostavax®, deve-se respeitar um intervalo mínimo de 2 meses para tomar a Shingrix®. 

“Vacinar-se é uma das maneiras mais eficientes de se proteger contra doenças. Além de cuidar da sua saúde, ao se vacinar você também está contribuindo para a saúde de quem você ama, pois evita o surgimento e/ou a proliferação de doenças. Seja consciente e vacine-se!” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.

 

Marcela Rodrigues - Diretora da Salus Imunizações. Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde.



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