Nos últimos dias tivemos uma novidade lançada por Joe Biden que pode ter deixado muitas pessoas felizes. Trata-se de um auxílio emergencial para todos os americanos e tem como objetivo aquecer a economia do país. A proposta pode agradar muitas pessoas, especialmente aqueles que são mais direcionados para o partido democrata, à esquerda e às políticas assistencialistas. No entanto, é preciso lembrar que o valor está saindo de um lugar em que poderá fazer falta e é preciso pensar no dia de amanhã.
O dinheiro é um poder finito, então quando ele é
tirado de determinado lugar e aplicado em outro, passa a faltar onde ele estava
anteriormente. É possível comparar a situação com a do Brasil em meados de 2020
com a distribuição do auxílio emergencial, em que eu vinha alertando a respeito
do risco de aumento da inflação. Atualmente, o Brasil já apresentou duas
mudanças de metas devido ao crescimento constante dos valores, impactando na
perda do valor da moeda (real) e aumento de preços de diversos produtos.
O congresso americano está atualmente discutindo a
aprovação da quarta e quintas parcelas referentes ao “Stimulus Check” de até
US$ 1400.00 por pessoa com o intuito de melhorar a economia. Todos que fizeram
a declaração de imposto de renda nos últimos anos receberam esse auxílio,
inclusive eu mesmo, mas optei por não utilizá-los para evitar problemas caso
eventualmente surja alguma cláusula restritiva, relacionada a esses benefícios.
Uma das coisas que me chamou atenção nas últimas
notícias é a respeito de uma petição com mais de 2 milhões de assinaturas
enviada ao congresso para que seja aprovado a liberação de US$ 2000.00 por
pessoa ao mês, sem determinar o período de tempo. A iniciativa é de uma
comerciante do Colorado, Stephanie Bonin.
Muitos devem pensar que isso é realmente uma ótima
opção para os Estados Unidos. Para famílias com esposa, marido e um único
filho, a ajuda pode chegar à soma de US$ 6000.00, um valor até mais alto
do que a família ganharia normalmente trabalhando. Esse auxílio gera o que vem
acontecendo nos últimos meses: pessoas abandonando o emprego, pois já recebem
do governo, aumentando a taxa de desemprego e iniciando o ciclo do
assistencialismo, que não aquece a economia.
Com essa situação em andamento, é possível que seja
necessária a emissão de moeda, algo que o país historicamente faz com
frequência, mas que não é saudável para a economia. Desde o início da pandemia,
ainda na gestão de Donald Trump, vimos que existe uma pressão pela queda do
dólar, vindo tanto da China quanto da Rússia, que age
indiretamente.
A emissão do valor sugerido por Bonin, quando
multiplicada pela população dos Estados Unidos, pode chegar a 800 bilhões de
dólares ao mês e os US$ 1400.00 que estão sendo analisados pelo congresso
americano já ameaçam a alta da inflação, especialmente em um momento em que o
governo está atuando no aquecimento da economia com a impressão de novas notas.
Ainda assim, acredito que pelo menos mais uma parcela deve ser aprovada nos
próximos dias.
No momento, muitas cidades estão com políticas de
reabertura, o que por si só é um indício de que os negócios voltam a lucrar e
melhorar a situação financeira das pessoas após esse período de pandemia. Tenho
certeza que o trabalho pode ser mais benéfico para o país do que a política de
sustento.
Daniel
Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito
Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais
informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.
Toledo também possui um canal no YouTube com quase 110 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados
com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São
Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.
Toledo e Advogados Associados
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