A vacinação é a única forma de manter os cães e gatos protegidos contra a doença, que evolui rapidamente e não tem cura
No
Brasil, o mês de agosto marca a época de vacinação contra a raiva. Mas, apesar
do tema ser conhecido, muitas pessoas têm dúvidas sobre como a doença pode
afetar os pets. O primeiro passo é compreender que a raiva é uma zoonose
infecciosa aguda que atinge os mamíferos, ou seja, animais e seres humanos, e
compromete o sistema nervoso central.
Dados
da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
apontam que anualmente cerca de 5 mil casos de raiva animal são relatados ao
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos. No Brasil,
dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento mostram que de 2009
a 2019 foram notificados 49.562 casos em animais, incluindo cães e gatos.
Os
cães e gatos são contaminados de forma acidental, pois os principais
transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos. “A
agressividade é um dos sinais mais característicos da doença, desta forma, a
mordida é a principal forma de contágio. Além disso, a doença também pode ser
transmitida de forma indireta, o pet pode ser contaminado ao lamber ou morder
um objeto que teve contato com um animal com raiva, ou caso tenha um ferimento
na pele que entre em contato com secreções contaminadas”, explica Fernanda
Ambrosino, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva.
Ao
entrar em contato com o organismo do pet o vírus da raiva age primeiro no
sistema periférico, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo
organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. Os
primeiros sintomas surgem entre 3 a 6 semanas após o contágio.
A
salivação excessiva, sinal mais marcante associado a doença, é apenas um dos
sintomas associados. “No quadro de raiva, os animais apresentam primeiramente
alterações comportamentais, como medo, excitação, depressão, e principalmente
agressividade. Com a progressão da doença, os sintomas neurológicos se
acentuam e o pet passa a ter dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta
de coordenação nos membros e paralisia. A evolução do quadro leva o animal ao
óbito”, detalha Fernanda.
Não
há cura para raiva em cães e gatos. Para os humanos existe tratamento para a
enfermidade, mas mesmo nestes casos as chances de cura são mínimas e a
enfermidade pode gerar diversas sequelas neurológicas. Ao suspeitar que o
animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.
Para
proteger os pets e, consequentemente os humanos, a vacinação é fundamental. No
caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já
os animais adultos devem ser revacinados anualmente.
“Sabemos
que agosto é conhecido pela vacinação de raiva, especialmente dos cães, mas é
importante ressaltar que os felinos também devem ser imunizados. Outro ponto de
atenção para os tutores é seguir rigorosamente o calendário de vacinação
estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou pular imunizações deixa o pet
vulnerável a ação de uma série de vírus, por isso é indispensável manter a
carteirinha de vacinação do animal em dia”, finaliza Fernanda.
Ceva
Saúde Animal
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