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terça-feira, 24 de maio de 2022

Empresário, o que fazer quando as dívidas apertam?

 Guerra, pandemia, câmbio, juros altos e baixo crescimento econômico são fatores que têm afetado diretamente as empresas brasileiras nos últimos anos 



Gestores e sócios muitas vezes se sentem perdidos e sem saber como tratar de múltiplos problemas financeiros e jurídicos. Afinal, neste novo cenário, não importam mais as competências da empresa e dos gestores da atividade, mas sim as ferramentas novas e adequadas para enfrentamento da crise.

A partir da experiência acumulada ao longo de anos atendendo clientes nessa situação, profissionais da área jurídica podem ajudar na compreensão dos problemas e na implementação de medidas para superá-los. Ricardo Dosso, sócio do escritório Dosso Toledo Advogados, há mais de 20 anos atende empresas e empresários que passam por situações difíceis e afirma que é possível adotar estratégias já testadas com sucesso em ocasiões anteriores.

“Após atendermos muitos clientes, dos mais variados segmentos, passamos a fazer um diagnóstico mais preciso e a adotar soluções jurídicas mais efetivas e adequadas a cada caso”, diz ele. As ferramentas são abrangentes e vão desde a renegociação individual junto aos credores, que podem ser bancos, fornecedores, fisco e empregados, até soluções mais duras, como o pedido de recuperação judicial, área de forte atuação do escritório.

A ação especializada inclui a compreensão do negócio do cliente muito além dos aspectos jurídicos, bem como a adoção de medidas que atendam à realidade financeira, operacional e comercial dos clientes.

“Entendemos que o empresário, muitas vezes, precisa de um norte e de uma voz que lhe traga segurança. Ele está atordoado diante de dívidas e da pressão de credores”, diz Dosso. O advogado ainda destaca que a experiência nessas situações permite propor um plano bastante efetivo. Otimizar as receitas e reestruturar as dívidas na medida das possibilidades do cliente são premissas fundamentais. O olhar ao patrimônio do cliente e sua proteção também integram o plano estratégico a ser implementado.

Faz parte do trabalho intenso para a superação da crise projetar cenários, estimar recursos para renegociações e desenhar uma linha de tempo, o que pode trazer ótimos resultados para a preservação da empresa e do patrimônio dos empresários.


Dados

De acordo com uma pesquisa feita em 2021 pela Economatica para o Estadão, a dívida bruta das companhias de capital aberto mais que dobrou em dez anos. De março a dezembro, o total dos "papagaios" passou de R$ 486 bilhões para R$ 1,213 trilhão - um aumento de 149,6%. Em termos reais (descontada a inflação acumulada, de 66,7%), o crescimento chegou a quase 50%. Em relação ao patrimônio líquido, a dívida alcançou 115,4% em março - era 75,9% em 2011. Além disso, o dinheiro disponível para o pagamento de gastos correntes, teve uma redução de 44,1% - o equivalente a 13,6%, em termos reais. Com isso, a dívida líquida (dívida bruta menos caixa), cresceu 325% desde 2011 - 155,4% em termos reais.

Outro estudo realizado pela Intrum mostra que 49% das companhias brasileiras consultadas decidiram buscar a renegociação de suas dívidas com diferentes credores, sendo 25% de dívidas bancárias e 24% com fornecedores. Dentre os motivos para o não pagamento integral das dívidas por parte dos devedores aparecem nas três primeiras posições as dificuldades financeiras (54%), problemas com liquidez em decorrência da Covid-19 (51%) e disputas sobre bens e serviços entregues (34%). No Brasil, 76% das empresas brasileiras acreditam que uma recessão econômica é iminente no país em 2022. Dessas, 88% antecipam que ela terá algum impacto negativo no negócio, proporção que aumenta entre as empresas do setor de consumo (95%) e imobiliário e construção civil (93%).

 

Dosso Toledo Advogados

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