No Congresso
Brasileiro de Inovação da Indústria, que acontece até esta quinta-feira (10),
Sebrae discute como pequenos negócios podem inovar para aproveitar tendência e
ganhar mais competitividade
O primeiro dia da 9ª edição do Congresso Brasileiro
de Inovação da Indústria discutiu como os pequenos negócios podem inovar no
segmento de energia e aproveitar as oportunidades do mercado. Um painel no
Lounge Sebrae apresentou as oportunidades do mercado de óleo e gás _onshore_
para as micro e pequenas empresas (MPE) que desejam inovar e atender às
demandas tecnológicas do segmento. O congresso acontece em São Paulo, em
formato híbrido, e é realizado pelo Sebrae e pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
De acordo com a analista do Sebrae Nacional Juliana
Borges, as grandes empresas do setor estão buscando soluções que levem
segurança para suas operações, amenizando, principalmente, preocupações em
torno dos impactos ambientais, sociais e de governança, considerados premissas
ESG. A sigla originada do inglês _(Environmental, Social e Governance)_
tornou-se tendência global no mundo dos negócios nos últimos anos.
“Os pequenos negócios têm potencial para
desenvolver soluções tecnológicas de forma a responder às demandas do mercado
de energia, mas, para isso, precisam ter uma estrutura capaz não apenas de
prever os problemas já conhecidos, como também estarem preparados para propor
soluções rápidas e responsáveis para os problemas que ainda vão surgir”,
explicou a analista.
O Sebrae tem atuado no mercado de óleo e gás
_onshore_ por meio do Polo de Referência Nacional, que funciona como um _hub_
de soluções. Com o objetivo de otimizar o atendimento, inicialmente está
presente em oitos estados brasileiros, principalmente no Norte e Nordeste do
país. Além de mapear as questões das operadoras, o Sebrae também identifica
oportunidades para as micro e pequenas empresas (MPE). Atua ainda para o
desenvolvimento de políticas específicas de financiamento e apoio de todo o
ecossistema de inovação para o segmento _onshore_, considerando as principais
barreiras para os pequenos negócios que desejam atuar como fornecedores de
produtos e serviços nessa área.
“O mercado de óleo e gás _onshore_ passou por
mudanças significativas nos últimos anos com a nova política de atuação da
Petrobras que deixou de operar no segmento. A abertura do mercado para a
iniciativa privada mudou a dinâmica do mercado _onshore_ no país, com
possiblidade para que os pequenos negócios possam inovar para atuar em diversos
níveis desta cadeia produtiva”, comentou Juliana.
Iniciativas ESG como estratégia para pequenos
negócios
O Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria
também traz pequenos negócios inovadores, como _startups_, para discutir
inovação e sustentabilidade. Nessa quarta-feira (9), o CEO da _startup_ mineira
Vertown, Guiarruda, foi um dos palestrantes do painel “A inovação como
principal estratégia de Sustentabilidade”. Há cinco anos, a empresa tem ajudado
grandes indústrias na gestão de resíduos por meio de uma plataforma que utiliza
dados e inteligência artificial.
“Considero que nosso negócio é ESG raiz. No início,
nos questionamos se estávamos muito à frente, mas hoje percebemos que estamos
no caminho certo. O mundo está mudando e as empresas que não tiverem a
consciência deste momento não terão espaço no mercado, pois a própria sociedade
tem demonstrado que prefere negócios que aplicam ESG. Se uma pequena empresa
quer crescer, ela terá que se adaptar também”, avaliou o CEO.
Como tendência global, a ESG também tem chamado
atenção de pequenos negócios que querem fazer a diferença e gerar diferencial
competitivo. A _startup_ gaúcha Trash In, que atua na gestão de resíduos e
logística reversa 360º, atende muitos pequenos negócios em todo o Brasil, além
de grandes clientes como P&G, Havaianas, Parque Ibirapuera, entre outros.
“Quando falamos de ESG, estamos falando de redução
de riscos e relacionamento com o entorno, seja a sociedade, o poder público, ou
fornecedores. Então, para os pequenos negócios, são práticas que ajudam a
reduzir custos e atrair mão de obra qualificada que se identifica com o
propósito, aumentando a credibilidade da marca”, analisou o CEO da TrashIn,
Sérgio Finger.
No segundo dia do evento, o empreendedor é convidado
do painel “Visualize seus projetos de inovação aberta”, no Lounge do Sebrae, a
partir das 15h, ao lado de representantes da Beta-i e Natura Cosméticos.
Segundo ele, com passos simples e pouco custo é possível que pequenos negócios,
como restaurantes ou escritórios de contabilidade, por exemplo, possam avançar
na aplicação da ESG. “A empresa vai ter a redução de risco de uma multa
ambiental, impacto positivo na sociedade e mostrar que colabora com a geração
de renda de cooperativas, adquirindo autoridade para se diferenciar da
concorrência”, enumerou.
Acompanhe
a programação da 9ª Congresso Brasileiro da Indústria no endereço eletrônico: https://www.congressodeinovacao.com.br/
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